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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TAMBÉM TÔ NESSA BOCA

Alguém oferece a alguém como prova de alguma coisa.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SETE

Hoje, dia 27 de fevereiro, como o Ouvidor Júlio César me prometeu, obtive o documento da Prefeitura que corrige o número da minha casa. Agora, ela tem o número sete. O místico número sete. 
Como os dias da semana, os metais, as notas musicais, as sete virtudes, os sete pecados capitais, os sete sacramentos, os sete mares, as sete léguas da bota, as sete colinas de Roma, o terceiro filho de Adão e Eva, os sete pães que Jesus multiplicou, os sete demônios que Ele expulsou do corpo de Maria Madalena, as sete pragas do Egito, as sete pessoas que se salvaram na arca de Noé, as sete bestas do apocalipse, as sete letras do Menorah, o candelabro judaico de sete braços que representam a luz, a justiça, a paz, a verdade, a bevolência, o amor fraterno e a harmonia, os sete céus judaicos, os sete céus islâmicos, as sete letras da umbanda com suas sete falanges, sete encruzilhadas, sete flechas, sete raças, sete porteiras, a estrela de sete pontas e suas sete Linhas (de Oxalá, de Iemanjá, de Xangô, de Ogum, de Oxóssi, de Cosme e Damião e dos Pretos Velhos), as sete maravilhas do mundo, as sete artes, os sete anões, as sete vidas do gato, o sete que a gente pintava quando criança, as sete cores do arco-íris, os sete sábios da Grécia Antiga, os sete dias de cada fase da lua, as sete chaves com que guardamos um segredo, as sete letras com que se escrevem todos os algarismos romanos, os sete jurados do tribunal, as sete vezes que eu votei no Lula, os sete membros que vão compor a Comissão da Verdade, as sete letras do meu nome, os setes do meu e-mail, os sete palmos de terra para onde vamos.
Enfim, o sete que sempre teve um importante significado na minha vida.
Esse misticismo em torno do sete é algo inexplicável, é um bicho-de-sete-cabeças.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

TIJUCA É CAMPEÃ DE NOVO

Paulo Barros, que em 2010 eletrizou a Sapucaí e levou a Tijuca ao campeonato com suas mágicas no enredo “É segredo”, deu a volta por cima e foi novamente campeão. 
Em 2011, com o enredo “Esta noite levarei sua alma”, Paulo Barros explorou o medo: decapitou os integrantes da comissão de frente, apresentou a corrida de Indiana Jones para não ser esmagado por uma enorme pedra e mostrou um  ataque de tubarão.
O Spielberg da Sapucaí novamente apelou para o ilusionismo e incomodou a crítica conservadora (ou mercenária) que não perdoou sua imensa criatividade. Acusaram-no de desrespeito à tradição das escolas de samba, de não saber apresentar um enredo tradicional e de reproduzir performances de artistas estrangeiros.
Não queriam que ele fosse bicampeão. Quem venceu foi a Beija Flor com um enredo chocho sobre Roberto Carlos. A Tijuca ficou em segundo lugar.
Ele agora voltou com um enredo tradicional. Também uma homenagem a um cantor, porém, no ano de seu centenário: “O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão”.
Uma homenagem mais do que merecida e que deu um enredo vibrante.
A homenagerm que Mangaratiba não quer fazer àquele que colocou a cidade no mapa do turismo nacional e internacional.
Aliás, nem precisa mais fazer tal homenagem. O Rio de Janeiro, o Brasil inteiro prestou essa homenagem a Luiz Gonzaga através da Unidos da Tijuca.
Paulo Barros não deixou de apresentar suas mágicas, suas ilusões e até a reprodução da performance de um artista estrangeiro que intitulou como a alma da sanfona.
Os bonecos de Mestre Vitalino com aqueles “zóinhos” miúdos e as asas brancas naquele céu de estrelas douradas demonstraram novamente toda a criativa concepção de Paulo Barros.
Ele deveria estar festejando o tricampeonato.

