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sábado, 31 de julho de 2010

IBOPE: Dilma 39x34 Serra

O IBOPE retirou a escada e deixou o DATALHA pendurado na broxa. E agora, José? O VOX POPULI e eu estávamos com a razão.
E a Osmarina, heim? Que coisa! Continua patinando na esteira rolante de sua campanha. Pior será quando começar a propaganda na TV. Quem viver verá.
Nosso futuro governador não estará proibido de entrar nos EEUU.
A proibição seria uma vergonha para o povo fluminense.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

FRUTOS PODRES

Apenas uma laranja podre, em pouco tempo, consegue estragar todas as cinquenta laranjas de um saco.
Então, 750 laranjas podres conseguem estragar 37.500 laranjas.
Isto é certeza aritmética ou é apenas um sofisma?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SERRA SUBIU NO TELHADO

Como o gato da anedota, e antes mesmo da campanha na TV, Serra subiu no telhado e leva consigo as suas patranhas.
Após ficar comprovado que ele não teve nada a ver com o FAT, com o seguro-desemprego, com a quebra de patente de medicamentos nem que enfrentou a repressão da ditadura, agora, o patranheiro desmente a si próprio.
Negou ontem o que vinha afirmando insistentemente em discursos e na propaganda partidária na TV.
"Não fui eu quem(sic) inventei o genérico. O genérico já existia, eu nem sabia disso quando assumi o Ministério da Saúde. No meu discurso, não tinha(sic) a palavra genérico. Um dia, o Ronaldo César Coelho, que é banqueiro e amigo nosso, disse: tem esse negócio de genérico, você não quer dar uma olhada. Eu disse: boa briga, vamos em frente" - disse Serra.
Está em O Globo de hoje. E disse mais: "Toquei o programa da AIDS para acontecer na prática, mas não foi ideia minha."
Porém, continua a mentir: "O Instituto do Câncer, um dos melhores da América Latina, foi ideia minha" - afirmou. O INCA teve seu início na década de 30 com Getúlio Vargas.
Mas, o patranheiro ainda insistiu que a campanha está repleta de "insultos, mentiras e truques".
As mentiras, os insultos, os truques, são todos da autoria dele e de seu vice Indiota.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CASSADO O PREFEITO DE MANGARATIBA

Acaba de ser cassado, por três votos a dois, o prefeito de Mangaratiba Aarão de Moura Brito Neto em sessão ordinária do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Cassado também o vice-prefeito Marcelo Tenório da Cruz. O motivo da cassação foi abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O processo vinha se arrastando no TRE e finalmente foi mantida em plenário a decisão anterior do juiz de Mangaratiba - Dr. Márcio da Costa Dantas - proferida há exatamente 12 meses.
Não posso mais chamá-lo de futuro ex-prefeito. Agora, Aarão é, de fato e de direito, o  ex-prefeito de Mangaratiba.
Ele dizia que a legitimidade de seu mandato estava em Deus. Dizia que foi eleito com a anuência e pela vontade de Deus e que quando é vontade de Deus ninguém tira. Dizia, também, que “Ele vai honrar o Nome Dele e vai nos honrar, porque foi Ele que nos outorgou o mandato".
O nosso ex-prefeito parecia considerar-se um enviado de Deus que estaria acima da Lei e da ordem. Um ser perfeito e iluminado que estaria acima do mortal comum. Uma deidade que deveria ser admirada e venerada. Um demiurgo.
Preveleceu a Lei e, até a realização de nova eleição dentro de, no máximo, noventa dias, tomará posse como prefeito o atual presidente da Câmara de Vereadores.
Kabeça assumirá a vaga de vereador até a volta de Edinho à presidência da Câmara.
Entretanto, o ex-prefeito ainda poderá apelar para uma medida protelatória: o embargo de declaração que o manteria no cargo por mais uns quinze dias e evental recurso ao TSE. E tal como aconteceu com a Rosinha, em Campos, sofreria uma nova derrota em poucos dias.
O relator do processo, juiz Luiz Márcio Pereira, afirmou que os fatos relatados nos autos "são exemplos do mais completo descalabro e desrespeito ao interesse público" - e completou - "trata-se de um estelionato eleitoral".
Infelizmente, este blog perderá um dos principais temas de suas postagens: as grotescas medalhas e os ridículos prêmios que eram frequentemente "conferidos" ao ex-prefeito.

domingo, 25 de julho de 2010

DATAFALHA: Dilma 41x30 Serra

É isso mesmo: 41% dos entrevistados pela DATAFALHA apostam na vitória da Dilma e apenas 30% acham que o Serra vai vencer a eleição. Há ainda 2% que apostam em uma vitória da Marina e 26% que não sabem quem será eleito.
Quem aposta na vitória da Marina só pode ser eleitor de quem? E quem aposta que o Serra será eleito vai votar em quem? Na Dilma?
E quem aposta na Dilma? Pode até votar na Marina como uma amiga minha, mas no Serra não.
Até o eleitor daquele que lambe coturnos e está proibido de entrar nos EEUU pode apostar na vitória do Sérgio Cabral. Mas, o eleitor do Serra apostar na vitória da Dilma - seja qual for a variável - é inadmissível.
Afinal, os dois estão "empatados" como quer o DATAFALHA.

Dos eleitores da Dilma, apenas 19% admitem que podem mudar o voto; enquanto 30% dos eleitores de Serra admitem que poderão votar em outro candidato a presidente. E na resposta espontânea, a Dilma ganha do Serra.
E a DATAFALHA ainda vem descaradamente falar em "empate técnico" entre Dilma e Serra. Pô! para com isso...
Quando eu digo que a DATAFALHA faz pesquisa nas coxas, em plena rua, sem qualquer estratificação, sem controle, sem supervisão, sem responsabilidade, ainda há quem duvide.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

VOX POPULI: Dilma 41x33 Serra

Quando eu analisei os últimos dados do IBOPE e do DATAFALHA, disse que uma pesquisa feita nas coxas, em plena rua, sem qualquer estratificação, sem controle, sem supervisão, não poderia apresentar resultados idênticos à pesquisa do IBOPE realizada com toda a metodologia exigida. E por isso não poderia acreditar nem no IBOPE nem no DATAFALHA.
E disse ainda que só mudaria de opinião se o VOX POPULI me desmentisse.
Taí o VOX POPULI colocando ordem na casa: Dilma tem oito pontos à frente de Serra. E a Marina, coitadinha, continua patinando nos 8% de intenção de voto.
Na pesquisa espontânea, Dilma alcançou 28%, Serra 21% e Marina 4%. O presidente Lula, que não é candidato, tem 4%, e o candidato apoiado por ele 1%. Mais 5% para a Dilma.
Dilma Rousseff mostrou seu melhor desempenho na região nordeste, onde chega a 54% contra 24% de Serra e 5% de Marina. Serra está melhor na região sul com 39%, mas a Dilma cresceu e chega quase lá com 35%. Na região sudeste, verifica-se um quase empate: Serra tem 36% e Dilma 34%. Por enquanto.
Pela primeira vez, Dilma lidera no eleitorado feminino com 38% contra 32% de Serra. Entre os homens, Dilma sempre liderou e agora está com 43% contra 34% de Serra.
Dilma só perde no quesito rejeição: tem 17%, contra 24% do Serra e, aqui sim, a Marina se apresenta com um bom índice de 20%. Talvez, pelo seu jeitão de mulher submissa que apanha do marido.
A Folha publica amanhã os resultados de pesquisa DATAFOLHA sobre intenção de voto para presidente da República e para governador em sete estados, inclusive no Rio de Janeiro. Será que terão de novo o descaramento de manipular os resultados?

