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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PROPAGANDA ELEITORAL NA TV

Hoje é o último dia da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Desde o dia 17 de agosto, assisti diariamente inúmeros candidatos pedindo o voto e declarando juras de amor ao eleitor.
Não sei que mania é essa que eu tenho de ver programa de propaganda eleitoral na TV. Gostei mais dos programas de São Paulo. Muito mais divertidos com Tiririca, Maguila, Agnaldo, Juca Chaves e tantos outros. Os programas cariocas revestiram-se de maior seriedade.
Os programas mais marcantes, porém, foram os de propaganda dos presidenciáveis.
Os programas da Dilma sobressairam-se pela confiança, orgulho e esperança no Brasil e nos brasileiros. O otimismo no futuro do país foi contagiante. E não houve denúncias nem acusações levianas.
Os programas do Serra primaram pelo cinismo, pelas promessas vãs próprias de candidatos nanicos. Além das sórdidas denúncias sem provas, da falsa indignação, da hipocrisia, exaltaram a necessidade de mudança, enquanto o eleitor quer continuidade.
O discurso único dos programas da Marina foi o receio do final dos tempos, do fim do mundo. Em seu pouco tempo, ela ficou sem saber para que lado se encaminhar. Se contra ou a favor, se muito pelo contrário.
Hoje, além do último programa eleitoral, teremos outro debate inútil e repetitivo entre os três.
Lá estará também o bobo da corte que, deslumbrado por estar presente, tentará fazer gracinhas para divertir a platéia. Se for pra ficar bobo assim, eu não quero envelhecer.
O apresentador dirá que o debate servirá para o eleitor decidir em quem vai votar. Nada disso, o eleitor já decidiu: Dilma será eleita no primeiro turno.
E até domingo, só o César Maia ainda terá um grande problema para enfrentar. Terá que solitariamente convencer seus eleitores a dar o segundo voto para senador a um candidato nanico. Terá que convencê-los a votar em um candidato sem qualquer chance de vitória ou anular o segundo voto.
Sim, ele tem razão quando diz: “É preciso tomar cuidado com a decisão do segundo candidato. Se o segundo voto for em alguém com chances de ganhar isso anula a intenção do primeiro voto de me eleger.”
É, mas tem razão somente se o primeiro voto for para o Cesar Maia. O segundo voto em Crivela ou em Lindberg anulará o primeiro voto em César Maia.
Bem feito. Perdeu, César. Quem mandou apoiar o Serra. Eu votarei naqueles que sempre apoiaram o Lula e certamente vão apoiar a Dilma.

ATENÇÃO, PRIMEIRA VITÓRIA DA DILMA
O STF acaba de decidir: o eleitor poderá votar
com a apresentação de apenas um documento oficial com foto.
Não será necessário apresentar o título de eleitor.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SAÚDE... EDUCAÇÃO... SEGURANÇA...

São essas as prioridades da grande maioria dos candidatos a deputado federal e estadual. Dizem que vão lutar para dar mais e melhor saúde, educação e segurança para o nosso povo sofrido.
Mentira! Nada farão porque são candidatos ao poder legislativo e nada poderão fazer além de legislar e controlar o poder executivo. No máximo, poderão votar leis mais duras contra o crime.
Quem pode e tem a obrigação de fazer algo para oferecer mais e melhor saúde, educação e segurança é o poder executivo federal, estadual e municipal. Construindo e estruturando mais e melhores hospitais e escolas, investindo em segurança pública, contratando e valorizando seus servidores públicos.
Além dos poderes executivos, sabe quem mais pode fazer algo pela saúde, pela educação e pela segurança? Você. Somente você e mais ninguém.

Quer mais e melhor saúde? Cuide-se e cuide de seus filhos. Vacine-os. Tenha hábitos diários de higiene. Lave as mãos muitas vezes ao dia. Escove os dentes, pelo menos, três vezes riárias. Tenha uma vida saudável. Não seja um sedentário como eu. Caminhe, dance, divirta-se. Sorria, seja feliz. Supere a hipocondria. Beba sempre água filtrada. Não exagere no álcool. Evite acidentes. Se for dirigir, não beba. Dirija com cuidado. Tenha sempre em mente a noção do perigo. Evite hospitais, um antro de ar poluído com todo tipo de bactérias. Hospital somente quando não puder ir com suas próprias pernas. Se precisar, tente um posto de saúde. Mas, só mesmo quando precisar de fato. Resfriado, tosse, nariz entupido ou escorrendo, prisão de ventre, diarreia, dor de barriga, bicho de pé, “espinhela caída”, “pulso aberto”, trate em casa mesmo. Quando faltar ao trabalho, enfrente o chefe com galhardia e não procure o posto de saúde em busca de um atestado médico.
Sabe o que acontecerá a médio prazo? Será o fim das filas de consulta médica em hospitais e postos de saúde. Médicos e enfermeiros terão mais tempo e poderão dedicar-se melhor a quem de fato precisa: os doentes. E teremos todos mais e melhor atendimento à saúde.

Quer mais e melhor educação? Eduque-se e eduque seus filhos. Cuide bem deles com muito amor e carinho, mas imponha-lhes limites. Procure saber com quem e por onde eles andam. Educação começa no berço. Sei que dá trabalho, mas tenha paciência e determinação. Minha mãe dizia que é de pequenino que se torce o pepino. Ensine a seus filhos o que significa respeito, boas maneiras, cortesia, justiça, honra. Crie filhos com caráter e personalidade. Não permita que eles se desvirtuem para a violência. Converse com eles – e principalmente com elas – sobre sexualidade. Aconselhe-os a usar camisinha. Diga a elas que anticoncepcional se toma diariamente e não apenas no dia em que vai transar. Educação se dá em casa e é aquilo que fica conosco para sempre depois que esquecemos quase tudo que aprendemos na escola. Professor existe para transmitir conhecimentos. Na escola, seu filho vai adquiri-los, vai aprender a ler e escrever, a somar, diminuir, dividir, multiplicar. Acompanhe seus estudos. Estimule-os à leitura. Apresente-os à boa música, faça tudo para evitar que se tornem "funkeiros". Não admita “piercings” e tatuagens.
Sabe o que acontecerá? Você enviará filhos melhores para a escola e a escola se tornará muito melhor. E teremos todos mais e melhor educação.

Quer mais segurança? Então, vamos acabar com o narcotráfico e com a violência. Faça tudo o que falei sobre educação e mais: não use drogas. E fique de olho em seus filhos, nos filhos dos seus amigos e vizinhos e nos “amigos” deles. Dê-lhes algumas incertas nos locais que eles costumam frequentar. Sem o consumo não haverá mercado para o narcotráfico. Não os estimule à bebida que é o primeiro passo no caminho das drogas. Não volte para casa bêbado. Mas, se voltar bêbado – uma vez ou outra - deite e durma. Não discuta com a mulher, não a ofenda nem agrida. Bêbado nunca tem razão. Não seja intransigente, saiba pedir e conceder desculpas. Seja cortês sempre, inclusive no trânsito. Dirija com urbanidade. Evite as brigas, principalmente com seus vizinhos. Compreenda-os e mantenha sempre um relacionamento amigável. Você vai precisar deles um dia. Seja solidário, ajude a quem precisa. Não seja arrogante, seja gentil. Como o Gentileza, com sua humildade, afirmava: gentileza gera gentileza. Ajude a polícia, coopere com a segurança. Participe e não fique alheio ao que acontece na sua comunidade. E jamais esqueça que os que enveredaram pelos descaminhos do crime foram um dia, assim como nós, criancinhas inocentes, indefesas e inofensivas.
Assim, vamos conquistar um mundo menos violento. A paz virá com o tempo.
E os candidatos terão que sustentar novos argumentos para conquistar o nosso voto.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

EXCESSO DE LIBERDADE?

Ou será excesso de cinismo da imprensa imunda e mercenária?
Todos os grandes jornais e, claro, a Veja, cairam de pau no José Dirceu devido ao discurso que ele fez na Bahia contra a libertinagem da imprensa. Afirmaram que ele discursou contra a liberdade de expressão e a favor da censura à imprensa.
Vejam no vídeo abaixo o que José Dirceu disse em seu discurso sobre o excesso de liberdade e raciocinem: dá para acreditar no que diz a imprensa cínica, corrupta e mercenária?

