Total de visualizações de página

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O TERCEIRO TURNO

Já começou. A imprensa reprisa diariamente que nunca houve um resultado tão apertado. Sugere que há suspeitas e indícios de fraude nas urnas eletrônicas.
Colunista da Veja escreve em O Globo que foi uma vitória de Pirro. Acusam o nordeste ignorante de ter dado a vitória à Dilma.
Falam que o país está dividido e que, assim, Dilma não teria condições e legitimidade para governar.
A diferença de apenas três por cento não valeu. É como se a FIFA decidisse que uma vitória no futebol só valesse com uma diferença superior a três gols.
Manchete na primeira página de O Globo, ontem, diz que o “congresso já reage a proposta de plebiscito”. Assim mesmo, sem crase no “a” em letras garrafais. Estão tão transtornados que erram vergonhosamente na gramática.
Injustificável.
Tão transtornados quanto aquela psicopata da postagem anterior e aqueles trinta perturbados plenos de ódio ao PT que se reuniram em São Paulo pedindo o impeachment da Dilma.
Esse terceiro turno só vai terminar em 2018 quando o Lula levará o PT ao PenTa.

4 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

O Congresso já deu o seu recado à presidenta Dilma Rousseff e ao PT.

Pode-se dizer que o PMDB sinalizou que não concordará com propostas que diminuam a sua influência política mesmo se tratando de organismos de participação popular na esfera do Executivo.

Antecipadamente, dá para considerarmos que as reformas pretendidas pelo governo deverão vir na forma de referendos e, na maioria dos casos, talvez tenham "efeito placebo". Ou seja, não aguardo muitos avanços. Ainda mais esperando um ano difícil em 2015.

PP e PMDB são aliados do PT desde que se trate de uma política de governo que lhes interessem. Sendo partidos reacionários e sem força nos movimentos sociais, dificilmente negociariam poder pois significaria vender a galinha dos ovos de ouro. Se bem que esses conselhos de participação não afetariam tanto tais partidos, exceto pela intromissão/fiscalização das ONGs que passariam a ter mais acesso aos trabalhos governamentais por setor.

Infelizmente, quem perdeu desta vez foi a sociedade porque o Decreto de n.º 8.243/2014 que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) daria mais transparência à gestão pública. Pode-se dizer que faltou à presidenta mais articulação para fazer com que uma proposta tão importante para o país pudesse ir adiante. O próprio PSDB, que foi um dos articuladores da derrota do governo, bem que poderia ter sido um aliado já que, na prática, o decreto não contraria a visão tucana de administração pública. Os parlamentares do PSDB só resolveram se opor ao decreto porque estão fazendo oposição, sendo certo que em muitas prefeituras, os tucanos criaram diversos conselhos de participação.

Sobre o Lula voltar em 2018, deve-se levar em conta a sua ausência de 8 anos das eleições e também a idade que terá daqui uns 4 anos, além do próprio desgaste do PT. Mas, sem dúvida, o governo não deverá ter outro nome capaz de enfrentar o Aécio. Só que, se não criar um nome novo, principalmente entre os nascidos nas décadas de 1960/1970, a situação vai estar deixando de semear para o futuro.

E se não for o Lula, quem vc acha que poderia ser o candidato do PT, Lacerda?

Um abraço.

LACERDA disse...

Lula não esteve ausente nas duas últimas eleições. Dilma é Lula, Lula é Dilma.
Em 2018, Lula terá apenas 73 anos, Intelectualmente, será ainda um garoto como eu sou agora com 77.
Ciro Gomes seria um bom substituto, embora não sendo do PT.
Concordo com você. Não espero grandes avanços. Só espero que a Dilam lute por eles.
Como disse o Ciro, este Congresso conservador só aprovará a reforma política se ela entrar em vigor após oito ou doze anos. Isto é, quando os conservadores não mais estarão disputando a reeleição.

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Hoje li nas notícias da Câmara a declaração do presidente do órgão, dep. Henrique Eduardo Alves, dizendo que a derrubada do decreto não gerou crise política:

"Votaram a favor da derrubada do decreto [presidencial] 19 partidos. Apenas 3 partidos votaram pela manutenção do decreto. Então, não é uma questão só de oposição, muito menos de PMDB com oposição".

Quanto ao Lula, o ex-presidente pode não ter estado tão ausente, mas esteve menos presente. Ainda assim eu o considero como uma liderança forte para disputar as eleições. Principalmente se o PSDB lançar o Alckmin.

Já o Ciro Gomes o eu vejo ainda mais afastado do cenário político, o que não impede a Dilma de nomeá-lo ministro e construir sua imagem para 2018 bem como trazê-lo para o PT.

Não sei se as reformas que de fato o povo necessita conseguirão permanecer no blá-blá-blá do Congresso por mais 8 ou 12 anos, sendo que tais discussões rolam há 20 e o PSOL fez bem em entrar com um PL retomando pontos do decreto da Dilma:

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/476740-PSOL-APRESENTA-PROJETO-QUE-RETOMA-PONTOS-DO-DECRETO-DOS-CONSELHOS-POPULARES.html?utm_campaign=boletim&utm_source=agencia&utm_medium=email

Seja como for, não duvido de que teremos pelo próximo ano a voz das ruas novamente com outros protestos e manifestações, os quais poderão ajudar a direcionar melhor a política.

LACERDA disse...

Acho que você não entendeu bem ou eu não soube explicar direito. O que Ciro Gomes disse foi que o atual congresso conservador aprovaria a reforma política somente se ela fosse vigorar a partir de 8 ou 12 anos, quando o atual congresso não mais pretenderia se reeleger.
Concordo com o que você disse sobre o Ciro. Há uma outra possibilidade: ele ser o candidato a vice do Lula e, logo depois, em 2022, ser candidato a presidente.
Parabéns ao PSOL por insistir nos Conselhos Populares.