PARABÉNS AARÃO

Desta vez, não farei qualquer ironia e vou deixar de lado o meu estilo sarcástico e ferino em relação aos inúmeros e meritíssimos prêmios, títulos e medalhas concedidos à Mangaratiba e ao seu prefeito. Vejam que nem coloquei aspas no parabéns do título.
Afinal, o nosso futuro ex-prefeito – isso não é sarcasmo, é a verdade que ocorrerá na próxima segunda-feira 26 – foi escolhido como um dos 100 melhores prefeitos do Brasil pela Organização Mundial de Estados, Municípios e Províncias - (http://omemp.org/) - obscura entidade orgulhosamente presidida pelo chanceler (tem algo a ver com alguma loja maçônica) Ramon Marcos Morais.
Sim, amigos leitores: Aarão de Moura Brito é um dos 100 melhores prefeitos brasileiros.
Duvidam? Vão lá no Blog Oficial da Superintendência de Comunicação da Prefeitura de Mangaratiba (clique aqui). Está lá registrado para a eternidade todo o texto em itálico que reproduzo a seguir: “em sua 15ª edição, a organização Brasil Américas homenageia as lideranças políticas municipais que mais se destacam na administração pública. Aarão disse que o prêmio é fruto do trabalho de todos os servidores da Prefeitura.”
“Do mais humilde funcionário ao secretário, todos são responsáveis e merecedores deste prêmio. Um homem sozinho não faz nada. É preciso trabalhar em equipe. Nossa Prefeitura tem um secretariado eficiente e servidores dedicados”, disse Aarão, o único prefeito do Rio a participar do evento.
Por que será que ele foi o único? Será ele o melhor prefeito do nosso estado? Nem o prefeito de Piraí recebeu a meritória láurea? Desculpem, acho que fui sarcástico.
O sábio chanceler afirmou que “Mangaratiba é a cidade fluminense com maior potencial turístico para os próximos anos e possui o orçamento mais bem estruturado do Rio. Por isso, a cidade merece esse prêmio”.
Ressaltou ainda outro pré-requisito para que Aarão fosse agraciado: sua ficha limpa como político. “É primordial que um prefeito tenha um currículo sem quaisquer crimes ou condenações. Nossa organização não cometeria esse absurdo de conceder prêmios a quem tem ficha suja”, completou.
Ainda bem que ele concedeu o prêmio com uma semana de antecedência.

QUEM É EDUARDO JORGE?

Quem é esse desconhecido que todo santo dia surge nas páginas da imprensa alimentando um pseudo-dossiê sobre a violação de suas declarações de renda que estão na internet desde tempos medievais (clique aqui) ? Que importância teria ele hoje para a atual campanha eleitoral? Qual seria a vantagem a ser obtida com a cópia de suas declarações de renda?
Vou reproduzir uma extensa reportagem da Veja de 17 de julho de 2000 - que tenta limpar o nome de FHC - para esclarecer quem é esse indivíduo que todos ignoram. Não é flor que se cheire não.
A revista Isto É também falou dele. Leia aqui.
– O senhor acha que ele pode estar usando seu nome para facilitar negócios, presidente?
– Não tenho provas, mas não tenho dúvidas.
Diálogo de Fernando Henrique e um ministro sobre Eduardo Jorge

