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domingo, 31 de agosto de 2008

PROPAGANDA POLÍTICA OU CAMPANHA PUBLICITÁRIA

Como já disse em postagem anterior, não existem sinônimos perfeitos na lingua portuguesa.
Propaganda e publicidade são coisas diferentes. A publicidade é feita sempre para vender produtos ou serviços. A propaganda é sempre institucional, vende uma idéia, um comportamento, uma filosofia de vida.
O comércio, a indústria, os bancos, as empresas de transporte, de construção, etc, geralmente, fazem publicidade. Embora possam também fazer propaganda quando, por exemplo, apenas promovem a sua atividade social.
As instituições, as igrejas, os governos, os candidatos a cargos políticos fazem propaganda.
Entretanto, alguns dos nossos candidatos parecem fazer uma campanha publicitária.
Vejam só alguns deles em Mangaratiba: Aninha da Pensão, Bara do Salão, Charles da Vídeo-locadora, Célia do Depósito, Evando do Mercado, Lenys da Barbearia, Manoel da Padaria, Marquinho do Milho, Nildo da Concretex, Reginaldo do Quiosque, Ricardo do Bar.
É propaganda política ou campanha publicitária? Estão pedindo voto ou promovendo os seus negócios?
Tenho a convicção de que após cinco de outubro, mesmo perdendo a eleição, eles terão uma grande vantagem. O Marquinho vai vender mais milho, o Charles vai aumentar a locação de vídeos e DVDs, o quiosque do Reginaldo, a barbearia do Lenys, o bar do Ricardo, a padaria do Manoel, a pensão da Aninha, vão ganhar mais clientes.
Torçamos para que o aumento das vendas dê para pagar as despesas de campanha.
Agora, mudando de assunto, sem alterar o tema, há uma candidata em Descalvado, cidade de Alagoas, que se chama Dinha. Seu slogan de campanha é Tudo pela Dinha. E tem mais, o candidato a prefeito de Aracati, no Ceará, um pastor protestante, afirma que Vou ganhar a eleição com a minha fé e as fezes de vocês.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SEGURA A MARIMBA!

“Nego velho, o que foi que te deu? Nego velho, o que foi que te deu? Me deu vontade de comer biscoito. De nove tira um, fica oito...”Perdemos um membro muito importante da nossa família. É como ele nos chamava a todos em Muriqui: “nossa família”. Geraldinho vai deixar saudade em todos que com ele conviveram.
Em todos nós que ouvíamos suas cantigas - “nego velho, o que foi que te deu?” – que participamos de sua alegria contagiante.
“Segura a marimba!" Era a sua saudação, seu grito de alerta onde chegava. E era bem chegado em todos os lugares.
“Paga uma aí, Lacerda.” Não pedia. Tinha autoridade para determinar quem pagaria. E bebia um copo quase cheio da branquinha. E brincava, e dançava, respeitando a todos. Sempre com uma latinha ou um copo na mão. Quase sempre com a camisa do Flamengo. Era seu único defeito.
Para ele não existia esse negócio de beber além da conta. Nem a prática de atitudes lamentáveis. Um exemplo para aqueles que, mesmo sóbrios, não sabem se comportar. Geraldinho nunca prejudicou ninguém. Jamais o ouvi dizer qualquer ofensa a quem quer que seja. Todos o amavam. Sempre alegre e feliz. Apenas gostava de beber.
E daí...
Certa vez, passou a madrugada bebendo. Era véspera do concurso para a Prefeitura. Centenas de candidatos. Dormiu pouco, acordou e foi beber no bar junto à escola em que faria a prova. Quando o portão da escola estava quase fechando, foi o último a entrar.
E foi o primeiro colocado no concurso.
Geraldinho, você fez – e fará sempre - parte do folclore de nosso Distrito. Vou sentir sua falta. Lamento que você tenha nos deixado. Orgulho-me de ter sido seu amigo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

