Há quase quatro meses, a Rádio Costa Verde FM, de Itaguaí, tem o monopólio radiofônico em toda Mangaratiba, desde que a Muriqui FM - uma rádio comunitária de alto nível - foi retirada do ar.
Desde então, parei de ouvir rádio. Agora, tomo conhecimento de que circula em nossa cidade um abaixo-assinado reivindicando a volta das transmissões da Rádio Muriqui FM.
Reproduzo a seguir o texto do abaixo-assinado:
"Nós, abaixo assinados, residentes em Muriqui, reivindicamos o retorno das transmissões da Rádio Muriqui FM 90.1 que se encontra fora do ar desde outubro de 2008.
Rádio comunitária de alto nível, a única que tínhamos com sintonia perfeita e uma programação musical de extremo bom gosto.
Somente uma emissora da cidade vizinha de Itaguaí consegue penetrar em Muriqui. Sentimo-nos escravos dessa emissora e órfãos da boa música e do serviço de utilidade pública da Muriqui FM. Até quando?
A Rádio Muriqui FM jamais se prestou à demagogia nem à promoção política de ninguém. Estamos localizados fora das rotas de aeronaves e a torre de transmissão possui apenas 25 wats de potência.
A Rádio Muriqui FM não interfere com a transmissão de nenhuma outra emissora e sempre prestou serviços ao Juizado de Menores, à Defesa Civil, ao Conselho Tutelar, aos Alcoólicos Anônimos e outras entidades de utilidade pública. Ao Juizo Eleitoral proporcionou toda divulgação ao recadastramento dos eleitores de Mangaratiba, participando ativamente da regularização do processo eleitoral em toda a cidade.
É imprescindível regularizar a Rádio Muriqui FM para que ela volte ao ar o mais rápido possível continuando a prestar um serviço ininterrupto de rádiodifusão que é essencial para toda a comunidade."
Eu assino embaixo.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
CÓDIGO DE POSTURAS MUNICIPAIS
Aconteceu na sexta-feira, dia 16. Um grupo de fiscais de posturas municipais percorreu a praia de Muriqui advertindo os quiosqueiros para não mais ocupar o passeio com mesas e cadeiras sob pena de multa, de acordo com o artigo 90 do Código de Posturas do Município de Mangaratiba.
Eu estava com amigos no Quiosque 14 e fiquei satisfeito com a atitude da Prefeitura. Para mim, era o começo do ordenamento urbano que se tornou inadiável.
Porém, uma moradora – contribuinte e cidadã mangaratibense – questionou aquele que parecia ser o comandante do grupo de fiscais.
Disse ela: “Vocês deviam era dar um jeito nesse terreno aí em frente que está infestado de ratos.”
O fiscal – que me informaram se chamar Joel – retrucou, então: “Isso é com a fiscalização sanitária, eu sou fiscal de posturas. Tenho muito trabalho, não posso fazer o trabalho dos outros. Faça um abaixo-assinado e entregue ao setor responsável.”
Aí, doeu... Eu estava quieto, queria ficar calado, mas a mediocridade me revolta. Então, a Prefeitura está com a bateria arriada e só engrena quando é empurrada?
Foi o que pensei e não me contive, entrei na conversa.
Perguntei ao fiscal: “Você disse que é fiscal de posturas e não conhece o Código de Posturas Municipais? Saiba que o Código exige que o proprietário desse terreno o mantenha sempre limpo e murado. Saiba que não é permitida a existência de terrenos cobertos de mato ou servindo de depósito de lixo dentro dos limites urbanos da cidade. Se você é fiscal de posturas, a responsabilidade é sua. Você tem que multar o proprietário do terreno e não se esquivar de seu dever e mandar a moradora fazer um abaixo-assinado para que sejam tomadas providências contra a infestação de ratos no local.”
Ele não quis argumentar comigo. Disse apenas; “Vocês só sabem reclamar”. E partiu para outro quiosque.