PORTELA ENTRE AS CAMPEÃS

Sábado, no desfile das campeãs, lá estará a Portela pela segunda vez neste século. Como eu escrevi, em 12 de janeiro, a Portela voltou a apresentar um samba-enredo com a dignidade, a essência e a nobreza da escola que mais vezes foi campeã.
Afirmei que o samba da Portela era O melhor do ano que, se não levá-la ao campeonato, conquistará a nota dez e todos os prêmios – Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, etc - de melhor samba-enredo”.
O samba obteve nota dez dos quatro jurados e conquistou os prêmios citados. Com exceção da Vila Isabel, nenhuma outra escola obteve nota dez dos quatro jurados em samba-enredo.
Eu vi a transmissão do desfile da Portela. Não chegou a empolgar, mas foi um desfile correto.
A transmissão da Globo é que foi algo insuportável. A narração, os comentários e as entrevistas me fizeram mudar de canal logo após a Portela.
Foi tão ruim como as transmissões de futebol que me fazem assistir sem qualquer som.
Soube agora que a Globo perdeu em audiência para a Record. O IBOPE marcou 14% para a Record e 13% para a Globo.
E com o patrocínio da Schin – coitada da Globo – nem pôde mostrar uma das minhas paixões - Jennifer Lopez - no camarote da Brahma.
No vídeo abaixo vê-se que ela também gostou do samba-enredo da Portela.

CARNAVAL É EM PARATY

Voltei. Foram cinco dias sem ouvir o funesto funk e sem ver a trágica ralé funkeira, aquela “ratataia” braba e feia que infesta Muriqui no carnaval.
Sem sentir o fedor de urina azeda pelas ruas.
Longe do espetáculo sinistro da pancadaria gratuita assistida sem qualquer reação pelas nossas imprestáveis "forças de segurança".
Respirei ares civilizados em Paraty. Gente bonita, festeira, tranquila e educada. Culinária de primeira classe. A melhor cachaça da região.
A Prefeitura colocou uma banda recheada com mais de 15 metais circulando pelo centro histórico ornamentado com grandes bonecos. Trombones, pistões, saxofones, clarinetes e um trio na marcação do ritmo das antigas marchinhas. Todos profissionais e muita gente bonita e fantasiada seguindo atrás e cantando alegremente.
Já são dois carnavais que passo  longe do horror relatado pela Leila em seu blog:
“Triste avalanche de pessoas, andando de um lado para outro... muita bebida vendida por ambulantes, muito carro de som tocando funk até o amanhecer, muita pancadaria, muito tiro, mortes, som de ambulâncias dia e noite, engarrafamentos, destruição, sujeira, palcos montados para privilegiar alguns, estacionamentos explorados em espaço público, drogas em vários pontos sendo vendida a luz do dia, falta de luz, falta de água, falta de DIGNIDADE!!!!!”
“Em Muriqui, repetiu-se toda a desordem dos demais distritos, com pancadaria e invasão da cabine da Guarda Municipal, onde o quebra-quebra foi geral.
De Segunda para Terça, os tiros rolaram na orla. De tal maneira que as pessoas corriam feito loucas com crianças no colo, outros caindo e sendo pisoteados. Alguns buscavam abrigo nas portarias dos edifícios.
O mijódromo em frente ao palanque armado, bem em frente ao quiosque do secretário de turismo, fedia dia e noite... ali mesmo eram vendidas as drogas, as bebidas e o maldito funk rolava de tal forma a afastar qualquer possibilidade de caminhar por ali.”

O Diário do Vale, no entanto, publica um relato inteiramente diferente do que disse a Leila:
“O carnaval em Mangaratiba arrastou milhares de pessoas pelas ruas do município. Muita animação, e show de criatividade dos foliões marcaram a folia. O prefeito Evandro Capixaba (PSD), folião assumido, fez questão de aparecer na festa.
- Todo ano vou para as ruas curtir o carnaval na cidade e, mesmo sendo prefeito agora, não podia ficar de fora do melhor carnaval que a cidade já teve. Estamos revivendo os tempos áureos do município, resgatando o carnaval de rua e o que é melhor, tudo muito seguro e tranquilo. A população e os turistas estão de parabéns pelo comportamento que apresentaram - destacou o prefeito.
- A festa foi muito bonita, sem uma confusão sequer, tudo dando certo e principalmente a percepção das pessoas, de compreenderem o verdadeiro espírito do carnaval, que são as brincadeiras, diversão e confraternização entre todos - disse André Banana.

