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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

HERMENEGILÇO, O INOCENTE ÚTIL

Não sei o que há na cabeça dele que o torna tão susceptível à manipulação  da imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta. Essa imprensa que o faz tão vil como ela mesma como disse Joseph Pulitzer.
Hermenegilço é o inocente útil mais medíocre e obtuso que conheci. Nenhum diálogo inteligente pode ser travado com ele que foi um sabujo da ditadura.
Naquela época, enquanto muitos lutavam contra e eram sacrificados pela repressão, ele foi um dedo-duro que assessorava um político corrupto ligado aos militares. Dizem – não acredito - que ele é pedófilo, mas demonstra ser viciado em pornografia.
Sempre foi preguiçoso e tem um raciocínio lento. Semi-analfabeto e analfabeto funcional, não consegue formar uma opinião própria e vive reproduzindo o que escrevem os pitbulls da Veja e os velhos fascistas saudosos da tirania militar.  Por isso, combate os médicos cubanos como se eles fizessem parte de uma invasão comunista.
Deus, Jesus e a Virgem Maria são outras constantes de suas mensagens, mas não demonstra qualquer compaixão por ninguém. Mensagens piegas, religiosas e de autoajuda, tipo faça o que eu digo, não faça o que eu faço, também fazem parte de seu repertório.
Hermenegilço serve a desígnios que ignora e nem consegue ver os interesses escusos que há por trás das mensagens que repassa.
Acredita em tudo o que vê na internet, não procura se informar melhor. É contra o Bolsa-Família – que, para ele, incentiva a vagabundagem - e, por conseqüência, é a favor da fome. Não é chegado a um livro, prefere as novelas e sempre assiste ao BBB. É contra o Prouni e contra as quotas para negros nas universidades federais por não reconhecer a dívida social que temos com os negros. É contra o auxílio-reclusão que ele considera ser pago para todos os bandidos em valor superior ao de um salário-mínimo para cada filho. É homofóbico e crê que se está criando uma ditadura gay. Diz que a mulher é a culpada pelos estupros e agressões sofridas por não se dar o valor. Reproduz vídeos pornográficos de moças ingênuas e vulneráveis que se deixaram filmar por quem elas amavam e confiavam. Ofende a todos os políticos sem distinção, os culpa por tudo de ruim e os coloca todos na vala comum da corrupção, esquecendo de seu próprio passado. Acredita que a Câmara Federal vai votar o fim do 13º salário. Sente um ódio gratuito pelo Lula e crê que o Lulinha está miliardário, é dono da Friboi e comprou um avião a jato. Defende a volta da ditadura, pois acredita que o país vive agora um caos absoluto numa era tenebrosa e perversa. E se afirma um democrata. Quer a implantação da pena de morte e os testes científicos com os presidiários, não mais com animais. Pensa que as concessões atuais são uma privatização como fazia o FHC. E tem como idolo maior o Idi Amim caboclo.
Quando é combatido, seu furor pútrido parte para a agressão pessoal e lança torpezas, canalhices, infâmias e injúrias contra quem o contradiz.
A última dele é uma verdadeira afronta à inteligência, um legítimo insulto ao discernimento de quem lê. Trata-se de uma comparação estúpida entre os contratos de concessão para exploração do aeroporto Tom Jobim e do petróleo no campo de Libra. Diz ele que tem cheiro de treta o valor do primeiro ser de 19 bilhões por 25 anos, e o valor do segundo ser de apenas 15 bilhões por 35 anos.
Ele próprio demonstra o quanto é mal informado. Confunde o pequeno bônus de 15 bilhões somente pela simples assinatura do contrato de exploração do campo de Libra com o seu valor total. Enquanto os 19 bilhões pela exploração do aeroporto é o valor total do contrato.
Não sabe que com o bônus pela assinatura, a partilha do óleo, o retorno da participação na Petrobras e o pagamento de royalties pelas concessionárias, entre outros, a União deve ficar com o equivalente a cerca de 80% do óleo extraído de Libra. O valor total a ser arrecadado pela União deverá chegar aos trilhões. E, além disto, a Petrobras será sempre a operadora única do campo, permitindo à União controlar todo o óleo extraído.
Leia (AQUI) sobre "O leilão de Libra e o (quase) triunfo da desinformação”. Ou clique aí ao lado no link  de "O homem que calculava".
Parodiando o Barão, digo que quanto mais e melhor eu conheço os inocentes úteis, mais admiro os políticos.