Sei que, antes, ele me ouviu retrucar: “E você é um incompetente.”
Eu estava com amigos no Quiosque 14 e fiquei satisfeito com a atitude da Prefeitura. Para mim, era o começo do ordenamento urbano que se tornou inadiável.
Porém, uma moradora – contribuinte e cidadã mangaratibense – questionou aquele que parecia ser o comandante do grupo de fiscais.
Disse ela: “Vocês deviam era dar um jeito nesse terreno aí em frente que está infestado de ratos.”
O fiscal – que me informaram se chamar Joel – retrucou, então: “Isso é com a fiscalização sanitária, eu sou fiscal de posturas. Tenho muito trabalho, não posso fazer o trabalho dos outros. Faça um abaixo-assinado e entregue ao setor responsável.”
Aí, doeu... Eu estava quieto, queria ficar calado, mas a mediocridade me revolta. Então, a Prefeitura está com a bateria arriada e só engrena quando é empurrada?
Foi o que pensei e não me contive, entrei na conversa.
Perguntei ao fiscal: “Você disse que é fiscal de posturas e não conhece o Código de Posturas Municipais? Saiba que o Código exige que o proprietário desse terreno o mantenha sempre limpo e murado. Saiba que não é permitida a existência de terrenos cobertos de mato ou servindo de depósito de lixo dentro dos limites urbanos da cidade. Se você é fiscal de posturas, a responsabilidade é sua. Você tem que multar o proprietário do terreno e não se esquivar de seu dever e mandar a moradora fazer um abaixo-assinado para que sejam tomadas providências contra a infestação de ratos no local.”
Ele não quis argumentar comigo. Disse apenas; “Vocês só sabem reclamar”. E partiu para outro quiosque.
Sei que, antes, ele me ouviu retrucar: “E você é um incompetente.”
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
LUIZ GONZAGA
Acabei de ler “Do Golpe ao Planalto”, livro que eu recomendo, no qual Ricardo Kotscho – um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro - conta suas aventuras de repórter desde o famigerado golpe de 64 até sair da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, em 2004.
Em um dos trechos mais marcantes, Ricardo Kotscho conta:
“Já em fim de carreira, com problemas financeiros, Gonzagão morava num sítio próximo à cidade (NR. em Exu, Pernambuco), onde tinha um posto de gasolina que estava fechado por falta de licença para funcionamento. Seria o ganha-pão dele na velhice. Em seu longo depoimento, noite de lua cheia adentro, alternando a prosa de histórias saborosas com a cantoria de grandes sucessos, Luiz Gonzaga chorou ao contar um episódio muito triste vivido algumas semanas antes, no pior momento de mais uma seca: Todo ano, os flagelados vinham aqui me pedir comida e eu dava o que podia para ajudar. Mas, desta vez, a comida acabou antes da chuva chegar e o povo revoltado apedrejou a minha casa. Nunca poderia imaginar que pudesse acontecer uma coisa dessas comigo. Seria sua última entrevista. Pouco tempo depois, recebi a notícia da morte de Gonzagão, certamente de desgosto.”
Viajando com Luiz Gonzaga - fim da década de 50 - por inúmeras cidades do interior nordestino, também, ouvi aquelas histórias deliciosas e o seu canto que reunia multidões em praças públicas madrugada adentro.
“Vai, boiadeiro, que o dia já vem. Toma um Sonrisal e vai p´ra junto do seu bem.”
Era a última música que ele cantava, modificando a letra. Nesse momento, jogávamos milhares de envelopes de Sonrisal para a plateia. Estávamos relançando o produto em um mercado absolutamente dominado pelo Alka Seltzer. Luiz Gonzaga mudou o hábito de consumo daquele povo que ele tanto alegrou, ajudou e, depois, o apedrejou.
Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão, disse Alexandre Dumas.
