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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

OS FARSANTES

“Quanto mais eu conheço os homens, mais eu gosto das mulheres”, disse o Barão.
Vejam o caso do padre, pobre coitado de sobrenome Corrêa, que caiu na armação do pai – de nome Ubiratan – que mandou a filha transar com ele e filmar a cena para extorquir-lhe uma boa grana. Felizmente, não há nenhum Lacerda na jogada.
Como não conseguiu o que queria, o canalha decidiu divulgar o vídeo que segue abaixo sem as cenas de sexo explícito. O padre está nu quando beija a filha do infame indivíduo e, também, uma coleguinha que a acompanhou.
O padre está errado? Sim, está. Renegou seus eclesiásticos votos de castidade. Mas, que abuso, que nada... Eu o perdoo, pois, quem, em sã consciência, seria capaz de recusar duas tetéias como aquelas lourinhas.
Outra farsa que ocupou espaço na mídia, a começar pelo Fantástico, foi uma verdadeira afronta à inteligência: a confissão de um menor de idade para o crime cometido na Bolívia durante o jogo do Corinthians.
Um legítimo insulto ao discernimento dos bolivianos. Por que um menor de 17 anos que, talvez, nem tenha ido ao estádio de Oruro, confessaria o crime?
Os farsantes seguiram o exemplo das quadrilhas de bandidos que sempre contam com um menor de idade para assumir a culpa pelos assassinatos que forem cometidos.
Os bolivianos não são babacas como parece ser o seu presidente índio e sabem que por aqui os menores vivem acima da lei e da ordem.
Ia me esquecendo de outro fato digno de registro. É o caso da mulher que simulou um ato sexual dentro d’água com um desconhecido em Rio das Ostras. Até aí, tudo bem. Mas, depois, transformou-se na Cicarelli do Rio, ganhou as páginas dos jornais e vídeo no You Tube com o marido. Sorrindo, ele diz que a perdoou.
Parodiando o Barão, digo que quanto mais e melhor eu conheço os seres humanos, mais admiro os políticos.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O BARÃO E EU, EM BANGU

       “Senhoura por quem me aflijo,       
Eu vos peço permitais
Que vos ponha o com que mijo
No por onde vós mijais.”

Esses versos imortais foram escritos por Apparício Torelly, também conhecido como Apporelly, que se auto-intitulava o Barão de Itararé. Jornalista e publicitário, pioneiro do humorismo político brasileiro, inspirou gente como Luiz Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Jô Soares, Chico Anísio e muitos outros.
Chico Anísio dizia que ele foi o melhor humorista de todos os tempos. Debochado, anárquico e sarcástico, enfrentou a ditadura de Getúlio Vargas, espezinhou os integralistas e os políticos corruptos de sua época e zombou da elite conservadora. Para Jorge Amado, ele foi o Dom Quixote brasileiro.
Foi preso várias vezes, apanhou da polícia secreta do estado novo, sem nunca perder o humor. Depois de ter a redação de seu jornal humorístico A Manha invadido e apanhar dos fascistas, colocou uma placa na porta: Entre sem bater.
Foi preso e torturado pela polícia política de Vargas. Depois de solto e sempre perseguido, viveu refugiado em Bangu a convite de Guilherme da Silveira, o pai, proprietário da Fábrica Bangu que foi ministro da fazenda no governo Dutra.
Morava em uma chácara junto ao local que se transformaria, na década de 60, em concentração do time do Bangu – a Víla Hípica – e que hoje é um condomínio de casas populares.
Um sobrinho de meu pai era o caseiro da chácara e muitas vezes fomos visitá-lo para pegar laranjas. Eu devia ter quatro para cinco anos quando conheci aquele senhor brincalhão que me dava balas e me contava histórias engraçadas. Ele adorava crianças e eu gostava muito dele. Ainda me lembro. 