Brasília mergulhou na semana passada numa crise política criada por um motivo errado mas com um personagem certo, o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira.
O motivo errado: a tempestade em torno das suspeitas de que, em 1996, o Planalto teria facilitado a liberação de verbas para a obra superfaturada do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
A construção recebeu 231 milhões de reais, dos quais 169 milhões foram desviados. A denúncia sugeria que o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso teria usado o cargo para dar dinheiro público a uma quadrilha especializada em desviar dinheiro público. Como se veria, os indícios de que isso teria ocorrido não se sustentam.
A participação provada de Fernando Henrique no processo se resumiu a enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei com um pedido de suplementação de 25 milhões de reais em favor da obra. Antes de qualquer outra consideração, é preciso lembrar que na época do pedido, meados de 1996, a obra era tida como regular.
Seu responsável, o juiz Nicolau dos Santos Neto, que mais tarde se revelaria o notório La-Lau, tinha reputação de magistrado correto. O Ministério Público só abriria inquérito para apurar irregularidades naquela construção no ano seguinte. E apenas em 1998, dois anos depois, portanto, o prédio do TRT seria incluído pelo Tribunal de Contas da União na lista de obras públicas suspeitas de irregularidades para as quais a liberação de verbas estaria condicionada à solução dos problemas.
Desta vez, o próprio Palácio do Planalto deu sua contribuição para que a confusão ganhasse corpo. Divulgou-se uma explicação apressada e bizarra. "Não cabe ao presidente da República ler o que assina, a responsabilidade é do ministro que leva ao gabinete a pasta de despachos", informou um assessor.
Feita para defender FHC, a frase foi lida quase como uma confissão de culpa. Afinal, a equipe de comunicação do governo apresentava o presidente como um nefelibata pronto a assinar documentos cujo teor desconhece. A resposta produziu ainda outro efeito negativo para Fernando Henrique. Ao dizerem que ele desconhecia o teor do papel que levou sua assinatura, os assessores atiçaram a suspeita de que haveria irregularidades no documento. Ou seja, caso o presidente conhecesse seu conteúdo, teria tomado a atitude correta de atirar o documento ao lixo. Na verdade, o documento era inócuo. Tratava-se de um projeto de lei que, para ter vida, precisaria ser aprovado pelo Congresso.
O caso do prédio do TRT ganhou fôlego na quinta-feira, com a publicação pela revista IstoÉ do conteúdo de uma fita com uma entrevista atribuída ao juiz Nicolau dos Santos Neto. Nela, uma voz descreve como conseguia liberar verbas oficiais: com a ajuda de altos funcionários do governo, em especial de Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência, e do hoje ministro Martus Tavares, do Planejamento. Os trechos divulgados não fazem uma única referência a corrupção ou irregularidades, mas azedaram ainda mais o clima.
A crise parecia destinada a assumir proporções de catástrofe quando começou a se dissipar por força das próprias inconsistências. Logo se soube que o projeto com o pedido de suplementação de verba enviado ao Congresso por FHC fora assinado por sessenta deputados paulistas – entre eles doze do PT, justamente o partido que pedia a condenação do presidente por não saber onde coloca sua assinatura. "Os deputados do PT que aprovaram esse projeto vão ter de se explicar", declarou o presidente de honra do partido, Luís Inácio Lula da Silva. Pura bazófia. Assinaram porque a obra naquela época nada tinha que despertasse a atenção dos vigilantes deputados petistas ou do presidente da República e seus auxiliares. Isso coloca os petistas na mesma posição do presidente que querem incriminar: ou eles também não lêem o que assinam, ou são cúmplices de Lau-Lau. Ambas as hipóteses são absurdas.
Com a divulgação da fita, Brasília entrou no modo de ebulição tão peculiar em momentos de crise. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu a cabeça de Martus Tavares. "Esse moço foi de uma irresponsabilidade total", afirmou. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, inocentou o presidente de qualquer culpa, mas não poupou Tavares. "A responsabilidade é do ministro."
Na noite de quinta-feira, o presidente convocou uma reunião no Palácio do Planalto para avaliar o estrago. Outra reunião seria feita na sexta-feira, dessa vez no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente. A tensão pode ser medida pelo teor de uma nota oficial divulgada na semana passada. Nunca, em todas as crises anteriores – e não foram poucas –, o presidente precisou soltar um comunicado reafirmando seu compromisso com a "correção com o trato da coisa pública", segundo suas palavras. A nota seguia garantindo aos brasileiros que o Planalto não vai "acobertar" nenhum deslize penal praticado eventualmente pelo ex-secretário-geral do Planalto (Eduardo Jorge).
Fruto de reportagens exageradas, requentadas e de uma fita em que um criminoso procurado pela polícia acusa funcionários públicos, a crise da semana passada – na ausência de um fato novo – tem poucas chances de evoluir para uma tempestade de granizo sobre o Planalto. É uma crise de motivação equivocada, portanto.
Já o personagem que a perpassa, Eduardo Jorge Caldas Pereira, um economista que trabalhou mais de quinze anos com FHC, quatro deles no Palácio do Planalto no posto de secretário-geral da Presidência, traz em si todos os ingredientes para fomentar uma crise de verdade. Ao deixar o governo, há dois anos, o ex-assessor participou da campanha da reeleição presidencial e atualmente ganha a vida – e que vida! – como consultor.
Para começo de conversa, Eduardo Jorge é amigo pessoal dos dois pilares podres que ruíram com a descoberta dos desvios de dinheiro da obra do TRT, o juiz La-Lau e o senador cassado Luiz Estevão. A amizade do ex-assessor com o ex-senador é antiga, muito próxima e inclui os familiares de lado a lado. Os casais se freqüentam. Quanto ao seu relacionamento com o juiz, o ex-assessor do presidente terá ainda muito que explicar.
Para tornar mais confusa a participação de Eduardo Jorge nesse caso, o jornal O Estado de S. Paulo publicou na sexta-feira reportagem mostrando que o escritório de advocacia Caldas Pereira, que tem entre seus sócios dois irmãos e uma sobrinha do ex-assessor, trabalhou para a Incal. É isso mesmo, a Incal é aquela construtora responsável pelo prédio do TRT, cujos diretores chegaram a ser presos e só foram restituídos à liberdade mediante habeas-corpus.
De acordo com um ministro que esteve com o presidente na semana passada, depois do estouro da crise, a preocupação de FHC com uma possível investigação em torno de sua participação no caso TRT é nula. "Não tenho nada a ver com essa história e serei o maior defensor das investigações", comentou. Seu receio chama-se Eduardo Jorge. O presidente diz a pessoas próximas que já ouviu muita maledicência a respeito do antigo auxiliar, mas nunca lhe levaram uma prova ou indício concreto contra ele. "Eu me sentiria traído caso isso ocorresse", disse FHC. Na conversa com o ministro, o presidente foi confrontado com a pergunta:
– O senhor acha que Eduardo Jorge pode estar usando seu nome para facilitar negócios, presidente?
Fernando Henrique respondeu:
– Não tenho provas, mas não tenho dúvidas.
O senador Pedro Simon faz ameaça contra o governo: "Ou sai esse moço, o Martus Tavares, ou sai a CPI para investigar o envolvimento de Eduardo Jorge no caso do TRT"
O ministro ficou tão impressionado com o que ouviu que decidiu reproduzir o diálogo a pelo menos dois parlamentares de sua confiança. Conhecido nos tempos do Planalto como "O Sombra", por sua aversão aos holofotes, Eduardo Jorge saiu do governo há dois anos. A versão que prevaleceu sobre a saída foi que o antigo assessor estava cansado.
Responsável pelo serviço de informações do governo, hoje entregue ao Gabinete Militar, Eduardo Jorge checava a biografia de todos os candidatos aos cargos de alto escalão. Eduardo Jorge também atuava como ponte entre o governo e a direção dos fundos de pensão das estatais, instituições que movimentam bilhões de dólares e decidem qualquer parada nas privatizações. Outra de suas funções era articular o apoio da base governista para acelerar a tramitação de projetos e emendas de interesse do Planalto. No final de 1998, Eduardo Jorge confessou a amigos que deixava o governo também por razões financeiras. "Preciso ganhar dinheiro", disse ele na época.
Desse ponto de vista, a saída de Eduardo Jorge do governo tem sido um sucesso. Trabalhando como consultor, tira quase 1 milhão de reais por ano, salário de presidente de multinacional. Os clientes lhe pagam entre 15.000 e 18.000 reais por mês para tê-lo como "conselheiro", segundo as próprias palavras. "Não faço lobby", disse Eduardo Jorge a VEJA. Não se pode dizer que ele seja um lobista como outro qualquer. O lobista, por definição, é um sujeito que, trabalhando para uma empresa, tenta aproximar-se dos governantes para viabilizar negócios. Eduardo Jorge é bem mais que isso. Pelos altos cargos que ocupou, é recebido com muito mais facilidade.
Uma parte significativa de seus proventos vem de sua atuação na área de seguros. Sua entrada formal, como dono, no ramo dos seguros foi no ano passado, quando se tornou sócio de 10% de um grupo chamado Meta que atua como corretora de seguros de vida e de planos de saúde. O grupo fatura 130 milhões de reais por ano e tem tradição de vender serviço a empresas estatais. Outra empresa de seguros da qual o secretário participa como conselheiro é a Delphos. Detalhe: nas duas últimas eleições presidenciais, o grupo Meta doou 250.000 reais a Fernando Henrique, e a Delphos, outros 200.000.
Desde que entrou para a Meta, a empresa já fechou dois bons contratos em áreas onde o livre trânsito de Eduardo Jorge no governo foi fator decisivo. Em fevereiro deste ano, o grupo Meta atuou como corretora de um contrato de seguro-saúde para 20.500 funcionários e ex-funcionários do Ministério dos Transportes e seus dependentes no valor de 6,5 milhões de reais. A seguradora, escolhida por meio de carta-convite, é a BrasilSaúde, do Banco do Brasil, que na data do contrato era presidida por José Maria Monteiro. Sua nomeação para o cargo passou pelas mãos de Eduardo Jorge. O contrato foi feito sem licitação. O argumento do ministério é de que o edital não ficou pronto a tempo. Na semana passada, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, contou à imprensa que foi procurado por Eduardo Jorge para tratar de negócios.
As andanças de Eduardo Jorge pelos negócios de seguro despertam suspeitas potencialmente explosivas. Uma delas diz respeito justamente a sua atuação num negócio entre o Ministério dos Transportes e a seguradora do Banco do Brasil. Nessa transação, a empresa da qual ele é sócio recebeu uma comissão. Por melhores que tenham sido as condições de corretagem oferecidas pela empresa de Eduardo Jorge, fica no ar a desconfiança de favorecimento. O pecado está no fato de Eduardo Jorge ter intermediado uma operação entre um ex-colega de governo, o ministro Padilha, e o presidente da seguradora estatal que assumiu o cargo com a sua ajuda. Monteiro deixou o BB três meses depois.
Outro bom contrato foi fechado com a Telemar, o consórcio de telefonia. O grupo Meta atuou como corretor de seguros de todos os funcionários da empresa, 25 000 no total. Coincidência ou não, quando ainda estava no governo, Eduardo Jorge participou ativamente da formação do consórcio que venceu a licitação para a compra da Tele Norte Leste. Ele conduziu as seguradoras ligadas ao Banco do Brasil a se associar ao grupo integrado pelo empresário Carlos Jereissatti, a Andrade Gutierrez e a Inepar. Seu parceiro nessa operação foi o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, demitido no escândalo do grampo do BNDES. "O pessoal do Jereissatti negociou a corretagem com o Meta. Sei que entre eles existe esse tipo de relação", afirma Pedro de Freitas, presidente da seguradora da Caixa Econômica Federal (Sasse).
Eduardo Jorge estabeleceu conexões proveitosas no mundo empresarial. Sua opção preferencial pela área de seguros foi providencial. Um de seus grandes amigos no governo é justamente Pedro de Freitas, o presidente da Sasse. Ambos se falam semanalmente, almoçam juntos pelo menos duas vezes por mês, mas juram que conversam apenas "sobre questões pessoais". No mercado de seguros há 35 anos, Freitas sustenta que Eduardo Jorge jamais lhe pediu conselhos, orientação ou qualquer outra informação estratégica. Outra amizade "desinteressada" feita por Eduardo Jorge durante o governo foi com o presidente da Aliança do Brasil, uma coligada do Banco do Brasil na área de seguros, Manoel Pinto. Com ele, Eduardo Jorge tem uma história complicada. Em dezembro de 1996, antes de assumir a seguradora (por indicação de Eduardo Jorge), Pinto teve o seu nome envolvido num escândalo político. Então assessor da presidência do Banco do Brasil, foi apontado como o autor de uma lista contendo o nome dos deputados do PPB que tinham dívidas com o Banco do Brasil. Essa lista serviria para pressionar os parlamentares a votar a favor da emenda da reeleição. Na ocasião, o ex-ministro da Coordenação de Assuntos Políticos Luiz Carlos Santos, hoje presidente de Furnas, acusou Eduardo Jorge de ter sido o mentor intelectual do documento. O ex-assessor de FHC jura inocência até hoje. Mas a dúvida nunca se dissipou totalmente.
Num escritório de consultoria que mantém em Brasília, o EJP, o ex-assessor recebe parlamentares e funcionários da alta burocracia federal. Um senador que esteve lá e pede para não ser identificado conta que foi tratar de assuntos partidários, da mesma forma que fazia quando Eduardo Jorge trabalhava no Planalto. O ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Milton Seligman também foi visitar Eduardo Jorge no escritório. "Fui despedir-me dele e ver se seria possível me ajudar a fazer contatos para meus negócios futuros", conta Seligman. Além do EJP, o Sombra tem participação acionária na LC Faria Consultoria, uma empresa com um ano de vida, tocada pelo seu ex-chefe de gabinete, Claudio de Araújo Faria. Durante todo o tempo em que ocupou o terceiro andar do Planalto, Eduardo Jorge teve Faria como seu assessor. Quando Eduardo Jorge saiu do governo, seu auxiliar também pediu as contas. A rigor, a LC Faria é uma empresa que presta o mesmo serviço que a EJP. Por que ele teria interesse em ser sócio de uma empresa que é sua concorrente em potencial? Ninguém sabe ao certo. Mas isso já desperta suspeitas. Uma das explicações pode estar guardada com os promotores de Justiça. O Ministério Público está investigando as empresas de Eduardo Jorge.
Com o presidente, a relação permaneceu próxima mesmo depois da demissão formal. E foi mantida mesmo depois que se revelaram na Justiça suas ligações com o juiz La-Lau em junho do ano passado. Eduardo Jorge costumava freqüentar o gabinete de FHC e chegou a assistir a algumas audiências. Numa dessas ocasiões, há cerca de oito meses, o ex-assessor participou de um encontro entre FHC e o diretor do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Trataram da imagem presidencial. "Quando eu cheguei ele já estava lá. Quando saí, ele permaneceu", conta Montenegro. Mais de uma vez foi visto também no Palácio da Alvorada, inclusive em finais de semana. No fim do ano passado, Fernando Henrique o presenteou com uma fotografia oficial autografada. No réveillon, ele fazia parte da lista de convidados do presidente, que assistiu ao show de fogos de artifício de dentro do Forte de Copacabana.
Na semana passada, FHC conversou por telefone com um amigo empresário, de São Paulo. Com a liberdade de quem conhece o presidente desde a década de 70, o empresário perguntou por que FHC não rompe de vez com Eduardo Jorge. "Nada me contaram de concreto até agora sobre ele. Mas se algo desastroso vier a ser revelado a mim sobre ele, não hesitarei em tomar providências", disse FHC.
Amigos próximos de Eduardo Jorge ainda no governo acham que ele está se expondo demais, exibindo sinais exteriores de riqueza que ele nunca ostentara. Ao comprar um apartamento de 1 milhão de reais no Rio de Janeiro, no exclusivo condomínio Praia Guinle, Eduardo Jorge ingressou num círculo social habitado por empresários e artistas milionários. Da relação de moradores, não faz parte nenhum funcionário público. Para comprar o imóvel, Eduardo Jorge obteve um empréstimo de 300.000 reais do BancoCidade, que possui apenas 8.000 pessoas físicas em sua carteira de clientes. A fama do banco é trabalhar com o alto empresariado, não com funcionários públicos aposentados, como Eduardo Jorge. Pelo menos o Eduardo Jorge que o presidente conheceu – um rábula dedicado, brilhante conhecedor de leis e que foi seu leal auxiliar por mais de quinze anos. Os sinais são de que aquele servidor não existe mais. Foi substituído por um grande facilitador de oportunidades que envolvem esferas de governo. A questão que interessa ao país é saber se FHC já foi apresentado a esse ás dos negócios.