Você pode até ser contra o José Dirceu pelo que ele fez no "mensalão" - isto é, o mesmo que faz qualquer prefeitinho do interior, qualquer governador, qualquer FHC - mas, não pode se deixar manipular pelas poucas famílias que dominam a imprensa no país.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

THE INDEPENDENT

O renomado jornal inglês aqui publicou ontem a matéria que a Carta Capital aqui traduziu e que eu transcrevo para mostrar o que diz a imprensa estrangeira sobre o Brasil e a futura presidenta.

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff irá se tornar mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa uma vez tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.
A senhora Rousseff, a filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.
Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.
Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.
Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamaram “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.
A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.
Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.
Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.
Ela tinha mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.
Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.
A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.
Tradução: Katarina Peixoto

domingo, 26 de setembro de 2010

SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 600,00

Desesperado, o hipócrita mentiroso - com medo do terceiro lugar - faz promessas vãs como qualquer candidato nanico. Já prometeu asfaltar a Transamazônica, uma estrada que não existe mais. A floresta a engoliu. Prometeu décimo-terceiro salário para o bolsa-família que a mulher dele disse que é um criadouro de vagabundos.
Agora, tem prometido um salário mínimo de 600 reais. Mas, quando ele era ministro do planejamento, o salário mínimo jamais superou os 70 dólares e agora está beirando os trezentos. (Prefiro o Plínio que diz que vai elevar o salário mínimo para dois mil reais).
Diz ele que o aumento não levará o INSS nem as pequenas prefeituras à falência. "Eu sei fazer contas" - afirmou em sua propaganda eleitoral.
Veja o vídeo abaixo, ele ensinando as crianças a fazer conta de dividir.

Vamos vê-lo novamente falando sério sobre a gripe suína?

sábado, 25 de setembro de 2010

LEONARDO BOFF E A IMPRENSA

Quem hoje dá razão e repete o que diz a imprensa sobre ameaças à democracia e à liberdade de expressão não sabe o que diz nem o que pensa. Nem sobreviveu ao holocausto da ditadura.
Leonardo Boff sabe o que afirma abaixo porque sobreviveu ao regime militar e à censura.
Estou em muito boa companhia quando combato a imprensa imunda e facciosa. Leonardo Boff faz o mesmo combate com muito mais talento e conhecimento.

A MIDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avaliza fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa.
Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública.
São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, em que se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula.
Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo.
Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceitual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros.
De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa se fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, a melhorar de vida, enfim.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome.
Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil.
Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela Veja faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais, não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista? Ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

A IMPRENSA E OS JORNALISTAS

Jornalistas verdadeiramente comprometidos com a liberdade de imprensa assumiram posição contra a imprensa cínica e facciosa. A capa do Extra de ontem é um exemplo de cinismo e facciosismo.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ofereceu sua sede para o ato organizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé contra a libertinagem da imprensa. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) participou do evento com o manifesto abaixo.
Transcrevo-o para mostrar que o que os jornais publicam não é o mesmo que pensam os jornalistas.

Em defesa dos jornalistas, da ética e do direito à informação
O conceito de golpe midiático ganhou notoriedade nos últimos dias. O debate é público e parte da constatação de que setores da imprensa passaram a atuar de maneira a privilegiar uma candidatura em detrimento de outra. É legítimo – e desejável – que as direções das empresas jornalísticas explicitem suas opções políticas, partidárias e eleitorais. O que é inaceitável é que o façam também fora dos espaços editoriais. Distorcer, selecionar, divulgar opiniões como se fossem fatos não é exercer o jornalismo, mas, sim, manipular o noticiário cotidiano segundo interesses outros que não os de informar com veracidade.
Se esses recursos são usados para influenciar ou determinar o resultado de uma eleição configura-se golpe com o objetivo de interferir na vontade popular. Não se trata aqui do uso da força, mas sim de técnicas de manipulação da opinião pública. Neste contexto, o uso do conceito “golpe midiático” é perfeitamente compreensível.
Este estado de coisas só acontece porque os jornalistas perderam força e importância no processo de elaboração da informação no interior das empresas. Cada vez menos jornalistas detêm o poder da informação que será fornecida à opinião pública. Ela passa por uma triagem prévia já no seu processo de edição e aqueles que descumprem a dita orientação editorial são penalizados. Também nunca conseguem atingir cargos de direção que, agora, são ocupados por executivos que atendem aos interesses de comitês, bancos associados, acionistas etc.
Esse estado de coisas não apenas abre espaço para que a mídia atenda a interesses outros que não o do cidadão, como também avilta a profissão de jornalista, precariza condições de trabalho e achata salários. A consequência mais trágica disso é a necessidade de se adaptar ao “esquema da empresa” para garantir o emprego, mesmo em detrimento dos valores mais caros.
Para avançar nessa discussão é necessário estabelecer a premissa de que informar a população sobre os desmandos do governo (qualquer deles) é dever da imprensa. Orquestrar campanhas pró ou contra candidatos é abuso de poder. A linha divisória entre esses campos é tênue e cabe ao jornalista, respeitando o profissionalismo e a ética, estabelecer o limite tendo em conta o que é de interesse público.
Não podemos incorrer no erro de instaurar na cobertura de fatos políticos os erros cometidos em outras áreas, ou seja, o pré-julgamento (que dispensa provas, pois o suspeito está condenado previamente) e o jornalismo espetáculo (que expõe situações de maneira emocional para provocar reações extremadas).
A ideia de debater e protestar contra esse estado de coisas resultou na realização do ato em defesa da democracia e contra o golpismo midiático a ser realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas. A proposta surgiu em conversa entre blogueiros, foi assumida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que procurou o Sindicato dos Jornalistas e este aceitou sediar o evento.
A sociedade sabe que o local ideal para este debate é o Sindicato dos Jornalistas. Não apenas porque os jornalistas são parte importante nesse processo, mas, principalmente, pela tradição da entidade em ser um espaço democrático aberto às diversas manifestações públicas e de interesse social.
O que está em discussão são duas concepções opostas, uma que considera a informação um bem privado, passível de uso conforme interesses pessoais e outro que entende a informação como direito social, portanto, regulado por um “contrato social”, exatamente como acontece com a saúde ou a educação.
Ter direito de resposta, garantir espaço para que o contraditório apareça, impedir o monopólio da mídia, tornar transparente os mecanismos de outorga das empresas de rádio e TV, destinar parte da verba oficial para pequenos veículos, criar a rede pública de comunicação, regulamentar as profissões envolvidas com a mídia, não são atos de censura, são movimentos em defesa da liberdade de expressão e cidadania!
O grupo dos liberais quer, a qualquer custo, impedir que o conceito de direito social seja estendido à informação. A confusão feita entre liberdade de opinião, de imprensa, de informação, de profissão e o conceito de censura e de controle público é intencional. Essa confusão é visível na argumentação utilizada pelo Ministro Gilmar Mendes para acabar com a necessidade do diploma de jornalismo. O objetivo é impedir que as ideias por trás das palavras sejam claramente entendidas pelo cidadão e, assim, interditar qualquer reivindicação popular nesse campo.
A liberdade de imprensa é o principal instrumento do jornalista profissional. Não é propriedade dos proprietários dos meios de comunicação. O verdadeiro ato em favor da liberdade de imprensa é feito em defesa do jornalista e, por consequência, diminui o poder da empresa. O problema é que, a exemplo do que escreveu George Orwell no livro ’1984′ quando criou a novilíngua (que pretendia reduzir o vocabulário, eliminar sinônimos e fundir palavras para diminuir a capacidade de pensamento), o conceito de liberdade de imprensa foi virado pelo avesso e, uma vez apropriado pela empresa de comunicação, passou a diminuir o papel do jornalista obrigando-o a se submeter às engrenagens do poder empresarial. Não é por acaso que existe a frase, ao mesmo tempo trágica e engraçada, de que apenas existe ‘liberdade de empresa’.
Não é por acaso que o debate sobre liberdade de imprensa e democratização da mídia está presente na campanha eleitoral deste ano. Não é uma briga entre partidos ou candidatos, é uma questão bastante difundida na sociedade e que exige posicionamento público das autoridades. A Associação Nacional de Jornais – ANJ está preparando um código de autoregulamentação para a imprensa que vem, exatamente, no sentido de fazer algo para impedir que o Estado ou a sociedade organizada o faça. Lembremos das palavras do escritor Giuseppe Tomasi di Lampedusa, em ‘O Leopardo’, ‘mudar para continuar igual’. O debate público precisa ser aprofundado e ele não será feito com preconceitos ideológicos, mas, sim, a partir de análise apurada da realidade e das necessidades da democracia que, penso, não se concretiza sem o chamado “contrato social” que regra a atividade humana, impedindo que os mais fortes destruam os mais fracos. Estamos clamando pela verdadeira liberdade de imprensa, pela ética profissional e pelo direito do cidadão de informar e ser informado!
          Federação Nacional dos Jornalisatas (FENAJ)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SUGESTÕES DE CAPA PARA A VEJA


