Jonathan Swift (1667-1745), escritor irlandês, mordaz e sarcástico, é considerado o satirista mais ferino e brilhante na língua inglesa.
Escreveu “Uma proposta modesta” sugerindo uma solução definitiva para acabar com a pobreza extrema em seu país, pois já não suportava a tristeza de ver “as ruas, as estradas ou as portas dos barracos apinhados de mendigos do sexo feminino, seguidos por três, quatro ou seis crianças, todas esfarrapadas, a importunar os passantes com solicitações de donativos”.
Se você quer conhecer a proposta modesta de Jonathan Swift, pesquise no Google pelo título desta postagem. Ainda me restam alguns escrúpulos que não me permitem reproduzi-la aqui neste humilde e respeitável blog.
Prefiro apresentar uma modesta proposta que tenho para acabar com as “cracolândias” que vemos todo dia em reportagens nas TVs, pois é motivo de imensa tristeza para mim ver nossos jovens, o futuro do país entregue de corpo e alma às drogas, principalmente ao “crack”.
Diz a imprensa que surgiu, agora, uma nova droga: o “óxi” que está substituindo o “crack”.
O "óxi" tem a mesma ação e efeito, mas é muito mais nocivo e devastador. Trata-se de uma mistura da pasta de coca com cal virgem e querosene. È de fácil fabricação caseira e de preço módico, muito mais barato que o “crack”. Uma pedra é vendida por 2 a 5 reais, enquanto a pedra do “crack” não sai por menos de 10 reais.
Hoje à noite, a TV Globo fará no Fantástico uma grande promoção desta nova droga. Dirão as autoridades sanitárias que o “óxi” é capaz de matar o viciado em cerca de seis a doze meses. Em muito pouco tempo, ela deteriora os pulmões, cérebro, fígado, rins, coração, aparelho digestivo e o que mais encontrar pela frente.
A minha modesta proposta é a distribuição gratuita da nova droga pelo governo aos viciados em “crack”. Será um investimento bem inferior à implantação de clínicas de recuperação, coisa que o viciado, absolutamente, não quer.
Segundo as estatísticas, são somente 600.000 viciados em “crack” em todo o país. Cerca de apenas 0,4% da população brasileira acima de 14 anos de idade.
Com esse pequeno contingente recebendo a nova droga gratuita e diariamente, inúmeros benefícios advirão de imediato para os outros 190 milhões de brasileiros: redução da violência, dos roubos e furtos, assaltos a residências, crimes de morte, etc, etc. Assim nos livraremos das “cracolândias”, cujos assíduos frequentadores não mais precisarão enveredar no crime para satisfazer seu vício e, até, poderão se fartar de overdoses que abreviarão seu tempo entre os seres humanos. Assim, serão dizimados em pouco mais de um ano e partirão felizes e saciados.
De lambuja ainda nos livraremos de um bando considerável de funkeiros.
Se você considera a minha modesta proposta algo condenável e absurdo, precisa conhecer a proposta modesta do Jonathan Swift.
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