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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O GOLPE DA GRAVIDEZ

Quem terá sido o pai do filho bastardo de FHC com a repórter Míriam Dutra da Rede Globo?
Terá sido o Renan Calheiros? O Lula? O José de Alencar?
Depois de 19 anos, FHC agora descobre que o suposto filho bastardo que ele sustentou com dinheiro público e resolveu reconhecer em 2009 não é dele.
FHC pode ficar tranquilo, pois não lhe cabe o ineditismo do uso de dinheiro público nas suas aventuras amorosas. O golpe da gravidez contra autoridades brasileiras vem de 1828. O incauto foi o imperador Pedro I e quem pagou a conta foi o povo brasileiro.
Como FHC, nosso primeiro monarca foi um grande conquistador de corações e exímio fazedor de filhos. Em quinze anos, D. Pedro I foi pai de 28 filhos, dez em seus dois casamentos e dezoito fora deles.
Por acaso, D. Pedro I conheceu Clemência Saisset, bela mulher de 25 anos, e contratou Pierre Félix, seu marido, para colocar papéis de parede no Paço de São Cristóvão. E, enquanto o marido colocava os papéis nos salões imperiais, D. Pedro colocava-lhe chifres.
Clemência engravidou. Disse que o filho era de D. Pedro e recebeu uma indenização de 75 mil francos, além de uma pensão vitalícia. O marido teve o seu negócio indenizado a peso de ouro. Os dois partiram para a Europa, onde o casal fez propaganda do filho tido com o Imperador do Brasil, fato que o próprio marido alardeava como de grande mérito.
O casal protestou, porém, quando, após a morte de D. Pedro, interromperam a remessa de dinheiro ao casal. Foi então que a Imperatriz viúva, D. Maria Amélia, concedeu uma pequena pensão à criança, por alguns anos.
FHC sempre ajudou a repórter Miriam Dutra a sustentar o filho. E ajudou a Rede Globo – como ajudou, lembram-se? – que enviou Míriam Dutra para a Espanha pouco antes do nascimento de seu suposto filho bastardo. Eles mantinham contato com FHC quando o ex-presidente viajava para a Europa.
A situação, porém, sempre ficou envolta em total reserva, quebrada somente com a publicação pela Folha de S.Paulo, em 2009, de uma reportagem elogiosa sobre o reconhecimento da paternidade feito por FHC.
Agora, dois exames de DNA, o último deles feito no início deste ano, deram um desfecho surpreendente a uma história que a imprensa encondeu por duas décadas: Tomás, de 19 anos, o rapaz que FHC reconheceu oficialmente como filho em 2009, num cartório espanhol, não é filho do ingênuo ex-presidente.
Essa história surrealista me faz lembrar de um caso envolvendo outro pai babaca todo feliz por emitir o último cheque da pensão que paga à ex-mulher, pois a filha acabara de completar 21 anos. Ele encontra com a filha, faz o cheque e pede que ela lhe conte, depois, como foi a cara que a mãe fez ao saber que aquele era o último cheque que ela veria da parte dele.
A filha entrega o cheque à mãe e volta à casa do pai para lhe dar a resposta.
“Diga filha, qual foi a reação dela?”, pergunta ele, curioso.
E diz a filha: “Ah, ela só mandou dizer que você não é meu pai”.
Que desagradável, heim, FHC! Entrou de gaiato como qualquer cantor de pagode ou jogador de futebol.
Agora, a pergunta que não quer calar é: quem será o pai?
Será que foi o Arnold Schwarzenegger?

2 comentários:

Roberto Pinho disse...

Impressionante, um altamente reprodutor, o outro, corno. Semelhanças, os dois roubaram muito.

LACERDA disse...

Roberto,

Em 19/11/2009, eu escrevi sobre os filhos bastardos de FHC comentando este texto da coluna "Hoje em Dia", escrita pelo Cláudio Humberto:
"Príncipe da sociologia brasileira, FHC disse uma vez que tinha um pé na cozinha.
Maria Helena Pereira, a negra cozinheira que o impressionou pela formosura e lhe deu outro filho fora do casamento, continua com o pé na copa. A mãe de Leonardo, o filho mulato de FHC, ainda é a copeira do gabinete 22, do senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB).
Trabalha todo dia lá, no período da tarde. Leonardo, agora com 20 anos, também trabalha no Senado. É um modesto carregador.
Ruth Cardoso demitiu Maria Helena da casa de FHC, após conhecer Leonardo. Achou o menino muito parecido com seu marido.
Com ajuda de FHC, a ex-empregada Maria Helena comprou duas quitinetes e uma loja em Riacho Fundo (DF), que ela aluga.
Após a estreia de "Lula, o filho do Brasil", FHC ganhou direito a produzir seu próprio filme: "Todos os filhos do presidente".