Faltam apenas duas edições de Veja até a eleição. Em 2006, na disputa eleitoral entre o Lulinha e um dos comparsas do hipócrita mentiroso, Veja se esmerou na mesma campanha odiosa e nefasta que vemos hoje.
Naquela época, como ainda não escrevia este blog sujo, enviei para os amigos algumas capas que preparei para a revista.
Agora, preparei novas capas, fiz algumas alterações nas antigas e apresento-as como sugestão para a Editora Abril.
Será que com duas dessas capas haverá segundo turno?
Pode ser, mas não sei com quem: se com o hipócrita mentiroso ou com a "laranja" verde.

Agora, a última sugestão de capa
para alegria dos covardes que torturaram a Dilma
Não leia a Veja...
Se ler, não acredite.
Se acreditar, relinche.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A ESTRATÉGIA LULISTA E A MEDIOCRIDADE JORNALÍSTICA

Florianópolis é a terra dos Bornhausen, pai senador e filho deputado, que, em discursos no parlamento, afirmaram que Lula e o PT deveriam ser escorraçados da política brasileira.
Agora, em discurso de campanha em Florianópolis, Lula foi à forra e afirmou que "vamos acabar com o partido deles, o DEM".
Os bornhausens e os maias ficaram loucos, reagiram indignados. Disseram que foi um atentado à democracia. Afirmaram que Lula quer transformar-se em um ditador do tipo Mussolini. A imprensa imunda e fascista deu todo o apoio, afirmando que Lula quer acabar com a democracia no país.
Lula gostou da reação e fez um novo discurso, dessa vez em Campinas, contra a imprensa imunda e fascista. Foi a primeira vez que reagiu contra a insidiosa campanha negativa que sofreu durante os seus quase oito anos de governo e que a Dilma tem sofrido agora. Um discurso emocionante, corajoso e destemido. Veja o vídeo abaixo.

Ao final do discurso, Lula disse: “(a Veja desta semana) destila ódio e mentiras e eu queria pedir a você Dilma e a você Mercadante: não percam o bom humor, deixa eu perder, eu já ganhei, eu não disputo votos. Se mantenham tranqüilos, rindo, olhando assim tranquilamente para o povo...”
Foi aí que eu identifiquei a inteligente estratégia do Lula. Chamou para a si toda a artilharia da imprensa imunda e fascista. Ontem e hoje, o bombardeio contra a Dilma foi amenizado. As denúncias e agressões voltaram-se para o governo Lula. Até a Osmarina e o Clube Militar entraram na dança. Como disse o Brizola Neto: “foi uma reação sanguinária contra o Lula.”
O Lulinha deve estar tão feliz com a sua estratégia que, hoje, voltou a criticar a imprensa afirmando que “a cobertura jornalística chega a beirar o ódio”. Contra ele, claro. E como ele está gostando disso.
Lula contou com a mediocridade das redações para o sucesso de sua estratégia e se tornar o alvo principal do ódio jornalístico e do bombardeio de acusações e denúncias. Deixando a Dilma tranquila na campanha.
Essa mediocridade da imprensa mostrou ontem, no Bom Dia, Brasil, da Globo, um exemplo formidável.
Até parece mentira, mas a Renata Vasconcelos questionou a Dilma com as seguintes e exatas palavras: “Pois é, candidata, não são promessas absurdas? Não deu pra fazer em oito anos, mas agora, segundo a senhora, em quatro anos daria. Não são promessas quase impossíveis de serem cumpridas? Por exemplo, quando a senhora sugere construir dez mil quadras esportivas nas escolas: para isso se tornar realidade, seria preciso construir todo dia sete quadras durante quatro anos. Na questão das creches, quatro por dia, quando cada creche demora seis meses... Enfim, por aí vai... São mais de mil e trezentas casas por dia. Não é difícil de cumprir?”
Ô Renata, põe teus reduzidos neurônios pra funcionar e raciocine comigo. São mais de 5.000 municípios no país. Se cada um começar a construir uma creche em março/2011 - e a construção levar seis meses como você disse - teremos 5.000 creches em agosto ou setembro. Se os grandes municípios começarem construindo duas creches ao mesmo tempo, a promessa estará cumprida no mesmo prazo. O mesmo ocorrerá em relação às quadras esportivas. Quanto aos dois milhões de moradia levará um tempo pouco maior devido à falta de mão de obra especializada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

SETEMBRO NEGRO

Chegamos ao último terço do mês de setembro. Faltam dez dias para terminar o mês que já foi denominado de setembro negro, em 1970, quando, em onze dias de luta (de 16 e 27/9) entre palestinos e o exército da Jordânia, morreram cerca de 10.000 pessoas, em sua maioria civis.
A partir desse evento, foi criada a organização terrorista palestina denominada Setembro Negro que, nos jogos de Munique, na Alemanha, em setembro de 1972, invadiu a vila olímpica, sequestrou e matou onze atletas israelenses.
Outro setembro negro aconteceu em 2001, em Nova York. No dia 11, elementos da Al-Qaeda realizaram o ataque terrorista às duas torres do World Trade Center matando quase três mil pessoas.
Hoje, têm início os últimos dez dias de setembro e amanhã, o sol cruza o equador rumo ao sul, dando início à primavera no Brasil.
Mas, nem tudo serão flores, pois, serão os últimos dez dias que a imprensa imunda e fascista terá para tentar levar a eleição para o segundo turno. Não importa mais com quem. Agora, tanto faz que seja com o hipócrita mentiroso ou com a "laranja" verde.
O massacre acusatório será, então, inimaginável. Um setembro negro eleitoral. É o desespero dos derrotados. Um bombardeio de denúncias, algumas inverossímeis, feitas por delinquentes, meliantes, ex-detentos, elementos sem caráter e da mais baixa estirpe, a soldo não se sabe de quem, com o objetivo único de atingir a Dilma.
Não vai importar se a denúncia terá um mínimo de racionalidade, a condenação será sumária.
A campanha nefasta e insidiosa contra a futura presidenta, que foi aumentando à medida em que ela se distanciava nas pesquisas, chegará ao seu ápice neste final de setembro.
As quatro famílias que dominam a imprensa imunda vão se esbaldar. A internet estará infectada e infestada de “trolls” anônimos disseminando calúnias.
De 1 a 10 de setembro, foi a novela do sigilo fiscal jogada na conta da campanha da Dilma que estaria fabricando um dossiê contra o hipócrita mentiroso. Não funcionou. De 11 a 20, foram as denúncias de lobby que eu abordei em postagens anteriores. E Dilma continua 30 pontos à frente.
O que virá agora nos próximos dez dias?
O hipócrita mentiroso que diz ter-se preparado a vida inteira para ser presidente será como sempre apresentado como uma vítima imaculada. Apesar de suas dezenas de processos judiciais, alguns por improbidade administrativa. Apesar das artimanhas de sua "inocente e ingênua" filha junto com a irmã do Daniel Dantas.
Apesar dos diversos escândalos de seu ministério na saúde, durante o governo FHC – a máfia das ambulâncias, os Vedoin, a demissão em massa de mais de cinco mil mata-mosquitos – que continuarão no esquecimento. Assim como os seus escândalos e fracassos no governo de São Paulo: a "cracolândia" em pleno centro de São Paulo, a calha do Tietê, os alagamentos e incêndios nas favelas, o domínio do PCC no estado, o buraco e a corrupção com a Alston no metrô, a queda do viaduto do rodoanel, a truculência com os professores, a compra de medicamentos acima do preço de mercado, o seu assessor direto no governo estadual que fugiu com quatro milhões da atual campanha, etc, etc, etc.
Tudo isso são fatos comprovados. Não são versões do jornalismo de esgoto paulista. Não importa. O que vai importar é a campanha mentirosa sobre os genéricos, sobre o FAT, sobre a distribuição gratuita de AZT, ações que jamais foram da responsabilidade exclusiva do hipócrita mentiroso.
E ele continuará sem realizar comícios, percorrendo ruas vazias, visitando favelas cenográficas e tentanto cumprimentar populares diante das câmaras da Globo até o dia de seu juízo final
quando o povo vai dar-lhe um chega pra lá com a vitória da Dilma no primeiro turno.