Somente depois de adulto vim a saber que aquele senhor de quase cinqüenta anos que me pegou no colo era o Barão de Itararé.
Com a queda de Getúlio, que foi seu colega de colégio em Porto Alegre, o  Barão elegeu-se vereador, em 1947, com o lema: Mais água! Mais leite! Menos água no leite! Mas, foi cassado em 1948 quando o PCB caiu na ilegalidade.
No vídeo abaixo, Ancelmo Góis, em seu programa da TV Brasil – De lá pra cá – apresenta o Barão. Mas, não fala do tempo em que ele viveu em Bangu.
Espero que o livro que comecei a ler – Entre sem bater, a vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé – relembre aquela boa temporada em Bangu.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

QUANDO UM NEGRO CHEGOU AO STF

Esta é pra quem lê, acredita na Veja e crê que o Joaquim Barbosa é um herói nacional. Segundo a Veja, ele bate em mulher.
Na edição 1802, de 14 de maio de 2003 – clique aqui para ler no original - quando Lula indicou  Joaquim Barbosa para ministro do STF, Veja publicou: “Desde o início, Lula queria nomear um paulista, um nordestino e um negro. O nordestino escolhido é Carlos Ayres Britto, de Sergipe. O paulista é o desembargador Antonio Cezar Peluso, cujo perfil levemente conservador despertou resistência no ministro da Casa Civil, José Dirceu, para quem o ministro ideal era Eros Grau, jurista de formação à esquerda.”
Veja afirma que Joaquim Barbosa foi um dos primeiros escolhidos, pois sua biografia contemplava à perfeição os aspectos que Lula queria prestigiar: negro, de origem humilde e com boa formação acadêmica. Diz, também, que ele foi o primeiro a reconhecer o simbolismo de sua própria ascensão: "Vejo como um ato de grande significação que sinaliza para a sociedade o fim de certas barreiras visíveis e invisíveis"- e completou -"posso vir a ser o primeiro ministro reconhecidamente negro".
Diz a Veja que “a indicação de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 48 anos, que parecia ser a menos complexa, acabou sendo a mais trabalhosa” – e explica o porquê - “o ministro Márcio Thomaz Bastos, a quem coube ouvir os candidatos e apresentar os nomes ao presidente, foi informado de um episódio constrangedor da biografia de Joaquim Barbosa”.
Segundo a Veja, “muitos anos atrás, quando ainda morava em Brasília, Joaquim Barbosa estava se separando de sua então mulher, Marileuza, e o casal disputava a guarda do único filho Felipe”.
“Na ocasião, Joaquim Barbosa descontrolou-se e agrediu fisicamente Marileuza, que chegou a registrar queixa na delegacia mais próxima”.
A Veja vai mais além e diz que enquanto o governo decidia o que fazer, os comentários pipocaram no próprio Supremo.
- "Vai vir para cá um espancador de mulher?", perguntou a ministra Ellen Gracie ao colega Carlos Velloso, no intervalo entre uma sessão e outra.
- "Foi uma separação traumática", conciliou Velloso.
- "Mas existe alguma separação que não é traumática?", interveio o ministro Gilmar Mendes.
- "A mulher era dele", disse o ministro Nelson Jobim com uma brincadeira machista, a pretexto de justificar a agressão.
Indagado sobre o episódio pelo ministro da Justiça, Joaquim Barbosa explicou que fora um desentendimento árduo, mas superado. Dias depois, Joaquim Barbosa encaminhou ao Gabinete Civil da Presidência da República uma carta, assinada pela ex-mulher, reafirmando que tudo fora superado.
- "Na verdade, houve uma agressão mútua. Isso aconteceu num dia de ânimos acirrados. Somos amigos até hoje", disse Marileuza à Veja.
As palavras da mulher confirmam que houve de fato a agressão. Não importa se mútua, é injustificável a agressão.
- "Foi uma briga de família provocada por ressentimentos naturais numa separação", explicou Joaquim Barbosa à revista sem negar a agressão.
A reportagem foi assinada por Policarpo Júnior que, certamente, contou com a ajuda do Cachoeira para colocar escutas no STF e registrar as opiniões dos juízes sobre a nomeação.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MACHO MAL ACABADO

