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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

UM PARAÍSO PARA OS VICIADOS

Leio nos jornais:
- que usuário de crack morreu atropelado na Av. Brasil, altura da favela Parque União, local onde se concentram os consumidores da droga após a ocupação de Manguinhos, Mandela e Jacarezinho pelas forças de segurança. Um outro foi socorrido no Souza Aguiar;
- que o Governo Municipal está internando compulsoriamente os viciados e pretende pagar benefício de R$ 350 a R$ 500 a parentes de crianças e adolescentes para que tenham condições de manter o tratamento daqueles que tiverem alta da internação compulsória. Segundo o vice-prefeito Adilson Pires, grande parte dos 123 adolescentes atualmente internados perdeu o vínculo familiar e não terão para onde ir quando receberem alta.
- que há polêmica sobre o uso de 250 aparelhos de choque elétrico (taser) e 375 sprays de pimenta na repressão ao uso do crack;
- que médicos estão preocupados com a possibilidade de o taser - que dá choques de 50 mil volts - causar danos ao coração dos viciados devido à debilidade física em que se encontram. O sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, lembra que já houve casos de morte de vítimas desses equipamentos fora do país. E critica o que chama de caça ao usuário de crack;
- que Ivone Puczek, diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Uerj, criticou a iniciativa: “É um retrocesso. Precisamos desmontar a ideia de que tratamento é feito com punição. Até porque o uso de droga foi descriminalizado. É preciso mostrar que o tratamento é um direito, não um castigo”;
- que o número de dependentes de crack no Rio pode chegar a seis mil, o dobro dos três mil estimados pela Secretaria Municipal de Assistência Social com base nas abordagens feitas nas cracolândias da cidade. A avaliação é do promotor Marcos Kac, coordenador de Justiça Terapêutica do Ministério Público. Segundo ele, a estimativa de três mil não leva em conta quem usa a droga em casa e outros ambientes fechados.
Fala sério, pô! Este humilde, sarcástico e irresponsável blog tem uma sugestão a fazer.

Será que 0,05% da população carioca (apenas 3.000 viciados que vivem nas cracolândias) merece mesmo tanto espaço na mídia? Merece a alcunha de "epidemia de crack" em praça pública e ser qualificada como a maior tragédia social do país? 
Tanta propaganda apenas promove o uso da droga e até eu sinto vontade de experimentar. Pra que tanta verba pública jogada fora e tantas discussões inúteis se os viciados não querem saber de tratamento?
Se este ínfimo grupo de viciados está colocando a própria vida em risco, e principalmente a vida de terceiros, é preciso sim retirá-lo das ruas e interná-lo, mas não como punição. A professora Ivone Puczek tem absoluta razão.
Por que não levá-los para um aprazível lugar exclusivo para usuários de drogas. É uma questão de humanidade e generosidade com nossos irmãos viciados.
Por exemplo? Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba têm diversos sítios que podem ser aproveitados para acolhê-los. Como a Fazenda Modelo que hoje é utilizada como Centro de Proteção Animal.
Como convencê-los a irem pra lá? Simples, oferecendo gratuitamente o que eles tanto anseiam: os mais variados tipos de drogas que vão sendo apreendidas dos traficantes.
Imaginem! Todo dia pela manhã, três mil felizes viciados em fila para receber a sua dose diária de crack, cocaína, maconha, oxi, zirrê.
No local, eles ainda poderão comer frutas, plantar legumes e criar galinhas para seu sustento. Poderão cozinhar seu próprio alimento. Não precisarão roubar nem assaltar. Dinheiro pra quê?
Familiares poderão visitá-los, levar sabonete, cerveja, doces, quitutes e guloseimas para seus entes queridos.
Com esse pequeno contingente recebendo a droga gratuita e diariamente, inúmeros benefícios advirão de imediato para os outros 6 milhões e trezentos e vinte mil cariocas: redução da violência, dos roubos e furtos, assaltos a residências, crimes de morte, atropelamentos, etc, etc, etc.
O governo terá apenas que fornecer botijões de gás e fósforos para acender os fogões e os cachimbos. E para alegrá-los, um sistema de som tocando funk dia e noite.
Vai sair muito mais barato. Um investimento bem inferior à implantação de clínicas de recuperação, coisa que o viciado, absolutamente, não quer.
E nem precisará de segurança no local pois ninguém vai querer sair do paraíso dos viciados. De lambuja ainda nos livraremos de um bando considerável e indesejável de funkeiros.

Um comentário:

anselmo disse...

po vc é meu idolo gostei vou passar á frente esta sua ideia rsrsrsrs