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sábado, 4 de junho de 2011

MANGARATIBA, CIDADE FLOR

Holambra é a Cidade das Flores. Uma cidade bem menor e muito mais nova que Mangaratiba, com somente 11.300 habitantes e uma área de apenas 65km2. Ela passou a existir em 1º de janeiro de 1992 e, apesar disso, está inserida no mapa turístico nacional.
A floricultura é sua principal atividade econômica e a única atração turística de Holambra. Este pequenino município é o maior exportador de flores da América Latina. É responsável por 80% da exportação brasileira e por 40% da produção de flores no país.
Holambra é considerada oficialmente uma estância turística e, anualmente, promove a maior exposição de flores da América Latina: a Expoflora.
As flores são comercializadas diariamente através de leilão eletrônico realizado pela cooperativa dos produtores que atualmente é o principal centro de comercialização de flores e plantas do Brasil. As flores vendidas em todo o Estado do Rio de Janeiro são oriundas de Holambra pois não temos uma única cidade produtora nas adjacências.
Em nosso município com 360km2 há terras devolutas suficientes para implantar a floricultura. Ali junto às ruínas, a floricultura daria um realce especial àquela atração turística.
A fazenda Ingaíba poderia ser outro local onde implantá-la. Imaginem lá um campo de girassóis como uma pintura de Van Gogh. Transformaria Mangaratiba na Cidade Flor.
Como disseram Lavoisier e Chacrinha: na vida nada se cria, tudo se copia.
Esta atividade fomentaria a economia. Geradora de negócios e empregos, seria também a atração turística que poderia colocar Mangaratiba no mapa do Brasil e do mundo. Tal como fizeram Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, há mais de 50 anos, e jamais foram homenageados pela cidade.
Mangaratiba poderia ser, a médio prazo, como Holambra, uma cidade exportadora de flores e plantas para todo o Rio de Janeiro. E, a longo prazo, para todo o país.

Imaginem também: um supermercado somente para a venda de flores e plantas no centro de Mangaratiba e quiosques floridos espalhados por todo o município vendendo-as a preços de produtor.
Seria a grande e verdadeira atração turística sustentável que faria de nossa cidade a Cidade Flor.
Ou será que isto é apenas um sonho impossível?

Um devaneio quixotesco.


4 comentários:

leila disse...

É sonho não!

Por tudo que escreveu, me dá a comprovação de tudo que "imagino", é e pode ser realizado.

Sabe, sua postagem me leva ao princípio de tudo... buscar nossa identidade cultural. Sem ela, seremos sempre arremedo de alguma coisa.

Holambra, tem identidade cultural. Sua história é consistente, seus filhos preservaram a identidade de seus imigrantes e a adaptou aos tempos atuais. Isto me leva a educação também....

E Mangaratiba? Ainda não se encontrou...

Falta coragem, falta respeito e consciência social.

Mas, a maior falta mesmo é o vislumbre de uma fé inabalável em nossa própria capacidade mobilizadora e a responsabilidade em assumir a tarefa de participação nas questões públicas.

Poderíamos até errar nas escolhas de nossos governantes, mas com a participação social, direcionaríamos nossos governantes em busca de soluções tão fáceis de serem encontradas para nosso bem comum.

Os exemplos são tantos e este que você postou, além de economicamente viável, tornaria o município lindamente poético. E penso, que derramar lágrimas pelas dores da vida com a pintura da natureza nos abraçando, é melhor que chorar tendo como palco, a degradação humana e ambiental.

LACERDA disse...

Leila,

Obrigado pelo comentário que pedi no teu blog.
Você foi instantânea, nem me deixou acabar de editar a postagem.
Será que eles, pelo menos, vão levar em consideração este sonho? Ou vão se restringir ao circuito do forró?

Anônimo disse...

Achei ótima a ideia , temos que acreditar !

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Por ter vivido 13 anos em Nova Friburgo, município serrano onde já existe há tempos esta atividade econômica, principalmente na região de Vargem Alta, não muito distante de São Pedro da Serra e do Circuito Eco-Rural da Ponte Branca, posso compartilhar algo que presenciei mais de perto. Verdade é que nem tudo são flores (rsrsrs). Há uma utilização absurda de agrotóxicos nessas plantações já que as rosas não são usadas para consumo alimentício. E os defensivos agrícolas contaminam águas e afetam o meio ambiente natural, impactando as áreas de proteção e outras unidades de conservação, as quais são bem comuns aqui no litoral sul fluminense (e região serrana também).

Não tenho condições de opinar agora sobre o local sugerido, a Fazenda Ingaíba, mas penso que, se for feita uma produção orgânica de flores em propriedades na Serra do Piloto, seria uma alternativa excelente. Imagine flores certificadas e que seriam colocadas no mercado com um diferencial importantíssimo já que cada vez mais o público vai se tornando consciente destas questões?!

Enfim, concordo desde que seja uma produção 100% orgânica.