FERNANDA MONTENEGRO x NATHALIA TIMBERG

Se os fatos contrariam a minha opinião, que se danem os fatos.
A suposta grande dama do teatro brasileiro mais uma vez ganha um prêmio internacional: o Emmy de melhor atriz – Oscar da TV - por sua interpretação no especial “Doce de Mãe”.
Em janeiro (AQUI), assisti ao especial para ver se mudava de opinião sobre a grande dama. Eu escrevi que:
“Em “Doce de Mãe”, ela foi a mesma de “Central do Brasil”, com a mesma cara sombria, o mesmo semblante melancólico, a mesma fisionomia inexpressiva, a mesma voz e dicção sem clareza. Duvido que alguém tenha compreendido tudo o que disse seu personagem.
Na única chance que teve para fazer uma interpretação convincente – isto é, quando ficou bêbada – ela surge desmaiada. Sabemos que ela está bêbada porque os outros personagens dizem. A grande dama foi perfeita ao interpretar uma bêbada desmaiada. Bastou deitar e fechar os olhos”.
E, agora, ganha o prêmio de melhor atriz.
Em minha  humilde opinião de espectador e telespectador imparcial, a verdadeira Fernanda Montenegro é a Nathalia Timberg. Esta sim, a verdadeira grande dama do teatro brasileiro. Uma grande atriz que faz de cada personagem que interpreta um ser absolutamente diferente dela própria.
E sempre foi bonita, até mesmo agora aos 84 anos.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

JB PRESIDENTE

O título da postagem nada tem a ver com marcas de uísque, tem a ver com o Partido Militar Brasileiro, que se intitula a reserva moral do Brasil e que pretendia lançar a candidatura de Joaquim Barbosa a presidente em 2014.
Infelizmente – infelizmente sim, pois sofreria uma derrota acachapante com menos de 4% dos votos, todos de inocentes úteis – o partido não conseguiu registro mas diz possuir mais de 300 mil assinaturas para a sua formalização.
“Acredito que para nós não haverá tempo hábil, então nós vamos apoiar algum candidato. Mas a Marina Silva pediu uma tutela antecipada ao TSE com relação ao encaminhamento de fichas. Se ela conseguir isso, nós também vamos pedir a tutela antecipada e lançar um candidato” – afirmou seu presidente.
A foto de campanha já estava até definida com o candidato vestindo um garboso uniforme militar de gala.
O terceiro-secretário do PMB mais realista afirmava porém que: “Há dois anos, o partido queria o Eike Batista. Ele era um santo e agora olha o que acontece”.
É nisto que dá, ficam elogiando políticos e depois se arrependem. Mas, não aprendem que político bom - com exceção do Lula - é político morto.
O mesmo deverá acontecer com o verdugo que faz justiça com as próprias mãos. Enquanto isso, o partido faz campanha contra o Bolsa-Família.
Em sua página na internet, tem uma enquete para balizar a coerência de seus futuros eleitores: “quem recebe Bolsa Família deve votar nas eleições?”. O placar até o momento, em que 1426 inocentes úteis votaram, aponta uma esmagadora vitória do “não” (76%).
Idealizado em janeiro de 2011, o Partido Militar Brasileiro diz possuir mais de 300 mil assinaturas para a sua formalização e, de acordo com uma estatística do seu site principal, as doações chegam a pouco mais de 2.200 reais.
Se Eike Batista – antigo sonho do partido para disputar as eleições – aceitasse o convite, talvez as finanças da futura legenda ficassem mais saudáveis.
O partido que não existe mantém planos para uma possível disputa em 2014. Graças a uma parceria com o PRTB – um partido de aluguel - os militares planejam apresentar ou apoiar candidaturas ao governo de 11 Estados no próximo pleito.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A GLOBO CULPARÁ BARBOSA?

Reproduzi em postagem anterior o Manifesto de Repúdio a Joaquim Barbosa assinado por renomados juristas e intelectuais. Não fiz nada demais, apenas cumpri minha obrigação de democrata convicto.
Mas, a TV Globo fez o mesmo - imaginem! - no Jornal Nacional. Foi espantoso ouvir William Bonner ler partes do manifesto, inclusive a que diz: O STF precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente.
 Agora, na Rede Brasil Atual, Helena Sthephanowitz demonstra o mesmo espanto que senti com a crônica abaixo reproduzida. Em tempo, colunistas da Folha e do Estadão começam também a criticar com veemência o verdugo que faz justiça com as próprias mãos.

"Globo dá sinais de que, se farsa ruir, Barbosa é quem vai pagar a conta
por Helena Sthephanowitz na Rede Brasil Atual (AQUI)

