O Clarin, principal jornal argentino, diz que a decisão foi um protesto da Dilma contra a espionagem do governo americano.
El País, principal jornal espanhol, afirma em manchete de primeira página: “El desplante a Obama refuerza a Rousseff dentro y fuera de su país”.
A matéria (AQUI) acrescenta que “Rousseff podrá presentarse en la campaña electoral no solo como la mujer fuerte que ganó en 2010, sino también como la candidata capaz de defender la soberanía del pueblo brasileño”.
O The New York Times diz que as atividades do serviço de inteligência estão sendo revistas e que o encontro entre os dois líderes, segundo a Casa Branca, vai acontecer após resolução dos casos de espionagem.
Sempre submisso aos poderosos, Vermal, porém, escreve hoje em O Globo que “essa bravata nacionalista não trará nenhum benefício, a não ser agradar certa camada do eleitorado que leva a sério essa simulação de confrontação, como se tivéssemos ganhado alguma vantagem geopolítica em toda essa trapalhada internacional”.
Trata-se mesmo de um canalha esse Vermal. Se Dilma fosse ao jantar, seria por ele também criticada, talvez, injuriada impiedosamente, como submissa ao poder do ex-patrão do norte.
Entretanto, do alto do poder moral que hoje tem o governo brasileiro, Dilma decidiu que Obama vai ter que jantar sozinho e não vai dançar a valsa com ela como estava programado no jantar de gala.
Vermal termina seu texto dizendo que “Não falar fino com os Estados Unidos, e grosso com a Bolívia, afinal, é o que se esperava dela desde que a definição de nossa política externa foi dada no Teatro Casagrande por Chico Buarque, na campanha presidencial de 2010. Não importa que se fale fino com a Bolívia, desde que se fale grosso com os Estados Unidos”.
O que Chico falou é o mesmo que não falar grosso com os fracos e não falar fino com os poderosos. O Vermal parece querer o contrário, exatamente como ele próprio sempre faz.
Valeu Chico! Valeu Dilma.
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