«Com absoluta certeza, a Veja e O Globo menosprezarão o fato informando que Lula foi eleito apenas um dos líderes mais influentes. Como sempre, esconderão a verdade. Para quem manipula o leitor, a versão é sempre mais importante que o fato.»
Foi o que eu disse ontem quando informei que, para a revista TIME, Lula é The World´s Most Influential Leader. À noite, o Jornal Nacional menosprezou o fato e deu a sua versão. Hoje, os panfletos eleitorais oposicionistas – O Globo, Folha, Estadão, Veja – fazem o mesmo.
Agora, vejam o fato como foi noticiado na imprensa mundial:
1. Agência France Press:
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, encabeza la lista de personalidades com mayor influencia del mondo, según uma clasificación que publicará este viernes la revista TIME.
“No se trata de la influencia del poder sino del poder de la influencia”, precisa la revista
2. Europa Press
El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, há sido elegido por la revista TIME como líder más influyente del año, em uma lista em la que figuran representantes de la política, la economia y las relaciones internacionales.
3. Agência EFE e Jornal ABC (Espanha)
El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, es la persona más influyente del mundo según la revista estadounidende TIME que hoy dio a conocer um listado del que también incluye al ex mandatario de EEUU Bil Clinton e la cantante Lady Gaga.
4. Bangkok News, da Tailândia:
Lula, Clinton, Gaga top Time’s influence list
5. ANSA – Roma
É il presidente brasiliano Lula il leader piú influente del mundo. Quarto Obama. Emerge da un sondaggio della rivista americana Time.
6. EL PAÍS – Espanha
Lula es el líder más influyente del mundo, según la revista TIME. El presidente de EEUU, Barack Obama, aparece em cuarto lugar de la lista sobre las 100 personas más importantes.
7. CORRIERE DELLA SERA – Itália
Il settimanale pubblica le scelte per il 2010: Lula e Erdan, Drogba e Lady Gaga. E nessun italiano.
8. LATINA PRESS – Alemanha
Prasident von Brasilien ist der einflusseichste globale Fuehrer. Brasiliens Prasident Luiz Inacio Lula da Silva ist nach dem ranking des TIME magazin die einflusseichste Personlichkeit der welt.
9. EL TERRITORIO - Argentina
Según la revista TIME: Lula, el líder más influyente del mundo.
10. EL PAÍS – Uruguai
Lula es el lider más influyente del mundo, según la revista TIME.
11. HOY – Equador
Presidente del Brasil fue designado lider más influyente del mundo.
12. FINANCIAL TIMES - USA/Inglaterra
Time Magazine chose Luiz Inácio Lula da Silva, Brazil’s president, as the world’s most influential leader. Manmohan Singh, Mr Lula da Silva’s closest “Bric” counterpart, limped in at 19th. Even Barack Obama only came 4th.
Os panfletos eleitorais da oposição brasileira passaram o dia minizando a notícia da TIME que apontava Lula como o líder mais influente. A confusão chegou a tal ponto que a própria revista – não se esqueçam do acordo Globo/Time-Life que gerou a TV Globo - retirou a numeração de sua lista, embora mantivesse Lula no topo da relação.
O melhor de tudo isso é ter em mente que essa elite branca e preconceituosa afirmava que, se eleito, Lula – um operário de pouca instrução e sem saber inglês – iria envergonhar o Brasil diante do mundo.
Digam o que quiserem, esperneiem, tentem desqualificar o grande presidente, menosprezem o seu indiscutível sucesso nacional e internacional, não importa. Lula chegou aonde nenhum brasileito ousou imaginar. Ele é o cara e fim de papo.
E você, ainda tem dúvidas?
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
O LÍDER MAIS INFLUENTE NO MUNDO
Sorry, Veja and O Globo readers...
He is The World´s Most Influential Leader.
Dessa vez, foi a revista TIME - a mais lida e prestigiada em todo o mundo - quem reconheceu, hoje, a importância, o valor, o mérito, a autoridade, o prestígio, a influência, o crédito universal desse estadista operário, elegendo-o "O Líder Mais Influente do Mundo". E deixando Barack Obama em quarto lugar.
As outras 90 personalidades eleitas pela TIME, você poderá ver aqui .
Com absoluta certeza, a Veja e O Globo menosprezarão o fato informando que Lula foi eleito apenas um dos líderes mais influentes. Como sempre, esconderão a verdade. Para quem manipula o leitor, a versão é sempre mais importante que o fato.
Lula já havia recebido outras homenagens de jornais e revistas importantes no cenário internacional. Em 2009, foi escolhido pelo jornal inglês "Financial Times" como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.
Também foi eleito "Homem do Ano 2009" pelo jornal francês 'Le Monde', na primeira vez que o veículo decidiu conferir a honraria a uma personalidade. Também o jornal espanhol 'El País' elegeu Lula como o "Personagem do Ano 2009", afirmando que Lula surpreende o mundo.
Sei que nem assim os preconceituosos filhotes da ditadura vão tomar jeito. Sei que vão continuar com a sórdida e ofensiva campanha contra o melhor presidente que já tivemos.
O que se pode fazer... Nem Jesus Cristo agradou a todos.
He is The World´s Most Influential Leader.
Dessa vez, foi a revista TIME - a mais lida e prestigiada em todo o mundo - quem reconheceu, hoje, a importância, o valor, o mérito, a autoridade, o prestígio, a influência, o crédito universal desse estadista operário, elegendo-o "O Líder Mais Influente do Mundo". E deixando Barack Obama em quarto lugar.
As outras 90 personalidades eleitas pela TIME, você poderá ver aqui .
Com absoluta certeza, a Veja e O Globo menosprezarão o fato informando que Lula foi eleito apenas um dos líderes mais influentes. Como sempre, esconderão a verdade. Para quem manipula o leitor, a versão é sempre mais importante que o fato.
Lula já havia recebido outras homenagens de jornais e revistas importantes no cenário internacional. Em 2009, foi escolhido pelo jornal inglês "Financial Times" como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.
Também foi eleito "Homem do Ano 2009" pelo jornal francês 'Le Monde', na primeira vez que o veículo decidiu conferir a honraria a uma personalidade. Também o jornal espanhol 'El País' elegeu Lula como o "Personagem do Ano 2009", afirmando que Lula surpreende o mundo.
Sei que nem assim os preconceituosos filhotes da ditadura vão tomar jeito. Sei que vão continuar com a sórdida e ofensiva campanha contra o melhor presidente que já tivemos.
