O que me deixa indignado não são aqueles que sabem por que lutam contra a vinda dos médicos cubanos e são capazes de injuriar um programa que visa a saúde do povo mais carente. Não! O que me deixa indignado é a santa e absoluta estupidez dos que vivem repetindo em blogs e no feissibuque o que vomitam aquelas bocas fétidas nas páginas da Veja, O Globo e outras funestas publicações.
Jesus diria: “Perdoai-os Senhor, eles não sabem o que fazem”.
Mas, como não tenho a indulgência do Cristo e vivemos na era da informação, vou tentar abrir a mente dos infelizes e medíocres inocentes úteis que não sabem o que fazem. Nem procuram se informar.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que dezenas de países já assinaram convênios semelhantes para a importação de médicos com o governo cubano. Assim como o governo americano exporta soldados para matar ou morrer em diversos países, Cuba exporta médicos para cuidar da saúde das populações mais carentes de 58 nações. Isto porque Cuba possui médicos de sobra, um para cada duzentos habitantes, enquanto o Brasil possui, em média, um para cada mil e oitocentos habitantes; em certas cidades possui apenas um e até meio médico para doze mil habitantes. É pra lá, aonde o povo mais precisa, que vão os médicos cubanos.
Quem é contra dirá que de nada adianta se não há recursos nem estrutura para o atendimento dos pacientes. Ora, para tratar de diarréia, prisão de ventre, helmintíase, joelho ralado, resfriado, doenças tropicais e aplicar vacinas, pra que estrutura? Basta aquela maletinha preta que os médicos levavam e que ainda se vê em novelas e filmes antigos. Pacientes com enfermidades graves são encaminhados para a capital ou cidades com melhores recursos.
O médico cubano Rodolfo Garcia, formado há 26 anos, é um dos que chegaram agora e já atuou na África e - tchan, tchan, tchan – no Brasil na década de 90. Disse ele que “Conheço a realidade brasileira. Já estive no Pará, no Amapá, em Tocantins. Viemos para ajudar os médicos brasileiros, não para concorrer”.
Naquela década, em pleno governo Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, 140 médicos cubanos foram contratados para trabalhar no Tocantins, conforme estimativa do CFM que já então lutava contra a vinda dos estrangeiros.
Leiam acima (clique para ampliar) o que escrevia a Veja, em 20 de outubro de 1999, sobre os
hospitais fechados em Tocantins por absoluta falta de médicos que quisessem se aventurar
por aquele fim de mundo. Diz ainda que “o milagre veio de Cuba” e os hospitais
passaram a funcionar. Ironicamente, Veja pedia explicação a Edson Oliveira Andrade – então presidente do CFM – que denunciou
a contratação dos cubanos ao MP afirmando que não havia motivos para trazê-los
de fora e tirar o emprego dos médicos daqui: “O
doutor Andrade e seu douto Conselho deveriam explicar então por que faltavam
médicos brasileiros nas cidades miseráveis que agora estão sendo atendidas
pelos cubanos”.
Hoje, porém, os canalhas que formam a tropa de choque da estupidez
da Veja e de O Globo, que têm suas nefastas opiniões muitas vezes copiadas
pelos inocentes úteis, pensam – pensam? – diferente.
N.L.: CONTINUA AMANHÃ.
4 comentários:
Foi para o "feissebuque".
Não entendi. Me explique.
Mandei sua postagem para os leitores do "feissebuque"... pode ser que vejam a luz... rsrsrsrs
Gostei muito!
Espero que sim. Obrigado.
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