Esse povo, que não quer mais saber da opinião publicada porque tem opinião própria, seguirá o conselho de Brizola no vídeo acima em que ele fala somente de um jornal: O Globo. Um jornal que envergonha o Rio de Janeiro porque não mais faz jornalismo, apenas reproduz as matérias da Veja, da Folha de São Paulo e do Estadão.
Como afirmou o grande líder: mais força têm os poderes do povo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

OUTRA VEZ A DENÚNCIA "VAZIA" DA VEJA

O Blog do Rovai (aqui) publica hoje o texto abaixo que joga ainda mais luz sobre a denúncia "vazia" da Veja da qual falei ontem. Desculpem a insistência no tema, mas é que ainda me sinto agredido em minha inteligência com o que Veja publicou. O Rovai comete um deslize ao falar do Palácio da Alvorado, devia dizer Palácio do Planalto. Entretanto, o Governo estava funcionando, na época, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) onde o cuidado com a segurança era idêntico.

O último capítulo da Revista Veja

20 de setembro de 2010 às 15:03
Até o último sábado a matéria mais fantasiosa que já havia lido tinha sido a dos dólares cubanos.
Talvez o leitor não se lembre. Segundo a Veja, haviam sido enviados em garrafas de uísque 12 anos para a campanha de Lula, em 2002.
A testemunha do fato era um morto.
Mas agora Veja se superou.
Na capa desta semana ela conta a história de um pagamento de propina de 200 mil reais.
1) Diz que o dinheiro foi achado numa gaveta de um assessor do Planalto.
2) Conta que ele ao chegar gritou: Caraca, que dinheiro é esse.
3) Revela que um colega lhe informou do que se tratava à frente de todos.
Se um estagiário da Fórum chegasse com uma história dessas e dissesse que o caso se passou no Palácio dos Bandeirantes (veja bem, Bandeirantes) eu o demitiria por estupidez e falta de respeito com a inteligência alheia.
Explico.
Qualquer pessoa ao entrar no Palácio do Alvorada se submete a uma inspeção igual a existente nos aeroportos. Passa pelo detector de metais e coloca seus pertences para serem observados numa máquina de raio x.
Se tiver com um computador ou qualquer eletrônico, precisa apresentá-lo para registro.
E segundo a reportagem, vários assessores receberam os 200 mil.
Ou seja, a pessoa deve ter entrado com 1 milhão ou algo próximo.
Como nossas notas de maior valor são as de 100 reais. Para alguém entrar com 1 milhão precisaria no mínimo estar com 10 mil notas.
Isso não cabe nem em 50 meias como a da turma do Arruda. A pessoa precisaria estar com algumas maletas, que passariam pelo Raio X.
Afora isso, o mais inocente jornalista de Brasília sabe que nem o mais amador dos corruptores manda entregar dinheiro numa repartição pública para um assessor.
E ainda deixa recado com o seu colega de trabalho.
Antes as histórias, mesmo inventadas, ainda buscavam ser razoáveis.
Mas até isso acabou no anti-jornalismo de Veja.
Não leia a Veja.
Se ler, não acredite.
Se acreditar, relinche.

domingo, 19 de setembro de 2010

AINDA A DENÚNCIA "VAZIA" DA VEJA

Após publicar as duas últimas postagens, fui ler o blog Os amigos do Presidente Lula (aqui) que eu não lia desde ontem. Encontrei esse comentário sobre a última denúncia "vazia" da Veja que eu considero mais vigoroso do que aquele que fiz e, por isso, o transcrevo abaixo.

A revista Veja desta semana voltou a panfletar para o Zé Baixaria. Tirando as meras suposições e adjetivos da "reporcagem" da revista, o que sobra é o suposto relato de uma "fonte oculta", que ninguém sabe se existe mesmo, e do ex-diretor dos Correios Marco Antônio Marques Oliveira, sobre uma inacreditável propina de R$ 200 mil, que "caiu do céu" dentro da gaveta de seu sobrinho Vinicius de Oliveira Castro, um ex-assessor da Casa Civil novato, que não saberia de nada, por causa da compra do medicamento Tamiflu, segundo o tio.
Publicar uma estorinha destas, com esta versão, sem fazer os questinamentos óbvios, não é jornalismo. É impossível acreditar nesta história porque incriminaria o próprio "denunciante" Marco Antônio e seu sobrinho, por não denunciarem ao Ministério Público, caso fosse verdade. Com certeza, na hora em que prestar depoimento oficial na Polícia Federal, mudará a versão, desmentindo a revista.
O ministério da Saúde já desmentiu, dizendo que foi o único órgão responsável pela compra do Tamiflu, não tendo nada a ver com a Casa Civil.
O relato da revista, sem pé nem cabeça, serve como estopim para matérias da Folha de São Paulo e do Jornal Nacional repercutirem, e buscar entrevistas "abalizadas" de ex-detentos, estelionatários, falsários, receptores de carros e mercadorias roubadas, e "gente fina" desta estirpe, para falar mal do governo Lula.
Voltando ao que interessa, o fato novo é o ex-diretor dos Correios, Marco Antônio Marques Oliveira, entrar no circuito atirando, servindo como fonte da Veja.
Marco Antonio foi quem levou o ex-detento Rubnei Quícoli até seu sobrinho Vinicius de Oliveira Castro para conseguir uma audiência na Casa Civil, como se fosse um impoluto empresário ecológico de energia solar limpa, e como se houvesse possibilidade de um mirabolante empréstimo bilionário do BNDES para uma pequena empresa (segundo o noticiário).
As suspeitas são de que Marco Antonio e/ou Vinicius teriam montado um esquema paralelo, à revelia dos chefes, enganando empresários e lobistas inescrupulosos, como se tivesse poder de traficar influência dentro da Casa Civil através de um mero assessor recém-formado que fingiria falar em nome de altos funcionários. Não tinham esse poder, mas os empresários corruptores, quando vissem seus projetos não serem aprovados, não teriam mais como denunciar uma tentativa de corrupção ativa sem se incriminarem.
Nota-se que o ex-detento Rubnei Quícoli apareceu nesta semana, em entrevista na TV, acusando além da campanha de Dilma, também Hélio Costa, atual adversário de Aécio. E é aí que as digitais na cena do crime apontam para Aécio Neves (PSDB).
Marco Antônio é do PMDB mineiro, mas tem um histórico que mostra que construiu bom trânsito com diversos caciques políticos. Funcionário de carreira da Infraero, já foi superintendente do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (o 2º de maior receita) no governo FHC e superintendente do Centro-Oeste até 2007. Quando Itamar Franco (PPS) foi governador de Minas Gerais (1999-2003), o nomeou secretário estadual de Obras. Lideranças do PMDB já tentaram, sem sucesso, nomeá-lo presidente do Infraero e até tentaram emplacá-lo como ministro dos transportes no governo Lula.
Estava em uma diretoria dos Correios até recentemente, subordinado ao Ministério das Comunicações, comandado até o início do ano por Hélio Costa do PMDB. Foi demitido porque a qualidade dos serviços postais caíram em sua gestão.
Mas Marco Antônio Oliveira é também ligado a Aécio Neves (como são vários peemedebistas mineiros).
Parece que, depois de demitido dos Correios e em apuros com a Polícia Federal, teria escolhido pular para o lado de Aécio e Serra, em detrimento de Hélio Costa, e estaria aproveitando para transformar seu caso de polícia em baixaria político-eleitoral.
Guardem bem estes dois nomes: Marco Antônio Marques Oliveira e Vinicius de Oliveira Castro. A imprensa demo-tucana tenta jogá-los para segundo plano, mas tudo indica que é dali que a Polícia Federal esclarecerá toda essa história com a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de todos os envolvidos, inclusive das empresas.
Tudo está sendo investigado pelas regras da legalidade democrática, mesmo as situações mais inverossímeis, como esta história de um cidadão chegar e encontrar R$ 200 mil numa gaveta como “presente” não solicitado. Mesmo as denúncias de um receptador de carga e de carro roubado, condenado pela Justiça. Mesmo o “favorecimento” do único laboratório que produz o remédio contra a gripe suína.