O que se pode fazer... Nem Jesus Cristo agradou a todos.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
PEDOFILIA
Não se fala em outra coisa na mídia. Até o presidente da nossa Câmara Municipal afirmou que está muito preocupado com a ocorrência de crimes de pedofilia em Mangaratiba. E eu não posso ficar atrás, vou falar também.
Apesar da minha simpatia e consideração pelos homosexuais – quanto mais houver melhor, é mais mulher que sobra p´ra quem gosta – tenho que dar razão ao Cardeal Tarcísio Bertone – Secretário do Vaticano – que afirmou existir correlação entre homossexualidade e pedofilia na enxurrada de casos de abuso sexual ocorridos na Igreja Católica.
Pedofilia mesmo ocorre entre os muçulmanos que se casam – veja as fotos - com meninas antes que elas atinjam a puberdade. A própria religião deles diz que a mulher deve ter a primeira menstruação na casa de seu marido.
Gandhi – o grande Gandhi – era casado com uma menina de 15 anos. Ele chegou a escrever que tinha nojo de se relacionar com ela. Sabe como era o nome dela? Kasturba, um nome bem sugestivo, não!
Não estou justificando a pedofilia, um crime hediondo, principalmente se praticado por um adulto do sexo masculino com uma criança do sexo oposto. Não estou defendendo os padres homossexuais nem justificando as suas atitudes imperdoáveis. Mas, convenhamos, a quem eles poderiam assediar? O bispo? O sacristão? E os homossexuais que convivem entre nós? Só podem mesmo assediar a garotada.
Eu apenas dou razão às declarações do Cardeal. Ele só não devia ter falado em pedofilia.
Para esses casos citados e definidos por ele e pela mídia como pedofilia, o Aurélio tem uma definição bem melhor: pederastia, o contato sexual entre um homem e um rapaz bem jovem.
Apesar da minha simpatia e consideração pelos homosexuais – quanto mais houver melhor, é mais mulher que sobra p´ra quem gosta – tenho que dar razão ao Cardeal Tarcísio Bertone – Secretário do Vaticano – que afirmou existir correlação entre homossexualidade e pedofilia na enxurrada de casos de abuso sexual ocorridos na Igreja Católica.
Os politicamente corretos e as associações de gays, líderes políticos e governos de diversos países, horrorizados, protestaram contra as declarações “preconceituosas” do Cardeal. A associação italiana GayLib disse acreditar que "o Vaticano deva pedir perdão ao mundo e à história" durante uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. No Chile, o líder do Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), Rolando Jiménez, também exigiu que o cardeal mostrasse provas que justificassem suas afirmações. Autoridades, médicos e movimentos de defesa de grupos homossexuais no Chile e no Brasil exigiram que o secretário de estado do Vaticano provasse as ligações da homossexualidade com a pedofilia.
E assim forçaram o Vaticano a pedir desculpas pelas declarações do “Vice-Papa” e a justificá-las afirmando que se referiam somente aos casos ocorridos na Igreja Católica.
Eu – que afirmo aí em cima ser politicamente quase incorreto - pergunto aos meus leitores (às leitoras não): quem nunca foi assediado sexualmente na puberdade, aí pelos 13 aos 16 anos, por um homossexual? Eu fui. Quem tem essa idade e não está sendo assediado agora?
Até esse assassino em série que matou os rapazes em Luziânia estava sendo tachado de pedófilo porque foi condenado e preso por crime sexual contra duas crianças há mais de cinco anos. Um daqueles seis rapazes assassinados tinha 19 anos e quase o dobro do tamanho do criminoso. Claro que, na cadeia, transformaram o infeliz em um homossexual que passou a matar aqueles com quem transava. Que hipocrisia foi aquela de dizer que o assassino oferecia dinheiro para os rapazes o ajudarem a descarregar um caminhão e os levava para o meio do mato onde não podia chegar nem um fusquinha?
Gandhi – o grande Gandhi – era casado com uma menina de 15 anos. Ele chegou a escrever que tinha nojo de se relacionar com ela. Sabe como era o nome dela? Kasturba, um nome bem sugestivo, não!
Não estou justificando a pedofilia, um crime hediondo, principalmente se praticado por um adulto do sexo masculino com uma criança do sexo oposto. Não estou defendendo os padres homossexuais nem justificando as suas atitudes imperdoáveis. Mas, convenhamos, a quem eles poderiam assediar? O bispo? O sacristão? E os homossexuais que convivem entre nós? Só podem mesmo assediar a garotada.
Eu apenas dou razão às declarações do Cardeal. Ele só não devia ter falado em pedofilia.
Para esses casos citados e definidos por ele e pela mídia como pedofilia, o Aurélio tem uma definição bem melhor: pederastia, o contato sexual entre um homem e um rapaz bem jovem.
"PARABÉNS" MANGARATIBA
Dos “prêmios” que Mangaratiba recebeu e dos quais tomei conhecimento – outros deverão ter existido, claro – o primeiro foi outorgado pelo “Instituto Ambiental Biosfera”, uma organização mal informada que sobrevive concedendo prêmios a cidadezinhas do interior. Concedeu à Mangaratiba, em 2008, o título de “Cidade-Modelo Urbano” e o prêmio “Destaque Nacional em Planejamento Urbanístico”.
Depois, em dezembro/2009, foi a vez do “Instituto Tiradentes” – uma obscura organização lá de Viçosa, interior de Minas – conceder ao futuro ex-prefeito de Mangaratiba a “Comenda do Mérito Presidente Tancredo Neves”. Diz a instituição que esta medalha “é conferida apenas mediante criteriosa seleção de políticos com aprovação na mencionada pesquisa e que possuam ilibada reputação ético-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade”. Aliás, todas as organizações vêm com esse mesmo papo furado. Como o “Instituto Intermacional de Pesquisas e Interação Social” que concedeu, também em 2009, o “Prêmio Interação Latinoamericana” em louvor às atividades da Prefeitura de Mangaratiba em benefício da educação, da saúde e da ação social.
Agora, em abril de 2010, vem o “Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão” (IBVG) – outra desconhecida ONG que nem site possui - conceder à cidade de Mangaratiba o título de "Gestão Qualificada". Esta premiação também foi concedida a centenas de outras cidades de 14 estados brasileiros. Veja algumas importantes cidades que nos acompanharam nesta premiação: Iguatu/Ceará, Parnamirim/RGN, Capela/SE, Cambará/Paraná, Itaituba/Pará, Dianópolis/Tocantins, Coruripe/Alagoas, Monteiro/Paraíba, Nova Brasilândia/Rondônia, Pauini/Acre, Rio Largo/Alagoas, Esperança/Paraíba, Nova Andradina/ Mato Grosso do Sul, Cabedelo/Paraíba.