Qual a homenagem que nosso Município já prestou a esse artista que, com sua música, promoveu Mangaratiba em todo o país e no mundo inteiro?
Clique no link abaixo e ouça a homenagem que ele fez ao nosso Município.
http://www.youtube.com/watch?v=aHxIpWVcXmI
Em um dos trechos mais marcantes, Ricardo Kotscho conta:
“Já em fim de carreira, com problemas financeiros, Gonzagão morava num sítio próximo à cidade (NR. em Exu, Pernambuco), onde tinha um posto de gasolina que estava fechado por falta de licença para funcionamento. Seria o ganha-pão dele na velhice. Em seu longo depoimento, noite de lua cheia adentro, alternando a prosa de histórias saborosas com a cantoria de grandes sucessos, Luiz Gonzaga chorou ao contar um episódio muito triste vivido algumas semanas antes, no pior momento de mais uma seca: Todo ano, os flagelados vinham aqui me pedir comida e eu dava o que podia para ajudar. Mas, desta vez, a comida acabou antes da chuva chegar e o povo revoltado apedrejou a minha casa. Nunca poderia imaginar que pudesse acontecer uma coisa dessas comigo. Seria sua última entrevista. Pouco tempo depois, recebi a notícia da morte de Gonzagão, certamente de desgosto.”
Viajando com Luiz Gonzaga - fim da década de 50 - por inúmeras cidades do interior nordestino, também, ouvi aquelas histórias deliciosas e o seu canto que reunia multidões em praças públicas madrugada adentro.
“Vai, boiadeiro, que o dia já vem. Toma um Sonrisal e vai p´ra junto do seu bem.”
Era a última música que ele cantava, modificando a letra. Nesse momento, jogávamos milhares de envelopes de Sonrisal para a plateia. Estávamos relançando o produto em um mercado absolutamente dominado pelo Alka Seltzer. Luiz Gonzaga mudou o hábito de consumo daquele povo que ele tanto alegrou, ajudou e, depois, o apedrejou.
Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão, disse Alexandre Dumas.
Qual a homenagem que nosso Município já prestou a esse artista que, com sua música, promoveu Mangaratiba em todo o país e no mundo inteiro?
Clique no link abaixo e ouça a homenagem que ele fez ao nosso Município.
http://www.youtube.com/watch?v=aHxIpWVcXmI
sábado, 10 de janeiro de 2009
ZITO SEGUE O EXEMPLO EM CAXIAS
Deu em O Dia de hoje: "O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, iniciou ontem uma luta contra a desordem no Centro do município. Acompanhado de guardas municipais e policiais do 15º BPM (Caxias), Zito interditou um trecho de 500 metros da Rua Professor José de Souza Herdy, entre as ruas Major Frazão e Passo da Pátria, e declarou guerra contra o som alto.
O trecho ficará fechado às sextas-feiras e sábados, das 16h até às 2h do dia seguinte.
O choque de ordem é para atender reivindicação de moradores, que disseram não conseguir dormir devido ao som alto de bares e carros. “As pessoas abriam o porta-malas e ouviam música a toda altura”, disse ele.
Desde ontem, guardas municipais e PMs patrulham o local para impedir barulho, sexo, consumo de drogas e comerciantes que não respeitam o espaço das calçadas."
Quando será que o nosso Prefeito seguirá os bons exemplos?
Os desordeiros reprimidos em Caxias, certamente virão para Muriqui neste verão.
domingo, 4 de janeiro de 2009
RODRIGO BETHLEM DÁ O EXEMPLO
“Acabou a época de a Prefeitura se omitir em suas responsabilidades na área de segurança” – afirmou o novo Secretário Municipal de Ordem Pública da Cidade do Rio de Janeiro que anunciou medidas de impacto para combater a desordem urbana.
Na cerimônia de posse do novo comandante da Guarda Municipal carioca, Rodrigo detalhou as iniciativas que serão implantadas, ressaltando a radicalização no combate às pequenas infrações que tomaram conta da cidade.