Thamires Pessoa destacou o clima de paz que encontrou na cidade.
- O carnaval foi muito família, não teve confusão, só animação. Não perdi nem um minuto dessa festa - disse a moradora de Muriqui.”

Em quem devemos acreditar? Na Leila que tem credibilidade e mora na orla de Muriqui ou na matéria paga publicada no Diário do Vale?
O vergonhoso jornalismo da Costa Verde que vende sua pauta para ludibriar seus leitores incautos me faz acreditar no relato da minha amiga Leila.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NOVAMENTE A INVASÃO DE PRAIA

As críticas que venho fazendo aqui e toda a minha revolta contra o projeto turístico municipal, principalmente o famigerado “invasão de praia”, repercutiu na Câmara Municipal com um discurso veemente do vereador José Luiz do Posto. 
O vereador se referiu ao Projeto “Invasão de Praia”, realizado pela Prefeitura de Mangaratiba, como o Projeto “Agressão de Praia”, afirmando que foi enorme o ônus herdado pelo município com a sua desorganização.
Para José Luiz, a cidade não suporta ser invadida da forma como é em todo o Verão.
“Aqui se implantou o “Turismocídio”, pois um evento como este só serve para assassinar a temporada mais rentável para o comerciante local. O comércio estabelecido não aprova essa maneira desmedida de se comercializar o verão de Mangaratiba, feito sem responsabilidade, sem trazer quaisquer benefícios para a cidade”, afirmou o parlamentar.
Para José Luiz, os organismos de Segurança Pública deveriam entrar de cabeça neste circuito e, junto com isto, cabe ao Poder Público estabelecido amparar o cidadão local.
“Deus me livre, mas temo por uma tragédia de proporções inimagináveis por conta de um destes eventos”, previu o vereador Zé Luiz.
O parlamentar clamou pela união do Legislativo contra a realização de festas deste tipo, sem a organização necessária para sua realização, durante o período de verão.

“A cidade já fica cheia por suas belezas naturais e outras atrações tradicionais. Ela não precisa de atrações que apenas servem como pano de fundo para grupos promoverem a baderna em Mangaratiba”, sentenciou o Vereador.
Definindo sua posição neste quadro caótico, afirmou: “Minha posição pessoal não tem nada a ver com política. Não é oposição nem tampouco situação, é uma grita soberana de toda uma população ordeira, pelos valores de Mangaratiba”.
“A baderna tomou conta de pontos importantes da cidade e Mangaratiba foi entregue de mão beijada a turistas de oportunidade que não trazem benefício algum aos cofres municipais”, acrescentou José Luiz.
Acho que, como eu, toda a população ordeira de Mangaratiba está aplaudindo o vereador José Luiz do Posto em sua luta contra a desordem urbana do Município.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ENFIM, SETE...

