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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

JE NE SUIS PAS CHARLIE

Também não sou um islamofóbico. Já demonstrei aqui no Blog que sou contra o fanatismo e o fundamentalismo religiosos. Seja qual for a religião.
Mas, respeito a todas, embora não tenha muita simpatia pelo Alcorão nem por Maomé. Este um genérico de Jesus e aquele uma quase imitação da Bíblia com muitos mais absurdos.
O direito de criticar dogmas religiosos é assegurado como liberdade de expressão. Atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença são crimes. Diz o direito internacional.
As charges do semanário francês eu reputo como crimes de ódio que ferem a dignidade humana.
O Charlie Hebdo provocava o furor dos fanáticos muçulmanos obcecadamente com suas charges nefastas. Já tinha sofrido um ataque terrorista. Queria de fato outro atentado contra o jornal decadente que estava falindo com uma tiragem de apenas 60.000 exemplares semanais. Na França, um país de leitores, isto é uma insignificância. Mergulhado em crise financeira, o semanário até fez um apelo, em novembro passado, com uma “vaquinha online” para salvar a publicação.
Portanto, o objetivo da provocação à ira dos fanáticos muçulmanos era revigorar o jornal. Conseguiram. Infelizmente, com a morte de doze pessoas.
A próxima edição terá um milhão de exemplares com o apoio de toda a imprensa francesa que classificou a revanche terrorista muçulmana apenas como um atentado à liberdade de expressão. Esta versão do fato é mais uma fraude da imprensa.
Como se a liberdade de expressão não tivesse limites. O jornal chegou a afirmar que “Les Coran c´est de la merde”.
É bem verdade que provocava também os cristãos com a charge sobre “Le pére, le fils et le saint sprit”. Mas, estes não são terroristas como já ficou provado com o filme francês “Je vous salue Marie” há mais de 30 anos. Então, preferiam provocar o fanatismo islâmico, este sim capaz de reagir com um ataque terrorista. Só não esperavam tanto.
Esse fanatismo sanguinário dá total razão ao Papa quando ele diz: "O homem é capaz de tanta crueldade".
Fico com a opinião do Papa que se manifestou também contra a "difusão do ódio e qualquer forma de violência física e moral que possam destruir a vida e violar a dignidade, atingindo radicalmente a convivência pacífica entre as pessoas e os povos”.
Este é mais um caso em que nenhum dos radicais envolvidos tem a mínima razão.

5 comentários:

Eduardo,o imbecil disse...

Vous êtes un imbécile.

Anônimo disse...

Ele escreveu isso olhando o espelho.

Eduardo,o imbecil disse...

E achei bunitim...

SHIRLEY disse...

Impecável ...imparcial ...racional ... Continuo te admirando Lacerda !!!

LACERDA disse...

Shirley, minha querida...
Obrigado, a recíproca é verdadeira.
Há quanto tempo, heim!
Não mais me abandone. Jamais.