O que mais me chamou a atenção no carnaval foi a padronização das rainhas de bateria, passistas e “musas” das escolas. Excesso de silicone em cima, na frente, e embaixo, atrás. Coxas musculosas de zagueiro central vascaíno, braços de lutador do UFC.
Com raríssimas exceções, como a Juliana Alves, da Tijuca, parece que foram todas feitas na mesma fôrma, assim como são feitos os chapéus e adereços das alas e alegorias.
O meu comentário inicial na postagem “O Desfile das Escolas de Samba”, dia 12, sobre as musas padronizadas agora é tema de inúmeros artigos nos jornais. Passado o carnaval parece que toda a mídia viu o que eu vi. Até mesmo o Fantástico, ontem.
Um jornal publicou a foto abaixo de uma passista da Ilha, mostrando-a em 1999, uma mulher, e em 2013, um macho mal acabado.
Quem levantou a questão foi o Laíla, da Beija-Flor. Ele gosta de mulher como eu gosto: feminina. Se deixarmos a coisa por conta das "carnavalescas", em breve teremos futuras "musas" como estas abaixo (clique na imagem para ver melhor).
Como cantou o meu amigo Dudu naquele bom samba da Mocidade:
"Te esconjuro, pé de pato, mangalô três vezes."

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A MÍDIA DESMASCARADA

Mais uma vez a manipulação da mídia não surtiu qualquer efeito e foi desmascarada. Não vi ninguém usar a tal máscara que a imprensa manipuladora afirmava que seria um sucesso no carnaval. Você viu? Pedi imagens do carnaval de rua ao Google e não vi nenhum folião usando a máscara do Joaquim Barbosa.
Segundo soube, havia apenas três indivíduos com a máscara na Avenida Paulista. Um deles disse que a recebeu de um fotógrafo da Folha para uma foto que sairia na primeira página do jornal. A foto ficou tão falsa que o jornal não a publicou.
No Rio, na concentração do bloco da CUT, alguns componentes – todos petistas, claro - partiram pra cima de um idiota que usava a máscara e tentaram arrancá-la do rosto do infeliz. Seguranças armados impediram e levaram os agressores para a delegacia onde foram autuados por desacato à autoridade. O infeliz era o próprio Joaquim Barbosa que ficou com arranhões no rosto.
Bem feito! O que foi ele fazer no bloco da CUT? Caçar petistas?
Agora, sem brincadeira, aonde foram parar as centenas de milhares de máscaras que a mídia manipuladora, principalmente a TV Globo, afirmou que seriam o maior sucesso no carnaval de rua.
Os comerciantes que acreditaram naquela ficção carnavalesca que freqüentou as páginas dos jornais amargaram um tremendo prejuízo.
A opinião publicada influencia cada vez menos o seu público leitor.
A Globo, por exemplo, não é mais capaz de influenciar nem jurados de escolas de samba. Deu o Estandarte de Ouro para a Mangueira e para a Império Serrano, os jurados preferiram a Vila Isabel e a Império da Tijuca. Deu o Estandarte de melhor samba-enredo para a Vila e os jurados preferiram o samba da Portela.
Na política e no carnaval, a opinião publicada não é a opinião pública. E foi mais uma vez vergonhosamente desmascarada.

N.L.: copiado do meu outro blog Rede Gloebbels

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CARNAVAL CIVILIZADO EM MURIQUI

Pouco saí de casa, mas já no sábado pela manhã senti que o carnaval em Muriqui não seria igual àquele que passou. Foi quando fui surpreendido pela visão de duas mulheres bonitas na praça. No domingo, dei uma volta de carro e, incrível, vi várias outras.
Eu que rezava pra chover nos quatro dias – somente para ajudar no choque de ordem – fiquei satisfeito com o trabalho do pessoal do trânsito e da segurança que impuseram a ordem no distrito. Até a Vale colocou segurança na travessia de pedestres pela linha férrea entre o calçadão e a praça.
Na segunda-feira, fui à concentração dos blocos, uma feliz idéia da Prefeitura. Os blocos concentraram e desfilaram sem qualquer tumulto. Havia até mães tranquilamente passeando com o carrinho do bebê. O Unidos pelo Chifre foi como sempre o maior de todos os blocos e tomou conta de toda a Nações Unidas.
As barracas da Itaipava serviram para conter o preço da cerveja e o furor lucrativo dos quiosqueiros. Sem a exclusividade, não houve exploração e os quiosques venderam a latinha a um preço aceitável. A garrafa foi, de fato, proibida para alegria dos catadores de latinhas. Foi o primeiro carnaval que vi com banheiros químicos e sem os crentes querendo libertar a alma libertina dos comportados foliões.
Mas, como eu posso elogiar se pouco saí de casa?
Acontece que meus companheiros blogueiros nada escreveram contra o choque de ordem nem levantaram qualquer crítica ao governo. Aliás, nada escreveram. Ou tudo correu bem ou, então, refugiaram-se no feissibuque.
Também, não recebi qualquer má notícia dos correspondentes do meu blog. Não faltou água nem luz na minha casa.
Nos outros anos, eu viajei no carnaval. Este ano, corajosamente, permaneci em casa. Acreditei na palavra do Capixaba e fiz um dinheiro - cerca de seis mil reais - sem armar barraca na frente de casa pra vender cerveja, sem catar latinhas e sem alugar o imóvel para estranhos. Foi a grana economizada na viagem que não fiz.
Hoje, quarta-feira, dez horas da manhã, tudo limpinho. Pelo menos no meu território a limpeza urbana funcionou a contento como sempre. Não sei lá no território do Severo que é o maior crítico da limpeza urbana no distrito.
Muito pouco ouvi do famigerado e nefasto funk. Sei que houve funk, mas a polícia combateu. E até o Iate foi interditado somente para os bailes.
Este não foi um carnaval dos funkeiros como foram os outros. Porém, não garanto o que ocorrerá no próximo sábado, 25. A Prefeitura diz que o carnaval continuará em Muriqui.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O DESFILE DAS ESCOLAS

