Tenho andado mais indolente do que um mandrião (N.L.: é melhor ir ao dicionário ver o significado) da nossa suprema corte. Hoje, completam-se seis dias sem qualquer postagem.
Acabo de ler os jornais do Rio e de São Paulo e decidi: tenho que escrever ou posso perder essa louca faculdade mental.
Resolvi registrar, então, as loucuras mundanas que li nos jornais.
Diz a Folha de São Paulo: “Depois de alguns anos tentando uma "vingança legal" contra o homem que a cegou com ácido, Ameneh Bahrami teve o direito concedido pela Justiça do Irã de fazer o mesmo contra os olhos de seu agressor, Majid Movahedi. Neste sábado, Movahedi será sedado no hospital judicial de Teerã enquanto Ameneh, enfim, promoverá a sua vingança.”
Ameneh, que tinha se recusado a casar com o agressor, vai pingar ácido nos olhos do infeliz que teve o seu amor rejeitado. O advogado da vítima elogiou a sentença afirmando que "um método apropriado foi escolhido, portanto, o condenado será cego por algumas gotas de ácido, enquanto está inconsciente".
Outro advogado – este, porém, brasileiro, 30 anos, funcionário do Banco do Brasil – muito louco a ponto de estar passeando há mais de vinte dias pelo Paquistão, comemorou o dia de ontem na mesquita Faisal – a principal do país – dando vivas à Nossa Senhora de Fátima. Uma tremenda blasfêmia para a lei islâmica. Está preso em Islamabad aguardando extradição para o Brasil.
E por voltar a falar no Paquistão lá vai mais uma daquele esconderijo de terroristas. Parentes de uma adolescente paquistanesa a eletrocutaram por apaixonar-se por um homem que a família não aprovava. Líderes locais e a família de Saima Bibi, de 17 anos, decidiram após um conselho de aldeia ("panchayat") que a punição por envergonhar a família deveria ser a morte.
Centenas de mulheres são mortas todo ano naquele país em nome da "honra". A Comissão de Direitos Humanos do Paquistão disse, em relatório recente, que ao menos 650 mulheres foram mortas dessa forma em 2009.
Na Índia, a maioria da população defeca ao ar livre, em qualquer lugar: na rua, no quintal da casa, no mato, etc. Poucos se dão ao luxo de usar papel higiênico. Funcionários públicos que, após o prazo de doze meses para construir banheiro com descarga em suas casas, não atenderam a exigência do governo estão sendo demitidos.
Nos lares indianos, 70% têm TV mas somente 40% têm banheiro. Com o objetivo de erradicar esse problema, o governo faz uma campanha junto às noivas para somente casarem com homens que tenham banheiro em casa.
Agora vem a pior loucura. Aconteceu na Espanha, o país que mais recebe turistas em todo o mundo. Uma turista inglesa fazia compras em um supermercado de Tenerife – a maior das paradisíacas ilhas Canárias – quando um búlgaro de 28 anos a decapitou e fugiu correndo com a cabeça segura pelos cabelos em suas mãos.
E a gente ainda se escandaliza com a recepção que alguns cariocas oferecem aos nossos turistas.
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