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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A ESTRATÉGIA LULISTA E A MEDIOCRIDADE JORNALÍSTICA

Florianópolis é a terra dos Bornhausen, pai senador e filho deputado, que, em discursos no parlamento, afirmaram que Lula e o PT deveriam ser escorraçados da política brasileira.
Agora, em discurso de campanha em Florianópolis, Lula foi à forra e afirmou que "vamos acabar com o partido deles, o DEM".
Os bornhausens e os maias ficaram loucos, reagiram indignados. Disseram que foi um atentado à democracia. Afirmaram que Lula quer transformar-se em um ditador do tipo Mussolini. A imprensa imunda e fascista deu todo o apoio, afirmando que Lula quer acabar com a democracia no país.
Lula gostou da reação e fez um novo discurso, dessa vez em Campinas, contra a imprensa imunda e fascista. Foi a primeira vez que reagiu contra a insidiosa campanha negativa que sofreu durante os seus quase oito anos de governo e que a Dilma tem sofrido agora. Um discurso emocionante, corajoso e destemido. Veja o vídeo abaixo.

Ao final do discurso, Lula disse: “(a Veja desta semana) destila ódio e mentiras e eu queria pedir a você Dilma e a você Mercadante: não percam o bom humor, deixa eu perder, eu já ganhei, eu não disputo votos. Se mantenham tranqüilos, rindo, olhando assim tranquilamente para o povo...”
Foi aí que eu identifiquei a inteligente estratégia do Lula. Chamou para a si toda a artilharia da imprensa imunda e fascista. Ontem e hoje, o bombardeio contra a Dilma foi amenizado. As denúncias e agressões voltaram-se para o governo Lula. Até a Osmarina e o Clube Militar entraram na dança. Como disse o Brizola Neto: “foi uma reação sanguinária contra o Lula.”
O Lulinha deve estar tão feliz com a sua estratégia que, hoje, voltou a criticar a imprensa afirmando que “a cobertura jornalística chega a beirar o ódio”. Contra ele, claro. E como ele está gostando disso.
Lula contou com a mediocridade das redações para o sucesso de sua estratégia e se tornar o alvo principal do ódio jornalístico e do bombardeio de acusações e denúncias. Deixando a Dilma tranquila na campanha.
Essa mediocridade da imprensa mostrou ontem, no Bom Dia, Brasil, da Globo, um exemplo formidável.
Até parece mentira, mas a Renata Vasconcelos questionou a Dilma com as seguintes e exatas palavras: “Pois é, candidata, não são promessas absurdas? Não deu pra fazer em oito anos, mas agora, segundo a senhora, em quatro anos daria. Não são promessas quase impossíveis de serem cumpridas? Por exemplo, quando a senhora sugere construir dez mil quadras esportivas nas escolas: para isso se tornar realidade, seria preciso construir todo dia sete quadras durante quatro anos. Na questão das creches, quatro por dia, quando cada creche demora seis meses... Enfim, por aí vai... São mais de mil e trezentas casas por dia. Não é difícil de cumprir?”
Ô Renata, põe teus reduzidos neurônios pra funcionar e raciocine comigo. São mais de 5.000 municípios no país. Se cada um começar a construir uma creche em março/2011 - e a construção levar seis meses como você disse - teremos 5.000 creches em agosto ou setembro. Se os grandes municípios começarem construindo duas creches ao mesmo tempo, a promessa estará cumprida no mesmo prazo. O mesmo ocorrerá em relação às quadras esportivas. Quanto aos dois milhões de moradia levará um tempo pouco maior devido à falta de mão de obra especializada.

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