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Em todos nós que ouvíamos suas cantigas - “nego velho, o que foi que te deu?” – que participamos de sua alegria contagiante.
“Segura a marimba!" Era a sua saudação, seu grito de alerta onde chegava. E era bem chegado em todos os lugares.
“Paga uma aí, Lacerda.” Não pedia. Tinha autoridade para determinar quem pagaria. E bebia um copo quase cheio da branquinha. E brincava, e dançava, respeitando a todos. Sempre com uma latinha ou um copo na mão. Quase sempre com a camisa do Flamengo. Era seu único defeito.
Para ele não existia esse negócio de beber além da conta. Nem a prática de atitudes lamentáveis. Um exemplo para aqueles que, mesmo sóbrios, não sabem se comportar. Geraldinho nunca prejudicou ninguém. Jamais o ouvi dizer qualquer ofensa a quem quer que seja. Todos o amavam. Sempre alegre e feliz. Apenas gostava de beber.
E daí...
Certa vez, passou a madrugada bebendo. Era véspera do concurso para a Prefeitura. Centenas de candidatos. Dormiu pouco, acordou e foi beber no bar junto à escola em que faria a prova. Quando o portão da escola estava quase fechando, foi o último a entrar.
E foi o primeiro colocado no concurso.
Geraldinho, você fez – e fará sempre - parte do folclore de nosso Distrito. Vou sentir sua falta. Lamento que você tenha nos deixado. Orgulho-me de ter sido seu amigo.
Um comentário:
ALO MURIQUI, FOI SE EMBORA NOSSO GERALDINHO, E VERDADE QUE TODO BEBUM E CHATO DE ATURAR, GERALDINHO NAO,NAO RESPONDIA MAL A NENHUMA PESSOA.
FAZ PARTE DA HISTORIA MURIQUI. SEGURA MARIMBA.
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