Jornal Nacional denuncia que 'escolhido' pode ter fugido do controle
Conquistada a condenação dos réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão, a Globo agora quer transferir o ônus do golpismo para o STF, mais especificamente para Joaquim Barbosa. Não parece ser por virtude, mas por esperteza, que William Bonner passou um minuto no Jornal Nacional de quarta-feira (20) lendo a notícia: "Divulgada nota de repúdio contra decisão de Joaquim Barbosa".
O manifesto é assinado por juristas, advogados, lideranças políticas e sociais repudiando ilegalidades nas prisões dos réus do mensalão efetuadas durante o feriado da Proclamação da República, com o ministro Joaquim Barbosa emitindo carta de sentença só 48 horas depois das ordens de prisão.
O locutor completou: "O manifesto ainda levanta dúvidas sobre o preparo ou boa-fé do ministro Joaquim Barbosa, e diz que o Supremo precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente".
A TV Globo nunca divulgou antes outros manifestos em apoio aos réus, muito menos criticando Joaquim Barbosa, tampouco deu atenção a reclamações de abusos e erros grotescos cometidos no julgamento. Pelo contrário, endossou e encorajou verdadeiros linchamentos. Por que, então, divulgar esse manifesto, agora?
É o jogo político, que a Globo, bem ou mal, sabe jogar, e Joaquim Barbosa, calouro na política, não. E quem ainda não entendeu que esse julgamento foi político do começo ao fim precisa voltar ao be-a-bá da política. O PT tinha um acerto de contas a fazer com a questão do caixa dois, mas parava por aí no que diz respeito aos petistas, pois tiveram suas vidas devassadas por adversários, que nada encontraram. O resto foi um golpe político, que falhou eleitoralmente, e transformou-se numa das maiores lambanças jurídicas já produzidas numa corte que deveria ser suprema.
A Globo precisava das cabeças de Dirceu e Genoino porque, se fossem absolvidos, sofreria a mesma derrota e o mesmo desgaste que sofreu para Leonel Brizola em 1982 no caso Proconsult, e o STF estaria endossando para a sociedade a tese da conspiração golpista perpetrada pela mídia oposicionista ao atual governo federal.
A emissora sabe dos bastidores, conhece a inocência de muitos condenados, sabe da inexistência de crimes atribuídos injustamente, e sabe que haverá uma reviravolta aos poucos, inclusive com apoios internacionais. A Globo sabe o que é uma novela e conhece os próximos capítulos desta que ela também é protagonista.
Hoje, em tempos de internet, as verdades desconhecidas do grande público não estão apenas nas gavetas da Rede Globo, como acontecia na ditadura, para serem publicadas somente quando os interesses empresariais de seus donos não fossem afetados. As verdades sobre o mensalão já estão escancaradas e estão sendo disseminadas nas redes sociais. A Globo, o STF e Joaquim Barbosa têm um encontro marcado com essas verdades. E a emissora já sinaliza que, se ela noticiou coisas "erradas", a culpa será atribuída aos "erros" de Joaquim Barbosa e do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Joaquim Barbosa, homem culto, deve conhecer a história de Mefistófeles de Goethe, a parábola do homem que entregou a alma ao demônio por ambições pessoais imediatas. Uma metáfora parecida parece haver na sua relação com a TV Globo. Mas a emissora parece que está cobrando a entrega antes do imaginado.”

sábado, 23 de novembro de 2013

RETRATO DE UMA MENTIRA

A revista Retratos do Brasil mostra no vídeo abaixo
o retrato de uma mentira.
Vejam o que disse, na Folha de São Paulo, Yves Gandra Martins – um dos principais juristas do país - sobre a mentira:
“O domínio do fato é novidade absoluta no Supremo. Nunca houve essa teoria. Foi inventada, tiraram de um autor alemão, mas também na Alemanha ela não é aplicada. E foi com base nela que condenaram José Dirceu como chefe de quadrilha. Aliás, pela teoria do domínio do fato, o maior beneficiário era o presidente Lula, o que vale dizer que se trouxe a teoria pela metade.
A teoria do domínio do fato traz insegurança para todo mundo.
Não há possibilidade de convivência. Se eu tiver a prova material do crime, eu não preciso da teoria do domínio do fato para condenar.”


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

“JOAQUIM BARBOSA É UM HOMEM MAU”

Vejam vocês, fico eu aqui no blog, como um aprendiz de Nelson Rodrigues, buscando adjetivos para qualificar o ditador supremo e prepotente, o déspota, o porra-louca exibicionista e fora-da-lei, truculento e tresloucado tirânico, e vem o Celso Bandeira de Mello do alto da sua sabedoria e intelectualidade dizer simplesmente com a simplicidade de uma criança:
"Joaquim Barbosa é um homem mau"
E diz mais aquele que é um dos mais conceituados advogados e professor da PUC há 40 anos que subscreveu o manifesto (leia abaixo) condenando a postura do presidente do STF:
"Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento humano. Ele é uma pessoa má. O que Barbosa faz é simplesmente maldade”.
Eu acrescentaria apenas que todo homem mau é estúpido também.
E, estupidamente, ele está correndo o risco iminente de criar um mártir com a sua maldade.
O homem mau faz justiça com as próprias mãos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

MANIFESTO DE REPÚDIO A JOAQUIM BARBOSA

O STF precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente, é o que dizem juristas e intelectuais, entre centenas que apoiaram o manifesto abaixo reproduzido:

 "A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal de mandar prender os réus da Ação Penal 470 no dia da proclamação da República expõe claro açodamento e ilegalidade. Mais uma vez, prevaleceu o objetivo de fazer do julgamento o exemplo no combate à corrupção.
Sem qualquer razão meramente defensável, organizou-se um desfile aéreo, custeado com dinheiro público e com forte apelo midiático, para levar todos os réus a Brasília. Não faz sentido transferir para o regime fechado, no presídio da Papuda, réus que deveriam iniciar o cumprimento das penas já no semiaberto em seus estados de origem. Só o desejo pelo espetáculo justifica.
Tal medida, tomada monocraticamente pelo ministro relator Joaquim Barbosa, nos causa profunda preocupação e constitui mais um lamentável capítulo de exceção em um julgamento marcado por sérias violações de garantias constitucionais.
A imprecisão e a fragilidade jurídica dos mandados expedidos em pleno feriado da República, sem definição do regime prisional a que cada réu teria direito, não condizem com a envergadura da Suprema Corte brasileira.
A pressa de Joaquim Barbosa levou ainda a um inaceitável descompasso de informação entre a Vara de Execução Penal do Distrito Federal e a Polícia Federal, responsável pelo cumprimento dos mandados.
O presidente do STF fez os pedidos de prisão, mas só expediu as cartas de sentença, que deveriam orientar o juiz responsável pelo cumprimento das penas, 48 horas depois que todos estavam presos. Um flagrante desrespeito à Lei de Execuções Penais que lança dúvidas sobre o preparo ou a boa fé de Joaquim Barbosa na condução do processo.
Um erro inadmissível que compromete a imagem e reputação do Supremo Tribunal Federal e já provoca reações da sociedade e meio jurídico. O STF precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente.
A verdade inegável é que todos foram presos em regime fechado antes do “trânsito em julgado” para todos os crimes a que respondem perante o tribunal. Mesmo os réus que deveriam cumprir pena em regime semiaberto foram encarcerados, com plena restrição de liberdade, sem que o STF justifique a incoerência entre a decisão de fatiar o cumprimento das penas e a situação em que os réus hoje se encontram.
Mais que uma violação de garantia, o caso do ex-presidente do PT José Genoino é dramático diante de seu grave estado de saúde. Traduz quanto o apelo por uma solução midiática pode se sobrepor ao bom senso da Justiça e ao respeito à integridade humana.
Tais desdobramentos maculam qualquer propósito de fazer da execução penal do julgamento do mensalão o exemplo maior do combate à corrupção. Tornam também temerária a decisão majoritária dos ministros da Corte de fatiar o cumprimento das penas, mandando prender agora mesmo aqueles réus que ainda têm direito a embargos infringentes.
Querem encerrar a AP 470 a todo custo, sacrificando o devido processo legal. O julgamento que começou negando aos réus o direito ao duplo grau de jurisdição conheceu neste feriado da República mais um capítulo sombrio.
Sugerimos aos ministros da Suprema Corte, que na semana passada permitiram o fatiamento das prisões, que atentem para a gravidade dos fatos dos últimos dias. Não escrevemos em nome dos réus, mas de uma significativa parcela da sociedade que está perplexa com a exploração midiática das prisões e temem não só pelo destino dos réus, mas também pelo futuro do Estado Democrático de Direito no Brasil".

19 de Novembro de 2013

Celso Bandeira de Mello - jurista, professor emérito da PUC-SP, Dalmo de Abreu Dallari - jurista, professor emérito do USP, Wanderley Guilherme dos Santos – professor titular de teoria política (aposentado da UFRJ), Marilena Chauí – filósofa e professora universitária/USP, Luiz Guilherme Conci - jurista, professor universitário e presidente coordenação do Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos do CFOAB, Rui Falcão - presidente nacional do PT, Renato Rabelo – presidente nacional do PCdoB, Vagner Freitas – presidente nacional da CUT, Adílson Araújo – presidente nacional da CTB, João Pedro Stédile – membro da direção nacional do MST, Artur Henrique - ex-presidente da CUT e diretor da Fundação Perseu Abramo PT, Carmen da Silva Ferreira – liderança do MSTC (Movimento Sem Teto do Centro)/FLM (Frente de Luta por Moradia), Márcio Pochmann – presidente da Fundação Perseu Abramo, Altamiro Borges – jornalista, Emir Sader – sociólogo e professor universitário/UERJ, Eric Nepomuceno – escritor, Fernando Morais – escritor, Hildegard Angel jornalista, Luiz Carlos Barreto – cineasta, Lucy Barreto- produtora cultural  e muitos outros.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

SUPREMO TAPETÃO FEDERAL

Artigo de Ricardo Mello publicado ontem na Folha de São Paulo. Merece a leitura.