PINTOR É ABSOLVIDO EM MANGARATIBA

O Fluminense promoveu positivamente Mangaratiba em todos os jornais ao concentrar seu time em um de nossos hotéis. Agora, a 165ª DP, mais uma vez, promove negativamente o nosso município.
Como O Globo e a Folha de São Paulo publicaram ontem, o juiz Claudio Ferreira Rodrigues, da Comarca de Mangaratiba, absolveu o pintor Claudenício da Silva Rosa, de 34 anos, da acusação de dano contra o patrimônio público.
Segundo os autos, o pintor escreveu citações bíblicas na parede da cela em que estava preso na 165ª DP, em Mangaratiba, em maio de 2006.
O juiz julgou o dano irrelevante, afirmando que "não era a integralidade da cela que precisava ser pintada em razão do ato do acusado. A pintura do cárcere em sua integralidade passou a ser necessária somente por desídia da autoridade policial que permitiu que chegasse o dano à cela ao estado retratado nos autos".
O magistrado considerou ainda que os valores que seriam gastos com o reparo são, na verdade, muito menores do que os apresentados na ação. "Para cobrir os provérbios bíblicos, que ficaram ou ficariam melhores do que o incentivo às facções criminosas, seria necessário menos da décima parte dos recursos indicados na referida certidão", afirmou o juiz.
Segundo o Dr. Cláudio, não foi provado que o pintor agiu com a intenção de causar dano ao patrimônio público e, ao ser interrogado, o fato foi admitido pelo acusado. "Neste sentido, seja pela permissão do Estado custodiador, seja pela bagatela do alegado dano, que foi uma irrelevância, não se preencheu o juízo material de tipicidade do fato imputado", concluiu.
Mais uma vez, congratulo-me com o Dr. Cláudio por uma decisão justa. Tal como ocorreu naquele “simulacro de investigação” que foi a minha primeira postagem neste blog. Veja a matéria nos meses de março e abril.
Naquele caso, não sei - não sei? - o que a polícia de Mangaratiba pretendia. Neste aqui, certamente pretendia se aproveitar da mais-valia de um trabalhador. Mais-valia é o nome dado por Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista.

16 DE AGOSTO III

Na postagem anterior, escrevi sobre dois ídolos meus que faleceram no dia 16 de agosto. Nesse dia também faleceram Eça de Queiroz, grande romancista lusitano; Bela Lugosi, o primeiro Drácula do cinema; Margareth Mitchel, autora de “E o vento levou”; Carlos Cachaça, fundador e um dos maiores compositores da Mangueira; Stewart Granger, ator e sex-simbol da década de 50; Alfredo Stroessner, ditador paraguaio que deu refúgio aos nazistas após a guerra e que, deposto, veio morrer em Brasília; Cláudio Corrêa e Castro, ator de novelas.
Grandes personalidades, além de mim, claro, também nasceram nesse dia: Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes (na foto), o maior herói nacional; Dom Bosco, padre italiano, que sonhava com a fundação de Brasília; Thomas Edward Lawrence, o Lawrence da Arábia que uniu as nações árabes para lutar contra o império otomano; Glauce Rocha, grande atriz do teatro e do cinema; Madonna Louise Veronica Ciccone, a Madona que logo, logo, estará fazendo shows no Brasil; Oscar Lorenzo Jacinto De La Concepción Tereza Dias, o Oscarito que alegrou a minha infância e puberdade; Millor Fernandes, o “Vão Gogo” que me alegra até hoje com frases como "Quando o primeiro espertalhão encontrou o primeiro imbecil, nasceu o primeiro deus"
Além desses, outros menos votados nasceram em 16 de agosto. Como vêem, estou em muito boa companhia. Se você quiser saber quem nasceu e quem morreu no dia do seu aniversário, deixe um comentário com a data e o seu e-mail que, em verdade, eu vos direi.

domingo, 17 de agosto de 2008

16 DE AGOSTO II

Há pessoas que deveriam ser eternas.
Não poderiam morrer jamais. Ou, pelo menos,
enquanto eu estivesse vivo.
Além dos meus dois filhos, Dorival Caymmi e Elvis
Presley seriam duas dessas pessoas.

