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domingo, 25 de agosto de 2019

16 DE AGOSTO DE 2019

Oitenta e dois anos...
Já vou chegando ao fim do meu destino...
É o fim de festa que abomino.
Como fera, ferido como gente,
Qual pantera, sigo em frente.
Nada supera a vida, felizmente,
Que eu vivi à vera, além da medida,
Vindo de outra era, um sonhador,
Refém do amor e da paixão.
Nem me diga que, hoje, eu vivo, em vão,
Ou que, por desalento, vou fugir da briga.
Ainda tento viver assim muito feliz,
Deixei raiz, sigo vencendo até o fim...
Só me arrependo do que não fiz.
Cumpri meus planos como bem quis,
Cometi enganos, colhi os danos.
Hoje, sou uma vela acesa ao vento,
Apago a qualquer momento.
Faço um afago aos meus, vou esperar por lá...
Um abraço e adeus, tchau, good bye, au revoir...