Muitos tentam provar que o holocausto da ditadura militar foi lindo e maravilhoso e que, agora, vivemos uma era tenebrosa e perversa. Todos têm o objetivo claro de manipular a opinião de uma juventude ingênua e crédula para retomar o poder político, social e econômico.
São originários de uma burguesia nefasta e fascista formada por torturadores canalhas saudosos da ditadura que criaram filhos tão desprezíveis quanto eles próprios.
Conheço um destes indivíduos que, atualmente, andam muito assanhados com os protestos contra o nada e a favor de porra nenhuma que não levam a lugar algum. Ou serão contra a democracia e a favor da ditadura que também não levarão a lugar algum?
Esse cara, um civil, foi um dedo-duro nos anos de chumbo, sabujo de generais e até foi condecorado pelo exército por sinistros serviços prestados. Ele hoje faz parte da máfia infame que repassa e-mails cujo alvo principal é o Lula.
Mas, também, estimulam o preconceito racial, a vergonha de sermos brasileiros, o ódio político e religioso, o preconceito contra as minorias, contra o Bolsa Família e enaltecem todo tipo de pensamento que seja mesquinho, egoísta, conservador e reacionário.
Dele, recebi esta semana o texto medíocre de um general da reserva do exército Paulo Chagas que considera o Brasil atual - que é a sétima economia do mundo com IDH considerado de alto desenvolvimento humano - o próprio Inferno de Dante. Seu texto é semelhante ao que alguns descrevem para Mangaratiba e o infeliz ainda tem a coragem de falar em liberdade.
A massa de manobra, os inocentes úteis, são motivados por textos nefastos como este a seguir.
“A NOSSA LIBERDADE
Por Paulo Chagas – general de brigada reformado
Liberdade para quê?
Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?
Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!
Fala-se muito em liberdade!
Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.
Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.
Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada.
Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros.
Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.
Mas, afinal, onde é que nós vivemos?
Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói!
Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças!
Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos.
É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia!
Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei.
País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis!
Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?
Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?
E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?
Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto estima e a própria dignidade?
Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?”
O general é uma criatura decrépita e desmemoriada que precisa se convencer de que o Brasil democrático é irreversível.
Digo a ele e ao seu sabujo o mesmo que me diziam durante o inferno militar: ame-o ou deixe-o.
Um comentário:
Lacerda,gostei do seu desabafo.
Afinal,ninguém é de ferro...
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