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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Oi E EU

Pedi à Oi que transferisse minha linha de telefone fixo no dia 8 de agosto. Até o dia 23, continuava sem telefone e sem Velox.
Enquanto isso, a pessoa que adquiriu o meu apartamento transferiu sua linha de um dia para o outro. Ele não solicitou transferência à Oi. Apenas pediu-a a um conhecido que trabalha para a Oi fazendo manutenção das linhas telefônicos.
Neste período, colecionei onze protocolos de reclamação. Muitos eu não anotei, inclusive o primeiro. Compostos apenas por algarismos, os protocolos da Oi são mais compridos que endereço localizado em comunidade carente. Eu ia dizer que são mais compridos que endereço de pobre; mas, se o fizesse me acusariam de preconceituoso.
Após inúmeras reclamações, instalaram uma linha que não era a minha. Falava pra fora, mas não recebia chamadas nem a Velox. Depois de muitas outras reclamações, passou a receber chamadas, mas não falava pra fora.
Novas reclamações nas quais tive que contar sempre a mesma história para dezenas de atendentes diferentes mesmo citando os protocolos. Parece que os computadores da Oi não têm memória, nem mesmo uma vaga lembrança.
Cancelaram a citada linha e prenderam-me em casa por vários dias à espera de um técnico que nunca veio. Até que um deles me ligou para o celular no dia 22 perguntando se o problema tinha sido resolvido. Um sonoro NÃO foi a resposta, mas quando peguei o aparelho deu linha. Liguei para o celular e, surpresa, lá surgiu o meu número correto. Liguei do celular para o fixo e nada. Passado algum tempo, o aparelho novamente emudeceu.
Não aguentava mais. Liguei para a ANATEL no dia 23, às 16 horas. Contei mais uma vez toda a história. Às 21 horas, um supervisor da Oi ligou para o meu celular querendo saber por que eu reclamei com a ANATEL. Tive que contar a historia de novo.
Dia 24, pela manhã, recebi novo contato da Oi dizendo que eu teria prioridade no atendimento devido à exigência da ANATEL.
Às 15 horas, recebo a visita de um técnico de nome muito estranho: Azenclever. Ele me diz que vai resolver o meu problema pois a ANATEL exige uma solução para o meu caso.
De fato, religou a minha linha original. Mas, sem receber chamadas. Às 18 horas, ele diz que não pode fazer mais nada porque a central de Muriqui está fora do ar, mas voltará no dia seguinte para terminar a instalação.
Dia 25, ele volta e faz minha linha chamar e receber chamadas. Mas, nada de Velox. O serviço dele é somente de voz e não de dados. Diz que devo ligar para a Oi e reclamar. É o que faço.
O atendente me diz que eu cancelei a Velox. Virei bicho, perdi a compostura. Eu não suporto a mediocridade e a incompetência. É nisso que dá o pleno emprego. As empresas são obrigadas a contratar qualquer imbecil ainda desempregado.
Pô! Como poderia eu sobreviver sem a internet?
Logo após, recebo ligação da Oi perguntando se estava tudo bem com a minha linha. NÃO! FALTA A VELOX. Vamos verificar, diz a atendente.
Dia seguinte, 26, reclamo novamente com a ANATEL. Revoltado, fui à casa de um amigo fazer aquela postagem sobre o Zoster. Dia 27, recebo outra ligação da Oi querendo saber o motivo da minha nova reclamação à ANATEL. Contei a mesma história outra vez. Disseram-me que vão providenciar.
No domingo 28, vieram dois técnicos. Trocaram a fiação da rua e colocaram minha linha funcionando perfeitamente com a Velox.
Nesse período, tinha aproveitado para fazer um up grade no meu computador e somente hoje o tive de volta.
Desde segunda-feira já atendi umas vinte ligações da Oi sempre perguntando se está tudo bem com a minha linha. Eles não querem me deixar em paz. Vou reclamar com a ANATEL.
Hoje, tive uma surpresa: recebi por Sedex um modem da Velox. Por quê, não sei. Tenho Velox e seu modem desde que ela foi instalada em Mangaratiba.
É muita incompetência...

