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sábado, 27 de setembro de 2014

GIVE PEACE A CHANCE

No dia 1º de janeiro de 2014 – Dia da Fraternidade Universal - o Papa Francisco celebrou o XLVII Dia Mundial da Paz com um discurso em que, entre outros temas (aqui), declarou:

 “A fraternidade extingue a guerra
Ao longo do ano que termina, muitos irmãos e irmãs nossos continuaram a viver a experiência dilacerante da guerra, que constitui uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade.
Há muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha solidariedade pessoal e a de toda a Igreja.
Esta última tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror.
De igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem.
Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão!
Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor!
Nesta ótica, torna-se claro que, na vida dos povos, os conflitos armados constituem sempre a deliberada negação de qualquer concórdia internacional possível, originando divisões profundas e dilacerantes feridas que necessitam de muitos anos para se curarem.
As guerras constituem a rejeição prática de se comprometer para alcançar aquelas grandes metas econômicas e sociais que a comunidade internacional almeja.”
Foi o Papa quem falou. Ninguém foi contra. Nem O Globo, nem o Aécio.
Agora, na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Paz – dia 21 de setembro, instituído pela ONU – Dilma Rousseff fez discurso semelhante na abertura da Assembléia Geral. Falou de paz, de fraternidade, de diálogo, e do fim das guerras.
Pra quê? Revoltou a direita brasileira e seus porta-vozes vira-latas que acusaram a presidenta de se colocar ao lado dos terroristas do EI.
Foi tratada pelo O Globo como uma militante jihadista e que foi patética a sua participação. O globo ainda afirmou que Dilma fez a inaceitável defesa dos assassinos do EI, com base no conhecido discurso de que é necessário “dialogar”, em vez de sacar armas (sic). O mesmo discurso do Papa.
Em editorial, ainda criticou a presidente por usar o "vestido vermelho PT" na ONU e de se colocar ao lado de "sectários muçulmanos, que adotam costumes medievais".
Na coluna "Uso indevido", Vermal Pereira disse ter sentido "vergonha alheia" pelo discurso de Dilma.
Aécio, o derrotado, disse que foi vergonhosa a posição da presidenta e que seu discurso ficará marcado como uma das grandes manchas da política externa brasileira.
Felizmente, me parece, a magricela nada comentou.
Abaixo, parte do discurso da presidenta em que ela defendeu o diálogo para resolver os conflitos. 

Compare-o com o discurso do Papa.

“Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.  O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. 

Isso está claro na persistência da questão palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.  

A cada intervenção militar não caminhamos para a Paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos

Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios. O Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo. Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz.  

Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina,  sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. 

Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças. 

Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.”

Pois é, falaram tanto que dessa vez exorbitaram. Esqueceram do Papa e de John Lennon que tanto cantou a paz e todos aplaudiram.

All we are saying: is give peace a chance.


15 comentários:

Eduardo,o imbecil disse...

Ao ler sua postagem me lembrei de uma música antiga que dizia:
"Respeitem ao menos os meus cabelos
brancos"
Não se preocupe ,nada a ver com vc.
Devemos mesmo dialogar com nossos companheiros degoladores.
Sugeri vc.Mas talvez seja melhor Lula que está ocioso desde sempre(espantoso como seu patrimônio cresceu).
Quem vai lá???
A vergonha da política externa brasileira , infelizmente ,não é só por isso.O Mercosul nos atrela ao que de pior economicamente há no continente.
A aliança do Pacífico está bombando(Colômbia,Perú)até o Chile da socialista Bachelet é pragmático.
Nós continuamos defendendo a barbárie e a estagflação.
Lacerda ,se é questão de troquinho,fale.
E o desmatamento que ela defende(não assinou)dá prá defender?
A Petrobrás ainda vai custar o mandato dela.
Quem viver verá!

Eduardo,o imbecil disse...

O Paulinho (como chamava Lula)tocou terror com sua delação premiada nas hostes governamentais.
Esperem o que Youssef tem a dizer.
Não vai sobrar pedra sobre pedra.
Você não se emociona com nada disso,Lacerda?
Continua defendendo o que há de podre.COMPROVADAMENTE.
Só pode ser sobrevivência.
Aí eu respeito.Fale que eu paro.Passar fome é difícil.

Eduardo,o imbecil disse...

John Lennon disse:
Não use meu santo nome em vão.
"Give peace a chance".
E o Papa é argentino...
Apelando Montguinho?

Eduardo,o imbecil disse...

Acho que sua imbecilidade(não a minha) virou atração.
Quem sabe convocar os macaquinhos e fazer um espetáculo.
Grana.
Sumiram os comentários(uma ou outra ofensa sempre aparece).
Quequiouve???

Eduardo,o imbecil disse...

"A reportagem diz que o ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, pediu R$ 2 milhões ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para a campanha de Dilma à Presidência em 2010. A candidata qualificou a reportagem como ´factoide pré-eleitoral'.
Esta eu lambi.
Sou igual a você.
Lambedor.
Será?

Eduardo,o imbecil disse...


"Os companheiros terroristas retribuíram os afagos de Dilma com mais uma degola"
Também lambi.
Tou me tornando um lambedor que nem você.
Tem cura?

Eduardo,o imbecil disse...

Você é um democrata.VIVAAAA!
Nunca censurou nenhuma crítica(ou ofensa)que te fiz.
PARABÉNS.
Aquele povo ,tipo Franklin Martins insiste em "controle social da mídia".
Você concorda com isso?
Não me faça deixar de amar loucamente você.

Anônimo disse...

Lacerda quem é esse palhaço?

Eduardo,o imbecil disse...

è o Mário...

Eduardo,o imbecil disse...

Essa doeu...

Eduardo,o imbecil disse...

Posso hoje estar tripudiando da conhecida falta de raciocínio petista.Politicamente. Em matéria de grana respeito muito.
Posso estar junto com todos(que pensam)chorando pitangas em novembro.
Estou pleiteando a Bolsa Chororô.
Afinal a oposição também é gente (ou não).
Grana não falta(perguntem ao Youssef).
Mais disso o Brasil num guenta!!!!!!

LACERDA disse...

Ao anônimo que me pergunta quem é o palhaço.
Amigo, deixemos que o coitado se divirta.

Eduardo,o imbecil disse...

Se divirto !

Eduardo,o imbecil disse...

E muito seu boboca...

Anônimo disse...

ele se diverte e eu também. Lacerda, você é um arremedo de tudo. O cara que quer se dar bem, nem que seja para seus incautos leitores.
Você me faz rir.