"Derrotada nas eleições, a classe dominante brasileira usou o estratagema habitual: foi remexer nos compêndios do "Direito" até encontrar casuísmos capazes de preencher as ideias que lhe faltam nos palanques. Como se diz no esporte, recorreu ao tapetão.
O casuísmo da moda, o domínio do fato, caiu como uma luva. A critério de juízes, por intermédio dele é possível provar tudo, ou provar nada. O recurso é também o abrigo dos covardes. No caso do mensalão, serviu para condenar José Dirceu, embora não houvesse uma única evidência material quanto à sua participação cabal em delitos. A base da acusação: como um chefe da Casa Civil desconhecia o que estava acontecendo?
A pergunta seguinte atesta a covardia do processo: por que então não incluir Lula no rol dos acusados? Qualquer pessoa letrada percebe ser impossível um presidente da República ignorar um esquema como teria sido o mensalão.
Mas mexer com Lula, pera aí! Vai que o presidente decide mobilizar o povo. Pior ainda quando todos sabem que um outro presidente, o tucano Fernando Henrique Cardoso, assistiu à compra de votos a céu aberto para garantir a reeleição e nada lhe aconteceu. Por mais não fosse, que se mantivessem as aparências. Estabeleceu-se então que o domínio do fato vale para todos, à exceção, por exemplo, de chefes de governo e tucanos encrencados com licitações trapaceadas.
A saída foi tentar abater os petistas pelas bordas. E aí foi o espetáculo que se viu. Políticos são acusados de comprar votos que já estavam garantidos. Ora o processo tinha que ser fatiado, ora tinha que ser examinado em conjunto; situações iguais resultaram em punições diferentes, e vice-versa.
Os debates? Quantos momentos edificantes. Joaquim Barbosa, estrela da companhia, exibiu desenvoltura midiática inversamente proporcional à capacidade de lembrar datas, fixar penas coerentes e respeitar o contraditório. Paladino da Justiça, não pensou duas vezes para mandar um jornalista chafurdar no lixo e tentar desempregar a mulher do mesmo desafeto. Belo exemplo.
O que virá pela frente é uma incógnita. Para o PT, ficam algumas lições. Faça o que quiser, apareça em foto com quem quer que seja, elogie algozes do passado, do presente ou do futuro - o fato é que o partido nunca será assimilado pelo status quo enquanto tiver suas raízes identificadas com o povo. Perto dos valores dos escândalos que pululam por aí, o mensalão não passa de gorjeta e mal daria para comprar um vagão superfaturado de metrô. Mas, como foi obra do PT, cadeia neles.
É a velha história: se uma empregada pega escondida uma peça de lingerie da patroa para ir a uma festa pobre, certamente será demitida, quando não encarcerada - mesmo que a tenha devolvido. Agora, se a amiga da mesma madame levar "por engano" um colar milionário após um regabofe nos Jardins, certamente será perdoada pelo esquecimento e presenteada com o mimo.
Nunca morri de admiração por militantes como José Dirceu, José Genoino e outros tantos. Ao contrário: invariavelmente tivemos posições diferentes em debates sobre os rumos da luta por transformações sociais. Penso até que muitas das dificuldades do PT resultam de decisões equivocadas por eles defendidas. Mas, num país onde Paulo Maluf e Brilhante Ustra estão soltos, enquanto Dirceu e Genoino dormem na cadeia, até um cego percebe que as coisas estão fora de lugar."

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

QUEM É PIZZOLATO?

Você sabe quem é Henrique Pizzolato? Não creio que saiba. Talvez saiba apenas que ele foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão em regime fechado.
Sabe que ele foi para a Itália para não ser preso, não sabe? E sabe também que ele é um ex-diretor do Banco do Brasil e que está na lista dos procurados pela Interpol. Acontece que o tratado entre Brasil e Itália permite que um país negue um pedido de extradição, caso o alvo seja uma pessoa com cidadania local. É justamente o caso de Pizzolato que tem dupla cidadania. Portanto, vai cumprir a sua inocência em outro país.
Sabe que ele foi condenado também a pagar uma multa de um milhão e quatrocentos mil reais?
Tudo isso por ter sido acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato pelo ex-Procurador Geral da República. Acusação aceita pelo ditador supremo e prepotente, o exibicionista fora-da-lei que foi relator do processo.
Foi a maior pena aplicada a um militante do PT. Isto sem qualquer prova concreta.
Pra mim, Henrique Pizzolato é o único absolutamente inocente dentre todos os acusados pelo truculento e tresloucado negão e condenados pelos que libertaram tantos outros comprovadamente culpados em outros processos.
Entretanto, lhe negaram qualquer recurso. Sabem por quê?
Porque se ele fosse inocentado, todos os outros também teriam que ser, pois a sua inocência seria a prova definitiva de que não houve peculato ou a usurpação de recursos públicos.
Como inocente, Pizzolato – funcionário de carreira do BB - recusou-se a ir pra cadeia. E como tem dupla cidadania, partiu para a Itália. Recusou-se legitimamente a cumprir sentença ilegítima do tirânico negão.
Eu faria o mesmo.No vídeo abaixo, este senhor de mais de 70 anos faz a sua defesa e diz como agiu corretamente no caso como ex-Diretor de Marketing do BB. Tudo registrado no processo da AP 470. Seus atos nunca foram isolados, sempre exigiram a assinatura de dois outros diretores.
Acontece que somente ele é militante/fundador do PT, os outros dois são do PSDB.
 
