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sábado, 16 de junho de 2012

TEMPO DE ELEIÇÕES

Antes, porém, é tempo de convenções. Tempo de preparação para a campanha eleitoral. Tempo de compra e venda de mentes e corações.  
Presidentes de partidos vendem suas legendas, seus candidatos e militantes. Vendem até os votos que não possuem.
 Compositores e publicitários vendem seu talento preparando jingles e material de campanha.
Cantores e locutores vendem suas vozes para promover candidatos.
Pessoas bem relacionadas e de certo prestígio vendem o seu apoio, quase sempre, inútil.
Jornais de grande circulação e jornalecos picaretas vendem seus espaços para quem pode pagar. Jornalistas e pseudo-jornalistas vendem suas consciências manipuladas e manipuladoras.
Candidatos vendem a certeza da vitória e oferecem promessas vãs, simpatia e esperança. Além de tijolos, cimento e dentaduras, claro!
Justiça eleitoral vende decisões favoráveis a alguns poucos e adversas a muitos outros. Ou deixa de tomar decisões sobre antigos processos.
O desempregado tenta vender sua força de trabalho para pregar placas e distribuir santinhos e aplausos. Os que conseguirem, fingirão vender lealdade a quem os contratar. E ainda vão colocar filhos e parentes para ganhar um troco na boca de urna.
E, depois, dirão para o seu candidato se eleito ele for: “Eu não peço nada pra mim, só quero emprego para meus filhos.”
A grana vai rolar, nomeações serão inevitáveis e todos vão ganhar com a eleição. Até os derrotados vão lucrar.
Por que o eleitor, o maior interessado, não poderá vender o voto que é seu único bem? Por que somente ele não poderá obter alguma vantagem?
Por que criticá-lo por receber um “galo” de um e de outro candidato, talvez de três, na hora do voto?
Que hipocrisia é essa de que voto não tem preço, tem conseqüências?
Voto tem preço, sim... e tem conseqüências.

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