Total de visualizações de página

quinta-feira, 20 de março de 2008

SIMULACRO DE INVESTIGAÇÃO EM MURIQUI

Eles vieram de muito longe, sem qualquer comunicação às autoridades de Mangaratiba, para constranger o empresário Irapuan Vasconcelos, morador de Muriqui. Primeiro, com camisas da Polícia Civil e dizendo-se agentes da delegacia especializada de roubo de cargas, dois elementos, utilizando-se de uma viatura S-10 com carroceria e sem qualquer identificação, inclusive sem placas, capturaram o filho do empresário – Ulisses Vasconcelos - em Bangu e o trouxeram para Muriqui.
Aqui, tiraram as camisas da Polícia Civil e, à paisana, acusaram pai e filho de receptação de carga roubada e os forçaram a abrir o depósito onde o empresário guardava elétrodomésticos adquiridos licitamente em leilão do Ponto Frio conduzido por João Emílio Leiloeiro, no dia 8 de janeiro (ver em joaoemilio.com.br). Ali, no depósito, quase ao lado do DPO de Muriqui, os dois elementos ameaçaram chamar um caminhão para apreender todo o material e afirmaram: “Digam logo o que há de errado, pois podemos resolver tudo agora”.
O empresário e seu filho disseram não aceitar a “proposta” pois todo o material tinha procedência lícita e mostraram as notas do Ponto Frio e do leiloeiro. Foi quando chegou uma guarnição da PM do 33º Batalhão de Angra dos Reis, comandada pelo Sub-tenente Robson, que abordou os elementos - identificados como o PM Maia e o PM Santos do 35º Batalhão de Itaboraí - e encaminhou todos à 165ª DP, de Mangaratiba.
Na delegacia, o Oficial de Cartório Rodrigo Hoffman Kaiser assumiu a operação, registrou a ocorrência sob o nº 361/2008, tomou o depoimento de todos os envolvidos, fotografou e relacionou os eletrodomésticos encontrados, anexou ao processo as respectivas notas fiscais do Ponto Frio e do leiloeiro e deixou o Sr. Ulisses Vasconcelos como fiel depositário dos bens.
No dia seguinte, terça-feira 11 de março, a Band News divulgou a notícia alarmante: “Estourado depósito de carga roubada em Muriqui”. Na quarta-feira 12, o vereador Nelson Bertino, na tribuna da Câmara Municipal de Mangaratiba, acometido de um acesso de furor corporativista e, na ânsia do elogio gratuito a seus pares, exaltou a ação policial que foi, verdadeiramente, um simulacro de investigação.
O desinformado vereador não aprendeu a lição com as absurdas ações da polícia paulistana no caso da Escola de Base, em que seus diretores foram injustamente acusados de molestar crianças, e no caso do padre Júlio Lancelloti acusado de homossexualismo e pedofilia na Pastoral do Menor. Estes, após serem expostos, pela polícia e pela imprensa, à execração pública, foram todos inocentados. Mas, a vida deles jamais será a mesma após o ocorrido.
Irapuan e seu filho Ulisses, empresários sem qualquer mácula, estão passando por uma situação similar e sofrendo com as acusações de gente sem caráter. Não podemos admitir que nosso Município seja o palco para a reprise dos fatos lamentáveis ocorridos em São Paulo.
No dia 14, o jornal Atual, de Itaguaí, estampou em manchete de primeira página: "Arsenal da roubalheira estourado em Muriqui".
Diante de tudo, quatro perguntas estão por merecer resposta das autoridades:
1. Por que ninguém foi preso nem acusado oficialmente de nada?
2. Por que um dos supostos assaltantes de carga ficou como fiel depositário do material?
3. Por que mandar as notas apresentadas para a perícia se é muito mais simples confirmá-las com o leiloeiro?
4. A quem interessa politicamente tal simulação de investigação?

3 comentários:

cledsonbarboza disse...

Lacerda. parabens pelo blog. e infelizmente hoje as pessoas estão mais preocupadas em macular o carater das pessoas do que procurar conhecer o assunto para depois dar a sua opinião. Irapuan estamos solidarios a você.

LACERDA disse...

Falei com Irapuan para participar apenas de leilão de imóveis. Imóvel os ÔMIS podem até cobiçar, mas não podem se apoderar dele facilmente.

Unknown disse...

Amigo parabens pelo blog. magaratiba esta muito bem representado.Irapuan, nao se preucupe por que você tem muitos ammigos um forte abraço Anselmo Salles.