Logo eu que desde muito cedo fiz a minha opção preferencial pelas pobres. Eu disse pelas pobres mesmo, não foi erro de digitação. Além disso, sempre que posso defendo os mais carentes e ajudo aqueles que fazem por merecer ajuda. Só lhes peço uma coisa em troca: distância.
Quando era proibido, eu protestei, botei a boca no trombone, coloquei o bloco na rua, escancarei a minha repulsa, expondo minha indignação na vitrine das ruas e avenidas no tempo em que os governos esbanjavam motivação.
Enfrentei a repressão e corri da polícia. Pô! Como eu corri.
Depois, combati a classe dominante, egoísta e mercenária, que se mantinha no poder à custa de interesses inconfessáveis e tenebrosas transações. Essa gente que sempre loteou o país e suas riquezas com impressionante austeridade, mas que nunca teve a autoridade necessária para melhorar as condições de vida do brasileiro que sobrevivia à custa de sangue, suor e fome.
Nesse tempo, a economia se deteriorava em índices fabricados de acordo com os interesses externos. Os grandes banqueiros e empresários não admitiam reduzir a sua margem de lucro. E aumentavam preços já exorbitantes, tarifas extorsivas e taxas escusas. Debochavam da lei natural da oferta e da procura, reduziam a produção, desempregavam e condenavam à miséria desumana e desumanizante as populações mais carentes, principais vítimas da monstruosa exploração do poder econômico.
O salário era arrochado ou congelado e fazia a classe média tentar adaptar-se ao purgatório em que se encontrava, enquanto os poderosos queriam vê-la no inferno.
Era o império da doutrina calvinista. O poder público parecia crer que o homem já nasce predestinado à salvação ou à condenação eternas. E favorecia os sonegadores poderosos, exigindo mais de quem podia menos. Para eles, a riqueza acumulada, seja lá como fosse, era um dos sinais da salvação eterna.
Pagávamos as dívidas dos corruptos e dos incompetentes com a fome e o desemprego do povo brasileiro.
Eu não podia tornar-me um mero espectador desse processo e tentava lutar.
Fiz isso por mim? Não. Eu tinha uma boa vida. A inflação absurda foi maravilhosa pra mim - que saudade do Sarney! - eu não conseguia gastar o meu salário que era corrigido diariamente no over night. O dinheiro sobrava para os privilegiados como eu enquanto o povo vivia no auge da bosta.
E eu lutava contra isso enquanto a maioria dos privilegiados se calava.
Agora, eu vejo Mangaratiba, Muriqui, Itacuruçá, desfrutando o apogeu da titica. Com a complacência das bevolentes autoridades municipais e dos privilegiados quiosqueiros sem o mínimo compromisso com a comunidade que enchem os bolsos à custa da degradação da nossa praia. Ela que, na foto abaixo, surge linda quando era iluminada.
E, eu, supostamente preconceituoso e elitista, continuo no combate. Desta vez, sem esperança.
2 comentários:
É preciso que o Prefeito do Município, seja um líder. Aquele que manda, e faça cumprir as suas ordens. Isso é Democracia legal. Se ele veio para ouvir o PARTIDO, e não o povo; então, dê lugar a outro que possa fazer melhor. O povo já está cansado de promessas eleitoreira.Quem escolhe o político é o povo. Se um dia, o povo deixar de eleger. O PARTIDO acaba,e não haverá UM escolhido.PREFEITO escolha aqueles que possam representa-lo bem. O PARTIDO não pode ter o poder. O poder é do povo.
É Lacerda, parece que você adivinha, mas também não seria difícil, visto o estado calamitoso em que Muriqui se encontra, após sairmos de sua casa, em visita a sua estimada esposa, minha doce Lucimar comentou que iria sugerir ao senhor, que escrevesse algo sobre a iluminação, pois a cada dia, ou melhor, NOITE, em que passamos pelas ruas, verificamos uma quantidade menor de lâmpadas acessas, como exemplo, na porta da minha casa estamos cerca de quatro meses na espera de sua substituição, mas não tão distante de minha casa, cerca de 200 mts, temos uma iluminação digna de orla de Ipanema, qual endereço ???
Residência do nosso “digníssimo e estimado” Prefeito.
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