Reportagem de Cristine Prestes e Rodrigo Vergara, de São Paulo, e Flamínio Fantini, de Brasília

terça-feira, 20 de julho de 2010

A PASSEATA FRACASSADA

Sob chuva torrencial, durante todo o tempo e até o fim do comício, tenho que considerar um sucesso o primeiro evento público da Dilma Roussef no Rio de Janeiro.
É o que demonstra o vídeo abaixo. Não é como dizem que havia mais gente no palanque do que público.

Gostaria de ver os outros reunirem tanta gente em noite estrelada no final de setembro.

"INDIOTA"

Assim falou o Indiota: "Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso" (ver o vídeo abaixo).


O vice do Serra – cacique da merenda escolar - também perguntou “quem nos garante que no dia seguinte à eleição ela não vai fazer o que no Brasil é comum entre criatura e criador? Dá um chute no Lula e vai governar sozinha, com as garras do PT por trás dela”.
Será que a pergunta é uma insinuação ao chute que Cesar Maia deu em seu criador Leonel Brizola quando decidiu partir para uma carreira solo?
Ele é tão idiota que não vê que foi inventado pelo seu patrão para favorecer a reeleição do filho – Rodrigo Maia – que não terá concorrência entre o seu eleitorado da zona sul carioca.
José Serra aproveitou para manter o baixo nível e partir para o tudo ou nada comentando: "a ligação do PT é com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas. Todo mundo sabe, tem muitas reportagens, tem muita coisa. A Farc é uma força ligada ao narcotráfico, isso não significa que o PT faça o narcotráfico."
Ele faz questão de esquecer que FHC, em seu governo, designou o atual líder do PSDB no Senado - Arthur Virgílio -  para falar com “narcoguerrilheiros envolvidos em corrupção, seqüestro e morte de brasileiros”, na tentativa de encontrar uma solução pacífica para o conflito que sangra a Colômbia há décadas. Como disse Virgílio na época, “isso poderá ajudar a Colômbia a por fim aos conflitos”.
Ele se encontrou com o padre Olivério Medina - líderança das FARC que depois foi morto -na condição de secretário-geral do PSDB.
Virgílio também recebeu em seu gabinete o representante das FARC no Brasil - Hernán Ramirez - e foi apontado por este como o principal interlocutor da guerrilha no Brasil, em 1999.
Quem sabe que não foi daí que nasceu o interresse de FHC na liberação dos tóxicos em nosso país.

MENTIRAS DA DILMA

Primeiro, o senador Agripino Maia/DEM acusou Dilma Roussef de se orgulhar por mentir em interrogatório a que foi submetida durante a ditadura. Depois, perguntou se ela não estaria mentindo também para os deputados que a questionavam em uma comissão da Câmara sobre as obras do PC.
Assim respondeu a futura presidente, deixando o senador com cara de babaca.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

CANDIDATOS

O site do TSE relaciona 2.652 candidatos a deputado no Rio de Janeiro: 882 a federal e 1.770 a estadual. Entre eles, chamam a atenção os candidatos folclóricos, aqueles que levam a eleição na brincadeira e se apresentam com as mais estapafúrdias denominações.
Eu fico imaginando que tipo de criatura, em sã consciência, tem o desplante de votar para federal, por exemplo, em Agenor Calça Arriada/PV, em Pé no Chão/PRP, em Nicanor ao Seu Dispor/PSB, em Só Jesus/PSL, em Zé Pilintra/PtdoB, em Geraldo Com Br/PRB, em Uilson Pé no Chão/PSOL ou no Dr. Tamburim/PR.
E quem seriam os dementes que votam nestes outros candidatos a deputado estadual: Loura Braço Forte/DEM, Barriga do Açougue/PP, Eu Faz/PHS, Bicho de Pé Já É/PRB, Papai Noel/PHS, Messias, o Garoto Bombom/PTC, Nilson, o Abençoado/PRB, Carlinhos um Homem de Deus/PP, Mouralidade/PRB, O Gente Nossa/PtdoB, No Pique da Vida/PRB, Maluco Beleza/PP.
Chega! Não vou cansar com tantos outros nomes excêntricos relacionados pelo TSE somente em nosso estado. Todos eles merecedores de avaliação psiquiátrica, assim como seus eleitores.
Aliás, a Lei da Ficha Limpa bem poderia abordar também a ficha médica desses candidatos.
São todos malucos beleza e se sentem importantes no período eleitoral. Fantasiam-se de soluções mágicas para a saúde, segurança e educação. Entretanto, o que pretendem é medir sua popularidade para vendê-la a políticos endinheirados em uma próxima eleição.
Alguns mantêm os santinhos na carteira até muito tempo após a eleição e se consideram autoridades como “suplentes de deputado”.
Conheço um que assim se identifica quando se apresenta em alguma repartição pública, exigindo prioridade no atendimento.
Quando encontro alguém que radicaliza, afirmando que nenhum político presta, que é tudo safado, sempre digo que muito pior que o político é o eleitor que vota irracionalmente ou anula o voto irresponsavelmente. Mas, acho que ainda há algo pior que esse eleitor: são esses candidatos medíocres e extravagantes.

sábado, 17 de julho de 2010

CUIDADO! MUITA ATENÇÃO.