O que mais me chamou a atenção foi a padronização das rainhas de bateria. Excesso de silicone em cima, na frente, e embaixo, atrás. Coxas musculosas de zagueiro central vascaíno, um perfeito macho mal acabado. Com raríssimas exceções, como a Juliana Alves, da Tijuca, parece que foram todas feitas na mesma forma, assim como são feitos os chapéus e adereços das alas e alegorias.
Todas iguais como são iguais os casais de mestre-sala e porta-bandeira: sempre o mesmo bailado, a mesma fantasia cheia de penas e plumas que somente mudam as cores. Talvez, por isso, Paulo Barros – o mago da Sapucaí – tenha usado a sua incrível criatividade para criar um casal em que a fantasia mudava de cores constantemente. Usou LEDs presos à fantasia como fonte emissora de luzes com inúmeras cores. Ficou linda a mudança de cores da fantasia e mostrou um casal diferente de tudo que já foi feito. Deu-me prazer, pela primeira vez em muitos anos, ver um casal de mestre-sala e porta-bandeira.
Paulo Barros soube desenvolver o enredo sobre a Alemanha e mais uma vez inovou com a sua criatividade: uma ala montava uma torta de chocolate que vinha aos pedaços; outra ala montou um fusca com as peças levadas pelos componentes; a alegoria do chope foi, talvez, a mais bela do desfile; os brinquedos Playmobil estavam perfeitos e a surpreendente levitação do martelo de Thor na comissão de frente deixou a todos impressionados com a mágica.
A Tijuca foi a única escola diferente. O resto do desfile foi tudo igual como foram as rainhas de bateria. A ressaltar apenas o desfile da Mocidade, seu melhor desfile nos últimos anos, e a apresentação do enredo da São Clemente.
Tem que ter muito saco para assistir ao desfile pela Globo, ainda mais com as inúteis entrevistas e comentários. Foi insuportável ter que ouvir a voz impostada e efeminada do Milton Cunha. Em certo momento, ele dizia que o carnavalesco escolheu a dedo as mulheres de uma ala quando surgiu uma daquelas figuras redondas com mais de 100 quilos que há em qualquer escola. Em outro momento, no desfile da Portela, quando viu o Milton Gonçalves – terno branco, manga direita dentro do bolso do paletó - como destaque em uma alegoria, o cara o identificou como o Beto Sem Braço, falecido compositor da Império Serrano.
Era o Natal, claro, figura lendária da Portela. Imaginem os outros milhares de comentários que o cara fez.
Quando eu disse que o melhor samba era o da Portela, disse, também, que seu único concorrente era o samba da Vila Isabel devido ao renome de seus compositores. O Estandante de Ouro ficou para o samba-enredo composto por Martinho da Vila e Arlindo Cruz.