Todos que me leem sabem da minha luta para corrigir o número errado da minha casa. Tudo começou em setembro/11 quando apelei para o Humberto.
Três meses depois, após algumas sarcásticas postagens, sem nada resolver e com a negativa da Sônia, apelei para o IBDDC em 8 de dezembro.
Quase dois meses após e cansado das promessas, decidi apelar para a Ouvidoria da Prefeitura em 3 do corrente mês.
A resposta foi imediata. Recebi telefonemas do Ouvidor – Júlio César – logo na segunda-feira dia 6. Conversamos e ele, sempre solícito, cortês e demonstrando ânimo firme na solução do problema, me afirmou que corrigiria o número errado.
Recebi, também, telefonemas do Patrick – assessor da Ouvidoria – a quem dei novos esclarecimentos. E como o mapa do local - eu o vi, é mais velho e deteriorado do que eu - existente no Setor de Cálculos da Secretaria de Obras me contradizia, ele, então, mandou um fiscal para verificar a numeração da rua em que somente a da minha casa estava errada.
Hoje, pela manhã, exatos seis dias úteis depois do meu contato pelo Fale Conosco no site da Prefeitura, o competente Ouvidor Júlio César me liga afirmando que o Evandro, reconhecendo o erro da Prefeitura anterior, deu a ordem para corrigir o número da minha casa.
Melhor ainda, mandou colocar o número que pedi: o místico número sete.
A Ouvidoria provou que funciona de fato. Provou sua habilidade e consideração no relacionamento com o contribuinte. Demonstrou o interesse e a vontade política no exercício correto de suas atribuições. Provou que a incompetência, a falta de consideração e respeito com o cidadão, a má vontade ou o desleixo de outros não são transgressões cometidas pelos que atuam na Ouvidoria.
Obrigado Júlio César, obrigado Patrick. Vocês foram dez. NOTA DEZ. Parabéns, vocês não possuem os vícios dos relapsos que parecem ter como objetivo denegrir a imagem da administração municipal.
Agora, só falta um documento da Prefeitura com a nova numeração para apresentar na Ampla e no Cartório. O Júlio César afirmou, e eu confio nele, que o terei logo após o carnaval.
Com o novo número, poderei ser encontrado facilmente pelos amigos, fornecedores e empresas com quem mantenho contato.
Obrigado Capixaba.
Peço-lhe que pretigie a Ouvidoria mandando colocar um link direto para ela no site da Prefeitura a fim de facilitar o contato de outros cidadãos. Aquele Fale Conosco apenas está escondendo o seu mais importante meio de comunicação com o povo de Mangaratiba.
E se você que me lê tem algo que dependa de uma ação da Prefeitura, faça como eu fiz. Escreva para a Ouvidoria.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

INVASÃO DE PRAIA

Não posso esquecer de agradecer em especial à população e aos turistas de Mangaratiba que estão tendo um comportamento exemplar” - disse o secretário de turismo sobre o evento que ele promoveu.
Eu não estava a fim de escrever sobre tal calamidade que reuniu meliantes daqui e de fora, a droga correndo solta e o bando aterrorizando os moradores de todos os distritos de Mangaratiba.
Acontece que morreram dois em Muriqui. Um, durante o evento, levou muita porrada e teve a garganta cortada por garrafa de cerveja quebrada na areia da praia. Outro que, para não apanhar, trancou-se num banheiro químico que foi derrubado e arrombado. Foi morrer segunda-feira no hospital.
Eu não vi nada disso, pois, como qualquer morador decente, nem cheguei perto. Fui informado por uma amiga que reside no local deste evento trágico e calamitoso. Ela contou apenas sete PMs para conter os constantes confrontos entre os delinqüentes e alguns GMs que nada representam em termos de segurança. Disse que imperou a desordem e a pancadaria. Que não dava para contar os menores em coma alcoólico.
E vem a prefeitura falar em comportamento exemplar.
Ela contou ainda que ao final do nefasto espetáculo, aí pelas duas da madrugada, a polícia se mandou e, imediatamente, começou a orgia de sexo, funk e drogas. Carros com a mala aberta e seus alto-falantes emitindo a pornofonia sonora acima de 100 decibéis até as cinco da manhã.
Ontem li que a nova invasão de praia que seria realizada no centro de Mangaratiba foi cancelada devido à greve das polícias civil e militar e dos bombeiros. E "que preocupada em garantir a segurança da população e a tranquilidade dos moradores da cidade, o governo municipal declarou que o evento não poderá prosseguir sem o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, pois se trata de evento que reúne centenas de pessoas".
É muita hipocrisia, uma impostura. Coisa de fariseus a manifestação de um sentimento louvável que não se tem.
Sobre o carnaval, a prefeitura de Mangaratiba irá aguardar nos próximos dias o desfecho da greve para se pronunciar – completa a notícia.
Isso, o cancelamento do carnaval, eu gostaria de ver, mas estarei em Paraty.
Faz-me lembrar quando o carnaval foi transferido para abril, em 1912, quando o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior) faleceu às vésperas da grande festa, em 10 de fevereiro - faz cem anos - causando consternação geral.
Neste ano, adivinhe: houve dois carnavais.

