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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014, O ANO DA COPA

Será regido por Iansã, deusa guerreira, junto com Xangô, conhecido por sua justiça e inteligência, que terão a ajuda de Ogum e Exu.
Será o ano da Copa, o ano da reeleição da Dilma e, também, o ano em que completo 50 anos de paixão pela minha mulher.
O mundo inteiro estará de olho no Brasil. Seremos o centro, o coração do mundo, o ponto de convergência de todas as atenções do universo.
Será um novo descobrimento do Brasil.
Milhares de turistas virão sentir na pele nossas mazelas e calamidades, encantar-se com o Rio de Janeiro, e, talvez, compensar os gastos realizados para o evento, além de deixar um bom lucro para o país.
Será minha 17º Copa do Mundo e quero ver todos os jogos. Vou me emocionar com os grandes astros da bola, assim como todo o povão amante do futebol. Alguns, porém, estarão se lamentando sem saber porque realizar uma Copa em vez de construir hospitais, postos de saúde e escolas.
Acho que é pelo mesmo motivo que puseram aquela gigantesca estátua do Cristo Redentor no alto do Corcovado. Isto foi na década de 30. Imaginem quantos hospitais poderiam ter sido construídos com aquela grana toda.
Na década de 40, construíram o Maracanã, o maior estádio de futebol do mundo. Por que não construíram escolas e postos de saúde? Como disse muito bem o Ronaldo: não se faz uma Copa com hospitais e escolas.
E nos anos dourados da década de 50? Juscelino deu início à construção de Brasília que seria inaugurada em abril/60. Um monumento nacional admirado em todo o mundo. Por quê? Foi muita grana desviada da saúde e da educação.
Na década de 60, fizeram o túnel Rebouças e o Santa Bárbara, o parque do Flamengo e ampliaram a praia de Copacabana. Quanto dinheiro que poderia ter sido investido em hospitais.
Nos anos 70 construíram a ponte Rio-Niterói e o metrô do Rio de Janeiro quando podiam construir hospitais e escolas. Imagine quantos...
Nos anos 80 construíram o sambódromo e continuaram expandindo o metrô. Quantos postos de saúde caberiam ali na Sapucaí?
Na década de 90 foi a Linha Vermelha e na primeira década no novo século a Linha Amarela. E tome mais metrô. E continuamos sem hospitais e escolas.
Agora, nesta década, construíram ou renovaram 12 estádios de futebol investindo milhões. Quer saber mais sobre os investimentos e os prováveis lucros com a Copa, clique AQUI. Também, estão levando o metrô para a Barra da Tijuca, fizeram o BRT e estão modernizando a Cidade para as Olimpíadas. Quanta grana desperdiçada...
Ontem mesmo queimaram milhões no foguetório de Copacabana e em outros locais. Pra quê? Podiam fazer pelo menos um hospital.
Some tudo e verá quanto poderia ter sido investido em saúde e educação. Quantos hospitais teriam sido construídos? Centenas? Ou serão milhares?
Sei que ainda não seriam suficientes para atender o grande número de doentios sempre à procura de atendimento médico.
O maior problema é que não teríamos tantos médicos para atender a tantos em tantos locais.

N.L.: Passei o réveillon em Muriqui. Sobrevivi. O choque de ordem parece começar a funcionar. O Trânsito reduziu o acesso à Orla. Boa medida, reduziu a frequência, mas não impediu a muvuca funkeira à noite. De dia, vi a PM circulando, guardas municipais apenas como decoração. À noite, vi também um tapete de sujeira no calçadão. Melhorou em relação aos outros anos, não posso negar. Antes de elogiar, quero ver o carnaval. Meu maior espanto foi assistir ao maior foguetório já visto em Muriqui. Foram 20 minutos de fogos explodindo desde antes da meia-noite. Esse nosso povo está com muita grana no bolso.

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