“A desordem pública é o nascedouro da criminalidade” – afirmou José Mariano Beltrame, Secretário Estadual de Segurança Pública, na mesma solenidade.
Em 2006, candidato a deputado federal, Rodrigo Bethlem, apoiado unicamente por José Luiz do Posto e seus amigos, conquistou o voto de mais de 3.000 eleitores em Mangaratiba. Inclusive eu que fiz o seu jingle de campanha.
Sei que ele será bem sucedido em sua luta, tal como já foi anteriormente em Copacabana.
Torço por você Rodrigo. Tolerância zero para os desordeiros.
E torço, também, para que seu exemplo seja seguido aqui em Mangaratiba.
sábado, 3 de janeiro de 2009
PLACA FRIA
Se alguma boa alma, lá na Prefeitura, for direcionada acidentalmente para esse humilde blog, por favor, acione quem de direito para substituir essa placa fria da Av. Beira Mar, em Muriqui.
Primeiro, porque ela não proíbe coisa alguma; segundo porque está repleta de erros. Talvez, por isso, ninguém a respeite.
Avisa lá, por favor: 1) é preciso esclarecer que os artigos citados são da Lei 9.503/97 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e não é, como parece, uma determinação municipal; 2) é imprescindível informar que o artigo 228 proíbe usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN, não importando se as portas ou a mala do carro estiverem abertas ou fechadas; 3) a UFIR foi extinta em outubro de 2000; 4) o que existe agora é a UFIR-RJ que, em 2008, passa a valer R$ 1,8258; 5) a UFIR-RJ foi adotada para fins de atualização monetária dos créditos do Estado do Rio de Janeiro e instituída como medida de valor e parâmetro de atualização de tributos e de valores expressos; 6) nenhuma multa de trânsito é calculada em UFIR, muito menos em UFIR-RJ, o valor das multas foi estipulado pela Resolução nº 136/02 do CONTRAN e é federal, vale para todo o país; 7) a infração de natureza gravíssima do art. 230 é punida com multa no valor de R$ 191,54; 8) as infrações de natureza grave (art. 228) são punidas com multa no valor de R$ 127,69; 9) se a multa para a infração do artigo 228 fosse estipulada em 120 UFIR-RJ – já que a UFIR não existe mais - seu valor atingiria a quantia de R$ 219,09; 10) o artigo 230 não tem por objeto a placa fria, mas sim as placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade. Placa fria é aquela da foto acima.
Além da multa pecuniária, a Lei determina ainda, nos dois artigos, uma medida administrativa: a retenção do veículo para a sua regularização.
Os guardas municipais de Mangaratiba, segundo fui informado, foram instruídos para, primeiro, fazer uma advertência e, depois, aplicar a multa, sem retenção do veículo. A advertência não é prevista em Lei. A multa tem que ser aplicada de imediato.
Só assim, com tolerância zero, poderemos acabar com a farra dos desordeiros imbecís que vêm de fora para perturbar a paz da nossa praia. E é uma ótima forma de elevar a nossa arrecadação municipal.
Por favor, substituam aquela placa fria. Está pegando muito mal para todos nós. Façam placas que sigam os padrões estabelecidos e espalhem pela praia, embora sejam desnecessárias para a aplicação das multas.
O condutor do veículo é obrigado por Lei a conhecer o Código de Trânsito.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
MURIQUI NO AUGE DA BOSTA
O funk vicia e imbeciliza a criatura. Que é marginalizada pelo que há de pior na indústria fonográfica. O funk é um lixo nefasto, violento e bandido que cretinizou grande parte da nossa juventude, independente de sua origem social.
O funk é um pitbull sonoro que tem o mau cheiro da tragédia anunciada.
No primeiro dia do ano, Muriqui atingiu o auge da bosta, o apogeu da titica, com o funk retumbando em todos os cantos.