N.L.: ontem foi outro horror em Muriqui: a partir das 22 horas, do quiosque do Amaral até depois do quiosque do Vitinho, foi aquela orgia de funk, drogas, sexo e muita, mas muita pancadaria mesmo. Ambulância levando feridos. Tiros, tiros e mais tiros.
Infelizmente, ninguém morreu.
A PM, chamada por diversas vezes, não compareceu ao local.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MANGARATIBA x ITAGUAÍ

Em todo o país, apenas 14,7% dos alunos que cursam o 9º ano do ensino fundamental possuem o aprendizado adequado em matemática e somente 26,2% sabem o que é esperado em português. Entre os que cursam o 5º ano, são 32,5% em português e 34,2%, em matemática.
Os dados de 2009 apresentados nesta semana pelo Movimento Todos Pela Educação são medidos pela Prova Brasil, aplicada a estudantes pelo Ministério da Educação a cada dois anos.
Uma novidade divulgada este ano foi a estatística por município quanto ao aprendizado adequado nas 5ª. e 9ª. séries com base na Prova Brasil de 2009.
Em Mangaratiba, os alunos da 5ª. série saíram-se melhor em português – acima da média nacional - e mal em matemática, bem abaixo da média nacional.

Alunos da 5ª. série  de Mangaratiba com aprendizado adequado em português:
- em 2007...... 31.5%
- em 2009...... 33.6%
Houve uma melhora, mas a meta para 2009 era de 43.1%. A meta para 2011 é de 48.3%.
Alunos da 5ª. série de Mangaratiba com aprendizado adequado em matemática:
- em 2007.... 20.2%
- em 2009.... 26.1%
Houve uma significativa melhora, ficando acima da meta de 25.9% prevista para 2009. A meta para 2011 é de 32.2%.
Os alunos de Mangaratiba que cursavam a 9ª. série com aprendizado adequado em português já superaram a meta de 2011 que era de 28.3%:
- em 2007...... 20.8%
- em 2009...... 34.1%
A meta para 2009 era de 21.1%. Em matemática, os alunos da 9ª. série em Mangaratiba também obtiveram sucesso, dobrando o percentual de alunos com aprendizado adequado em matemática:
- em 2007......   7.8%
- em 2009...... 16.2%
Ficou um pouquinho abaixo da meta de 16.5% e se continuar assim atingirá a meta de 23.7% em 2011.
Apesar desses dados animadores, os alunos da 5ª. série de Mangaratiba ocupam apenas o 2247º (em português) e o 2797º (em matemática) lugares entre todos os municípios brasileiros.
Melhores colocações obtiveram os alunos da 9ª. série: 720º (em português) e 1271º (em matemática).
Quem se achar angustiado com tais posições pode se consolar com as colocações de nosso vizinho que, à época, tinha a deputada como Secretária Municipal de Educação.
Colocação dos alunos de Itaguaí com aprendizado adequado em relação a todos os municípios brasileiros:
- alunos de português na 5ª. série.........2812º lugar
- alunos de matemática na 5ª. série......3283º lugar
- alunos de português na 9ª. série........ 2349º lugar
- alunos de matemática na 9ª. série......3217º lugar

GANGA-ZUMBA

Filho da Princesa Aqualtune, reinou durante décadas, levando Palmares ao apogeu e a ser reconhecido como nação pela Coroa Portuguesa. Assinou um pacto em 1678, com o governador da Capitania de Pernambuco. Foi traído e assassinado no mocambo Cucaú por um seguidor de Zumbi.
A história comete uma grande injustiça quando conta a saga do Quilombo dos Palmares. Nela, Zumbi aparece como o grande e único personagem na luta contra o governo escravocrata. A verdade é que Palmares atingiu o apogeu graças a Ganga-Zumba, o grande estadista do quilombo.
Ganga-Zumba foi o primeiro grande chefe conhecido do Quilombo de Palmares. Era tio de Zumbi e celebrizou-se por ter assinado um tratado de paz com o governo de Pernambuco.
Em 1677, sob sua chefia, Palmares travou dura guerra contra a expedição portuguesa de Fernão Carrilho.

Nesta batalha, as tropas da coroa fizeram 47 prisioneiros, entre os quais dois filhos de Ganga-Zumba - Zambi e Acaiene - netos e sobrinhos. Um de seus filhos, Toculo, foi morto na luta. O próprio Ganga-Zumba foi ferido por uma flecha mas escapou.
Em 1678, o governador Pedro de Almeida fez a primeira proposta de paz a Ganga-Zumba, oferecendo ''união, bom tratamento e terras'', além de prometer devolver ''as mulheres e filhos'' de negros que estivessem em seu poder.