Nesta última cidade, um blogueiro de lá – em Soltando o Verbo - escreveu o seguinte: “o que é difícil para a população entender é como vem um instituto que talvez não saiba nem em que região localiza-se Cabedelo e premia um dos mais desatrosos prefeitos que já passou pelo município”.
O IBVG é presidido pelo jornalista, radialista, produtor cultural e editor – o homem que diz sou, não é - Magno Figueiredo que afirmou na entrega do prêmio: “Tomamos cuidado de escolher com critério e isenção qual município iríamos homenagear. Não seria de bom senso para o IBVG, por exemplo, agraciar uma cidade cujo prefeito é mal quisto pela população ou que realiza um trabalho considerado ruim. Não foi isso que encontramos em Mangaratiba. A cidade tem uma gestão municipal de alta qualidade e seu prefeito é bem avaliado pelos moradores”
Ao receber o prêmio, Aarão de Moura Brito Neto disse que o reconhecimento é fruto de um trabalho que coloca a população como prioridade: “Os prêmios que conquistamos na Educação, na Ação Social, na qualidade urbanística e agora este, pela qualificação de nossa gestão, é um esforço contínuo meu e do meu secretariado em valorizar o ser humano, o morador da cidade”.
Como informei na postagem “PRÊMIOS E MEDALHAS”, de 15 de abril, o Ministério da Educação vai entrar com ações penais e cíveis contra dirigentes desses institutos e já acionou a Polícia Federal para investigar e punir esses doadores, assim como aqueles que receberam os prêmios e medalhas.
Enquanto isso não acontece, você, meu prezado leitor que reside em Mangaratiba, pode se orgulhar, festejar e congratular-se com nossas autoridades municipais.
Depois, em dezembro/2009, foi a vez do “Instituto Tiradentes” – uma obscura organização lá de Viçosa, interior de Minas – conceder ao futuro ex-prefeito de Mangaratiba a “Comenda do Mérito Presidente Tancredo Neves”. Diz a instituição que esta medalha “é conferida apenas mediante criteriosa seleção de políticos com aprovação na mencionada pesquisa e que possuam ilibada reputação ético-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade”. Aliás, todas as organizações vêm com esse mesmo papo furado. Como o “Instituto Intermacional de Pesquisas e Interação Social” que concedeu, também em 2009, o “Prêmio Interação Latinoamericana” em louvor às atividades da Prefeitura de Mangaratiba em benefício da educação, da saúde e da ação social.
Agora, em abril de 2010, vem o “Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão” (IBVG) – outra desconhecida ONG que nem site possui - conceder à cidade de Mangaratiba o título de "Gestão Qualificada". Esta premiação também foi concedida a centenas de outras cidades de 14 estados brasileiros. Veja algumas importantes cidades que nos acompanharam nesta premiação: Iguatu/Ceará, Parnamirim/RGN, Capela/SE, Cambará/Paraná, Itaituba/Pará, Dianópolis/Tocantins, Coruripe/Alagoas, Monteiro/Paraíba, Nova Brasilândia/Rondônia, Pauini/Acre, Rio Largo/Alagoas, Esperança/Paraíba, Nova Andradina/ Mato Grosso do Sul, Cabedelo/Paraíba.
Nesta última cidade, um blogueiro de lá – em Soltando o Verbo - escreveu o seguinte: “o que é difícil para a população entender é como vem um instituto que talvez não saiba nem em que região localiza-se Cabedelo e premia um dos mais desatrosos prefeitos que já passou pelo município”.
O IBVG é presidido pelo jornalista, radialista, produtor cultural e editor – o homem que diz sou, não é - Magno Figueiredo que afirmou na entrega do prêmio: “Tomamos cuidado de escolher com critério e isenção qual município iríamos homenagear. Não seria de bom senso para o IBVG, por exemplo, agraciar uma cidade cujo prefeito é mal quisto pela população ou que realiza um trabalho considerado ruim. Não foi isso que encontramos em Mangaratiba. A cidade tem uma gestão municipal de alta qualidade e seu prefeito é bem avaliado pelos moradores”
Ao receber o prêmio, Aarão de Moura Brito Neto disse que o reconhecimento é fruto de um trabalho que coloca a população como prioridade: “Os prêmios que conquistamos na Educação, na Ação Social, na qualidade urbanística e agora este, pela qualificação de nossa gestão, é um esforço contínuo meu e do meu secretariado em valorizar o ser humano, o morador da cidade”.
Como informei na postagem “PRÊMIOS E MEDALHAS”, de 15 de abril, o Ministério da Educação vai entrar com ações penais e cíveis contra dirigentes desses institutos e já acionou a Polícia Federal para investigar e punir esses doadores, assim como aqueles que receberam os prêmios e medalhas.
Enquanto isso não acontece, você, meu prezado leitor que reside em Mangaratiba, pode se orgulhar, festejar e congratular-se com nossas autoridades municipais.
sábado, 24 de abril de 2010
ZENI, FESTEIRA DE MURIQUI
Ela veio de Nilópolis. Tem história na Beija-Flor. Sempre foi festeira, desde os remotos tempos em que o 13 era um quiosque frequentável e o Maurício lá cantava.
Ali, naquele tempo, tudo era motivo de comemoração: aniversários, datas festivas, o carnaval, o Natal. Ela sempre à frente apoiando e ornamentando o local. Depois, tornou-se a promoteur da casa - localizada na Av. Beira Mar - hoje, denominada Maurício´s Bar em homenagem ao cantor que foi para lá se apresentar.
Transformou o local no melhor restaurante de Muriqui, sempre com a boa MPB ao vivo. Nada de “Chupa que é de uva”, “Beber cair e levantar” nem “Eu sou o gostosão daqui”. O único senão fica por conta da turba cretina que se reúne, ali perto, com seus carros de mala aberta tocando a pornofonia sonora do “funk”. Não sei porque a polícia não tem competência para acabar com aquilo.
Bem estruturado, o Restaurante Maurício´s Bar tem a melhor peixada da região, mas eu prefiro o espaguete ou talharim com frutos do mar.
Mas eu quero falar é da minha amiga Zeni que todo ano me dá uma camisa oficial da Beija-Flor. Ontem, dia de São Jorge, ela – que não é católica nem espírita – realizou uma grande festa comemorativa.
Mesmo com a chuva, conseguiu reunir mais de quinhentas pessoas para festejar o santo guerreiro. Aliás, a chuva ajudou espantando os carros de som e a cretinice dos funkeiros.