Nos quiosques da praia, em aparelhagens de som instaladas nas calçadas, em lan house/sorveteria que disputava a venda de bebidas com os bares e quiosques, em casas alugadas sem qualquer critério para grupos de 20,30,40 egressos da baixada.
Nos carros com a mala aberta, o som foi ensurdecedor.
Eu vou botar na sua ...dinha,
Eu vou comer o seu ..zinho.
Vem chupar, vem chupar, vem chupar...
Ai! ai, ai...
Muita gente feia, suja e bêbada, aos bandos como animais inferiores, pulava e berrava em frente àquele som obsceno. Como moldura da desordem, a imundície total em toda a Av. Beira Mar.
E como atores coadjuvantes, jovens delinquentes da nossa sociedade montados em motocicletas com a descarga aberta explodindo a todo instante.
Uma visão apocalíptica. O caos.
Não houve qualquer atitude de repressão. A autoridade manteve-se convenientemente bem afastada desse palco de horrores.
À tarde, o mais barulhento de todos os carros - placa de Mesquita - estacionou em frente ao restaurante Maurício´s Bar. Um dos nossos poucos estabelecimentos que tenta elevar o nível de Muriqui, um distrito que tem a pretensão de atrair turistas. Mas, que, sem ordem, sem lei, sem autoridade, atrai o lúmpen. O som atordoante expulsava os fregueses.
O motorista, cheio de pulseiras e cordões dourados, montado no capô do carro, bebendo uisque pelo gargalo da garrafa, incitava o público aos palavrões.
Os proprietários do restaurante apelaram para a Guarda Municipal. Vieram três guardas que foram desacatados, xingados, vaiados e humilhados pelos desordeiros.
Sem poder de polícia, os guardas apelaram para a PMERJ.
Felizmente, vieram policiais decididos que acabaram com a desordem impondo a sua autoridade. Cerca de meia-noite, sem serem chamadas, duas viaturas voltaram ao local. Os PMs passaram a agir contra os motociclistas com descarga aberta e exigiram a presença dos responsáveis para liberá-los.
Essa juventude delinquente e alienada doméstica, mas oriunda de boas famílias, essa ainda tem cura. Basta crescer mentalmente, com a ajuda de pais responsáveis naturalmente. Todos comemos merda em criança e, depois, não suportamos nem o cheiro.
O carnaval vem aí. Vai acontecer a desgraça anunciada ou as autoridades vão atuar na prevenção e repressão com o vigor dos PMs que atenderam ao chamado dos cidadãos de bem?
Aguardemos o carnaval. Praia Grande e São Vicente, em São Paulo, já deram mostras do que pode acontecer amanhã em Muriqui.
O funk é um pitbull sonoro que tem o mau cheiro da tragédia anunciada.
No primeiro dia do ano, Muriqui atingiu o auge da bosta, o apogeu da titica, com o funk retumbando em todos os cantos.
Nos quiosques da praia, em aparelhagens de som instaladas nas calçadas, em lan house/sorveteria que disputava a venda de bebidas com os bares e quiosques, em casas alugadas sem qualquer critério para grupos de 20,30,40 egressos da baixada.
Nos carros com a mala aberta, o som foi ensurdecedor.
Eu vou botar na sua ...dinha,
Eu vou comer o seu ..zinho.
Vem chupar, vem chupar, vem chupar...
Ai! ai, ai...
Muita gente feia, suja e bêbada, aos bandos como animais inferiores, pulava e berrava em frente àquele som obsceno. Como moldura da desordem, a imundície total em toda a Av. Beira Mar.
E como atores coadjuvantes, jovens delinquentes da nossa sociedade montados em motocicletas com a descarga aberta explodindo a todo instante.
Uma visão apocalíptica. O caos.
Não houve qualquer atitude de repressão. A autoridade manteve-se convenientemente bem afastada desse palco de horrores.