É preciso que cada um esteja de sobreaviso com a substância denominada monóxido de dihidrogênio. Essa terrível substância mineral causa efeitos devastadores sobre o meio ambiente e estaria prestes a produzir uma catástrofe mundial, extinguindo a vida em todo o planeta.
Essa informação tem procedência confirmada pelo Dr. Vincent Orson Lemon, cientista do Medical Survey Center, de Los Angeles/California, que alerta: “tanto no estado sólido, quanto no líquido, como no gasoso, o monóxido de dihidrogênio é capaz de causar sérias queimaduras na pele, impedir a livre respiração e levar ao óbito por asfixia”.
Essa substância tem sido empregada como solvente industrial, em pesticidas e em usinas nucleares. É o componente de maior presença na chuva ácida e a sua inalação pode provocar danos irreversíveis aos pulmões. Sua ingestão pode causar diarreia. Provoca erosão na superfície terrestre e até oxidação de metais ferrosos.
O índice de contaminação por essa terrível substância é tal que, em certas pessoas e em alguns animais, a presença do monóxido de dihigrogênio pode chegar a até 85% do seu peso. Como se isso não bastasse, ainda há médicos que recomendam a sua ingestão diária, inclusive por crianças. O que faz aumentar a atividade renal.
Apesar de todos esses perigos, o monóxido de dihidrogênio vem sendo usado de forma intensa e indiscriminada em todo o mundo, ocasionando sérios riscos à sobrevivência e ao futuro da humanidade.
O pior de tudo é o emprego da substância na fabricação de cervejas e refrigerantes largamente consumidos sem que o governo tome qualquer providência contra os fabricantes. A ANVISA e o Ministério da Saúde têm consciência disso mas não fazem qualquer alerta aos consumidores.
Portanto, divulgue essa informação. É importante.
Isto já foi confirmado aqui em Mangaratiba. Diversos pacientes já foram internados no Hospital Vitor Breves com o mesmo sintoma: asfixia por monóxido de dihidrogênio.
Essa mensagem é absolutamente verdadeira. Não é como aquela sobre o fim do 13º salário.
DIVULGUEM.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

FIM DO 13º SALÁRIO

Li em um blog essa mentira e nem liguei. Deixei pra lá. Mas, agora recebo de alguns amigos o e-mail que objetiva causar preocupação no trabalhador - e, principalmente, nos aposentados - e resolvi escrever sobre o assunto.
O que me espanta não é o absurdo da mensagem, mas sim o fato de gente culta e bem formada, em acesso incoercível de mediocridade, se expor ao ridículo de repassá-la logo para mim.
Diz a mensagem, entre outras baboseiras, que “O fim do 13º salário já foi aprovado na Câmara para alteração do art. 618 da CLT. Já foi aprovado na Câmara e encaminhado para o Senado. Provavelmente será votado após as eleições, é claro.... A maioria dos deputados federais que estão neste momento tentando aprovar no Senado o Fim do 13º salário, inclusive da Licença de Férias (pagas em 10 vezes) são do PFL e PSDB.”
Vamos aos fatos verdadeiros. Em outubro de 2001, FHC enviou ao Congresso o Projeto de Lei 5.483/2001 que abordava a "flexibilização das relações de trabalho" que o então Presidente pretendia implantar no país.
A ementa deste PL dizia o seguinte: “Altera o artigo 618 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Estabelece a prevalência de convenção ou acordo coletivo de trabalho sobre a legislação infraconstitucional).”
A nova redação proposta pelo PL para o artigo 618 foi: “As condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo prevalecem sobre o disposto em lei, desde que não contrariem a Constituição Federal e as normas de segurança e saúde do trabalho.”
Em 04 de dezembro de 2001, a Câmara dos Deputados aprovou o PL e a nova redação do art. 618 da CLT: "As condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo prevalecem sobre o disposto em lei, desde que não contrariem a Constituição Federal; as Leis nº 6.321 , de 14 de abril de 1976, e nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985; a legislação tributária, a previdenciária e a relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, bem como as normas de segurança e saúde do trabalho."
O PL foi aprovado na Câmara e no Senado, alterando a redação do art. 618 da CLT que jamais versou sobre o 13º salário.
Para a informação de quem não sabe, o 13º salário é um direito do trabalhador estabelecido em norma constitucional (art. 7º Inciso VIII) que não pode ser alterada através de um simples projeto de lei ou lei ordinária. Para se alterar a Constituição é necessária a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional por três quintos do Congresso Nacional.
Para maior tranquilidade do trabalhador e do aposentado, há pareceres no meio jurídico sobre dispositivos constitucionais que seriam cláusulas pétreas – isto é, normas rígidas e permanentes, insuscetíveis de serem objeto de qualquer deliberação e/ou proposta de modificação - especialmente os direitos sociais nos quais está incluído o 13º salário.
Finalizando, peço um favor aos amigos, respeitem a minha mediana cultura e  razoável inteligência.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MENTIRAS

Todo mundo sabe que José Serra mente com sinceridade e acredita no que diz. Sua mediocridade é bem intencionada, mas ele poderia fazer uma concessão à inteligência e ver que suas mentiras não se confirmam nos anais da história recente do país. Vejamos alguns exemplos:

Mentira - Serra enfrentou a repressão da ditadura
Na sexta-feira 13 de março de 1964, no comício da Central do Brasil, em que João Goulart defendeu as reformas de base, José Serra, então presidente da UNE e com 21 anos, foi o mais jovem a discursar. Logo depois, consumado o golpe militar, José Serra se refugiou na casa do deputado Tenório Cavalcanti, em Caxias. Após o incêndio da sede da UNE, no Flamengo, pelos militares, José Serra escondeu-se por mais alguns dias na casa de amigos. Depois, refugiou-se na embaixada da Bolívia, e lá ficou durante três meses. Conseguiu fugir para a Bolívia e depois foi para a França, onde ficou até o início de 1965. Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965. Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido, como tantos outros, fugiu novamente. Abandonando os companheiros de luta.
Mentira - Serra criou o programa de combate a Aids
O Programa Nacional de Combate à AIDS foi criado no governo de José Sarney. A distribuição gratuita de AZT, foi uma providência do então Ministro da Saúde, Adib Jatene, no governo Collor. Os governos que sucederam deram força ao programa, mas foi o Dr. Adib Jatene, outra vez Ministro da Saúde, desta vez já no governo FHC, que possibilitou que o Brasil produzisse o AZT.
Mentira - Serra criou os medicamentos genéricos
Em 5 abril de 1993, o decreto 793 de autoria do Ministro da Saúde Jamil Haddad no governo Itamar Franco criou os medicamentos genéricos no Brasil. Jamil Haddad denunciou isto à imprensa, mas por motivos óbvios, não foi ouvido. Segundo Haddad, Serra provocou retrocesso na Lei dos Genéricos e a suavizou para a indústria farmacêutica.
Mentira - Serra pediu que não votem nele
Em 31 de agosto de 2004, no debate da TV Record na campanha para a prefeitura de São Paulo, José Serra se compromete a cumprir os 4 anos de mandato e pedir que não votem mais nele caso renuncie antes da hora. Renunciou para se candidatar ao governo do Estado, portanto, se temos vergonha na cara, o mínimo que podemos fazer é não votar nele.
Mentira - Serra quebrou patente de medicamentos
Ele não quebrou parente de remédio nenhum. O Serra de fato ameaçou quebrar a patente do anti-retroviral Efavirenz, mas foi um decreto assinado pelo presidente Lula, em 4 de maio de 2007, que quebrou de fato a patente do medicamento, representando uma economia de US$ 30 milhões/ano ao país.
Mentira - Serra entende de saúde
Em 2 de maio de 2009, José Serra explica a Gripe A-H1N1: "Ela é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram. Portanto, a providência elementar é não ficar perto de porquinho algum". Ver o vídeo neste blog - na postagem "H1N1" - em maio passado.
Mentira – Serra criou o seguro-desemprego
O seguro-desemprego foi criado pelo decreto presidencial nº 2.284, de 10 de março de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. Sua regulamentação ocorreu em 30 de abril daquele ano, através do decreto nº 92.608, passando a ser concedido imediatamente aos trabalhadores.
Mentira – Serra criou o Fundo de Amparo ao Trabalhador
O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). Um ano depois Serra apresentou um projeto sobre o FAT (nº 2.250/1989), que foi considerado prejudicado pelo plenário da Câmara dos Deputados, na sessão de 13 de dezembro de 1989, uma vez que o projeto de Jorge Uequed já havia sido aprovado.
Não dá pra votar em um mentiroso. Só mesmo fazendo como Orestes Quércia e Leonel Brizola no vídeo abaixo em que eles demonstram como tratar jornalistas venais a soldo das Organizações Globo/Serra.