O  oficial enviado a Palmares para levar a proposta retornou a Recife, à frente de um grupo de 15 palmarinos, entre os quais se encontravam três filhos de Ganga-Zumba.
Em troca da paz, os palmarinos pediam liberdade para os nascidos em Palmares, permissão para estabelecer ''comércio e trato'' com os moradores da região e um lugar onde pudessem viver ''sujeitos às disposições'' da autoridade da capitania. Prometiam entregar os escravos que dali em diante fugissem e fossem para Palmares.

Em novembro, Ganga-Zumba foi a Recife assinar o acordo. Recebido com honrarias pelo governador, é cedida a ele e seus partidários a região de Cucaú.
Parte dos palmarinos, liderados por Zumbi, contrários ao acordo de paz, recusaram-se a deixar Palmares.

Para historiadores, Zumbi ofuscou Ganga-Zumba. Novas interpretações da história do Quilombo dos Palmares são apresentadas em alguns dos ensaios do livro ''História do Quilombo no Brasil'', lançado pela Companhia das Letras.
Trata-se de uma coletânea de 17 textos sobre quilombos brasileiros, de autores nacionais e estrangeiros, incluindo os organizadores João José Reis, professor de história da Universidade Federal da Bahia, e Flávio dos Santos Gomes, professor da Universidade Federal do Pará.
Os organizadores acham que ''é preciso rever Palmares à luz de novas perspectivas'' e que os documentos já descobertos são suficientes para se escrever a história do quilombo.
Os autores são da opinião de que é preciso rever o papel histórico de Ganga-Zumba e o tratado de paz por ele proposto aos portugueses, muito semelhante aos acordos celebrados entre escravos negros de outros países da América que conseguiram liberdade na mesma época.
''Ganga-Zumba é diminuído em função de uma historiografia do heroísmo'', afirma João José Reis, referindo-se ao fato de ter sido necessária a criação do herói Zumbi. Já Flávio Gomes é da opinião de que ''as pesquisas que existem hoje sobre Palmares são limitadas na perspectiva de análise e não nas informações''.
O professor João José Reis afirma:
Quero dizer que, é claro, todo herói tem que ser superdimensionado, ou não seria herói. Então, Zumbi não foge ao modelo. Mas nós não sabemos se, caso ele tivesse seguido a mesma estratégia conciliatória, Palmares teria sobrevivido.
O que Ganga-Zumba tentou foi feito em outros lugares da América e deu certo, no sentido de que grupos de quilombolas conseguiram a liberdade e sobrevivem até hoje com sua identidade própria.
É o caso dos Saramacas no Suriname. O conteúdo desses tratados é muito semelhante ao tratado do Ganga-Zumba, que já falava em concessões de terra, permissões de comércio etc.”

A história comete uma injustiça quando conta a saga do Quilombo dos Palmares.
Nela, Zumbi aparece como o grande e único personagem na luta contra o governo escravocrata. A verdade é que Palmares só atingiu o apogeu graças a Ganga-Zumba, o grande estadista do quilombo.
Pouco se sabe dele. Era um negro africano alto e forte que chegou a Palmares por volta de 1630. Nesta época, Palmares era formado por povoados, os mocambos (mukambo é esconderijo no dialeto banto). Ganga-Zumba sabia que um quilombo unido dificilmente seria vencido e procurou os líderes locais.
Reuniu os onze maiores mocambos em uma confederação e foi eleito comandante geral. E assim, iniciou-se o período mais próspero e feliz da existência de Palmares.
Porém, para tentar acabar com as tentativas de invasão que não cessavam e que obrigavam os habitantes de Palmares a viverem sempre na expectativa de uma guerra, Ganga-Zumba decidiu negociar uma paz duradoura com os brancos.

