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quinta-feira, 27 de maio de 2010

LOST

Foram seis anos de agonia e intenso sofrimento. Quando via aquela placa do “bispo” Macedo – PARE DE SOFRER – jamais pensei em entrar no reduto dele, mas decidia sempre: “vou parar de ver LOST”. Até que chegava uma nova terça-feira e lá estava eu diante da TV para ver mais um de seus 121 capítulos.
Eu os assisti a todos – eu e outros milhões de telespectadores em todo o mundo - sempre perplexo por não entender nada do que acontecia. Jamais soube quando os fatos aconteciam no passado, no presente ou no futuro. A série foi tão absurdamente confusa que milhões a abandonaram. Mas, eu não. Foi um notável e duradouro teste para a minha paciência.
Aturei com galhardia aquela torrente impetuosa e complexa de mistérios e enigmas que a minha modesta inteligência foi incapaz de explicar ou compreender. E que jamais foram esclarecidos. Dizem que foram 127 mistérios no total.
Felizmente acabou. Estava perdido e finalmente fiquei livre, mas continuo vivo. Diferente dos personagens que perdidos numa ilha remota e assombrada, livraram-se do sofrimento – parece, não dá para ter certeza de nada em LOST – com a morte de todos.
Foi uma morte gloriosa em que todos permaneceram vivos. Excluindo o Rodrigo Santoro que participou de alguns capítulos e foi enterrado vivo.
Apesar de ter sido sempre contrária à razão e ao bom senso, LOST foi e será sempre a série de maior sucesso deste século. Desde sua estreia, em 2004, LOST recebeu 176 indicações para o Emmy Awards, Golden Globe Awards, Golden Reel Awards,Satellite Awards, Saturn Awards, TCA Awards, Teen Choice Awards, Writers Guild of America Awards e inúmeros outros. Ganhou 58 prêmios, incluindo Globos de Ouro e Emmys.
Pergunto a mim mesmo, o que fez tanta gente acompanhar tanto disparate, tanta falta de respeito com a inteligência do telespectador, tanta complexidade? O último capítulo que durou duas horas e meia serviu somente para confundir com ainda mais mistérios a cabeça do perplexo e atormentado telespectador.
Creio que o que me fez assistir a todos os capítulos foi a Evangeline Lilly - a Kate - que, no final, surgiu ainda mais linda, sensualíssima, espantosamente sexy. Foi um presente dos produtores em retribuição à paciência de quem assistiu a série.
Fica para os aficionados da SENA um dos mistérios não revelados: a série de números – 4, 8, 15, 16, 23, 42 - com que Hurley ganhou um prêmio milionário antes de cair na ilha e que depois apareceu inscrita em uma das locações do Projeto DHARMA (que projeto foi esse, meu Deus?).

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