domingo, 10 de fevereiro de 2013

FEISSIBLOGS

Felipe Barreto foi Superintendente de Comunicação da Prefeitura de Mangaratiba no governo Aarão. Ele escreve bem em prosa e em versos e eu gostava de ler o seu blog Palavras Acesas que, infelizmente, não existe mais.
Esta semana, recebi por e-mail convite para ser seu amigo no, com licença da má palavra, feissibuque. Está explicado por que não posso mais ler as suas palavras acesas. Fico consternado porque me considero também responsável pelo surgimento do seu blog na época em que mantivemos aqui uma polêmica de alto nível.
Outros companheiros blogueiros e blogueiras, que, também, foram iniciados por mim, viciaram-se naquele assassino de blogs. Uma amiga abandonou o seu e se dedica apenas ao feissibuque. Ela chegou a abandoná-lo, mas teve uma recaída. Outra está abandonando o seu blog aos poucos. Ela não escreve há duas semanas - uma eternidade para uma blogueira tão bem articulada - mas aposto que está lá, todo dia, no feissibuque, até de madrugada, expondo suas atividades diárias como tantos outros.
O Xiquinho da Rádio foi o primeiro a pendurar as chuteiras. Partiu desta para pior, está curtindo uma vida paralela no Seccond Life e pode ser encontrado diariamente no feissibuque.
Devo esclarecer ao Felipe Barreto que saí do feissibuque e não posso ser seu amigo lá. Podemos nos comunicar através de e-mail que é muito mais íntimo e humano ou nos comentários do blog que estará vivo enquanto eu puder escrever. Jamais voltarei ao feissibuque onde se expõem coisas que não interessam a ninguém.
Dou uma idéia a todos: façam um feisseblog particular. Digam tudo o que sentem e que somente interessa a vocês próprios; deem receitas de bolos e quitutes que ninguém seguirá; publiquem mensagens piegas, religiosas e de autoajuda, tipo faça o que eu digo, não faça o que eu faço; fotos, fotos e mais fotos; bons dias e boas noites; frases que a Clarice Lispector e o Paulo Coelho jamais escreveram; finjam ser o que jamais foram ou serão.
Se esses feissiblogs já existissem, eu iria lá e diria que ontem comi carambola.
Igualzinho como comia quando criança: cortando estrelinhas.
Por falar nisso, vou comer outra agora mesmo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

DESFILE DE BLOCOS EM MANGARATIBA

Como o Google tem dirigido para este humilde blog gente que quer saber sobre o desfile de blocos em Mangaratiba, decidi publicar aqueles (21) que desfilarão em Muriqui.
Em toda a cidade, serão 56 blocos a desfilar. Quem quiser saber mais sobre locais, dias e horários, dos outros blocos clique AQUI.
Em Muriqui, a concentração será na praça do skate. A partir dali atravessam a linha férrea e seguem pela Avenida Nações Unidas até virar à esquerda na Rua Cacique. Seguem pela Avenida Beira Mar até seu início, com dispersão na barraca do Kabeça.
Sábado 9
     14 horas - Banda do Banana
     16         - Cacique de Muriqui
     18         - Chicleteiros
     20         - Veranistas
     22         - Siri com Cãibra
Domingo 10
     14 horas - Unidos pelo Chifre
     16         - Mocidade de Muriqui
     18         - Sapo Perereca
     20         - Pimenta Maluca
     22         - Imagina Classe Média
Segunda-feira 11
     12 horas - Pererecas Ativas e Pintos Cansados
     14         - Embalo da Rosinha
     16         - Piranhas
     18         - Turma do Barato Estranho
     20         - Bloco do Bigode
Terça-feira 12
     12 horas - Fica que ta gostoso
     14         - É gordo, mas é meu
     16         - Bloco da Galinha
     18         - Bloco GPA
     20         - Bloco do Siri
     22         - Bloco da Camisinha
O Carnamar, evento marítimo que acontece há mais de 15 anos, será no domingo. A concentração do evento será na Praia Grande, na Ilha de Itacuruçá, onde é dada a largada oficial com uma queima de fogos, às 11h. A partir daí, as embarcações seguem para Muriqui e o encerramento acontece em Itacuruçá, onde serão conhecidos os vencedores.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PORTELA, NOVAMENTE