SIGILO FISCAL: ÚLTIMO CAPÍTULO

A funcionária do Serpro - Adeildda dos Santos - em cujo computador foi quebrado o sigilo fiscal de Verônica Serra, de Eduardo Jorge Caldas Pereira e de outros elementos ligados ao PSDB, além dos dados de 2.900 cidadãos, confessou que recebia "agrados financeiros" de três contadores. Ela disse que os pagamentos iam de R$ 50 a R$ 100 por sigilo acessado.
Adeildda disse que foi o servidor da Receita Federal Júlio Bertoldo quem lhe apresentou os contadores e pediu que fizesse os serviços. Ele nega.
A servidora deu essa declaração à Folha de São Paulo depois de depor na Polícia Federal. Ela foi indiciada sob a acusação de corrupção ativa, entre outros crimes.
É por isso que o hipócrita mentiroso não tem mais demonstrado sua “indignação” com a quebra do sigilo de sua “inocente e ingênua” filha nos programas eleitorais. “Indignação” que não surtiu nenhum efeito nas pesquisas eleitorais.
Agora, também, ele tem outras denúncias com que se “indignar”. E outras virão até o dia 3 de outubro.
Mas, de nada vai adiantar. Nada vai favorecê-lo.
O hipócrita mentiroso caminha destemidamente para um honroso terceiro lugar na eleição.

P.S.: eu não sei até onde vai a responsabilidade da Erenice - a PF vai dizer - mas, hoje, ela disse o seguinte: "Eu lhes asseguro que toda a minha família disponibiliza seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. Eu não sou o Serra que briga para manter o sigilo da filha. Meu filho se chama Israel e não Verônica."

NOVAS DENÚNCIAS "VAZIAS"

A Veja, em mais uma vergonhosa e inverossímel denúncia, diz que Vinicius de Oliveira Castro, sócio do filho da ex-ministra Erenice, se surpreendeu ao encontrar 200 000 reais na gaveta de sua mesa de trabalho.
“Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”, declarou aquele que foi o primeiro a se demitir ao sentir os primeiros pingos de chuva, sabendo que viria uma tempestade a seguir.
“É o “pp” do Tamiflu, é a sua conta. Chegou pra todo mundo” – respondeu um colega que a revista não cita o nome.
Diz ainda a revista que outros três funcionários da Casa Civil receberam os pacotes de 200 mil reais.
“Foi um dinheiro para o palácio. Lá tem muito negócio, é uma coisa” afirmou Vinícius, informando ao tio - Marco Antônio Marques Oliveira, funcionário de carreira da Infraero, ex-diretor do Correios e autor da denúncia – que não precisou fazer nada para ganhar 200 mil reais.
Durante a CPI do “caos aéreo”, no Senado, o relator senador Demóstenes Torres assim se referiu ao atual denunciante da Veja: "Eu acho que o ex-presidente da Infraero era um homem decente. Trocar o presidente e manter a diretoria podre, não adianta. A Eleuza e o Marco Antonio são ligados ao crime organizado". Leia na Folha de São Paulo aqui .
Voltemos à denúncia. Não, não foram 200 reais que surgiram do nada na gaveta que o cara deixava aberta para qualquer um mexer em seus documentos de trabalho: foram 200 mil, um quinto de milhão como preferem dizer os americanos. E outros três também receberam sem precisar fazer nada.
O que poderiam mesmo fazer quatro fantoches em um negócio entre a Roche – a única fabricante do Tamiflu, o único medicamento contra a gripe suina – e o Ministério da Saúde? Nada. O que poderiam fazer se nem licitação pôde haver?
Absolutamente nada se ainda considerarmos que a Roche vendeu o antiviral por um preço 76,7% mais baixo que o preço de mercado do produto.
Nada disso importa para a Veja, o que importa é a denúncia que atinja a futura presidenta. Se verossímel ou não, se é feita por um meliante, por um delinquente ou por quem está ligado ao crime organizado, tanto faz.
Agora, vejam só esta nota da Veja Online: “Além de confirmar o que dissera anteriormente, Bacarat aceitou ser fotografado e afirmou que está vivendo no interior de São Paulo por medo de retaliações e que teme por sua vida.”
Pò! E o cara aceita ser fotografado! Está ameaçado de morte e se deixa fotografar para a Veja publicar online.
Não leia a Veja. Se ler, não acredite. Se acreditar, relinche.

P.S.: Em nota, o laboratório Roche afirmou que "todos os processos de compra e venda do Oseltamivir (Tamiflu) ao Ministério da Saúde foram conduzidos de forma direta e nunca houve a participação de nenhum intermediário".

sábado, 18 de setembro de 2010

VOTO INÚTIL

Esta postagem é continuação da anterior em que falei do voto útil.
Se você não quer se comprometer com o futuro político do país nem quer assumir qualquer responsabilidade com a eleição de ninguém. Se quer inutilizar o seu voto e dizer depois que não tem culpa nenhuma pelas práticas políticas dos eleitos.
Então, você pode fazer o seguinte: anular o voto, votar em branco ou votar em candidatos que já sabemos que não serão eleitos.
Entretanto, anulando o voto, você vai reduzir o quociente eleitoral e facilitar a vida de muitos candidatos a deputado. Votando em branco, você estará beneficiando os grandes partidos com a eleição de maior número de deputados pelas sobras de votos.
Quer dizer, seu voto – nulo ou em branco – jamais será inútil. Sempre terá algum valor.
O melhor mesmo será votar em candidatos que sabemos com antecipação que serão derrotados. De preferência, naqueles de partidos nanicos que não elegerão ninguém.
No Rio de Janeiro, são 928 candidatos a deputado federal e 1848 candidatos a deputados estaduais. Serão apenas 46 e 70 eleitos, respectivamente. Será muito fácil, portanto, votar em candidatos que não se elegerão. Nem vou dar sugestões para este voto inútil.
Para governador, porém, são apenas seis candidatos. Se você quiser inutilizar o seu voto, basta não votar em Sérgio Cabral. Pode votar em qualquer outro.
Para senador, são onze candidatos: indico Milton Temer e Marcelo Cerqueira. São dois votos inúteis com absoluta certeza.
E para presidente, você não pode votar na Dilma se quiser inutilizar o voto.
Mas, eu sugiro e até peço o seu voto para a Marina Silva. Será um voto inútil, mas você pode ter o prazer de ver o Serra ficar com o honroso terceiro lugar.
Se você é partidário do voto inútil, vote na Marina. Mas, atenção: o número é 43 e não 45 como ela disse em seu discurso.