A MUDANÇA

Uma odisséia interminável. Juro por tudo quanto é mais sagrado: somente mudarei daqui para o Jardim da Saudade, em Sulacap, onde tenho um pequeno terreninho no subsolo de um imenso jardim. Será a minha última morada.
Ainda estamos arrumando as coisas. E como havia coisas...
O que é importante sumiu ou é quase impossível encontrar. Em compensação, as coisas inúteis ou desnecessárias surgem a todo momento. Como uma latinha de propaganda da Coca-Cola que usa óculos escuros e dança mesmo sem música.
Por falar em música - ou melhor, aquilo que os quiosqueiros pensam que é música - estou há dois finais de semana sem ouvir "chupa que é de uva". Maravilha! O duelo de decibéis não mais chega aos meus ouvidos.
Voltando a falar das coisas, eu me pergunto: por que guardar tanta porcaria. Será que éramos obsessivos-compulsivos como aquela gente do programa que passa no canal A&E?
Estamos nos livrando de muitas coisas. Damos o que ainda tem alguma utilidade e jogamos no lixo as coisas imprestáveis.
No dia 8, fizemos a mudança. Compramos um novo aparelho de TV na loja virtual do Ponto Frio e pedimos a transferência do sinal da SKY e do telefone fixo. O aparelho somente chegou no dia 27 porque a transportadora não conseguia achar o meu humilde barraco cuja numeração não tem nada a ver com o local. Mas, isso é uma história que tentarei resolver com a Prefeitura.
Cliente da SKY há mais de dez anos, achei que seria fácil mudar de um quarteirão para outro. Após três dias, reclamei com a instaladora. Disseram-me que não poderiam vir porque a SKY deu o endereço antigo para a reinstalação. Reclamei diretamente com a SKY. Dois dias depois, vieram ao endereço novo sem escada e sem a nova antena. Reclamei novamente com a SKY. Voltaram dois dias após com a antena mas sem a escada. Reclamei e a SKY me disse que eu seria atendido no dia seguinte. Não vieram.
É meu aniversário e eu isolado do mundo, sem SKY. E, também, sem telefone fixo e, consequentemente, sem Velox. Totalmente alienado. Meu embate com a Oi contarei na próxima postagem. Liguei para a SKY cancelando o serviço. A atendente tentou me convencer a continuar. Até me ofereceu um mês grátis. Recusei e consegui cancelar a SKY após 23 minutos de muita conversa.
Estressado com a mediocridade do atendimento da SKY, sem notícias, há dez dias sem saber dos acontecimentos, preso em casa à espera das transferências, chamei a "gatonet". Meus amigos diziam que a "gatonet" tinha tudo, até o futebol e os canais eróticos, pagando apenas R$ 35,00 mensais. E me tiravam de otário por pagar R$ 165,00 por mês para a SKY.
Vieram imediatamente e instalaram a "gatonet". Apenas 33 canais sem programação na tela. Pra quem só vê novela e o jogo de futebol do "Engenhão" é ótimo. Mas, eu quero muito mais. No dia seguinte, pedi para cancelar e contratei a Via Embratel.
A Via Embratel tem tudo que a SKY tem e muito mais canais por apenas R$ 154,00 mensais. Proporcionalmente, é mais barato que a "gatonet".
N.L.: Meu Deus! Por onde andará o meu pendrive?

