“O que vai acontecer com 99% daqueles que têm investimentos na caderneta de poupança?”
Essa foi a primeira manchete, em forma de pergunta, do Jornal Nacional da TV Globo, na sexta-feira.
“Nada” foi a resposta no texto da matéria apresentada. E disse mais: “Apenas 1% dos poupadores possuem contas com mais de R$ 50.000,00. E somente estes terão seus rendimentos tributados.”
Foi um grande balde de água gelada no discurso da oposição que vinha fazendo terrorismo com a inevitável mexida na poupança. PSDB, DEM e PPS, os defensores dos fracos e oprimidos, já diziam estar preparados para recusar a MP da poupança.
Há muitas formas de veicular uma notícia. Por exemplo, o Jornal Nacional poderia ter apresentado as seguintes manchetes, todas verdadeiras: 1. “Governo vai mexer na poupança do trabalhador”; 2. “Governo confirma discurso da oposição e mexe na poupança”; 3. “Oposição afirma que não vai permitir tributação da poupança”; 4. “Rendimentos da poupança serão tributados”; 5. “Governo vai taxar poupança com imposto de renda”.
Chega? Todas essas manchetes seriam mais apropriadas ao discurso do Jornal Nacional. Isto é, o mesmo discurso da oposição. Os telespectadores já estariam informados apenas com a manchete e não precisariam assistir ao corpo da matéria. Porém, com uma pergunta daquela, quem não quis saber o restante da notícia? Ainda mais que a resposta surgiu logo no primeiro bloco de notícias.
O que houve com a TV Globo? Sinceramente, não consigo imaginar. Será que conseguiram sacar um empréstimo pagando os mesmos juros da poupança? Alguma vantagem a TV Globo levou para devastar com o discurso das lideranças do PSDB-DEM-PPS.
Apesar disso, ainda há gente reclamando do imposto sobre os rendimentos da poupança. Rodrigo Maia é um. Roberto Freire é outro.
Eles reclamam de poupança cheia.
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