VOTO ÚTIL

“Em 2002, meu avô apoiava Ciro e não Lula. Mas quando viu a vontade do povo se deslocar para Lula, não teve dúvidas em dizer a Ciro que mais fortes eram os poderes do povo.”
Em seu blog Tijolaço, cujo link está sempre aí ao lado entre os blogs que eu leio sempre, o deputado federal Brizola Neto – que ontem me deu a honra de um comentário neste meu humilde blog sujo e hoje o cita como bem legal, colocando um link para nós e acarretando uma enxurrada de visitas – conta essa passagem de sua vida com o grande líder brasileiro que foi Leonel Brizola.
Alguns dizem que voto útil é quando os eleitores, principalmente os menos compromissados com a política, decidem seu voto em favor do candidato que estiver à frente nas pesquisas eleitorais e que é inútil o voto de quem vota útil. Errado. Certo estava Leonel Brizola.
Entretanto, há sim pessoas que escolhem seus candidatos entre aqueles que têm chances reais de vitória. De fato, para a maioria dessas pessoas, voto útil é não desperdiçar o voto. É não votar em quem vai perder a eleição. Estes votam como se estivessem apostando em corrida de cavalos.
Não foi este, porém, o caso do voto útil de Leonel Brizola em 2002.
Naquela ocasião, para Brizola – como para qualquer indivíduo de consciência política – a voz do povo era e sempre será a voz de Deus, tinha e tem que ser sempre respeitada. Lembro que o grande adversário de Lula era o mesmo hipócrita mentiroso que, hoje, significa a volta da elite antes dominante e que precisa ser novamente derrotado.
Sei que um voto só é mesmo válido e útil quando se vota com convicção e plena consciência em quem se considera mais bem preparado para manter o país em constante crescimento e prestigiado em todo o mundo como agora.
Por isso, junto o útil (a derrota do Serra) ao agradável (a minha convicção e consciência política) e voto na Dilma para que ela vença logo no primeiro turno.
E com o meu voto assumo a responsabilidade por sua eleição. Votar em qualquer outro candidato à presidência é ilusória presunção. É devaneio. É fantasia. É capricho da imaginação.
Mais fortes são os poderes do povo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E AGORA, LEILA?

“Se era tudo calúnia e difamação da imprensa imunda......
Se tudo não passou de sujeira eleitoreira......
Se tudo isto é um pesadelo......
Então ....”

Então, por que a Erenice se demitiu ou foi demitida? Não é? Vamos aos fatos.
Apresentado como empresário e consultor pela imprensa imunda – imunda sim, além de cínica, mercenária, demagógica e corrupta que forma um público tão vil como ela mesma – Rubnei Quicoli, o denunciante, é apenas um meliante condenado a quatro anos de reclusão por porte de dinheiro falso (art. 289, § 1º do Código Penal) e a 2 anos de prisão por receptação de veículo roubado (art. 180 do Código Penal). As penas foram fixadas acima do mínimo considerando-se que o réu ostenta maus antecedentes, incluindo-se uma condenação pelo mesmo delito (receptação de carga roubada às fls. 463). Ele apelou e conseguiu redução da pena como qualquer bandido consegue em nossa justiça.

Duvida? Siga o link abaixo e leia a decisão judicial ao lado:
Mas, o que disse o meliante? As manchetes da imprensa imunda – imunda, sim senhora – contradizem o que o bandido condenado, que é apresentado em fotos de terno e gravata, de fato falou.
Vamos às afirmações do infame denunciante que sempre deverão ser motivo de dúvida diante de sua vida pregressa e que foram colhidas nas entrevistas que deu a O Globo, Estadão e Folha:
“A Erenice ouviu nossa exposição sobre o projeto de instalação de torres solares no nordeste e reconheceu a importância da proposta. Aplaudiu o projeto e nos encaminhou ao escritório da Companhia Hidrelétrica do São Francisco.”
“Houve um interesse muito grande de Erenice, mas ela não falou em dinheiro, nem recomendou a empresa do filho. Ela foi muito verdadeira naquele momento.”
O meliante diz também que o seu objetivo com a denúncia foi “mostrar que o Brasil não pode engavetar projetos importantes para uma região de excluídos. Um projeto barato que iria gerar empregos e tributos. Não queria a queda da ministra.”
Em nenhum momento – absolutamente nenhum – o chantagista cita o nome de qualquer dos filhos da ex-ministra, mas as manchetes da imprensa imunda – imunda, sim senhora – fazem questão de afirmar que eles cobraram propina para intermediar um empréstimo de R$ 9 bilhões para a empresa EDRB junto ao BNDES.
O fato é que existiu uma minuta de contrato entre a Capital Consultoria – empresa dos filhos da ex-ministra – com a empresa representada pelo meliante. Um contrato de assessoria custa dinheiro. É claro. O meliante chamou a minuta de contrato de "extorsão" e disse que a EDRB negou-se a assiná-lo. Cópia de parte do contrato segue abaixo.
Porra! Como pode uma cobrança de propina, uma extorsão, ser feita por escrito? Isso é novidade e só mesmo uma imprensa imunda é capaz de um escândalo desses.
Não considero que seja ético filhos de ministros prestarem assessoria a empresas privadas interessadas em empréstimos e concorrências públicas com o governo. Mas, isso nunca foi novidade. A filha do Serra em sociedade com a irmã do Daniel Dantas montou assessoria idêntica – a Decidir.com - quando o hipócrita mentiroso era Ministro do Planejamento.
O BNDES declarou o seguinte sobre o caso em um comunicado à imprensa:
"Em função de reportagem publicada na edição desta quinta-feira, 16 de setembro, do jornal Folha de S. Paulo, o BNDES vem a público declarar que:
Repudiamos a insinuação de que o Banco poderia estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento para a obtenção de empréstimos junto à instituição e consideramos que a tese demonstra um total desconhecimento quanto ao funcionamento do BNDES. O projeto em questão foi rejeitado pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES, órgão interno do Banco, formado por seus superintendentes. A aprovação por esse colegiado é condição básica e necessária para que qualquer pedido de apoio financeiro seja encaminhado para análise.
Na reunião semanal do Comitê ocorrida em 29 de março deste ano — e na qual o projeto em questão foi apenas um dos itens discutidos — o pedido foi negado. A decisão foi tomada pelos 14 superintendentes presentes à reunião, todos funcionários de carreira da instituição.
O projeto da EDRB foi encaminhado ao BNDES por meio de carta-consulta, solicitando R$ 2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a construção de um parque de energia solar. O BNDES considerou que o montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa. Além disso, a companhia não apresentou garantias e não havia local definido para a instalação do empreendimento (essencial para o licenciamento ambiental), não atendendo, portanto, a pré-requisitos básicos para a concessão do crédito.
Qualquer aprovação de financiamento pelo BNDES passa por um processo de análise que envolve mais de 30 técnicos de carreira da instituição, além da consulta à Diretoria do Banco. Esse rigor técnico tem como consequência um índice de inadimplência de 0,2%, muito inferior à média do sistema financeiro brasileiro, público e privado."
O Correios já havia declarado o seguinte sobre a denúncia anterior da Veja:
“Para a definitiva contratação desses serviços, em 8/7/2010 foi realizado pregão eletrônico para prestação de serviços de transporte aéreo da Rede Postal Noturna (RPN) para a linha 12 – Manaus/Brasília/São Paulo/Brasília/Manaus. A empresa Master Top Airlines (MTA), vencedora da fase de lances, foi desclassificada por não cumprimento do prazo de apresentação da documentação. A segunda colocada no certame, Rio Linhas Aéreas Ltda., foi declarada vencedora da licitação e o contrato foi devidamente assinado. No entanto, a MTA entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal tendo obtido decisão favorável em Agravo de Instrumento. Em função disso, o contrato emergencial em curso e operado pela MTA não pôde ser ainda rescindido.”
Não queria me alongar tanto, mas, hoje, O Globo publica matéria – que reproduzo a seguir – com as “provas” apresentadas pelo chantagista. Isto é, cópias de e-mails enviados para a Casa Civil em que ele ameaça aqueles com quem manteve negociações.
A Folha também cita e-mail em que o meliante faz a chantagem ameaçando revelar o pedido de dinheiro feito pela empresa Capital. Em outro e-mail, o bandido escreve não ter "vínculos com bandidos". Ele encerra, em tom de ameaça, com o pedido de que a mensagem fosse encaminhada ao comando da Casa Civil. "Se vocês não fizerem chegar [a mensagem], eu faço chegar", escreveu.
A seguir a matéria (ipsis litteris) de O Globo que chama o bandido de empresário.
BRASÍLIA - Com o contrato apresentado pela empresa Capital em mãos, o empresário Rubnei Quícoli passou a ameaçar Vinícius de Oliveira Castro, então assessor de Erenice Guerra na Casa Civil, e seus parceiros de lobby para tentar viabilizar o empréstimo no BNDES. Embora só tenha denunciado o suposto tráfico de influência na reta final das eleições, numa sucessão de e-mails enviados ao ex-assessor e outros interlocutores, entre janeiro e fevereiro, o empresário deixa claro que o escândalo era um barril de pólvora prestes a se incendiar.
O GLOBO teve acesso nesta quinta-feira a uma série dessas mensagens repassadas por Quícoli. Em 2 de janeiro, dois meses após ser recebido na Casa Civil, sem uma resposta positiva, Quícoli avisa a Vinícius e aos donos da empresa que tinha encontro marcado com jornalistas e "Serra" (ele não deixa claro se está se referindo ao tucano José Serra). Informa que adiou a reunião "para ver a postura que a Casa Civil irá tomar".
É o começo da intensa pressão - pressão ou chantagem? pergunto eu Lacerda - exercida por e-mail. Além de Vinícius, ele se comunica com Luiz Carlos Ourofino, que também participaria das negociações. Em várias mensagens, o empresário explica que discorda da comissão de R$ 240 mil, supostamente exigida pela Capital para azeitar o financiamento. E fixa o dia 2 de fevereiro para que Vinícius e seus companheiros obtenham sucesso junto ao BNDES. Em alguns e-mails, o empresário cita até familiares do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na trama supostamente montada com integrantes da Casa Civil para garantir que a EDRB fosse contemplada com empréstimo de R$ 9 bilhões para criar uma central de energia solar no Nordeste.
Numa das mensagens para Ourofino, em 28 de janeiro, ele afirma: "Derrubo o Coutinho e muita gente ao redor dessa Casa Civil e BNDES". E completa: "Cabeças irão rolar... isso eu GARANTIUUUU (sic)." A ameaça seria concretizada caso Vinícius e M.A. (iniciais de Marco Antonio, então diretor dos Correios) não dessem demonstrações claras de seu engajamento no projeto de energia. No mesmo texto, ele adverte: "Não tenho nada a perder... boca para falar, eu tenho, e muito (sic) saliva".
Nos e-mails, Quícoli se refere a Vinícius como "advogado da Dilma" e se diz vítima de 171 (estelionato). Promete que, em caso de recuo nas pretensões de construir a central elétrica, faria estardalhaço nos jornais.
A quatro dias de seu prazo fatal, Quícoli informa a Vinícius que não pode "ficar dando explicações e fazendo reuniões com os oportunistas de plantão, querendo saber de quanto e como irão levar se houver o aporte beneficiado pela empresa".
Os dias se passam, e os lobistas com acesso à Casa Civil, segundo o relato de Quícoli, não cooperam. Em 1º de fevereiro, às 7h08m, ele marca a hora em e-mail a Vinícius: "Mantenho minha palavra até as 18h de hoje, amanhã é outro dia". No mesmo dia, à noite, volta a pressionar, de forma ainda mais incisiva. "A partir de amanhã, não me falem mais sobre BNDES, usina solar e tão pouco (sic) o PT e o que nele contém". Chama os integrantes do grupo de "bandidos" e cita um dos filhos de Coutinho, sem mencionar o nome: "Não permito que um MOLEQUE me ofende (sic) por ser filho do presidente do BNDES. Deveria tomar cuidado na maneira de proceder".
Coutinho disse nesta quinta-feira que as denúncias são "graves e mentirosas". Sustentou que as acusações "não têm pé nem cabeça" e informou que entrará com processo e pedido de indenização contra Quícoli. O presidente do BNDES tem dois filhos: um é professor da USP, e o outro, publicitário. Segundo o BNDES, nenhum trabalha com consultoria ou tem relação com o banco.

