Eram três amigas,
bonitas, casadas e com filhos pequenos quase da mesma idade. Moravam no mesmo
terreno em Jacarepaguá. Uma era casada com o irmão da primeira que era casada
com o irmão do marido da terceira. Eram todos, portanto, cunhados ou concunhados.
À tarde, após
mandar os filhos para a escola, reuniam-se para jogar conversa fora. Ainda não
havia feissibuque, fato que as tornavam amigas muito íntimas, felizes e bem
resolvidas.
Havia outra
família no mesmo terreno: os pais e um terceiro irmão solteiro que começou
namoro firme com uma morena de corpo muito bonito e rosto nem tanto. Chamava-se
Carminha e foi muito bem recebida pelas outras três, entrando no grupo para
aquele papo vespertino e descontraído.
Em pouco tempo,
era outra amiga íntima. Foi quando o irmão solteiro perdeu o emprego e não conseguia
trabalho. Pediu, então, ao irmão mais velho para conseguir uma colocação para a
namorada.
Carminha não
tinha qualquer experiência, seria seu primeiro emprego, mas o irmão – Aloísio -
levou-a pra trabalhar com ele e sempre lhe dava carona.
Nas viagens de
ida e volta, Carminha contava-lhe as fofocas que ouvira naquelas tardes de
alegre bate-papo amigável e despretensioso. Contou-lhe que a sua esposa o
considerava o melhor amante do mundo, que sabia fazer uma mulher feliz na cama.
Carminha gostaria
de saber se era verdade. “Me leva para um
motel”, pediu ela numa segunda-feira na volta para casa.
Aloísio
recusou-se: “Mas, você vai casar, não
vai? Não posso. De jeito nenhum, Não vou trair meu irmão”.
Na porta de casa,
na despedida, Carminha abriu a blusa e mostrou-lhe os seios firmes, perfeitos,
morenos, perversamente divinos, ornamentais, dignos de reverência e veneração.
Aloísio não se
conteve, tocou-lhe os seios e, arrependido, ordenou-lhe: “Saia do carro, já”.
Em casa, durante
o jantar, Celinha – a esposa de Aloísio – um tanto deprimida, fez um pedido que
foi quase uma intimação: “Quero colocar
silicone nos seios”.
- “O quê que é isso? Gosto de você assim. O
que houve contigo? –
espantou-se o marido.
Celinha explicou:
“É que ontem decidimos comparar nossos
seios. Saí perdendo na comparação. Quero ficar com os seios iguais aos da
Carminha”.
- “Não tenho dinheiro pra isso. Silicone nem
pensar” – opôs-se
Aloísio.
Ingênua, Celinha
argumentou: “A Carminha tem uma tia
enfermeira que aplica silicone baratinho lá em Caxias”.
Discutiram e
foram dormir. “Então é isso!”,
pensava Aloísio.
Dia seguinte, na
carona de ida, Aloísio e Carminha, além do bom-dia, não se falaram. Na volta,
Aloísio tomou o caminho da Barra. Parou num local ermo de frente para o mar, no
Recreio, e pediu:”Quero ver teus seios
novamente”.
Carminha abriu a
blusa e mostrou. “Não. Tira a blusa e o
sutiã, tira”. Carminha, toda assanhada, tirou tudo. Ficou só de calcinha.
- “Agora, vai para a frente do carro que eu
quero iluminar você todinha com o farol”. Carminha foi. Fez pose sensual. Aloísio acendeu o farol
alto, iluminando aquele monumento de mulher.
Devagar, Aloísio
deu marcha a ré no carro e partiu velozmente pra casa. Carminha ficou seminua na
praia escura. Entrou no mar para se esconder.
Ninguém nunca mais soube dela.
Dias depois, desconfiaram que
era de Carminha o corpo irreconhecível que surgiu em Grumari. Ninguém nunca mais soube dela.
Aloísio tinha certeza. Arrependeu-se, pagou o silicone de Celinha e não quis ver como ficaram os seios da mulher.
Suicidou-se.
Um comentário:
Aconteceu comigo mas voltei pra pegar a garota. Dei só um susto.
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