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terça-feira, 23 de julho de 2013

O DISCURSO DO PAPA E O MORDOMO DO SERRA

Já tinha falado AQUI sobre o mordomo do José Serra, este sabujo dos Marinhos, um jornalista venal a reproduzir as opiniões de seus donos.
Foi quando ele fez esta brilhante previsão na véspera do primeiro turno da eleição passada: “A mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente Lula tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o 2º turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente”.
Disse eu naquela postagem que, além de escrever mal, a submissão dele às orientações patronais e ao Serra não o deixa ver bem a situação política do país e que seu nome deveria mudar para Vermal Pereira.
Agora, mais uma vez, ele justifica a mudança do nome ao comentar o discurso do Papa Francisco.
Vermal diz que: Pelo menos no seu primeiro pronunciamento em solo brasileiro o Papa Francisco não deu margem à politização de sua mensagem, como esperavam o governo brasileiro e os católicos ligados à Teologia da Libertação. Ao contrário da presidente Dilma, que aproveitou a ocasião para fazer um discurso de cunho eminentemente político
Dilma levou o dobro do tempo para dar um tom político claramente fora de hora.”
A seguir, Vermal afirma que: O Papa Francisco, que em outras oportunidades tratou de temas como a desigualdade e a necessidade de haver melhor distribuição de renda, estava a fim de falar apenas no seu objetivo central, que é a arregimentação da juventude para o catolicismo”.
Certamente, o Vermal torcia por esse tipo de discurso, mas como poderia o Papa falar de desigualdade social e a necessidade de haver melhor distribuição de renda num pais que, como disse a Presidenta, “se orgulha de ter alcançado extraordinários resultados nos últimos dez anos na redução da pobreza. Fizemos muito e sabemos que ainda há muito a ser feito".
Pra mim o Papa fez proselitismo político ao não tocar neste assunto como sempre faz em outros locais. Foi um reconhecimento às ações do governo brasileiro nos últimos dez anos.
Dilma afirmou também que a juventude brasileira clama por mais direitos sociais, porque "Democracia gera desejo de mais democracia. E inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida, desperta anseios por mais qualidade de vida. Para nós todos os avanços que conquistamos são só um começo”.
E, por isso, o Papa mostrou-se empenhado em aproximar os jovens da paz de Jesus Cristo e da fraternidade que os irmanem além de toda a diversidade, num proselitismo tanto religioso quanto político.
Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”
Estes jovens provêm dos diversos continentes, falam línguas diferentes, são portadores de variadas culturas e, todavia, em Cristo encontram as respostas para suas mais altas e comuns aspirações e podem saciar a fome de verdade límpida e de amor autêntico que os irmanem para além de toda diversidade.
A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e corresponsável do destino de todos.
O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos filhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta.
Concluindo, peço a todos a delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa.
Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!"

Em minha humilde opinião, isto é proselitismo mais político do que religioso. Vermal não entendeu nada? Espero que os jovens e suas famílias entendam. E principalmente os arruaceiros fascistas.

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