terça-feira, 13 de julho de 2010

EI-LA AQUI, ESTA MULHER

Que mal-me-quer, que bem-me-quer, que sempre se irrita comigo...
Só quero ser seu amigo, não importa se ela é feia, se é bela,
Se é branca, negra, quem sabe?, amarela...
Nem sei se é mesmo mulher, não sei se existe sequer.
Mas, ei-la aqui, essa dama, mulher nobre, tem fama, requinte e opinião.
Tem também bom coração, demonstra ter sentimentos, cultura, bons argumentos.
Não sei se é mesmo mulher, nem sei se existe sequer.
Mas, eu a amo e admiro quando vem neste retiro discordar do que escrevo.
Eu reajo, sei que não devo, mas, é que sou de leão,
Um bicho bravo, brigão, e, quando quer, muito ordinário.
Quem será essa mulher? Só sei que ela é de aquário.

domingo, 11 de julho de 2010

"MENTE... AINDA É UMA SAÍDA,

É uma hipótese de vida. Mente, vai dizendo que me ama...”
Esses versos são de um samba gravado por Clara Nunes e composto por Paulo Vanzolini – médico paulista – autor de sucessos como Ronda, Volta por Cima, Praça Clóvis e outros.
Lembrei dele, hoje, quando li este manifesto das cinco centrais sindicais que reproduzo na íntegra:
Serra: impostura e golpe contra os trabalhadores
O candidato José Serra (PSDB) tem se apresentado como um benemérito dos trabalhadores, divulgando inclusive que é o responsável pela criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e por tirar do papel o Seguro-Desemprego. Não fez nem uma coisa, nem outra. Aliás, tanto no Congresso Nacional quanto no governo, sua marca registrada foi atuar contra os trabalhadores. A mentira tem perna curta e os fatos desmascaram o tucano.
A verdade
Seguro-Desemprego - Foi criado pelo decreto presidencial nº 2.284, de 10 de março de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. Sua regulamentação ocorreu em 30 de abril daquele ano, através do decreto nº 92.608, passando a ser concedido imediatamente aos trabalhadores.
FAT - Foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). Um ano depois Serra apresentou um projeto sobre o FAT (nº 2.250/1989), que foi considerado prejudicado pelo plenário da Câmara dos Deputados, na sessão de 13 de dezembro de 1989, uma vez que o projeto de Jorge Uequed já havia sido aprovado.
Assembleia Nacional Constituinte (1987/1988) - José Serra votou contra os trabalhadores:
a) Serra não votou pela redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) não votou pela garantia de aumento real do salário mínimo;
c) não votou pelo abono de férias de 1/3 do salário;
d) não votou para garantir 30 dias de aviso prévio;
e) não votou pelo aviso prévio proporcional;
f) não votou pela estabilidade do dirigente sindical;
g) não votou pelo direito de greve;
h) não votou pela licença paternidade;
i) não votou pela nacionalização das reservas minerais.
Por isso, o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), órgão de assessoria dos trabalhadores, deu nota 3,75 para o desempenho de Serra na Constituinte.
Revisão Constitucional (1994) - Serra apresentou a proposta nº 16.643 para permitir a proliferação de vários sindicatos por empresa, cabendo ao patrão decidir com qual sindicato pretendia negociar. Ainda por essa proposta, os sindicatos deixariam de ser das categorias, mas apenas dos seus representados. O objetivo era óbvio: dividir e enfraquecer os trabalhadores e propiciar o lucro fácil das empresas. Os trabalhadores enfrentaram e derrotaram os ataques de Serra contra a sua organização, garantindo a manutenção de seus direitos previstos no artigo 8º da Constituição.
É por essas e outras que Serra, enquanto governador de São Paulo, reprimiu a borrachadas e gás lacrimogênio os professores que estavam reivindicando melhores salários; jogou a tropa de choque contra a manifestação de policiais civis que reivindicavam aumento de salário, o menor salário do Brasil na categoria; arrochou o salário de todos os servidores públicos do Estado de São Paulo.
As Centrais Sindicais Brasileiras estão unidas em torno de programa de desenvolvimento nacional aprovado na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, em 1º de junho, com mais de 25 mil lideranças sindicais, contra o retrocesso e para garantir a continuidade do projeto que possibilitou o aumento real de 54% do salário mínimo nos últimos sete anos, a geração de 12 milhões de novos empregos com carteira assinada, que acabou com as privatizações, que descobriu o pré-sal e tirou mais de 30 milhões de brasileiros da rua da amargura.
Antonio Neto – presidente da CGTB; Wagner Gomes – presidente da CTB; Artur Henrique – presidente da CUT; Miguel Torres – presidente da Força Sindical; José Calixto Ramos – presidente da Nova Central

A GRANDE FINAL


Mais uma copa na minha vida. E, como sempre, vi todos os jogos. Todos. Emocionantes.
Os “abalizados” reclamaram dos poucos gols na fase inicial. Reclamaram dos erros dos árbitros. Reclamaram da bola. Das vuvuzelas, também reclamei.
Convenhamos, os gols perdidos são ainda mais emocionantes. Como aqueles chutes do Pelé contra o Uruguai e a Tchecoslováquia, em 1970, que não entraram. Aquela defesa do goleiro da Ingraterra, também em 70, na cabeçada do mesmo Pelé. Os pênaltis perdidos por Zico (86) e Baggio (94). Nada mais emocionante. Até hoje, são repetidos na TV. Já vi 0x0 mais sensacional que goleadas.
Se os árbitros não errassem, não estaríamos ainda falando do gol de Maradona com a mão contra a Inglaterra (86). Ou aquele gol alemão, também contra a Inglaterra (66), que juiz nem bandeirinha viram a bola entrar.
A Jabulani enganou muitos goleiros e fez a Adidas faturar milhões. A vuvuzela espero ser esquecida até 2014.
Foi uma grande Copa do Mundo, a melhor que eu já vi. E para ela foi reservada uma grande final com as duas melhores seleções. A Holanda, que eliminou o Brasil, contra a Espanha que – como escrevi antes - mostrou o melhor futebol desta copa quando perdeu para a Suiça. E, também, depois, quando jogou ainda mais bonito e venceu todas. Aliás, somente o Brasil, naquele primeiro tempo contra a Holanda, conseguiu se igualar à Espanha.
São duas seleções que implantaram um novo esquema de futebol para quando o objetivo é vencer ou vencer: o 9-1 quando defende e o 1-9 quando ataca. Emoção pura. Nada de 4-4-2, 4-3-3, etc, que somente existe até o momento de a bola rolar.
Eu vou torcer pela Holanda que vai à final pela terceira vez e que me encantou em 74 e 78, mas sei que a Espanha é melhor. Tem sete jogadores do Barcelona e o maior número de craques: Iniesta, Xavi, Villa, Pedro, Puyol, Piquet, Sérgio Ramos. Tudo isso contra apenas dois da Holanda: Robben e Sneijder.
Pareca até covardia. Contudo, futebol se ganha é no campo. Qualquer dos dois poderá ser campeão pela primeira vez e fará um grande bem ao futebol. O que não seria o caso do futebol mecânico, sem dribles e sem magia, da Alemanha que foi tão elogiado pelos “abalizados” comentaristas esportivos.
Só espero estar vivo em 2014 para ver mais uma Copa do Mundo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DECLARAÇÃO DE BENS

José Serra e Dilma Rousseff declararam ao Tribunal Superior Eleitoral possuirem patrimônio de R$ 1,42 milhão e R$ 1,07 milhão, respectivamente.
A senadora Marina Silva declarou um patrimônio de apenas R$ 149,2 mil. Eu, pobre mortal, tenho um patrimônio bem superior ao dela. E nunca fui vereador, deputado estadual nem senador.
O que ela fez com todo o dinheiro que ganhou em quase oito anos de mandato? Deu para os pobres? Perdeu no jogo? Trocou por dólares e enviou para um paraíso fiscal? Investiu no meio ambiente? Foi assaltada? Jogou fora? Caiu em algum conto do vigário? Gastou em cosméticos da Natura? Se gastou tudo, ela não entende nada de economia e é um mau exemplo para seus filhos.
Em 2007, os senadores passaram a receber mensalmente R$ 16.512,09 - antes eram R$ 12.000,00 - fora outras verbas e benefícios que recebem para exercer o mandato.
Veja quanto custa um senador ou senadora:
- são 15 salários mensais de R$ 16.512,09
- verba indenizatória mensal de R$ 15.000,00
- verba de transporte aéreo mensal R$ 27.855,20
- cota mensal de telefone fixo: R$ 1.000,00
- auxílio-moradia mensal de R$ 3.800,00
- cota de combustível: 260,00 semanais
- despesas odontológicas e psicoterápicas R$ 2.166,58
O Senado paga 13 salários aos senadores e mais uma "ajuda de custo", em fevereiro e dezembro de cada ano, no valor de R$16.512,09.
Além disso, o senador ainda tem direito a:
- verba de R$ 82.000,00 mensais para contratação de pessoal de gabinete, inclusive segurança particular, consultorias, aluguel de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet.
- carro oficial com motorista
- telefone celular com conta ilimitada
- ressarcimento ilimitado de despesas médicas
- ajuda para despesas de Correios e material impresso
Faça os cálculos: um senador recebe anualmente – excluindo a verba de gabinete, a conta do celular e as despesas de Correios - cerca de R$ 859.062,71(quase oitocentos e sessenta mil reais) ou aproximadamente R$ 71.588,50 (mais de setenta mil reais) mensais.
Portanto, a Marina recebeu como senadora, até junho/2010, cerca de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais).
E ela declara um patrimônio de apenas R$ 149.264,88. Uma casa em Rio Branco/Acre, no valor de R$ 60.000,00; lotes que somam o valor de 42.481,50 e um saldo bancário de R$ 46.782,88. E não tem carro particular.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PIRAÍ x MANGARATIBA