sábado, 27 de agosto de 2011

ZOSTER

Muitos chamam de "herpes zoster" porque parece com o herpes. Parece, mas não é.
Popularmente conhecido como "cobreiro", é uma doença viral causada pelo varicella-zoster virus, o mesmo vírus causador da catapora. Melhor denominá-lo varicela zoster.
Só dá em que já teve catapora. Algumas pessoas não desenvolvem imunidade total ao vírus que permanece latente em gânglios próximos à coluna vertebral. Quando encontra condições de se desenvolver, numa situação de grande estresse, por exemplo, o vírus reativa-se e chega à pele através dos nervos correspondentes ao gânglio.
Eu já tive nas costas, perto do ombro. Meu filho teve na cintura. Minha mulher teve agora acima da sobrancelha, atingindo todo o lado esquerdo da testa, inclusive a pálpebra e o lado esquerdo do nariz.
Caprichoso, o zoster atinge somente um lado do corpo.
Logo identificamos o problema por sua apresentação e pelos sintomas doloridos. Indicamos o único tratamento existente desde priscas eras: o aciclovir. Não esse aciclovir barato oriundo de laboratórios sem qualquer credibilidade que é vendido nas farmácias de Muriqui.
Minha mulher passou a tomar um comprimido de 400mg de Zovirax, cinco vezes ao dia; Zovirax creme dermatológico para aplicação local, também cinco vezes ao dia, e Zovirax pomada oftalmológica para aplicação ocular, a fim de evitar afetação ao nervo ótico.
Acontece que não sou médico - nem meu filho - e como santo de casa não faz milagre e minha mulher não mais suportava as dores - seu limiar álgico é bem baixo - além de achar que o medicamento tinha que agir de imediato como um analgésico, exigiu uma consulta médica para confirmar o nosso diagnóstico e o tratamento prescrito.
Levei-a ao PS de Muriqui para uma consulta com o Dr. Breno que nos informaram ser muito bom médico. Era o dia de seu plantão, dia 12 de agosto.
Infelizmente, ele estava no almoço e minha mulher foi rapidamente muito bem atendida, com absoluta cortesia, pelo jovem Dr. Thiago S. Cabral.
Ela, então, mostrou-lhe as vesículas na testa, na pálpebra e no nariz, exatamente como na foto acima, e disse-lhe: "Dr. Thiago, creio que estou com zoster e tomando aciclovir. Queria ouvir a sua opinião médica."
O médico a examinou e afirmou: "Não! Não é zoster. É apenas uma reação alérgica. Vou encaminhá-la para a dermatologia."
Fez uma limpeza local com cloreto de sódio e preencheu o encaminhamento que está em meu poder.
Nisso, chega o Dr. Breno. Olha minha mulher e diz ao Dr. Thiago: "É zoster. Prescreva Zovirax, cinco vezes ao dia."
O jovem médico ainda tentou argumentar dizendo não ver as terminações nervosas típicas do zoster. "Como não está vendo?" - questionou o Dr. Breno - "veja elas aqui e aqui e aqui."
Somente restou ao Dr. Thiago passar a receita de Zovirax comprimidos e aciclovir pomada.
Minha mulher voltou pra casa mais tranquila, sabendo que seus santos de casa muitas vezes fazem milagres.
É como eu sempre digo: carro, mulher ou dentista só é bom mesmo quando é novo. Médico tem que ser mais velho.

domingo, 7 de agosto de 2011

DE COSTAS PARA O MAR

Não dava mais pra viver em frente ao mar, de ver e ouvir a muvuca nos finais de semana na praia de Muriqui.
O furdunço, agora, é folha morta pra mim. Chupa que é de uva, “rebolation”, beber, cair e levantar, nunca mais.
Nunca mais todo aquele repetitivo repertório imbecil e imbecilizante.
O atordoante duelo de decibéis entre os quiosques 14 e 15 agora é coisa do passado. Não chega mais em mim e não quero mais saber de lutar contra isso. Serei, como as autoridades locais, indiferente à desordem no calçadão. Aquela visão dantesca que os quiosqueiros consideram como promoção turística. Agora, estou livre deles e eles de mim.
A partir de hoje, estou distante dos carros de mala aberta com a pornofonia dos funkeiros. Comprei um barraco de costas para o mar, não muito longe da praia, mas protegido da poluição sonora e do turismo predatório nos finais de semana.
Talvez, um dia, se eu tiver condições, poderei mudar para uma praia mais civilizada, menos alucinada e viver novamente em frente ao mar. Por exemplo, em Garatucaia, Mambucaba, Jabaquara ou qualquer outra praia de Paraty.
Por enquanto, resido em um endereço mais imponente (Avenida Nações Unidas) do que o anterior (Travessa Brasília) e posso abrir portas e janelas para sentir a brisa fresca que, agora, vem da montanha.
Eu, que vim do nada e cheguei a lugar nenhum, um dia – aqui em Muriqui - me orgulhei de ser praiano. Hoje, sinto-me apenas aliviado.