Zeni ornamentou o restaurante para a festa. As mesas intercaladas com toalhas de cambraia vermelhas ou brancas. Flores vermelhas ou brancas sobre as mesas. Distribuiu sorrisos para todos os presentes. Montou uma grande mesa com imenso bolo salgado, salgadinhos diversos, doces e frutas variadas. Pratos de louça, talheres de metal e copos de vidro. Tudo no mais fino figurino.
A boa música eletrônica ou ao vivo com o Maurício que fez a alegria da festa e emocionou o público com três audições de "Jorge da Capadócia". À meia-noite, durante dez minutos, uma cascata de fogos de artifício no calçadão e a explosão de foguetes no céu.
O evento foi até três horas da manhã com a casa cheia e todos sairam satisfeitos, levando para suas casas uma alegria contagiante, além de salgadinhos, doces, frutas e flores.
Os felizes clientes pagaram somente pela bebida que consumiram. E quem mais ficou feliz foi ela própria com o sucesso de mais uma festa. A alegria que proporcionou a todos e a satisfação que sentiu pelo dever cumprido foi a sua grande recompensa.
Dever? Sim, Zeni não é uma comerciante como os outros que somente visam o lucro. Ela se sente no dever de dar prazer, contentamento, àqueles que frequentam o Maurício´s Bar.
Zeni quer, principalmente, derramar felicidade em Muriqui.
Ali, naquele tempo, tudo era motivo de comemoração: aniversários, datas festivas, o carnaval, o Natal. Ela sempre à frente apoiando e ornamentando o local. Depois, tornou-se a promoteur da casa - localizada na Av. Beira Mar - hoje, denominada Maurício´s Bar em homenagem ao cantor que foi para lá se apresentar.
Transformou o local no melhor restaurante de Muriqui, sempre com a boa MPB ao vivo. Nada de “Chupa que é de uva”, “Beber cair e levantar” nem “Eu sou o gostosão daqui”. O único senão fica por conta da turba cretina que se reúne, ali perto, com seus carros de mala aberta tocando a pornofonia sonora do “funk”. Não sei porque a polícia não tem competência para acabar com aquilo.
Bem estruturado, o Restaurante Maurício´s Bar tem a melhor peixada da região, mas eu prefiro o espaguete ou talharim com frutos do mar.
Mas eu quero falar é da minha amiga Zeni que todo ano me dá uma camisa oficial da Beija-Flor. Ontem, dia de São Jorge, ela – que não é católica nem espírita – realizou uma grande festa comemorativa.
Mesmo com a chuva, conseguiu reunir mais de quinhentas pessoas para festejar o santo guerreiro. Aliás, a chuva ajudou espantando os carros de som e a cretinice dos funkeiros.
Zeni ornamentou o restaurante para a festa. As mesas intercaladas com toalhas de cambraia vermelhas ou brancas. Flores vermelhas ou brancas sobre as mesas. Distribuiu sorrisos para todos os presentes. Montou uma grande mesa com imenso bolo salgado, salgadinhos diversos, doces e frutas variadas. Pratos de louça, talheres de metal e copos de vidro. Tudo no mais fino figurino.
A boa música eletrônica ou ao vivo com o Maurício que fez a alegria da festa e emocionou o público com três audições de "Jorge da Capadócia". À meia-noite, durante dez minutos, uma cascata de fogos de artifício no calçadão e a explosão de foguetes no céu.
O evento foi até três horas da manhã com a casa cheia e todos sairam satisfeitos, levando para suas casas uma alegria contagiante, além de salgadinhos, doces, frutas e flores.
Os felizes clientes pagaram somente pela bebida que consumiram. E quem mais ficou feliz foi ela própria com o sucesso de mais uma festa. A alegria que proporcionou a todos e a satisfação que sentiu pelo dever cumprido foi a sua grande recompensa.
Dever? Sim, Zeni não é uma comerciante como os outros que somente visam o lucro. Ela se sente no dever de dar prazer, contentamento, àqueles que frequentam o Maurício´s Bar.
Zeni quer, principalmente, derramar felicidade em Muriqui.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
HELLO! TEACHER...
Hello! Teacher...
Don´t let your blog die. None post since november.
Five months are much time.
Please, return.
P.S.: tentei incluir esse comentário no blog "Alô Professora!" - (clique aqui ) - mas, não consegui. Não há espaço para a verificação de palavras. Por isso, vai aqui o meu desejo de que ela volte a escrever.
Don´t let your blog die. None post since november.
Five months are much time.
Please, return.
P.S.: tentei incluir esse comentário no blog "Alô Professora!" - (clique aqui ) - mas, não consegui. Não há espaço para a verificação de palavras. Por isso, vai aqui o meu desejo de que ela volte a escrever.
DO MEU LADO ESQUERDO
Você mora do meu lado esquerdo
Mas não quer usar o meu anel...
Se retrai, finge que vai, não vai,
Se tento carregá-la pra lua de mel.
Você mora do meu lado esquerdo...
Por que insiste em ser assim cruel?
Se distrai, pensa que sou seu pai,
E zomba rebolando feito cascavel.
Você mora do meu lado esquerdo
Sei que nunca me será fiel...
Você trai, meu troco subtrai,
Diz que nasci pra ser seu coronel.
Eu não sei mais o que faço,
Já cansei de ser palhaço,
Em seu Ibope sei que sou um traço...
Quero acabar de vez com esse cordel:
Arranco da cabeça esse seu troféu
E a vingança será de tirar o chapéu...
Você mora do meu lado esquerdo,
Mas eu vou cobrar seu aluguel...
Você sai, não sei pra onde vai
Nem eu quero mais saber do seu papel.
Mas não quer usar o meu anel...
Se retrai, finge que vai, não vai,
Se tento carregá-la pra lua de mel.
Você mora do meu lado esquerdo...
Por que insiste em ser assim cruel?
Se distrai, pensa que sou seu pai,
E zomba rebolando feito cascavel.
Você mora do meu lado esquerdo
Sei que nunca me será fiel...
Você trai, meu troco subtrai,
Diz que nasci pra ser seu coronel.
Eu não sei mais o que faço,
Já cansei de ser palhaço,
Em seu Ibope sei que sou um traço...
Quero acabar de vez com esse cordel:
Arranco da cabeça esse seu troféu
E a vingança será de tirar o chapéu...
Você mora do meu lado esquerdo,
Mas eu vou cobrar seu aluguel...
Você sai, não sei pra onde vai
Nem eu quero mais saber do seu papel.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
EVASÃO ESCOLAR
Recebi de uma leitora assídua e comentarista eventual deste blog - Lilian C. Baptista - o texto que reproduzo a seguir porque estou plenamente de acordo com tudo que vai exposto:
"Gostaria de ter participado da oportunidade rara em Mangaratiba de um encontro, promovido pelo promotor de nossa comarca, e também lamentando mais uma vez a displicência com que tais encontros são organizados e divulgados para os interessados.