À tarde, o mais barulhento de todos os carros - placa de Mesquita - estacionou em frente ao restaurante Maurício´s Bar. Um dos nossos poucos estabelecimentos que tenta elevar o nível de Muriqui, um distrito que tem a pretensão de atrair turistas. Mas, que, sem ordem, sem lei, sem autoridade, atrai o lúmpen. O som atordoante expulsava os fregueses.
O motorista, cheio de pulseiras e cordões dourados, montado no capô do carro, bebendo uisque pelo gargalo da garrafa, incitava o público aos palavrões.
Os proprietários do restaurante apelaram para a Guarda Municipal. Vieram três guardas que foram desacatados, xingados, vaiados e humilhados pelos desordeiros.
Sem poder de polícia, os guardas apelaram para a PMERJ.
Felizmente, vieram policiais decididos que acabaram com a desordem impondo a sua autoridade. Cerca de meia-noite, sem serem chamadas, duas viaturas voltaram ao local. Os PMs passaram a agir contra os motociclistas com descarga aberta e exigiram a presença dos responsáveis para liberá-los.
Essa juventude delinquente e alienada doméstica, mas oriunda de boas famílias, essa ainda tem cura. Basta crescer mentalmente, com a ajuda de pais responsáveis naturalmente. Todos comemos merda em criança e, depois, não suportamos nem o cheiro.
O carnaval vem aí. Vai acontecer a desgraça anunciada ou as autoridades vão atuar na prevenção e repressão com o vigor dos PMs que atenderam ao chamado dos cidadãos de bem?
Aguardemos o carnaval. Praia Grande e São Vicente, em São Paulo, já deram mostras do que pode acontecer amanhã em Muriqui.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
PROTESTANTES FESTEJAM IEMANJÁ
Com o apoio da Prefeitura de Mangaratiba – conforme anunciou o carro de som de Fernandão Ferroviário, a mesma Prefeitura que, ano passado, já havia gasto recursos públicos no Projeto Libertas Almas, contrariando dispositivo da Constituição Federal – os protestantes armaram uma tenda na areia da praia de Muriqui, com moderna aparelhagem de som, potentes alto-falantes, mesa de 24 canais, teclados e guitarras, na noite de 31 de dezembro.
Disputando espaço com os umbandistas – todos de branco - que mantiveram a tradição centenária de louvar a rainha do mar com flores e cantos, uma cantante que se dizia “evangélica” – toda de negro - berrava que era preciso muita coragem para ficar com Jesus.
Não entendi a mensagem. Então, ainda é preciso coragem para ser cristão? Tal como no império romano anterior a Constantino? Só se for no Afganistão.
Durante sua cantoria, ela tentava vender seu CD por dez reais à reduzida plateia, em que alguns participantes vestiam as cores de Iemanjá: o azul e o branco.
Fiquei pouco tempo assistindo a pretensa louvação, pois, quando ouvi falar em dinheiro, eu parti para outra. E fui assistir outras louvações em toda a orla.
Os umbandistas tiveram que se distanciar muito do local, até onde o som dos alto-falantes não perturbasse seu canto e orações.
A louvação à Iemanjá atrai milhares de turistas e sempre fez parte dos festejos da passagem de ano em nosso estado. Sem qualquer ajuda oficial, na noite de 31 de dezembro, sempre ocorreu a gigantesca e impressionante comemoração popular de Iemanjá nas praias cariocas e fluminenses, o mesmo acontecendo em Santos e em Porto Alegre. Em Salvador, a festa ocorre no dia 2 de fevereiro. Na Paraíba e em São Paulo, no dia 8 de dezembro.
Ano passado, os protestantes armaram sua barraca no calçadão da praia. Este ano foram para a areia.
No final deste ano novo, gostaria de vê-los descalços jogando flores no mar.
Na foto acima, a estátua que representa Iemanjá na praia do Meio, em Natal.
Odoiá! Iemanjá...
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