A Portela voltou a apresentar um samba-enredo com a dignidade, a essência e a nobreza da escola que mais vezes foi campeã. É um samba verdadeiro, sincopado, tem ginga, tem swing, mexe com o corpo inteiro e tem uma melodia original que encontra novos caminhos para o samba-enredo. O compositor - Toninho Nascimento, um publicitário - repetiu a dose e novamente considero o seu samba como o melhor para 2013, o que não é vantagem nenhuma, pois os outros são todos medíocres.
Ano passado afirmei que o samba da Portela era O melhor do ano que, se não levá-la ao campeonato, conquistará a nota dez e todos os prêmios – Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, etc - de melhor samba-enredo.”
O samba obteve nota dez dos quatro jurados e conquistou os prêmios citados. Com exceção da Vila Isabel, nenhuma outra escola obteve nota dez dos quatro jurados em samba-enredo. Novamente, o samba da Vila é o maior concorrente da Portela, não por sua qualidade, mas devido ao renome dos seus compositores.
Voltando ao grande desfile da Mocidade com Tupinicópolis, em 1987, da alegria contagiante de suas alas às 7 horas da manhã, quero dizer algo mais.
Aquele desfile foi algo nunca visto e que jamais voltou a acontecer depois que a Mocidade e todas as escolas passaram a fazer um arremedo do estilo marcial da Beija-Flor com suas alas sob absoluto controle da harmonia.
Vejam no vídeo abaixo que a Mocidade era só alegria, contentamento absoluto. Os componentes se misturavam enlouquecidos, as alas num descontrole absolutamente carnavalesco.
Todo mundo vestido de índio que sempre foi uma presença constante no carnaval, porém, nunca tão felizes e em tamanha quantidade.
E a bateria. “Prestenção” na bateria. Eu estava lá, era puro samba, não esse marcheamento que se ouve atualmente. A Mocidade ficou em segundo lugar. A Mangueira venceu com a homenagem a Carlos Drummond de Andrade.
“E a oca virou taba,
A taba virou metrópole...
Eis aqui a grande Tupinicópolis.”
Notem que é o Fernando Pamploma quem faz os comentários para a TV Manchete. Agora, ouçam a bateria monocórdica da Mocidade em 2012 e sintam a diferença.
O abusado Pamplona tem razão quando diz que “É um negócio marcheado que não pega de jeito nenhum. Teria que chegar um cara corajoso e obrigar a escola de samba a cantar samba de verdade, mesmo perdendo o desfile”.
Assim como faz a Portela.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

MENTIR NÃO É PECADO

No princípio era o verbo e o verbo era mentir.
A mentira faz amigos, a verdade inimigos.
A verdade não se inventa, a mentira não tem memória.
A verdade é nua e crua, a mentira é bem vestida
A mentira eu gasto à toa, a verdade economizo.
Se a mentira é tão risonha, inventa a vida e sonha,
Mente pra ser feliz e acredita no que diz.
Eu sonho, invento a vida que não tenho,
Minto mesmo e acredito no que digo.
 Paulo Vanzolini é quem tem razão:
"Mente para dar um novo início...
Pois, na mentira, meu amor, crer eu não creio,
Só pretendo que de tanto mentir,
Repetir que me ama, você mesma acabe crendo."

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

VOU PELA VIDA

Tanto tempo tropecei, fui ferindo corações
E, perdido, terminei envolvido em mil desilusões...
Acossado pelo amor, afogado na paixão,
Vou seguindo pela vida mendigando o seu perdão.
Vou pela vida, alma sangrando com essa dor secreta,
A sofrer e a cantar qual louco poeta.
Vou pela vida e o tempo não devora esta lembrança,
O passado fica imóvel na distância.
Minha amada, salve, salve este afeto que se encerra.
Volta, vem correndo, vem depressa,
Amor só é bom quando dói, quando rói o coração...
Se a noite chega aflita, eu deito só a procurá-la,
O sono vem e me agita, o sonho é alívio, alegria,
Nele você me visita, é a sua ausência viva em mim.
Acordar pra quê? Com uma dor doída assim...
Levantar por quê? Se eu não tenho ninguém,
Não tenho onde ficar, nem sei pra aonde ir, quero dormir.
Imagino a noite ainda, o sol a pino, a vida escura,
A procura de um desejo, aquele sonho em que a vejo.
E, assim, vou pela vida, amargurado em minha triste travessia
Até pousar na laje fria o corpo meu já por demais cansado.
Falta você pra devolver-me a alegria:
Só você e o seu perdão vão colorir o meu viver.