Assim, peço desculpas por não ter participado, apesar de ter solicitado informações de transporte, de confirmação da presença de outros conselheiros que representassem o conselho do qual faço parte.
Sem respostas e não podendo deixar com que a aluna que sou responsável faltasse a teste marcado para este dia, fiquei impedida de comparecer.
Então, encontrei outro meio de expor anseios e pontos de vista da população no assunto, enviando para este blog esta colaboração sobre o tema."
Conselheira escolar do Colégio Nossa Senhora das Graças
"Gostaria de ter participado da oportunidade rara em Mangaratiba de um encontro, promovido pelo promotor de nossa comarca, e também lamentando mais uma vez a displicência com que tais encontros são organizados e divulgados para os interessados.
Assim, peço desculpas por não ter participado, apesar de ter solicitado informações de transporte, de confirmação da presença de outros conselheiros que representassem o conselho do qual faço parte.
Sem respostas e não podendo deixar com que a aluna que sou responsável faltasse a teste marcado para este dia, fiquei impedida de comparecer.
Então, encontrei outro meio de expor anseios e pontos de vista da população no assunto, enviando para este blog esta colaboração sobre o tema."
A evasão escolar é assunto que não poderá ser resolvido com pequenos e esporádicos encontros. A evasão escolar é assunto de reflexão, questionamentos e participação ampla da sociedade.
Não se resolve com soluções hierarquizadas, de cima para baixo, nem de decisões teóricas sem que haja a participação dos maiores interessados no assunto, que são alunos, família e comunidade.
Na teoria tudo é muito simples e absolutamente verdadeiro, porém, na prática, nada funcionará, pois esquecemos que a verdade absoluta ora apresentada tem suas nuances que não se aplicarão nas UEs e nem serão condizentes com a verdade da comunidade escolar.
Para que possamos realmente ver frutificar idéias e conceitos, muito temos que caminhar neste processo, trabalhando com ações concretas onde mais que qualquer teoria aqui colocada, deverá ser baseada em respeito, legalidade, legitimidade, compreensão e troca de informações.
Para tanto, vamos recomeçar e fazer questionamentos que poderão ser tão úteis neste momento.
Para os senhores gestores, quero deixar os seguintes questionamentos:
Queremos e promovemos a participação da comunidade em nossa gestão?
Ouvimos e percebemos a realidade de nossa comunidade?
E quando a comunidade faz suas colocações? Como a absorvemos?
Como são formados os conselhos municipais? São legítimos ou são somente legais?
Pensamos como gestores ou como políticos partidários?
Preciso de capacitação ou preciso aplicar estas capacitações?
Para os representantes de nossa comunidade, também faço meus questionamentos:
Participo por responsabilidade, dever de cidadão ou por questões individuais?
Estou disposto a realizar ações concretas ou só contem com minha participação em reuniões que teorizarão os diversos problemas existentes em nossas UEs?
Sei quais são meus direitos?
Preciso de capacitação ou mesmo de entrosamento com meu segmento?
Estas são algumas questões que deverão ser respondidas com a tal verdade absoluta inicial para que possamos dar pequenos passos que podem ser o início do vislumbrar das soluções.Lilian C. Baptista,
Documentos, reuniões, currículo dos envolvidos e citações de educadores nunca resultarão em soluções, se junto não arregaçarmos as mangas e promovermos a verdadeira rede horizontal que tantos resultados já obtiveram outros municípios.
Mesmo que muitos aleguem que em algumas comunidades “não se pode ser democrático”, respondo que esta alegação já demonstra o atraso social e cultural em que se baseiam para implantar políticas publicas.
A democracia e a participação da sociedade na gestão pública não dependem do julgamento de seus gestores, mas em leis e em novos conceitos que nos garante a Constituição Federal.
Conselheira escolar do Colégio Nossa Senhora das Graças
quinta-feira, 15 de abril de 2010
PRÊMIOS E MEDALHAS
Deu em O Globo:
“O Ministério da Educação informou hoje (12), por meio de nota, que vai entrar com ações penais e cíveis contra dirigentes do Instituto Brasileiro de Pesquisa de Qualidade Gomes Pimentel (IBPQGP), sediado em Guarulhos/SP, responsável pela entrega do Prêmio Nacional de Excelência em Qualidade no Ensino a várias instituições de educação brasileiras. A denúncia da Folha de S.Paulo é de que o instituto se identificava nas escolas e universidades afirmando ter vínculos com o Ministério da Educação e pedindo pagamento para a entrega do prêmio. O ministério negou qualquer vínculo com o prêmio ou com a instituição.
Uma carta assinada pelo diretor-geral do Instituto Gomes Pimentel, justifica assim a entrega do prêmio: "O resultado das pesquisas foi determinante para a confirmação da referida premiação, sendo que outros aspectos relevantes estão abordados na classificação desta entidade de ensino, pesquisas elaboradas pela divisão de qualidade do IBPQGP, através dos dados de avaliação e resultados do Ministério da Educação e Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e pesquisas do Instituto.”
A Polícia Federal foi acionada para investigar e punir os doadores, assim como aqueles que receberam os prêmios e medalhas.
Taí a prova do que falei em minhas postagens intituladas “MEDALHA PRESIDENTE TANCREDO NEVES”, de 26/12/2009, e “DINHEIRO FÁCIL”, de 13/12/2009. Nesta, reportei o prêmio que a nossa Prefeitura recebeu pelos méritos no trabalho com alunos do município. Naquela, falei da medalha que o nosso futuro ex-prefeito recebeu do Instituto Tiradentes – sediado em Viçosa/MG - com um diploma que entre outras coisas dizia o seguinte: : "Com base nesta pesquisa, o Instituto Tiradentes sente-se honrado em conceder-lhe a Comenda do Mérito Presidente Tancredo Neves, que é conferida apenas mediante criteriosa seleção de políticos com aprovação na mencionada pesquisa e que possuam ilibada reputação ético-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade."
Portanto, como dizia aquele locutor do Jockey Club Brasileiro: está confirmada a nossa reportagem. Agora, só falta a Polícia Federal investigar outros institutos, prefeituras, prêmios e medalhas similares.