Eu, você, todos nós somos inocentes até prova em contrário. “Ninguém provou absolutamente nada contra a ministra Erenice” – disse a futura presidenta Dilma.
O importante é que a Polícia Federal está investigando o caso. E com a demissão da ex-ministra Erenice, ela perde o foro privilegiado e vai responder ao inquérito como qualquer mortal.
Alguns fazem ilações irresponsáveis – ou sofismam – insinuando que o pedido de demissão foi uma confissão de culpa. Pior, que a imprensa não é imunda. Pior ainda, que não é sujeira eleitoreira, repetindo o que disse o hipócrita mentiroso.
Mas, se ela continuasse no cargo o que diriam? Que ela seria um obstáculo às investigações?
É tudo muito simples como disse o Lula: “Quem está no governo não pode errar. Se errar, vai ser investigado e punido.”

P.S.: acabo de  ouvir na Bandeirantes o resultado da última pesquisa da Vox Populi: Dilma 51%, Serra 24%. A Osmarina, coitadinha, 8%. Uma semana de escândalos e nada mudou. É Dilma no primeiro turno.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ÚLTIMAS PESQUISAS

Encontrei um gráfico que reúne os resultados das pesquisas eleitorais de todos os quatro principais institutos.
Clicando no nome do instituto, aparecerá o resultado da última pesquisa por ele realizada.
 
É interessante verificar que todos os resultados são idênticos dentro das margens de erro. A última pesquisa, feita pelo DATAFOLHA entre 13 e 15 de setembro, com 11.784 entrevistas, demonstra que a campanha insidiosa do hipócrita mentiroso e da imprensa cínica, demagógica, mercenária e corrupta, contra a Dilma, está favorecendo a Osmarina.
Se a eleição fosse daqui a seis meses, no mínimo, ela iria, com certeza, para o segundo turno.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

EXTRA, EXTRA!

Enquanto há blogs que não têm o que dizer e vivem copiando notícias do Extra, o jornal copia notícias de blogs - inclusive do meu - e publica hoje a manchete abaixo.
E vejam o comentário feito hoje pela Berenice Seara em sua coluna Extra, Extra!
"Sites e blogs vêm comemorando com galhardia o sucesso do novo voto cacareco da praça. Circulam estimativas na internet que, a 20 dias das eleições, dão a Tiririca (PR) 1 milhão de votos. Não acharia uma aberração se Tiririca recebesse 1 milhão de votos - avalia o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro."
Nada como ser original. Disse isso ontem.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TIRIRICA

Tiririca será o campeão de votos em todo o país. Não tem pra ninguém, nem para o Garotinho nem para o Romário. Tiririca deverá bater mais de um milhão de votos em 3 outubro e levará consigo para a Câmara Federal outros cinco candidatos. No mínimo. Entre estes, Juca Chaves, seu nariz e seu violão.

Tiririca será um fenômeno como foi o Enéias que levou junto com ele candidatos que não atingiram os dois dígitos de votos na eleição passada.
A eleição em São Paulo é muito mais divertida do que a do Rio de Janeiro. Eu não perco o programa eleitoral paulista. É ótimo. Passa na Bandeirantes pela SKY. Ou pela Gatonet.
Tem o candidato a senador – Ciro 360 – que, para se passar pelo Ciro Gomes, esconde o sobrenome e afirma que fará uma mudança de 360 graus na política. Quer dizer, vai continuar tudo na mesma.
Tem viado cheio de trejeitos e tem uma loura que tenta transmitir sexualidade pedindo ao eleitor para votar com prazer. E fala “com prazer” como quem se oferece não apenas como candidata.
Tem o Maguila – sim, o Maguila mesmo – socando um saco de treinamento com o desenho do Tiririca. Ele afirma que política é coisa séria.
Tem o Netinho – cantor do Negritude Júnior – que já é vereador e deve se eleger senador.
O Moacir Franco também é candidato a senador. Não diz absolutamente nada ao eleitor, apenas dá um gemido.
Tem o Agnaldo Timóteo, o Paulo Maluf, a Mulher Pera, o Vampeta, o Marcelinho Carioca, o Kiko do KLB, tem até o Sonrisal, o filho do Raul Gil, o Batoré. Até o Ratinho é candidato. Tem pastores e missionários a dar com pau. Nos dois sentidos.
Tem até o Lula, o Obama, o Bin Laden, o Enéias e o Casagrande. Estes têm a cara dos originais.
Mas, o melhor de todos é mesmo o Tiririca que diz ter construído muitas escolas para o povo, pois foi ajudante de pedreiro. Em postagem anterior, mostrei vídeos de sua campanha. Aí em cima mostro mais um.

