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sábado, 26 de abril de 2008

O SOM DOS QUIOSQUES DE MURIQUI

Absolutamente, não sou contra o som dos quiosques da Av. Beira Mar, em Muriqui. Apesar de não ouvi-lo, naquelas alturas, noutras praias de cidades turísticas fluminenses.
Mas, o cidadão que reside no lugar precisa ter garantido o seu direito de ler um livro, um jornal, uma revista, ouvir música, dormir ou mesmo conversar com os amigos à beira-mar e à sombra dos coqueiros, sentindo a brisa fresca que vem do mar ou da montanha.
O fato é que fica impossível atitudes tão corriqueiras, até mesmo dentro de casa, ao som insuportável que vem dos quiosques.
É final de semana, o som do quiosque 16 está no nível máximo disponível de decibéis. Esse som absurdo invade o quiosque 15, atravessa o 14 e somente vai ser subjugado no quiosque 13 que retribui com algo semelhante para perturbar a todos.
Meu apartamento no quarto andar - não é de frente para o mar - que fica entre os quiosques citados, está com portas, janelas e basculantes fechados. Nem uma fenda livre para o ar penetrar. Esse som, porém, invade, sem cerimônia, todas as dependências. Penetra pelas áreas livres do prédio, sobe as escadas e vem bater afrontosamente a minha porta. Ou vem por fora fazendo as janelas trepidarem tentanto invadir a minha quase paz de espírito. .
É o “funk”. Esse “funk” que vicia e imbeciliza a criatura. Esse lixo marginal, violento e bandido que vem cretinizando parte de nossa juventude. Esse pitbull sonoro que tem o mau cheiro da tragédia anunciada vem do quiosque 13.
Eu me pergunto como sobrevivem aqueles que estão de frente e ainda mais próximos do que eu. Como suportam tudo isso?
A Lei não é respeitada e muito menos o morador. E quanto as autoridades? Não existe uma Lei Municipal que regulamenta a emissão de som? Por que as autoridades não exigem o seu cumprimento? A Prefeitura não possui um medidor de decibéis? Ou será que não há nenhum servidor capaz de saber manejá-lo?
Chega a noite, já passa das 22 horas, a PM é chamada pelos moradores mais próximos. Os policiais atendem, o quiosque 13 baixa o som. Quando a PM se vai, tudo volta à anormalidade.
Não combato a música mecânica ou ao vivo que acontece nos finais de semana com artistas locais. É festa, a casa está cheia e o povo quer música para sua alegria e diversão. Não podemos exigir bom gosto musical dos quiosqueiros, mas respeito e civilidade é obrigação de quem pretende servir em uma localidade que pretende ser turística.
Respeito e civilidade não somente para com os moradores e frequentadores da praia, mas para com eles próprios, com os seus concorrentes, com os outros quiosques.
Até onde irá a omissão de nossas indolentes autoridades sem poder para controlar o volume do som emitido pelos quiosques? Vão esperar sentados pela tragédia anunciada?
O maior desafio para uma autoridade é fazer crer que ela existe. Taí uma ótima oportunidade de provar sua existência.
Ou será que somente nos resta torcer p´ra chover?

3 comentários:

LACERDA disse...

Confesso que errei. A autoridade existe, a Prefeitura possui um decibelímetro e há um servidor que sabe manejá-lo: vieram medir a emissão de som dos quiosques 13, 14, 15 e 16. A poluição sonora foi reduzida. Vamos ver até quando.

Anônimo disse...

Você tem toda razão. Estou morando em Muriqui desde outubro/2009. Vim para cá principalmente porque minha esposa, Tania, está em tratamento de depressão, e achei aqui um paríso para sua recuperação. Mas, o "paraiso"tem seus defeitos. Um deles, é o som dos quiosques adicionado aos carros com som na mala que chegam a estacionar embaixo da placa da prefeitura que os proibe.
Além disso, para nós, que moramos na primeira casa da Fazenda Muriqui, ainda sofremos com o carro do Fernando feroviário e mais ainda com os ensaios e cultos da igreja Assembléia de Deus Ministério Costa Verde, na Rua Candido Jorge, do lado do rio, na entrada da fazenda, ou seja, quase colada à minha casa. São gritos, cânticos, guitarra, baixo e bateria no máximo volume, muitas vezes passando das dez horas da noite. Se existe uma lei municipal que controle a emissão de som, gostaria de que viessem medi-lo, não só dentro e fora da igreja mas até dentroda minha casa, onde nem sempre posso assistir à televisão mesmo com tudo fechado.
Caso não seja resolvido, terei de procurar a ação do MP para sanar esse problema.
Aliás, em relação ao meio ambiente, este não é o único problema de Muriqui. Os dejetos nos rios e canais que vão para a praia, os cachorros na praia, o desmatamento, o domínio das encostas pelos bananais, o represamento dos rios para formação de piscinas particulares ou públicas, como o poção, que impedem a circulação da fauna fluvial e marítima para acasalamento e reprodução, as construções invadindo o mar, os rios e a Mata Atlântica, todos esses são crimes ambientais que, antes do Estado e da União, a prefeitura deveria combater.
DEvo ressaltar que sou morador novo aqui, não conheço o prefeito, nem os vereaqdores,quem é situaçào nem quem é oposição. Apenas escolhi esse lugar para viver e acho que é minha obrigação lutar para que ele seja realmente O paraiso.
Abs
jogral@oi.com.br

Anônimo disse...

sou morador de muriqui e nao sou funkeiro mais acho que uma pessoa que descrimina um estilo musical tambem descrimina a cor pra mim é só mais um racista que gosta de arrumar confusao com certeza tem seu empreguinho que te da um bom dinheiro e nao entende que os quiosqueiros tem que fazer algo para atrair os clientes para poder se sustentar , o mais engraçado é que quando não tem nada em muriqui o povo reclama e quando tem tambem reclama entao o que tenho a dizer a essas pessoas é que parem de fogo no bum bum de vçs e junte se e eles talvez todos os problemas e até mesmo a ¨ depreção ¨ira desaparecer quer paz e sucego tá no lugar errado .