Piraí é uma vizinha nossa com cerca de 26.114 habitantes (IBGE/estimado em 1/07/2009), fundada, em 1838, pouco depois de Mangaratiba que tem 32.533 habitantes (IBGE/ídem). O café, os escravos e a família Souza Breves, fazem parte de suas histórias.
De sua atualidade, fazem parte os prêmios recebidos por seus governantes e as diferenças nas verbas federais recebidas e nos resultados administrativos obtidos na saúde e na educação.
Piraí nunca recebeu um desses “pseudo-prêmios” que “enaltecem” as nossas autoridades e são por elas enaltecidos, mas tem a saúde considerada como modelo de gestão na área pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Nas escolas de lá existe um computador para cada aluno matriculado.
Provando que tamanho não é documento, Piraí é considerada uma das sete cidades mais inteligentes do mundo, em um ranking que é organizado pela Intelligent Community.org, da organização americana World Teleport Association (WTA) que, desde 2001, distinguiu apenas 22 cidades com o título em todo o mundo.
Piraí ganhou as páginas da revista americana Newsweek, em 7/06/2004, como modelo de cidade digital e foi também uma das estrelas do livro e-gov.br: “A Próxima Revolução Brasileira”, editado ano passado pela Pearson do Brasil.
O Projeto Piraí Digital granjeou prestígio internacional nos últimos anos. Ganhou o Prêmio Gestão Pública e Cidadania da Fundação Ford e Fundação Getúlio Vargas. Foi vencedora na categoria de "cidade de pequeno porte" no Prêmio Cidades Digitais Latino-americanas e prêmio Top Seven Intelligent Communities, ficando entre as sete cidades mais inteligentes do mundo no ano de 2005.
Com o Projeto Piraí Digital e Desenvolvimento Local, a Prefeitura de Piraí recebeu chancela da UNESCO pela iniciativa de democratizar o acesso aos meios de informação e comunicação através das novas tecnologias.
Piraí recebeu, em Bogotá, a condecoração do Presidente da Colômbia – Álvaro Uribe – na cerimônia de abertura do V Encontro Ibero-Americano de Cidades Digitais.
Todos esses prêmios e títulos foram concedidos por entidades respeitáveis e fidedígnas.
O sucesso nacional e internacional da pequenina Piraí é tão grandioso que seu ex-prefeito Luiz Fernando de Souza, o “Pezão” (1997-2004) é hoje o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro.
Piraí recebeu do Governo Federal, até maio de 2010, um total acumulado de R$ 13.549.349,63 (treze milhões e quinhentos mil reais), enquanto Mangaratiba recebeu 45% a mais, ou sejam, R$ 19.666.952,15 (quase vinte milhões de reais). Em 2009, Piraí recebeu um total de R$ 26.991.382,94 (vinte e sete milhões), ou sejam, R$ 1.033, 00 (pouco mais de mil reais) por habitante. Enquanto Mangaratiba recebeu R$ 1.202,00 (mil e duzentos reais) por habitante, somando um total de R$ 39.116.952,15.
Apesar da verba inferior recebida e além dos prêmios obtidos, Piraí tem agora mais uma consequência de sua administração municipal: melhores médias e a conquista das metas projetadas pelo IDEB (Indice de Desenvolvimento da Educação Básica).
A série histórica de resultados do IDEB se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo país, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto – em conjunto, não alguns poucos alunos dedicados e seus sempre esquecidos pais - para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países mais desenvolvidos. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional de 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um IDEB igual a 6,0 em 2022.
Na comparação das médias e metas, Piraí foi sempre melhor que Mangaratiba:
Anos iniciais (1º. ao 5º.) do ensino fundamental
PIRAÍ
Médias obtidas                             Meta projetada
2005/4.2    2007/4.8   2009/4.9   2007/4.3  2009/4.6
MANGARATIBA
Médias obtidas                            Meta projetada
2005/4.1   2007/3.9   2009/4.2   2007/4.2  2009/4.5
Anos finais (6º. ao 9º.) do ensino fundamental
PIRAÍ
Médias obtidas                            Meta projetada
2005/4.0   2007/3.9  2009/4.1    2007/4.0  2009/4.2
MANGARATIBA
Médias obtidas                           Meta projetada
2005/3.7  2007/3.2  2009/3.8    2007/3.7  2009/3.8

terça-feira, 6 de julho de 2010

PARAGUAI 10x0 SPORTV/GLOBO

Somente hoje consegui o link para o vídeo da reportagem do SportTV com o ataque pejorativo, arrogante e preconceituoso, contra o Paraguai - citado como "paraíso obscuro do mundo" - que repercutiu negativamente e causou imensa comoção no povo paraguaio.
Aproveito para publicar, também, a resposta educada do principal jornal paraguaio às Organizações Globo.

Editorial do jornal La Nacion do Paraguai:
"La “Naranja Mecánica” acalla la soberbia del seleccionado del “Maior do Mundo”
La “Naranja Mecánica” se encargó hoy de acallar a la soberbia brasileña con un aleccionador 2-1. El seleccionado verdeamarello que llegó como favorito a cuartos de final de la Copa del Mundo vuelve a casa con el rótulo de “fracaso rotundo”. El resultado es un golpe bajo para todos aquellos aficionados, periodistas deportivos y medios de comunicación del vecino país que ya se sentían campeones del mundo antes de jugar los partidos y que - en algunos casos- se burlaron incluso de Paraguay al que parodiaron en un criticado video de Sport TV de Globo.
Es también una lección de vida para aquellos que subestiman no solo a sus adversarios de turno sino que aprovechan el evento para atacar la dignidad de países vecinos. Un ejemplo concreto de ello es el especial del Mundial emitido por la cadena SportTV de la cadena Globo de Brasil, en el que se mostró ayer un video descalificando la participación albirroja en el Mundial, con ironías sobre los “atractivos” turísticos, la moneda guaraní y su gente.
Los canales de TV locales reprodujeron ayer un “corto” de Sport TV de Globo sobre la participación paraguaya dentro del Mundial y en la que busca por todos los medios denigrar nuestra cultura, nuestros atractivos turísticos, el “valor” de la moneda local en el mercado bursátil y desprecia la tarea de la albirroja en el Mundial de Sudáfrica. Es más, en el documental afirman que nuestro país solamente llama la atención por la “novia del Mundial”, Larissa Riquelme.
Por si no fuera suficiente, en la última parte del video ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres, señalando en esta parte que la comida es una “maravilla” mientras pasaban imágenes de un hombre con rasgos paraguayos comiendo frituras. Además, ironizan sobre nuestros caminos “Si no le gusta el océano, Paraguay es el lugar ideal para tomarse unas vacaciones”, se escucha en una parte del relato.
Con Brasil eliminado ¿qué dirá ahora Sport TV de Globo? ¿Tendrá la suficiente humildad para la autocrítica, o seguirán con la hipocresía de vivir a espaldas de sus grandes problemas como el racismo, sus millones y millones de pobres, las matanzas, el tráfico de drogas en las favelas de Río de Janeiro y hacer creer siempre que Ciudad del Este es el oasis del contrabando cuando que es su gente la que mayor provecho saca del desorden en Triple Frontera?
Para la mayoría de los paraguayos este documental fue realmente decepcionante, por todos los vínculos que nos unen con los del país vecino. Entre ellos resaltan el gran comercio bilateral y el flujo hacia los centros turísticos del Brasil, generalmente “preferidos” por millones de compatriotas.
Esperamos que así como Dunga ya renunció, estos comunicadores al menos tengan algún rayo de dignidad y terminen por callarse. La Naranja Mecánica se encargó así de hacer justicia y dar una gran lección a quienes tienen en el corazón una rabia innecesaria hacia una nación pobre pero digna."

