Nem sabia que tal expressão
era tão disseminada. É nome de banda pop/rock, de grupo de pagode, de música
gospel, de música sertaneja, de rap e até o pastor Marco Feliciano fala no
elemento surpresa de Deus em suas palestras. Fiquei sem saber qual é porque não
tenho saco para ouvir pastores.
O que me irrita é o elemento
surpresa no futebol, aquele que os abalizados comentaristas inventaram.
Assim como já inventaram o
craque que joga sem a bola. Pô! Sem a bola até eu jogo. Ofenderam o Tostão na
Copa de 70 quando disseram que ele jogava sem a bola. Uma ofensa ao craque que
abalou a Inglaterra, driblou toda a defesa inglesa, mais a rainha, o
primeiro-ministro, toda a câmara dos comuns, e deu o passe açucarado para o
Jairzinho fazer o gol da vitória.
Geralmente um defensor que
entra na área adversária e faz o gol é considerado elemento surpresa. Ele pode
entrar na área vinte vezes e nada fazer, mas é considerado elemento surpresa se faz
o gol ou obriga o goleiro a fazer uma defesa quase impossível.
Como pode ser considerado
elemento surpresa um jogador que começou a partida com o mesmo uniforme de sua
equipe. É elemento surpresa para quem? Para o goleiro não é, nem para os outros
defensores.
Elemento surpresa é o juiz
chutar em gol, é o bandeirinha evitar que a bola saia de campo e dar um passe
de curva para um atacante.
Pra mim, elemento surpresa no
futebol seria um jogador sem a atual numeração absurda na camisa; nada de 99,
87 e 74, somente um a onze.
Elemento surpresa é um
jogador sem qualquer tatuagem nos braços nem no pescoço; com cabelo na cor
natural, corte normal e penteado de homem, sem o fiasco do gel que espicha o
cabelo ridiculamente pra cima .
Elemento surpresa será quando
surgir alguém assim como o Gerson – o canhotinha de ouro – o Rivelino, o
Tostão, Didi, Zizinho, Zico, Falcão, Jairzinho, Garrincha.
Seria qualquer um o elemento surpresa que falta no meu time e naquela triste e vergonhosa seleção
do Dunga.
Um novo Pelé, então, que
elemento surpresa seria, hein?N.L.: surgiu um elemento surpresa no Sport Recife: é o Neto Moura.
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