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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

HANG MANDELA

“Enforquem Nelson Mandela e todos os terroristas do Congresso Nacional Africano (ANC). Eles são açougueiros.”
Hoje, Mandela é quase uma unanimidade, não fossem os pitbulls da Veja que ainda o acusam de comunista e terrorista. Mas, a Veja tem a desculpa de ser propriedade do Grupo Naspers que foi – ou ainda é? - o grande porta-voz e defensor do apartheid e que, em 2006, adquiriu por 422 milhões de dólares sua participação no Grupo Abril.
Do Naspers saíram vários primeiros-ministros da África do Sul. Um deles ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola.
Nos anos 80, pouco antes de cumprir os 27 anos de cadeia, Mandela foi alvo de uma campanha odienta dos enfurecidos Black Blocs da época estimulada por Ronald Reagan, Margareth Tatcher e do Grupo Naspers estreitamente vinculado ao Partido Nacional – a direita que governava a África do Sul.
Cartazes como este que publicamos acima circulavam no Reino Unido e na África do Sul.
Os Black Blocs de então eram os estudantes brancos e fascistas que tinham entre os seus expoentes o atual primeiro ministro inglês David Cameron. O ANC era a organização política anti-apartheid à qual Mandela pertencia.
Mandela não foi enforcado e conquistou a liberdade em 1990. Se dependesse daqueles estudantes ditos civilizados, ele estaria morto há muito tempo.
Muitos que hoje enaltecem a memória do velho combatente são herdeiros históricos daqueles que, com a CIA e alguns governos democráticos, esquartejaram o continente africano de ponta a ponta, submetendo-o a regimes colonialistas.
Os mesmos que cooperaram com o apartheid, que cometia as piores atrocidades contra os negros e que consideravam Mandela comunista e terrorista.
Os mesmos que negaram apoio à luta de Mandela contra o apartheid.
Somente um líder mundial foi à luta pela liberdade do povo negro da África do Sul: Fidel Castro que inclusive enviou combatentes cubanos para libertar a Namíbia e Angola.
Logo após ter conquistado a independência, em 1975, Angola foi alvo de agressão militar da África do Sul, que ocupou grande parte de seu território, com o apoio dos EUA e Inglaterra. O presidente de Angola, Agostinho Neto, solicitou a Fidel o apoio militar de Cuba.
Cerca de 400 mil cubanos lutaram em solo angolano, por dez anos, derrotando a agressão imperialista e libertando Angola e Namíbia.

A Batalha decisiva foi a de Cuito Cuanavale quando, derrotadas, as tropas do regime racista do apartheid bateram em retirada. Por isso, Mandela declara: “A Batalha de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do apartheid. Nós devemos a destruição do apartheid a Cuba!”
Cuba estava prestes a invadir a África do Sul quando as forças do apartheid botaram o galho dentro.
A história quase completa do apartheid pode ser vista AQUI no vídeo postado por Aylton Mattos no blog COSTA VERDE/MANGARATIBA/ANGRA DOS REIS/PARATY. O documentário é da Fundação Padre Anchieta, comandada pelo PSDB de São Paulo, por isso não toca no nome de Fidel.
No vídeo abaixo, porém, Mandela faz questão de dividir com Fidel as honras pela vitória contra o apartheid.
Cuba foi o único país a se levantar em armas em defesa de Angola, Namíbia e contra o apartheid na África do Sul, e continua a compartilhar internacionalmente com médicos, professores, vacinas e medicamentos.
E, agora, vem um pitbull da Veja escrever que se não fosse terrorista e comunista Mandela não teria se aliado a Fidel Castro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Em entrevista ao jornalista Larry King,em 2000,o próprio Mandela falou sobre esta mudança de tratamento."É verdade.Ontem, chamavam-me terrorista,mas quando saí da cadeia,muitas pessoas me abraçaram,incluindo os meus inimigos,e é isso que digo habitualmente às outras pessoas que dizem que os que lutam pela libertação dos seus países são terroristas.Digo-lhes que eu também era um terrorista ontem, mas,hoje,sou admirado pelas mesmas pessoas que me chamavam terrorista." Fonte:"Eu também era um terrorista"-esqueci o autor.