N.L.: saiba mais AQUI.


domingo, 17 de novembro de 2013

O QUIOSQUE

Não é um quiosque, é O Quiosque.
Deve ser o maior e talvez seja o melhor do mundo. Com certeza é o maior e melhor do Brasil com suas 900 mesas – eu disse novecentas, todas com seis lugares cada uma – e com seus oitenta garçons uniformizados e solícitos.
Estou falando do Chico do Caranguejo - entrada acima - que ocupa cerca de 300x80 metros da praia do Futuro, em Fortaleza. Calculo, por baixo, cerca de 2400 metros quadrados com palhoças e barracas de praia, além de uma grande área coberta fora da areia fina e limpa que é o restaurante.
Estive lá e voltei no dia seguinte. Já no caminho pra lá, me deliciava com o belo show de arquitetura moderna e urbanismo em toda a orla de Fortaleza.
Além da higiene absoluta – os banheiros são perfumados e ninguém joga restos nem papel no chão ou na areia – o gigantesco quiosque oferece um parque aquático para as crianças e dez tendas, cada uma com seis camas, para massagens feitas por profissionais.
A segurança também é absoluta. Tem uma guarita com três metros de altura onde ficam os guarda-vidas e os policiais militares. Ainda conta com seguranças particulares circulando pelo local.
Nem precisava tanto, pois a praia não recebe aquela enxurrada de “turistas” da baixada fluminense ou da zona oeste carioca que vemos por aqui.
Por falar nisto, eu pergunto: como transformar Mangaratiba em cidade turística se ela fica tão perto? Nós somos o quintal daquela escória. Turismo por aqui, somente no Portobello onde o lumpesinato não entra. Paraty é cidade turística porque tem o privilégio da distância.
Voltando ao Chico do Caranguejo, preciso falar da música ambiente. Não tem funk, nem funkeiros. Pequenas caixas de som no alto das palhoças tocam reggae, forró pé de serra e Zeca Pagodinho sem agredir a audição nem importunar a conversa dos freqüentadores.
A freqüência muito bem educada é formada por famílias e casais. Lá, encontrei um animal em extinção: mulheres bonitas sem tatuagem. Elas são a grande maioria.
E os drinques? E a comida? Tem de tudo. Além do caranguejo: peixe, camarão e lagosta são os pratos principais sempre muito bem acompanhados e servidos na praia.
E não custam tão caro quanto uma corvinota em Muriqui.


Os preços? Bem mais barato que em Mangaratiba. A cerveja custa R$ 7,00 e vem dentro de um balde de gelo – como se fosse champanhe – que a mantém sempre geladíssima. Mais estupidamente gelada do que bunda de foca.
Lá é tudo perfeito? Não. Há os ambulantes que vendem de tudo: lagosta viva (pra fazer na hora), lagostas e camarões já cozidos, toalhas rendadas, roupas, bonés, redes, brinquedos, mágicas, bijuterias, óculos, doces, sorvetes, CDs e DVDs piratas, castanha de caju, frutas, etc, etc, etc. Eles não nos dão trégua, assim como os violeiros repentistas. Aliás, “repetistas”, pois os versos são sempre os mesmos.
Se for lá, não compre nada nos ambulantes. Você encontrará tudo bem mais barato na feirinha noturna do calçadão da praia do Meireles. É lá que eles compram para revender na praia do Futuro.
A praia ainda possui vinte metros de areia fina e branquinha livre entre o quiosque e o mar azul turquesa de pequenas e constantes ondas, onde são colocadas espreguiçadeiras pra quem quiser esticar as pernas e dormir.
No final, o garçon leva aquela maquininha eletrônica à mesa para cobrar a despesa no débito ou no crédito. E o melhor de tudo, ainda tem um cafezinho espresso para viciados como eu.
No segundo dia, perguntei ao garçon se não havia controle de quem saia do quiosque sem pagar. “Não! Todo mundo paga”, disse-me ele. “Então, se eu quiser sair sem pagar, ninguém me segura? – insisti. Não, foi a resposta.
Praia civilizada é outra coisa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A MOCIDADE TEM O MELHOR SAMBA-ENREDO

Nos últimos dois anos, exaltei AQUI e AQUI o samba-enredo da Portela como o melhor de 2012 e 2013.
Em 2012, afirmei que o samba da Portela era o melhor do ano e que, se não levasse a Escola ao campeonato, conquistaria a nota dez e todos os prêmios – Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, etc - de melhor samba-enredo. O samba obteve nota dez dos quatro jurados e conquistou os prêmios citados.
Em 2013, afirmei novamente que a Portela tinha o melhor samba, o que não era vantagem nenhuma pois os outros eram todos medíocres. Disse, também, que seu único concorrente era o samba da Vila Isabel somente devido ao renome de seus compositores. O Estandante de Ouro ficou para o samba-enredo composto por Martinho da Vila e Arlindo Cruz, mas o samba da Portela foi o único a receber nota dez dos quatro jurados.
Para 2014, finalmente, a Mocidade surge com um samba-enredo de altíssima qualidade. Pra mim, o samba de Dudu Nobre e do meu camarada Jefinho, entre outros, é o melhor do ano.
É um samba verdadeiro, pra cima, sincopado, que
mexe com o corpo inteiro. Tem uma melodia original na qual os compositores encontraram um jeito de homenagear ao Fernando Pinto incluindo um verso – “Parece que estou sonhando” – com a mesma melodia que tinha no samba Tupinicópolis.
O ótimo arranjo da gravação oficial – ouça-o AQUI - passeia pelos rítmos pernambucanos: baião, ciranda, forró e frevo. Quem sabe ouvir verá o que digo.
Em 2013, a Mocidade já fez um bom desfile, o melhor dos últimos anos. Tenho confiança de que com este samba-enredo fará um desfile contagiante como aquele espetacular desfile de 1987, às sete horas da manhã, que se vê neste vídeo AQUI.
Aquele desfile foi algo nunca visto e que jamais voltou a acontecer depois que a Mocidade e todas as escolas passaram a fazer um arremedo do estilo marcial da Beija-Flor com suas alas sob absoluto controle da harmonia.
Todo mundo vestido de índio que sempre foi uma presença constante no carnaval, porém, nunca tão felizes e em tamanha quantidade.
E a bateria. “Prestenção” na bateria.
Eu estava lá, era puro samba, não esse marcheamento que se ouve atualmente.
A Mocidade ficou em segundo lugar. A Mangueira venceu com a homenagem a Carlos Drummond de Andrade.