domingo, 4 de julho de 2010

IBOPE

Tentarei responder a seguir como uma pesquisa feita nas coxas, em plena rua, sem qualquer estratificação, sem controle, sem supervisão, pôde apresentar resultados idênticos à pesquisa do IBOPE realizada com toda a metodologia exigida.
A última pesquisa IBOPE divulgada foi encomendada pela Associação Comercial de São Paulo, que tem como presidente Guilherme Afif Domingues (DEM). Afif foi secretário do governo de Serra, é seu amigo pessoal e candidato a vice-governador na chapa do Geraldo Alkimin.
Pra quê ele contratou uma nova pesquisa se já tinha os resultados do DATAFOLHA? Por que o IBOPE fez duas pesquisas em apenas nove dias? Parece que foi combinado com o DATAFOLHA apenas para dar credibilidade a sua pesquisa feita nas coxas.
O objetivo do acordo dos institutos seria o de estancar a fuga de recursos financeiros da candidatura de Serra que se agravou depois das pesquisas anteriores realizada pelo próprio IBOPE e pelo VOX POPULI que colocaram a Dilma na dianteira com cinco pontos à frente de Serra.
Mas, o IBOPE não é bobo, incluiu na nova pesquisa a seguinte pergunta: “Independente do seu voto, qual desses candidatos o (a) senhor (a) acha que será o próximo Presidente da República?”
Dilma Rousseff obtém 45% das respostas e Serra 34%. Não importa a variável - tanto por sexo e em todas as faixas etária e de escolaridade, assim como por regiões do país e por renda familiar – em todas elas, é sempre bem maior o índice de entrevistados afirmando que Dilma Rousseff será a próxima Presidente da República.
Esse é o tipo de pergunta muitas vezes incluída em pesquisas de opinião para confirmar ou desmentir a resposta à pergunta principal.
É como se fosse um grupo controle de pacientes tratados com placebo para medir a eficácia de um medicamento em pesquisa clínica. Se o grupo controle responde igual ou melhor ao placebo, é claro que o medicamento não possui eficácia clínica.
No caso da pesquisa do IBOPE, fica claro que grande parte dos entrevistados mentiu ao dizer em quem votaria para presidente. Ou disse não saber em quem votar ou disse nenhum deles ou não quis declarar o voto verdadeiro que é secreto. Há muita gente que nem no dia da eleição diz a um amigo em quem votou. Ou, então, a tabulação dos resultados foi dirigida para coincidir com o DATAFOLHA.
O IBOPE sabe que o entrevistado nem sempre diz a verdade. Não diz o que vai fazer de fato. Mas, diz o que pensa que vai acontecer. Sendo assim, o IBOPE tem uma boa justificativa se o acusarem de fraude.
Ou você pensa que o eleitor não acredita que o seu candidato vai vencer a eleição?
Até o eleitor da Marina confia que ela vai chegar ao segundo turno.
Só mudo de opinião se o VOX POPULI me desmentir.

A TORRE DAS DONZELAS

Durante quase três anos, Dilma Rousseff  "residiu" na Torre das Donzelas. Uma masmorra encravada no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ganhou esse singelo nome por abrigar jovens presas políticas que lutaram contra a ditadura militar.
Suas companheiras de cadeia, hoje senhoras sexagenárias, foram entrevistadas pela ISTO É e falaram daquele tempo torturante. Torturante nos dois sentidos. Clique aqui e leia a reportagem. Vale à pena ler.
Na foto abaixo, Dilma, Eleonora, Guiomar, Rose e Cida na época em que foram presas
É sempre bom lembrar que José Serra se asilou na embaixada do Chile logo após o golpe e, quando pôde, fugiu do país.

sábado, 3 de julho de 2010

"DATAFALHA"

Vejam no que dá fazer pesquisa na rua - apenas nos centros urbanos onde há maior fluxo de transeuntes - e ter pressa em "mancheteá-la".
Na rua, a única coisa sobre a qual o entrevistado não pode mentir é o sexo.
Vejam o resultado por sexo (clique na imagem para ver melhor). Serra tem somente 34% e a Dilma atinge 46% de intenção de votos entre os homens. É muito grande a diferença. Não acredito nisso. Já entre as mulheres, Serra tem 45% e a Dilma apenas 30%. Também não acredito. Já foi assim, não é mais.
Agora, vejam o resultado por escolaridade: A Dilma perde no grupo que tem apenas o ensino fundamental e empata no grupo com ensino superior (é impossível). E fica pau a pau no grupo com ensino médio.
O pior acontece no resultado por renda familiar: Serra vence a Dilma no grupo de renda familiar mais baixo (2 salários mínimos) e quase empata no grupo que recebe de 2 a 5 salários. Inpossível de novo.
O mais incrível acontece com a Marina Silva que, no geral, tem 10% de intenção de voto. Some os percentuais atingidos na pesquisa por escolaridade e divida por três (são três grupos): dá 12%. A seguir, some os percentuais atingidos na pesquisa por renda familiar e divida por quatro (são quatro grupos): dá 13%. Afinal, qual é a intenção de voto na Marina? É igual a 10, 12 ou 13% dos entrevistados?
Se você somar os índices da Dilma nos resultados por renda familiar e dividir por quatro encontrará apenas 36%. Outra discrepância, pois, no geral, a pesquisa diz que a Dilma tem 38%.
Não faço o mesmo cálculo para os resultados por regiões do país porque somente aqui o "DATAFALHA" pode ter feito um cálculo aritmético para compensar os diferentes pesos populacionais. Além disso, em três regiões, a soma dos percentuais não dá cem por cento.
Como se vê, o pessoal do "DATAFALHA" além de não saber fazer pesquisas também não sabe aritmética.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

DATAFOLHA

Publicado, hoje, pela Folha de São Paulo com manchete na primeira página:
“O tucano tem agora 39%, contra 38% de Dilma. Marina Silva (PV) aparece com 10%. Entre os 2.658 entrevistados, 5% responderam que pretendem votar em branco ou nulo. Outros 9% disseram não saber. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O quadro mostra pouca variação em relação a 20 e 21 de maio, quando Serra e Dilma tinham 37% e Marina, 12%.”
A pesquisa DATAFOLHA, mais uma vez, contrasta com os levantamentos divulgados anteriormente. Contrasta com a do IBOPE da semana passada e com a do VOX POPULI desta semana, nas quais Dilma Rousseff está na liderança com 40%, contra 35% de Serra.
Sabem por quê? Não é fraude não.
É que o DATAFOLHA faz pesquisa na rua com quem passa pelo entrevistador, enquanto IBOPE, VOX POPULI e SENSUS, fazem a pesquisa somente na residência do entrevistado.
Eu pergunto, como estratificar uma amostra que represente o universo pesquisado com entrevistas na rua? Não dá. Como saber o perfil do entrevistado?
Na rua, são todos iguais, geralmente estão apressados e não dão a mínima importância ao entrevistador. Sem paciência, chutam as respostas.
E como fazer uma supervisão do trabalho - geralmente mal pago - do entrevistador? Como conferir as respostas dadas pelos entrevistados?
Somente na pesquisa residencial isso é possível. Portanto, uma pesquisa sem a mínima percentagem de comprovação não pode ter credibilidade.
É algo fictício, mas que mereceu a manchete de hoje da Folha. As pesquisas do IBOPE e do VOX POPULI mereceram apenas pequenas notas no interior do jornal.
Mas, enquando a Folha tenta manipular seus leitores, o ministro Gilmar “Dantas” – ele, sempre ele – passa por cima da Lei da Ficha Limpa e favorece o senador Heráclito Fortes, do Piauí, aquele da ONG de Plutão. Seguindo o exemplo de “Dantas”, o ministro Dias Tofoli – também do STF – suspendeu a aplicação da Lei à deputada estadual Isaura Lemos, de Goiás.
Não se trata de liminar como aquela concedida a Garotinho - aquele que fugiu da raia - são determinações do Supremo Tribunal Federal.
Tal como a seleção brasileira, a Lei da Ficha Limpa já era.