Diferente do IDH, o Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini e anunciado ontem, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Assim como o IDH, o Gini varia de zero a um.
O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza.
No Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004, elaborado pelo PNUD – o mesmo que calcula o IDH - o Brasil apareceu com Índice de 0,591, no 120º lugar da lista de 127 países, acima apenas da África do Sul e da Namíbia (AQUI).
Agora, porém, o Índice Gini se apresenta melhor que nos anos 60 anteriores ao
holocausto militar.
“O gráfico abaixo "desenha" (pra quem está a fim
de enxergar) que os 20 anos do "milagre" da ditadura jogou no lixo a
luta contra a desigualdade. Escancara também aos cínicos, que falam em "pibinho", que não basta ter "pibão". Não basta fazer o bolo crescer, é preciso permitir que todos dele se deliciem.
O gráfico também demonstra que os 20 anos pós-ditadura, os anos do neoliberalismo, não foram suficientes para retomar os índices dos anos 60. A desigualdade diminuía, mas em um ritmo muito lento.
E aí se concretiza a marca dos governos trabalhistas do PT. São 10 anos de queda abrupta da desigualdade, retomando os níveis anteriores à ditadura. E a queda continua cada vez mais acelerada, com perspectivas de brevemente atingir níveis de países avançados.
Lembrar ainda que o Brasil atingiu de 2011 para 2012 sua maior queda do índice de Gini em um só ano. E num cenário mundial em que 2/3 dos países tiveram seu índice aumentado.
É ou não motivo pra ter orgulho desse governo? Dá pra correr o risco de deixar voltar o neoliberalismo tucano ou similar à direção do país?”
N.L.: o texto em itálico azul foi lambido da publicação de Fábio Ribeiro Corrêa, meu filho.
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