“O Ministério da Educação informou hoje (12), por meio de nota, que vai entrar com ações penais e cíveis contra dirigentes do Instituto Brasileiro de Pesquisa de Qualidade Gomes Pimentel (IBPQGP), sediado em Guarulhos/SP, responsável pela entrega do Prêmio Nacional de Excelência em Qualidade no Ensino a várias instituições de educação brasileiras. A denúncia da Folha de S.Paulo é de que o instituto se identificava nas escolas e universidades afirmando ter vínculos com o Ministério da Educação e pedindo pagamento para a entrega do prêmio. O ministério negou qualquer vínculo com o prêmio ou com a instituição.
Uma carta assinada pelo diretor-geral do Instituto Gomes Pimentel, justifica assim a entrega do prêmio: "O resultado das pesquisas foi determinante para a confirmação da referida premiação, sendo que outros aspectos relevantes estão abordados na classificação desta entidade de ensino, pesquisas elaboradas pela divisão de qualidade do IBPQGP, através dos dados de avaliação e resultados do Ministério da Educação e Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e pesquisas do Instituto.”
A Polícia Federal foi acionada para investigar e punir os doadores, assim como aqueles que receberam os prêmios e medalhas.
Taí a prova do que falei em minhas postagens intituladas “MEDALHA PRESIDENTE TANCREDO NEVES”, de 26/12/2009, e “DINHEIRO FÁCIL”, de 13/12/2009. Nesta, reportei o prêmio que a nossa Prefeitura recebeu pelos méritos no trabalho com alunos do município. Naquela, falei da medalha que o nosso futuro ex-prefeito recebeu do Instituto Tiradentes – sediado em Viçosa/MG - com um diploma que entre outras coisas dizia o seguinte: : "Com base nesta pesquisa, o Instituto Tiradentes sente-se honrado em conceder-lhe a Comenda do Mérito Presidente Tancredo Neves, que é conferida apenas mediante criteriosa seleção de políticos com aprovação na mencionada pesquisa e que possuam ilibada reputação ético-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade."
Portanto, como dizia aquele locutor do Jockey Club Brasileiro: está confirmada a nossa reportagem. Agora, só falta a Polícia Federal investigar outros institutos, prefeituras, prêmios e medalhas similares.
FALTA VOCÊ...
P´ra minha vida ter mais alegria,
Falta você em minha companhia...
Falta você p´ra me acordar quando raiar o dia,
P´ra esquentar minhas noites tão frias
E compensar as horas de agonia...
Falta você p´ra me fazer largar a boemia,
P´ra completar minha vida vadia,
Justificar um resto de folia...
Falta você p´ra me envolver em sua simpatia,
P´ra devolver toda aquela euforia,
Me enlouquecer com suas fantasias...
Falta você p´ra me encantar com sua anatomia,
P´ra me fazer rezar a Ave-Maria,
Engrandecer a minha biografia...
Falta você p´ra ser a minha estrela-guia,
P´ra acabar com a melancolia
E dar um fim a toda nostalgia...
Falta você em minha moradia
P´ra me trazer toda aquela magia
E me ensinar de novo a ousadia...
Falta você, com sua rebeldia,
Me proteger de tanta hipocrisia
E me contagiar com sua energia...
Falta você me contemplar com harmonia
P´ra conviver na dura travessia
E me trazer de volta a poesia.
Falta você em minha companhia...
Falta você p´ra me acordar quando raiar o dia,
P´ra esquentar minhas noites tão frias
E compensar as horas de agonia...
Falta você p´ra me fazer largar a boemia,
P´ra completar minha vida vadia,
Justificar um resto de folia...
Falta você p´ra me envolver em sua simpatia,
P´ra devolver toda aquela euforia,
Me enlouquecer com suas fantasias...
Falta você p´ra me encantar com sua anatomia,
P´ra me fazer rezar a Ave-Maria,
Engrandecer a minha biografia...
Falta você p´ra ser a minha estrela-guia,
P´ra acabar com a melancolia
E dar um fim a toda nostalgia...
Falta você em minha moradia
P´ra me trazer toda aquela magia
E me ensinar de novo a ousadia...
Falta você, com sua rebeldia,
Me proteger de tanta hipocrisia
E me contagiar com sua energia...
Falta você me contemplar com harmonia
P´ra conviver na dura travessia
E me trazer de volta a poesia.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
DILMA NÃO FOGE À LUTA
“Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.”
Na sexta-feira 13 de março de 1964, no comício da Central do Brasil, em que João Goulart defendeu as reformas de base, José Serra, então presidente da UNE e com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.
Consumado o golpe militar, logo depois, em 31 de março, José Serra se refugiou na casa do deputado Tenório Cavalcanti, em Caxias. Após o incêndio da sede da UNE, no Flamengo, pelos militares, José Serra escondeu-se por mais alguns dias na casa de amigos. Depois, refugiou-se na embaixada da Bolívia, e lá ficou durante três meses. Os militares não queriam deixá-lo sair do país: "Este não deixaremos ir embora. É muito perigoso”, disse Costa e Silva para os bolivianos. Conseguiu fugir para a Bolívia e depois foi para a França, onde ficou até o início de 1965.
Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965. Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido, como tantos outros, fugiu novamente. Abandonando os companheiros de luta.
Radicou-se no Chile, onde permaneceu por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973. Lá, casou-se em 1967 e teve dois filhos. Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses.
Com o golpe liderado pelo general Pinochet e a destituição de Allende, em setembro de 1973, Serra foi preso no aeroporto quando tentava fugir com a família. Um major que, depois, o libertou foi posteriormente fuzilado como traidor. Serra refugiou-se na embaixada da Itália, onde ficou por oito meses aguardando um salvo-conduto. Quando o conseguiu, fugiu para os Estados Unidos.
José Serra fugiu de duas ditaduras e somente retornou ao Brasil quando foi sancionada a Lei da Anistia.
Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura. Não fugiu à luta como determina o hino nacional. Foi presa, torturada , condenada, ficou detida quatro anos. Libertada, retomou a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT. Foi secretária do governo do Rio Grande do Sul. Depois, Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil, sempre ao lado do Presidente Lula.
"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco", disse Dilma Roussef em seu último discurso.
Dilma pode até ser chamada de terrorista pelas viúvas do mais negro período da nossa história. Mas, nunca poderá ser tachada de covarde.
E você, minha leitora, o que vai escolher: a covardia de um homem ou a valentia de uma mulher?
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.”
Na sexta-feira 13 de março de 1964, no comício da Central do Brasil, em que João Goulart defendeu as reformas de base, José Serra, então presidente da UNE e com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.
