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quarta-feira, 22 de julho de 2015

O FICHA SUJA FICOU SÓ

O deputado federal Laerte Bessa (PR/DF), ex-delegado da Polícia Civil de Brasília, parceiro de Eduardo Cunha e relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, considera a proposta insuficiente e prega a redução da maioridade para 12 anos. “Essa lei vai acabar com a sensação de impunidade no Brasil. Daqui a 20 anos, vamos reduzir para 14, depois para 12”, afirmou o ex-delegado.
Acreditando na sugestão de um artigo de O Sensacionalista intitulado "bebê que chutava a barriga da própria mãe é preso logo após o parto", o deputado afirmou que "um dia, nós vamos chegar ao estágio em que poderemos determinar, ainda no útero, se a criança tem tendência à criminalidade. Se sim, a mãe não terá permissão para dar à luz", afirmou. 
A declaração foi dada ao jornal inglês "The Guardian".
Se esse dia chegar, não teremos mais o perigo de contar com um deputado como ele ou como o seu líder achacador Eduardo Cunha, uma figura exemplar de ficha suja.
Eduardo Cunha, o bola da vez que ficou só – nem o Aécio, que também é Cunha, quer mais nada com ele - é um exemplo de que "O judiciário é o poder que mais tem faltado à República”, como disse Ruy Barbosa.
Capaz de promover uma indústria de liminares, além do tráfico de influência, da liberação de facínoras e um absurdo exibicionismo midiático, o Judiciário leva a sério sua inércia e foi incapaz de evitar eleição do maior ficha suja da política. E permitiu que o facínora chegasse à presidência da Câmara.
Se os doutos magistrados quisessem, de fato, valorizar o voto do eleitor, não o deixariam votar em candidatos fichas sujas.
Se o próprio TSE desdenha e deprecia o voto, como quer que o eleitor o valorize?

2 comentários:

Anônimo disse...

Fatalmente, o aborto de "futuros criminosos" será aplicado, somente, aos embriões de pobres, negros, índios e mestiços deste país. Uma grande parte deste Congresso é composto por psicopatas. Estamos perdidos, pois, o Judiciário, quando não é omisso, é tendencioso, seletivo, parcial, como a velha mídia criminosa.

LACERDA disse...

O Judiciário leva muito a sério a sua constitucional inércia.