DEBATE

Debate pra quê? É tudo igual: o Plínio querendo fazer gracinhas e pagando mico; a Osmarina sugerindo que o mundo vai acabar se ela não for eleita e lendo as respostas; o hipócrita com suas leviandades tentando desqualificar a futura presidenta.
Os três não vêm que estão sempre promovendo a Dilma, repetindo seu nome a todo instante.
E a Dilma - sem citar o nome do hipócrita - mantendo a sua fleuma e dignidade femininas como no vídeo abaixo:

“Não subestime ninguém, candidato.
O senhor não é dono da verdade.
O senhor não é melhor do que ninguém.
Lamento a sua tentativa sistemática de me desqualificar”.
O debate de ontem valeu somente por essas palavras da Dilma.

domingo, 12 de setembro de 2010

A SERRA O QUE É DE SERRA

A hipocrisia do sigilo fiscal não foi capaz de modificar as pesquisas eleitorais e dar ao hipócrita a esperança de um segundo turno. O vazamento da intenção de votos continua e o hipócrita permanece trinta pontos atrás da futura presidenta.
A campanha do pai da "inocente e ingênua" Verônica teve que inventar uma nova baixaria para tentar reverter a situação. E ele já diz que o “escândalo” da Casa Civil denunciado pela revista mais suja que todos os “blogs sujos” reunidos é maior que o escândalo do mensalão.
O Jornal Nacional nem noticiou a baixaria, mas a imprensa cínica, demagógica, corrupta e mercenária, estará logo mais nas bancas reproduzindo em manchetes os dejetos da Veja. De nada vai adiantar.
O denunciante da revista já negou tudo e afirmou que foi usado pelo jornalismo de esgoto. Como pode um empresário que foi beneficiado por um “esquema de corrupção maior que o mensalão” se entregar assim infantilmente e denunciar o esquema do qual teria participado?
É muita estupidez. A oposição, o hipócrita, a imprensa libertina, julgam que o leitor é burro.
Mas, essa não foi a última tentativa para levar a eleição ao segundo turno. Outras baixarias virão. Até piores que essa. Dou como sugestão inventar um caso de amor entre a Dilma e o Hugo Chávez. Ou, então, com o José Dirceu.
A opinião publicada ainda não aprendeu que, agora, a opinião pública é feita pelo próprio público.
Esse público que em 3 de outubro dará a Serra o que é de Serra: a derrota

ERENICE GUERRA, FÁBIO BACARAT E A VEJA

Erenice Guerra, atual Ministra-Chefe da Casa Civil, respondeu assim à podridão publicada pela Veja com o único objetivo de atingir Dilma Rousseff e favorecer o hipócrita mentiroso pai da inocente e ingênua Verônica Serra, já que o caso do sigilo fiscal não surtiu nenhum efeito nas pesquisas.
Nota à Imprensa - Casa Civil

Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:
1) procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos – tanto eu quanto os meus familiares - as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;
2) sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar as medidas judiciais cabíveis para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;
3) como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, a disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;
4) lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.
Brasília, 11 de setembro de 2010.
Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
O empresário Fábio Baracat, apontado pela Veja como dono da Via Net Express e que teria feito a denúncia escabrosa, jamais teve qualquer participação na empresa. Ele emitiu nota de esclarecimento na qual repudia a matéria da Veja, dizendo-se ter sido “personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participa”.
NOTA DE ESCLARECIMENTO

Fui surpreendido com a matéria publicada na revista Veja neste sábado, razão pela qual decidi me pronunciar e rechaçar oficialmente as informações ali contidas.
Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor.
Destaco também que não tenho qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela.
Acerca da MTA, há 3 meses não tenho qualquer relacionamento com a empresa, com a qual tão somente mantive tratativas para compra.
Importante salientar que durante o período em que mantive as conversas com a mencionada empresa aérea atuei na defesa de seus interesses, porém o fiz exclusivamente no âmbito comercial, ficando as questões jurídicas a cargo da própria empresa e sua equipe.
Inicialmente, quando procurado pela reportagem da revista Veja, os questionamentos feitos eram no sentido de esclarecer a relação da MTA com o Coronel Artur, atual Diretor de Operações dos Correios, em razão de matéria jornalística em diversos periódicos, nesta oportunidade ratifiquei o posicionamento de que embora tivesse conhecimento de alguns assuntos que refletiam no segmento comercial da empresa (que de fato atuava), não podia afirmar categoricamente a extensão do vínculo dela com o Coronel Artur.
Durante o período em que atuei na defesa dos interesses comerciais da MTA, conheci Israel Guerra, como profissional que atuava na organização da documentação da empresa para participar de licitações, cuja remuneração previa percentual sobre eventual êxito, o qual repita-se, não era garantido e como já esclarecido, eu não tinha o poder de decisão da empresa MTA.
Enfim, na medida que a MTA aumentava sua participação no mercado, a aquisição da empresa se tornava mais onerosa para mim, até que culminou, além de parecer legal negativo, na inviabilidade econômica do negócio.
Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo, porém que afetam famílias e negócios que geram empregos.
São Paulo,11 de setembro de 2010..
Fabio Baracat
Agora, a palavra da VIA NET Express:
VIA NET EXPRESS TRANSPORTES LTDA, empresa de direito privado inscrita no CNPJ 02.701.816/0001-78, por seu advogado abaixo subscrito, vem esclarecer o que segue: em reportagem veiculada pela Revista Veja e demais meios de comunicação, a empresa Via Net Express Transportes Ltda é citada em reportagens que circularam nesse fim de semana.
Cumpre esclarecer que o sr. Fabio Baracat nunca foi sócio, procurador ou gestor, e tampouco pertenceu algum dia ao quadro de funcionários da empresa, fatos esses que podem facilmente ser comprovados.
A Via Net Express não conhece o contrato apresentado na reportagem, não assinou esse suposto contrato, não conhece a Capital Assessoria, não conhece seus sócios, nunca manteve qualquer contato e qualquer tipo de relação comercial com a mesma.
Por fim cumpre informar que a Via Net Express não possui nenhum tipo de contrato de prestação de serviços com o Correio, nem compra serviços de tranpostre aéreo nas aeronaves do Correio.
Para os transportes das mercadorias dos clientes da Via Net Express, esta utiliza as ofertas das cias aéreas disponíveis no mercado.
A Via Net Express, diante de todos esses fatos e principalmente das publicações envolvendo o seu nome buscará os esclarecimentos necessários, para em seguida adotar as medidas judiciais cabiveis.
São Paulo, 12 de setembro de 2010
Via Net Express Transportes Ltda.
E o que afirmou o Correios em nota oficial de 2 de setembro, antes, portanto, dos dejetos da Veja.
Clique aqui para ler a nota completa.
“Para a definitiva contratação desses serviços, em 8/7/2010 foi realizado pregão eletrônico para prestação de serviços de transporte aéreo da Rede Postal Noturna (RPN) para a linha 12 – Manaus/Brasília/São Paulo/Brasília/Manaus. A empresa Master Top Airlines (MTA), vencedora da fase de lances, foi desclassificada por não cumprimento do prazo de apresentação da documentação. A segunda colocada no certame, Rio Linhas Aéreas Ltda., foi declarada vencedora da licitação e o contrato foi devidamente assinado. No entanto, a MTA entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal tendo obtido decisão favorável em Agravo de Instrumento. Em função disso, o contrato emergencial em curso e operado pela MTA não pôde ser ainda rescindido.”
Pô! Se a empresa beneficiada no esquema de corrupção foi desclassificada e teve que entrar com recurso no TRF, que esquema foi esse?
Jamais na história da imprensa brasileira uma matéria publicada recebeu tantos desmentidos em tão pouco tempo. A Veja é mais suja que todos os "blogs sujos" reunidos.
Não compre a Veja. Se comprar, não abra. Se abrir, não leia. Se ler, não acredite.
Se acreditar, relinche.