Consumado o golpe militar, logo depois, em 31 de março, José Serra se refugiou na casa do deputado Tenório Cavalcanti, em Caxias. Após o incêndio da sede da UNE, no Flamengo, pelos militares, José Serra escondeu-se por mais alguns dias na casa de amigos. Depois, refugiou-se na embaixada da Bolívia, e lá ficou durante três meses. Os militares não queriam deixá-lo sair do país: "Este não deixaremos ir embora. É muito perigoso”, disse Costa e Silva para os bolivianos. Conseguiu fugir para a Bolívia e depois foi para a França, onde ficou até o início de 1965.
Retornou clandestinamente ao Brasil em março de 1965. Permaneceu no país alguns meses, mas perseguido, como tantos outros, fugiu novamente. Abandonando os companheiros de luta.
Radicou-se no Chile, onde permaneceu por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973. Lá, casou-se em 1967 e teve dois filhos. Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses.
Com o golpe liderado pelo general Pinochet e a destituição de Allende, em setembro de 1973, Serra foi preso no aeroporto quando tentava fugir com a família. Um major que, depois, o libertou foi posteriormente fuzilado como traidor. Serra refugiou-se na embaixada da Itália, onde ficou por oito meses aguardando um salvo-conduto. Quando o conseguiu, fugiu para os Estados Unidos.
José Serra fugiu de duas ditaduras e somente retornou ao Brasil quando foi sancionada a Lei da Anistia.
Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura. Não fugiu à luta como determina o hino nacional. Foi presa, torturada , condenada, ficou detida quatro anos. Libertada, retomou a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT. Foi secretária do governo do Rio Grande do Sul. Depois, Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil, sempre ao lado do Presidente Lula.
"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Posso apanhar, sofrer, ser maltratada, mas estou sempre firme com minhas convicções. Em cada época da minha vida, fiz o que fiz por acreditar no que fazia. Só segui o que a minha alma e o meu coração mandavam. Nunca me submeti. Nunca abandonei o barco", disse Dilma Roussef em seu último discurso.
Dilma pode até ser chamada de terrorista pelas viúvas do mais negro período da nossa história. Mas, nunca poderá ser tachada de covarde.
E você, minha leitora, o que vai escolher: a covardia de um homem ou a valentia de uma mulher?
domingo, 11 de abril de 2010
INFORMÁTICA E INGLÊS "GRÁTIS" EM MURIQUI
Recebi e-mail de um leitor informando o seguinte:
"Vi umas faixas de propaganda espalhadas por toda Muriqui. Elas oferecem cursos de informática e inglês GRÁTIS no colégio CEMU, antigo Paiva (Tel 2780.5113). Liguei para para saber as condições.
A recepcionista me informou que a mensalidade do curso de inglês seria de R$ 60,00, mas se eu procurasse o vereador Dr. Rui, receberia um papel que me daria direito a uma bolsa integral.
Isso pode?"
Respondo ao prezado leitor: se o CEMU, antigo Paiva, é uma escola particular, pode. Por que não poderia?
Quem sabe o Dr. Rui está realmente preocupado com nosso povo e decidiu patrocinar a sua educação? É um direito dele. Sugiro que todos os nossos jovens o procurem imediatamente.
Agora, se o CEMU é uma escola pública - ou se os cursos são oferecidos pela Prefeitura - não pode. É fazer cortesia com o chapéu dos outros. É prevaricação, crime previsto em Lei. Prática de ato contra disposição legal expressa para satisfação de interesse ou sentimento pessoal.
"Vi umas faixas de propaganda espalhadas por toda Muriqui. Elas oferecem cursos de informática e inglês GRÁTIS no colégio CEMU, antigo Paiva (Tel 2780.5113). Liguei para para saber as condições.
A recepcionista me informou que a mensalidade do curso de inglês seria de R$ 60,00, mas se eu procurasse o vereador Dr. Rui, receberia um papel que me daria direito a uma bolsa integral.
Isso pode?"
Respondo ao prezado leitor: se o CEMU, antigo Paiva, é uma escola particular, pode. Por que não poderia?
Quem sabe o Dr. Rui está realmente preocupado com nosso povo e decidiu patrocinar a sua educação? É um direito dele. Sugiro que todos os nossos jovens o procurem imediatamente.
Agora, se o CEMU é uma escola pública - ou se os cursos são oferecidos pela Prefeitura - não pode. É fazer cortesia com o chapéu dos outros. É prevaricação, crime previsto em Lei. Prática de ato contra disposição legal expressa para satisfação de interesse ou sentimento pessoal.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A VOZ DO DONO
“Jornalista ouve mais censura dos seus donos do que do governo” – disse Lula no programa Canal Livre da Bandeirantes, no último domingo.
Os cinco tarimbados vestais do jornalismo brasileiro que o entrevistaram ficaram calados, não reagiram.
E Lula foi irônico: “Ô Bóris, um "homem democrata” como você, não pode ter medo do debate democrático. O tempo em que as coisas eram decididas num gabinete por um homem de roupa verde acabou, Bóris”... “eu não tenho mais problema de preconceito”... “eu sou o resultado da liberdade de imprensa”...“só existem três setores que podem controlar a imprensa: na TV, o telespectador; no rádio, o ouvinte; no jornal, o leitor”.
Foi um desempenho surpreendente para quem pensa que o Lula é apenas um operário sem cultura. Os arautos do preconceito tentaram imprensar o presidente com os ataques medíocres veiculados pelo partido da imprensa oposicionista, todos eles enfrentados com galhardia, facilidade e inteligência pelo entrevistado.
Eu digo partido da imprensa oposicionista porque a presidente da Associação Nacional dos Jornais - Maria Judith Brito - também diretora-superintendente da Empresa Folha da Manhã S.A. que edita a Folha de São Paulo, afirmou, segundo o jornal O Globo, que:
“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo”.
Quanta mediocridade, heim! Confessou a parcialidade do jornalismo anti-Lula que é comandado pelos seus donos, agindo como policiais, promotores e juízes, denunciando, julgando e condenando qualquer um.
Os jornalistas e seus donos, porém, acusam o governo de ameaçar a liberdade de uma imprensa que faz questão de se dizer independente, apartidária, plural, neutra, objetiva, isenta, que se limita apenas a apurar e publicar fatos.
É como disse Joseph Pulitzer (1847-1911), aquele que dá o nome ao mais importante prêmio americano de jornalismo: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.
Esse partido da imprensa oposicionista vem panfletando, diuturnamente, há anos, promovendo seu candidato e atacando o adversário com a maior cara de pau. Como partido, agora declarado, deveria ser punido por propaganda eleitoral antecipada. O TSE deveria exigir dele o cumprimento da legislação eleitoral.