UM JEITO VELHO DE FAZER POLÍTICA

Li, ontem, no Globo Online, sobre o lançamento do livro “Marketing Político – Administrando o Gabinete” de autoria do deputado federal Doutor Ubiali e do professor Sérgio Trombelli.
O livro pretende ser um manual com centenas de dicas de como se perpetuar um mandato político.
Algumas dicas incluem:
1 – no seu gabinete, priorize os cabos eleitorais e os financiadores de campanha;
2 - pegue os dados de todos que forem pedir algo no gabinete, inclusive para que time de futebol torcem e que religião seguem;
3 – visite obras, use o capacete, dê entrevista mesmo que seja para o seu site na internet e sempre leve alguém para chamar a atenção dos moradores. O parlamentar deve organizar visitas a obras e registrar o evento em fotos e vídeo.
O livro ensina que no gabinete há que existir escalas de preferência para o atendimento dos eleitores. Em primeiro lugar, vêm os cabos eleitorais: “Fazem parte do gabinete. Todos os assuntos deles são de relevância – diz o deputado - depois, a prioridade são representantes de redutos e, em seguida, financiadores".
Doutor Ubiali é neurocirurgião e está no segundo mandato. Diz que saber montar um gabinete é primordial: tem que misturar militante com técnico. “Quem opta por um prato só, se dá mal”.
E recomenda que todo parlamentar contrate um advogado para ajudar os eleitores. “Todos têm problemas com a Justiça: pensões alimentícias, despejos, dívidas, parentes presos, enfim, uma gama enorme de pedidos. Um gabinete também precisa de um assessor que conheça hospitais públicos ou filantrópicos, para arrumar consulta, mesmo em consultórios particulares com médico conhecido ou até pagando. E também um dentista, a fim de auxiliar aquele que precisa de dentes para poder sorrir.”
Os autores dizem que dos pedidos que chegam alguns devem ser atendidos e outros não.
“Carne para churrasco, remédios, conta de telefone, dinheiro emprestado, viagens para visitar parentes doentes, etc.
No meio deste inferno de coisas, se você começar a atender alguns pedidos não poderá deixar de atender a outros. E sua fama correrá pela cidade como clientelista, e a partir daí seu mandato será um toma lá dá cá. Impossível de controlar e vai perder mais votos que ganhar”.
Os autores comparam a política ao comércio: eleição é “venda”; o mandato é “pós-venda”; e o eleitor é “cliente”. E, para “fidelizar” o cliente, ou seja, manter os eleitores para a eleição seguinte, valem frases feitas para usar em discursos:
- para os idosos: não há maior injustiça que esquecer de quem fez o progresso que temos hoje;
- para as mulheres: não há desenvolvimento social e econômico sem a mulher;
- para os deficientes: se perfeitos sentimos o peso da vida, imagine aqueles que possuem deficiência.
O deputado federal Doutor Ubiali - na foto, autografando seu livro - certamente dá outras dicas que o Globo Online não ressaltou. Dicas que todos conhecemos da velha forma de fazer política.
O deputado federal Doutor Ubiali é do PSB, aquele partido que vem defendendo um jeito novo de fazer política.
Este deputado, porém, ninguém poderá chamá-lo de fariseu.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

AUDITORIA DA SAÚDE EM MANGARATIBA

Eu vi, ninguém me contou. Não sou daqueles que ouvem fofocas nas esquinas e as colocam no blog ou no feissi. Se escrevo é porque vi.
Vi, ocasionalmente, o relatório da Secretaria de Estado de Saúde com a auditoria realizada, mês passado, em Mangaratiba. Não tive tempo de ler o relatório, mas o que consegui ver é assustador.
Vi um superfaturamento na compra de remédios que vai de l.000 a 8.910,2%. Assim não dá, é demais, um exagero.
O superfaturamento é excessivo também na compra de materiais médicos, odontológicos e hospitalares.
Vi, também, que 98% das justificativas apresentadas pelas autoridades municipais de saúde de Mangaratiba não foram aceitas pelos auditores.
A auditoria foi motivada por ação do presidente do Conselho Municipal de Saúde anterior. Dos doze componentes, sete não aprovaram as contas apresentadas pela Secretaria em 2012.
Agora sei por que armaram a eleição de um novo Conselho com novos componentes, ficando de fora todos aqueles sete que não aprovaram as contas. Apenas três deles permaneceram como suplentes sem direito a voto.
Tentarei analisar melhor a auditoria da Secretaria de Estado da Saúde para dar maiores detalhes sobre este escândalo milionário da Secretaria Municipal de Saúde de Mangaratiba.