N.L.: quando a Telemar instalar o Velox na nova residência eu voltarei.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

DIA DO ORGULHO HETEROSSEXUAL

Os vereadores paulistanos entraram definitivamente no terreno da galhofa. Criaram o dia do orgulho heterossexual. O PL aprovado é de autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM) que o justificou afirmando ser um forma de se manifestar contra os excessos e privilégios da comunidade gay. A data fixada para o “dia do orgulho hétero” é o terceiro domingo de dezembro.
O que eles querem? Que seus eleitores saiam por aí empunhando cartazes e gritando eu sou é homem? Tal como fazia o Ney Matogrosso com seus requebros e trejeitos femininos?
Com muita propriedade, Vinícius disse em uma canção que o homem que diz sou não é, porque quem é mesmo não diz.
Já vi homem gritar para a própria mulher sua qualidade masculina. Ele não sabia que apenas demonstrava o seu machismo.
Sei que o orgulho hétero também se refere às mulheres. Mas, estas já contam com o movimento feminista e ainda lutam para que seus direitos civis e políticos sejam equiparados aos direitos do homem.
O Aurélio diz que orgulho é o sentimento de dignidade pessoal, brio, altivez. É o que um homem ou mulher precisa sentir, não por ser macho ou fêmea, mas sim por seu comportamento digno de um ser humano.
É compreensível que os gays manifestem o seu orgulho e defendam os seus direitos. Tal como as mulheres, foram e ainda são oprimidos, perseguidos, humilhados e assassinados por aqueles que devem estar felizes por agora existir um dia do orgulho hétero.
Como ensinou Aristóteles, “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades”.
É como disse o Professor Túlio Vianna da Faculdade de Direito da UFMG:
“Toda igualdade jurídica tem que ser pensada a partir de uma perspectiva histórica que reconheça as diferenças políticas existentes entre diversos grupos sociais. Há quem historicamente foi dominado e há quem tenha dominado.
Querer dar a estes grupos tratamento idêntico, desprezando a história de opressão de um e a história de luta e resistência de outro é uma aberração jurídica.
Quando um negro usa a camisa “100% negro, com orgulho”, uma leitura histórica da frase traduz: “faço parte de uma etnia que foi oprimida ao longo da história, mas me orgulho dela e luto para que ela tenha os mesmos direitos das demais”.
Quando um branco usa a camisa “100% branco, com orgulho” uma leitura histórica da frase traduz: “sou racista”.
Quando os homossexuais fazem sua “parada do orgulho gay”, eles manifestam-se por respeito a sua orientação sexual. Quando os heterossexuais fazem uma “parada do orgulho hetero” eles manifestam sua intolerância por orientações sexuais diversas.”
Portanto, o dia do orgulho heterossexual é, na verdade, a mais genuína e fascista paranoia homofóbica.

MP PROCESSA CONDOMÍNIO DE MANGARATIBA

Lí nos jornais:
“O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou Ação Civil Pública contra as empresas Porto Real Investimentos S.A e Condomínio Porto Real Resort, localizadas em Conceição de Jacareí, pela prática de irregularidades ambientais no empreendimento imobiliário, situado no Km 64 da Rio-Santos. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) também foi apontado como responsável pelas irregularidades na ação.
Entre as intervenções ambientais indevidas listadas pelo MP estão a supressão irregular de vegetação, remoção de vegetação de floresta em Área de Preservação Permanente (APP), ocupação e construção em faixa marginal em APP e desvio e canalização irregular de curso d’água.
A empresa deve ser condenada a remover ou demolir todas as intervenções, obras e serviços reconhecidos como irregulares/ilegais. Além disso, o condomínio e o Inea terão de reconstituir todo o ecossistema lesado. Não sendo possível a recuperação, serão obrigados a compensá-lo. Os danos ambientais irreparáveis decorrentes das intervenções irregulares são passíveis também de indenização.
O MP considerou grave a existência de vícios no procedimento de licenciamento ambiental pelo INEA. Entre eles, o fato de o instituto negar a existência de áreas de preservação permanente em determinada parte do licenciamento, ao contrário do que foi constatado pelos técnicos do Grupo de Apoio Técnico Especializado do MPRJ. Inquérito Civil Público foi instaurado em 2009 pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, Núcleo Angra dos Reis, para apurar as possíveis irregularidades.
Liminarmente, o MP requereu que o Inea seja impedido de conceder qualquer renovação ou autorização/licença à empresa responsável, sob pena de multa diária não inferior a R$ 20 mil."
Palmas para o Ministério Público, o último refúgio para todos os injustiçados, legítimo representante de todo o povo e verdadeiro mantenedor do império da Lei.
E nossos vereadores que têm o dever de fiscalizar o que ocorre no Município, o que fizeram? E o PV de Mangaratiba que deveria lutar pela preservação de nosso meio ambiente, o que fez?