Malandros e vagabundos passavam um sufoco nas mãos dele que tinha um jeito próprio de atuação jamais utilizado por outros policiais. Naquele tempo, malandros e vagabundos usavam calça funil que tinha a boca muito estreita. Em suas andanças noturnas pela cidade, sempre de óculos Ray Ban, Padilha levava uma laranja que enfiava na calça do indivíduo. Se a laranja descesse até o chão, tudo bem. Se não, pegava uma tesoura e rasgava a calça do infeliz. Malandro cabeludo tinha a cabeça raspada.
A imprensa sempre o combatia nas manchetes, mas o povo gostava da sua tolerância zero e até música foi feita em sua homenagem gravada por Moreira da Silva. Padilha passou um tempo na geladeira e só voltou em 1968. Até que um dia ele se atritou com um general e sua esposa: foi cassado.
Malandros, vagabundos e prostitutas tinham um tremendo cagaço do Padilha que nunca deu mole pra eles. Quando o carro preto da rádio-patrulha surgia numa esquina, alguém gritava “Olha o Padiiiilha” e todos corriam tentando escapar das garras do homem.
E a oposição perderá seu último grande reduto eleitoral onde reina há vinte anos. Por isso, a imprensa venal e manipuladora esperneia para não perder a sua boca rica como a Veja fez neste final de semana.
Leia o que disse ontem o site 247 (AQUI).
“Em sua edição deste fim de semana, a revista Veja deixa claro que será um dos principais adversários (talvez o maior) do ministro Alexandre Padilha, em sua tentativa de se eleger governador de São Paulo; texto "O que ele admira é a ditadura", sobre o programa Mais Médicos, agride o bom senso e a inteligência do leitor; no entanto, Veja está engajada e sabe que não pode deixar escapar a relação privilegiada que mantém com o governador Geraldo Alckmin e com o Palácio dos Bandeirantes, onde o secretário de comunicação, Márcio Aith, que comanda uma gigantesca máquina de publicidade, é ex-editor da revista; editorial de Veja insiste na tecla de cubanos são "escravos"
247 - O rabo preso da revista Veja, da Editora Abril, com o governo de São Paulo, ficou evidente algumas semanas atrás, quando a publicação deu sua versão sobre o caso Siemens, como se o escândalo não tivesse qualquer relação com o PSDB paulista (para saber mais, leia "Tucaníssima, Veja rasga a fantasia no caso Siemens"). Mais do que uma ligação ideológica, ela é também financeira. Entra governo, sai governo, são renovadas, em condições especiais, assinaturas de revistas da Abril para professores e estudantes de escolas públicas paulistas. Além disso, o secretário de comunicação de São Paulo, o jornalista Marcio Aith, é ex-editor de Veja e pilota uma gigantesca máquina de publicidade, onde as revistas da Abril têm lugar especial.
Em 2012, com a derrota de José Serra para Fernando Haddad, a Abril perdeu um de seus pilares em São Paulo. Por isso, a hipótese de sofrer nova derrota em 2014, desta vez para Alexandre Padilha, contra Geraldo Alckmin, teria impacto devastador na editora dos Civita, na Marginal Pinheiros. Diante do risco, Veja deixa claro, nesta semana, que será o principal adversário de Padilha – talvez o maior – em sua luta para tentar se eleger governador de São Paulo, em 2014.
O arsenal deste fim de semana veio ancorado num tripé: editorial de Eurípedes Alcântara, uma vasta reportagem interna e uma chamada de capa. Nos três casos, são ofensas à inteligência do leitor, mas, na Abril, há a percepção de que esses ataques rasteiros funcionam – contra Haddad não deu certo e, em relação a Padilha, só o tempo dirá.
A chamada de capa é a seguinte: "Cubanização - Deixar os médicos sob a lei ditatorial de Havana é uma grave ameaça à soberania brasileira". O editorial de Eurípedes Alcântara, por sua vez, trata os médicos cubanos como servos. "Os petistas optaram por impor a eles a desonra de 'uma vez escravo, sempre escravo'", diz o texto do jornalista que comanda a publicação. Internamente, a reportagem assinada por Leonardo Coutinho e Duda Teixeira traz uma foto de Padilha e o título "O que ele admira é ditadura", afirmando ainda que o ministro da Saúde estaria a serviço de Havana.
Nem vale a pena perder tempo com os argumentos de Veja. Nem na Abril eles são levados a sério. Basta lembrar que, quando médicos cubanos foram trazidos no governo FHC, eles foram apontados como uma grande solução, quase um milagre (leia mais aqui).
O que a Abril não admite perder é seu assento especial no Palácio dos Bandeirantes.
Mas será que o leitor é incapaz de perceber a operação que está por trás disso?”
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