N.L.: lambido de fontes diversas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ZUMBI

Ganga-Zumba, tio de Zumbi, o primeiro líder do Quilombo dos Palmares, descendia de imbangalas, os senhores da guerra da África Centro-Ocidental. Lá, nos ataques a comunidades vizinhas, recrutavam garotos para transformá-los em guerreiros e adultos para trocá-los por ferramentas e armas com os europeus. As mulheres seqüestradas ficavam com os guerreiros como esposas. Outras práticas incluíam a morte de escravos antes das batalhas, canibalismo e infanticídio.
Estima-se que três quartos dos l,7 milhão de escravos entregues pelos negros africanos nas praias para os portugueses vieram da África Centro-Ocidental. Muitos guerreiros também acabavam sendo escravizados e foi assim, provavelmente, que os pais ou avós de Zumbi chegaram ao Brasil.
O Quilombo dos Palmares (atual União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino formado por escravos que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ocupava uma área quase do tamanho de Portugal e situava-se no interior da Bahia, onde hoje é o estado de Alagoas. Sua população alcançava cerca de trinta mil pessoas.
Segundo relato do capitão holandês João Blaer ,que lutou contra o quilombo em 1645, todos os quilombolas eram “...obedientes a um que se chamava Ganga-Zumba, o rei e senhor de todos; tem palácio, casas de sua família, é assistido por guardas e oficiais; é tratado com todos os respeitos de rei e com todas as honras de senhor; os que chegam a sua presença ajoelham-se e batem palmas em sinal de reconhecimento; chamam-no majestade e obedecem-no com admiração.”.
Em 1678, Ganga-Zumba aceitou um tratado de paz oferecido pelo governador de Pernambuco. Ganga-Zona, irmão de Ganga-Zumba, participou do acordo e mudou-se com Ganga-Zumba e parte da comunidade para a região de Cacaú.
O acordo de paz foi desafiado por Zumbi, um dos sobrinhos de Ganga-Zumba, que se revoltou contra ele. Ganga-Zumba foi, então, envenenado por um seguidor de Zumbi.
Em 1680, Zumbi assumiu o lugar de Ganga Zumba, revelou-se grande guerreiro e organizador militar, passando a comandar a resistência contra as tropas portuguesas.
Zumbi tinha escravos. Ele mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para trabalhos forçados no Quilombo dos Palmares. Também seqüestrava mulheres e executava aqueles que queriam fugir do quilombo.
A escolha em viver no quilombo era um caminho sem volta. “Quando alguns fugiam, Zumbi mandava guerreiros em seu encalço e, uma vez pegados, eram mortos” – afirma o capitão João Blaer.
Deve-se à historiografia marxista o fato de Zumbi ser muito mais importante atualmente do que Ganga-Zumba. O primeiro ficou para a história como herói da resistência, enquanto Ganga-Zumba, que resistiu por mais que o dobro do tempo de Zumbi, faz o papel de traidor da causa devido ao acordo de paz que fez com os portugueses.
Acordos entre comunidades negras e europeus eram comuns na Amérca Latina e nem sempre os quilombolas cumpriam a promessa de liberar os escravos sequestrados.
No Suriname, o quilombo dos samaracás respeitou o acordo com os holandeses e conseguiu manter o povoado protegido dos ataques. Tem hoje 55.000 habitantes.
Renegando o acordo de Ganga-Zumba com o governador, Zumbi pode ter agido contra o próprio quilombo provocando a sua destruição, a sua morte e a de milhares de quilombolas.
Decidi fazer essa postagem porque estranhei a foto da inauguração do busto de Zumbi, em Conceição de Jacareí (acima). O único negro à frente da solenidade é o próprio homenageado.
 
Fonte: “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, livro escrito por Leandro Marloch fundamentado em diversas outras fontes.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

ARRIVEDERCI, GOOD-BYE, AUREVOIR

Hei de esquecer o passado,
Do escuro que lá deixei...
Só me lembrar do futuro
Dourado que imaginei...
Os sonhos que foram meus
Tu recusaste sonhar.
Vai, se é por falta de adeus:
Arrivederci, good-bye, aurevoir.
O teu amor foi mistério,
Não foi jogo sério,
Um eterno suspense.
Teu coração tão covarde,
Na realidade, não convence
Nem vai te dar a metade
Do bem que eu te quis.
Pra te falar a verdade, só ele te faz infeliz.
O teu amor foi piada, eu caí na cilada,
Não tem solução.
Nosso amor deu em nada,
Foi conto de fada, apostei na ilusão.
Eu perdi a parada e aprendi a lição