Foram meus ídolos na música.
Ambos nos deixaram no dia 16 de agosto. Elvis, em 1977, aos 42 anos. Caymmi, agora, aos 94.
Com Caymmi, estive pessoalmente. Um ser maravilhoso.
Com Elvis, sei que um dia hei de estar.
Sua obra será imortal e eu terei um motivo a mais para lembrá-los sempre.
A cada aniversário que, por acaso, eu ainda puder comemorar, eles estarão vivos em meu pensamento.


sábado, 16 de agosto de 2008

16 DE AGOSTO


O Aurélio define velho como gasto pelo uso, usadíssimo, desusado, antiquado, obsoleto.
Aos trinta minutos de hoje, completei 71 anos mais ou menos muito bem vividos e não me considero esse velho a quem o Aurélio atribui aquelas qualidades. Usadíssimo até que eu fui, mas não sou gasto pelo uso, desusado, antiquado nem obsoleto.
Também, não digam que sou idoso. Não me convidem para eventos da terceira idade. Isso não é comigo. Na verdade, creio que parei nos 35 anos. O corpo até que não, mas a cabeça sim. Sinto-me na flor da idade da razão. Embora a emoção continue sendo um dos meus sentimentos primordiais.
O que me faz permanecer assim, mesmo após superar o prazo de validade humana dos países mais desenvolvidos, se jamais segui os conselhos de vida saudável que a mídia nos enfia diariamente pela goela abaixo.
Há mais de 50 anos parei de praticar exercícios físicos. Atualmente, pago a um menor carente para caminhar por mim diariamente pela praia. Sou um sedentário com as articulações em perfeito estado. Meu exercício é cerebral ou sexual.
Como de tudo. Como gordura de todo o tipo, todo dia. Carne de porco, feijoada. Picanha, só aquela bem gorda e saborosa. Pele de frango, torresmo, presunto. Leite somente integral. Manteiga, nada de margarina. Não posso ver doce. Às vezes, como até demais. Apesar disso, não sou gordo. Possuo apenas uma acanhada barriga, erótica e bem simpática.
Tomo café o dia inteiro. Não sinto nada. Psicologicamente, sou normal a uma certa distância. Fígado, vesícula, intestinos, rins, funcionam perfeitamente. Meu sistema digestivo é campeão de eficiência. Nunca nega fogo todas as manhãs. Um coração dinâmico, sempre ativo e com mais amor p´ra dar do que político em campanha eleitoral.
Fumo desde os 11 anos. Um maço por dia. Marlboro. Quando bebo, fumo bem mais. Não tenho problemas respiratórios. Nem circulatórios.
Doenças nunca tive. Com exceção daquelas infantis. Aliás, tive dengue. Tratei em casa mesmo. Não vou a médico, nem tomo remédios.
Minto, tomo Melhoral quando tenho uma gripe ou dor de cabeça.
Certa vez fiz um check up completo. Foram mais de quatro horas sendo examinado por vários médicos. Fui obrigado a fazê-lo pela empresa em que trabalhava. O resultado, o único senão: pé-de-atleta. Chulé para os mais íntimos.
Qual será, então, o segredo dessa minha estranha longevidade tão saudável. Será porque sou feliz? Porque vivo há mais de quarenta anos com uma mulher bonita? Olha ela lá em cima com nossos escravos. Será porque tenho dois filhos formados e muito bem empregados? Será porque o patrão de nós quatro e mais as duas noras é o governo federal?
Além disso e do permanente exercício intelectual, só mesmo uma explicação divina. Deus me ama. Não pode ser outra a razão. E por que Ele gosta tanto de mim? Por que não me deixou ficar um velho doente como os outros?
Acho que eu sei o porquê. Nunca dei trabalho a Ele nem a Seu Filho. Nunca Lhes pedi nada p´ra mim.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

FLUMINENSE EM MANGARATIBA


Vale registrar a presença do time do Fluminense em nossa cidade.
Veio respirar o ar puro da Costa Verde para tentar se recuperar de tantas derrotas sofridas, após a perda da Libertadores. E, também, para escapar da lanterna e fugir dos protestos da torcida.
Ficará aqui até o próximo sábado, dia 16. Certamente, para me homenagear em meu anversário.
Tenho convicção de que nossos ares farão muito bem ao elenco tricolor. Agora que não mais teremos o Renato fingindo dirigir o time, vamos dar a volta por cima. Mangaratiba há de dar sorte ao Fluminense.
Estamos livres do Renato. Do Romário.
Só falta agora livrarmo-nos do Dunga e do Galvão Bueno.