sábado, 2 de novembro de 2013

CRIMINOSOS TOGADOS

Quando escrevo, eu não apelo para metáforas nem emprego subterfúgios para não dizer coisa nenhuma. E quando estou indignado, ponho logo o dedo na ferida a partir do título da postagem.
Na quinta-feira, uma operação da Draco-IE e do MPE prendeu um grupo de dez criminosos que atua em Caxias. O grupo, que age desde 2007, é acusado de formação de quadrilha armada para a prática de crime hediondo. A lista de crimes praticados é extensa.
Esta, agora, foi a terceira operação para combater os mesmos bandidos.
Em 2010, integrantes do bando foram presos e, depois, soltos. No ano seguinte, foi organizada a operação Pacificador para deter os mesmos milicianos. Foram todos soltos em seguida, após conseguirem habeas corpus.
- Após a liberdade, eles assassinaram sete pessoas, entre testemunhas de acusação e informantes. Foi aí que deflagramos a segunda operação. Todos os presos agora, na terceira, já haviam tido mandados de prisão expedidos anteriormente - contou Capote
Todas as testemunhas de acusação do processo criminal foram assassinadas, com exceção do delegado titular da Draco-IE, Alexandre Capote.
Os criminosos togados que os libertaram foram cúmplices desses assassinatos. Naturalmente, justificam-se por estarem cumprindo a lei, tal como se justificaram aqueles criminosos no Tribunal de Nuremberg que disseram estar cumprindo ordens.
Na mesma quinta-feira, em Bangu, bem no centro do bairro, um menino de apenas oito anos morreu com um tiro na cabeça, porque um criminoso togado não quis cumprir a Lei 11.900, de 08 de janeiro de 2013, que permite a utilização do interrogatório on-line. Morreu também um sargento PM de 39 anos e uma senhora de 54 está hospitalizada com um tiro na barriga.
Os comparsas de um bandido invadiram o fórum de Bangu para resgatar o companheiro que participava de uma audiência com o juiz. Deu-se a tragédia.
Outro criminoso togado, portanto, também é cúmplice destes assassinatos porque fez questão de ouvir pessoalmente em audiência o que bandidos cruéis e hediondos tinham a declarar.
Sabem por quê? Ele julga que há violação dos princípios do devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, já que não se trata de uma presença real e sim virtual.
Assim, o criminoso togado coloca em risco uma população apenas para levar um bandido para depor no fórum, sob o pretexto de que seu direito à defesa será prejudicado numa videoconferência.
Para ele, o direito de um bandido hediondo contumaz é muito mais importante que o direito coletivo de pessoas inocentes.
Duas vidas teriam sido poupadas se o criminoso togado tivesse adotado a videoconferência para ouvir os bandidos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PALAVRAS... NADA MAIS QUE PALAVRAS

Marambaia... Guanabara... Fluminense...
Colibri... Guarani... Passarela...
Palmeira... Renúncia... Abundância...
Iansã... Pitanga... Yara... Maracujá...
Náufrago... Agradável... Orgasmo...
Emblema... Cintilante... Consciência...
Estrela... Cúmplice... Detalhe...
Esperança... Improviso... Liberdade...
Inteligência... Perfume... Penumbra...
Prisma... Saudade... Silêncio...
Efêmera... Gramática... Ingrediente...
Reflexo... Valente... Laranjeira...
Ametista... Suave... Crendice...
Mensagem... Verdade... Madrugada...
Maravilha... Luar... Lembrança...
Elegância... Paisagem... Sincera...
Coragem... Amigável... Princesa...
Próspero... Distância... Abraço...
Confiança... Sucesso... Próximo...
Exemplar... Idílio... Sentinela...
Voluptuosa... Alegoria... Carambola...
Princípio... Feitiço... Jantar...
Bandeira... Morena... Primavera...
Universal... Espera... Melodia...
Brilhante... Alvorada... Indígena...
Olhar... Gandaia... Superfície... Surpresa...
Adolescente... Sexual... Sétimo...
Estrofe... Celeste... Mistério... Nostalgia...
Marina... Helena... Semelhante...
Dilema... Sentença... Eloqüência...
Destino... Setembro... Volume...
Ambiente... Ápóstolo... Carolina... Orvalho...
Desculpem-me, mas eu sempre quis publicar uma postagem somente com cem palavras que acho bonitas, sonoras e gostosas de pronunciar assim como a centésima: Buuunda.