MUITO BRANCO, POUCO ENCARNADO
Pouco, pouco, muito pouco,
pouco mesmo, como diria o narrador esportivo Geraldo José de Almeida. O
encarnado ficou apenas na capa. Por dentro nem um pouco da emoção que eu
esperava da autobiografia do grande artista, professor e carnavalesco Fernando
Pamplona.
Lançado em meio às comemorações
pelos sessenta anos do Salgueiro, não é um livro. É apenas um caderno de anotações
superficiais sobre alguns acontecimentos vivenciados pelo autor. Mais parece um
diário de adolescente.
Fui enganado. Pouco, muito
pouco, pouco mesmo sobre o Salgueiro e a revolução que ele fez nos desfiles das
escolas de samba. Nada, quase nada sobre seus alunos e auxiliares: Arlindo
Rodrigues, Joãozinho Trinta, Rosa Magalhães e outros.
Absolutamente nada sobre o entrevero
com os banqueiros de bicho patronos das escolas que obrigaram a TV Globo a
demiti-lo das transmissões de carnaval.
Pamplona fica devendo a seus
admiradores algo mais consistente em forma de livro e autobiografia.
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