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domingo, 3 de maio de 2009

SOFISMA

O sofisma é um argumento aparentemente válido mas, na realidade, não conclusivo e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. É argumento que parte de premissas verdadeiras, ou verossímeis, e que chega a uma conclusão inadmissível que não pode enganar ninguém, mas que se apresenta como resultante das regras formais do raciocínio.
Inicialmente, os sofistas eram considerados sábios, depois passaram a ser considerados impostores.
Sofismar é deturpar, enganar ou lograr com sofismas. Os melhores exemplos de sofistas modernos são os políticos, principalmente quando estão na oposição.
É o que faz o PPS em sua propaganda na televisão. O PPS foi fundado por Roberto Freire para implodir o PCB, partido comandado pela URSS e do qual ele foi seu líder e um dos expoentes. Deu uma guinada vergonhosa à direita, converteu-se em apologista do capitalismo e fez do PPS uma linha auxiliar do PSDB. Virou líder do governo neoliberal de FHC e defendeu o projeto de privatização e desmonte do Estado. No atual governo, o fariseu da ética tornou-se um raivoso opositor.
Vejam o execrável sofisma da propaganda partidária do PPS: “O governo vai mexer na poupança como fez o governo Collor. E o PPS vai estar lutando para que isso não aconteça.”
Trata-se de uma impostura infame que parte de duas premissas verdadeiras que nada tem a ver uma com a outra.
O governo Collor bloqueou e congelou a poupança. O cidadão não podia dispor de suas economias que teve zerado o seu rendimento. Na época, causou muita angústia, desespero e até suicídios.
Agora, com a redução da taxa de juros para 10,25% ao ano – lembrem-se que FHC deixou a taxa de juros em 26,5% - todos os investimentos financeiros tiveram os seus rendimentos reduzidos. O mesmo terá que acontecer com a poupança. É lógico.
Foi sofismando assim que, nas eleições de 2008, esse partido da “direita socialista” sofreu as maiores baixas, perdendo 188 prefeituras e milhares de vereadores.
Perdendo a eleição,"o presidente nacional do PPS, que posa e gosta de se apresentar como paladino da moralidade no país, recebe jetons no valor de R$ 12 mil mensais da prefeitura de São Paulo pela participação em dois conselhos municipais – da Empresa Municipal de Urbanização e da SP-Turismo. O conselheiro assina atas de reuniões a que não comparece, com o agravante de que é integrante da turma do falso moralismo, da turma dos gigolôs da ética alheia.”
Foi o que disse Ricardo Noblat na sua coluna em O Globo. Faltou dizer que ele é da turma do José Serra.
Só não entendo o que um cara decente como Stepan Nercessian ainda faz no PPS.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo Lacerda,
o Brasil e o País dos "vira casaca"

Conforme lhe parecia mais conveniente, o duque de Savóia, Carlo Emanuele I, ora aliava-se à França, ora à Espanha. Tinha uma casaca interessante: branca de um lado, vermelha do outro, e que se poderia usar de qualquer deles. Para a França, o lado branco, para a Espanha, o vermelho.
Desse seu hábito se originou a expressão "virar casaca"para os que mudam de opinião política.
Fonte(s):
http://www.boletimdoconhecimento.com.
Zaralho