O mais importante de tudo é que dessa vez ficou claro: o jornalismo brasileiro é a voz do dono. Com exceção, claro, do jornalismo de Mangaratiba. Aqui não é a voz do dono, é a voz de quem compra espaço no jornal.
N.R.: Esse texto contém algumas “lambidinhas” que dei no Balaio do Kotscho e no blog Cidadania.
Se quiser assistir todo o Canal Livre, clique aqui .
Os cinco tarimbados vestais do jornalismo brasileiro que o entrevistaram ficaram calados, não reagiram.
E Lula foi irônico: “Ô Bóris, um "homem democrata” como você, não pode ter medo do debate democrático. O tempo em que as coisas eram decididas num gabinete por um homem de roupa verde acabou, Bóris”... “eu não tenho mais problema de preconceito”... “eu sou o resultado da liberdade de imprensa”...“só existem três setores que podem controlar a imprensa: na TV, o telespectador; no rádio, o ouvinte; no jornal, o leitor”.
Foi um desempenho surpreendente para quem pensa que o Lula é apenas um operário sem cultura. Os arautos do preconceito tentaram imprensar o presidente com os ataques medíocres veiculados pelo partido da imprensa oposicionista, todos eles enfrentados com galhardia, facilidade e inteligência pelo entrevistado.
Eu digo partido da imprensa oposicionista porque a presidente da Associação Nacional dos Jornais - Maria Judith Brito - também diretora-superintendente da Empresa Folha da Manhã S.A. que edita a Folha de São Paulo, afirmou, segundo o jornal O Globo, que:
“A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo”.
Quanta mediocridade, heim! Confessou a parcialidade do jornalismo anti-Lula que é comandado pelos seus donos, agindo como policiais, promotores e juízes, denunciando, julgando e condenando qualquer um.
Os jornalistas e seus donos, porém, acusam o governo de ameaçar a liberdade de uma imprensa que faz questão de se dizer independente, apartidária, plural, neutra, objetiva, isenta, que se limita apenas a apurar e publicar fatos.
É como disse Joseph Pulitzer (1847-1911), aquele que dá o nome ao mais importante prêmio americano de jornalismo: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.
Esse partido da imprensa oposicionista vem panfletando, diuturnamente, há anos, promovendo seu candidato e atacando o adversário com a maior cara de pau. Como partido, agora declarado, deveria ser punido por propaganda eleitoral antecipada. O TSE deveria exigir dele o cumprimento da legislação eleitoral.
O mais importante de tudo é que dessa vez ficou claro: o jornalismo brasileiro é a voz do dono. Com exceção, claro, do jornalismo de Mangaratiba. Aqui não é a voz do dono, é a voz de quem compra espaço no jornal.
N.R.: Esse texto contém algumas “lambidinhas” que dei no Balaio do Kotscho e no blog Cidadania.
Se quiser assistir todo o Canal Livre, clique aqui .
sábado, 3 de abril de 2010
PISADA NA BOLA
Na verdade, foi um tremendo pisão. Um golpe cruel na convivência harmoniosa da sociedade cristã que demonstra até que ponto pode chegar a intolerância religiosa. Um vexame fundamentalista em plena semana santa.
Convidados pela diretoria e pelo patrocinador do clube para distribuir 600 ovos de páscoa e alegrar as crianças e adolescentes com paralisia cerebral internadas em uma instituição, eles toparam.
Chegando ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, em Santos (foto), Robinho, Neymar, Ganso, André e outros recusaram-se a entrar por questão religiosa. Mesmo com a insistência de diretores e do técnico Dorival Junior, eles permaneceram no ônibus que os levou.
"A intenção da diretoria era mostrar as dificuldades com as quais uma casa de fraternidade trabalha. E, mesmo assim, eles conseguem manter um número ímpar de voluntários, pessoas do bem, que procuram ajudar ao próximo. Por isso, digo que respeito a posição dos atletas, mas não comungo com essa postura. Acho que quando digo que respeito a posição deles digo tudo o que eu penso sobre essa situação" - ponderou o técnico Dorival.
Depois, em entrevista à TV Bandeirantes, Robinho explicou:
“Só ficamos sabendo quando chegamos ao local que se tratava de um ambiente espírita. Cada jogador tomou a atitude que achou conveniente movido pela religiosidade de cada um. Acho que a religião de cada um precisa ser respeitada”.
Neymar disse o seguinte:
“Fiquei sabendo dos rituais religiosos realizados no local somente quando cheguei lá. Tomei essa atitude porque tinha receio de não me sentir bem".
“Ah! Eles são jovens ainda, não têm discernimento” – dirão os paternalistas que me leem.
Pô! Então, fraternidade depende da crença religiosa de cada um. Nem entre árabes e judeus que, no Brasil, convivem em perfeita harmonia. Eu também fui jovem e me lembro muito bem, havia o respeito de que falaram Robinho e o técnico do time.
Hoje, em vez desse respeito à liberdade de consciência e de crença religiosa existem os pastores que se dizem “evangélicos” e atribuem características demoníacas e influências maléficas à doutrina espírita, demonizando os seus adeptos.
E fazem a cabeça de jovens imbecis que sabem jogar bola, mas não sabem de mais nada.
P.S.: Diante da repercussão do fato, Neymar prometeu reparar o erro: "Estou arrependido de não ter entrado. Gostaria de pedir desculpa aos internos do Lar pelo que aconteceu. Conversei com o meu pai e pretendo voltar lá para visitar o pessoal".
Fico pensando: o que dirá, então, o pastor da sua igreja? Ficará satisfeito com a reparação?
Convidados pela diretoria e pelo patrocinador do clube para distribuir 600 ovos de páscoa e alegrar as crianças e adolescentes com paralisia cerebral internadas em uma instituição, eles toparam.
Chegando ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, em Santos (foto), Robinho, Neymar, Ganso, André e outros recusaram-se a entrar por questão religiosa. Mesmo com a insistência de diretores e do técnico Dorival Junior, eles permaneceram no ônibus que os levou.
"A intenção da diretoria era mostrar as dificuldades com as quais uma casa de fraternidade trabalha. E, mesmo assim, eles conseguem manter um número ímpar de voluntários, pessoas do bem, que procuram ajudar ao próximo. Por isso, digo que respeito a posição dos atletas, mas não comungo com essa postura. Acho que quando digo que respeito a posição deles digo tudo o que eu penso sobre essa situação" - ponderou o técnico Dorival.
Depois, em entrevista à TV Bandeirantes, Robinho explicou:
“Só ficamos sabendo quando chegamos ao local que se tratava de um ambiente espírita. Cada jogador tomou a atitude que achou conveniente movido pela religiosidade de cada um. Acho que a religião de cada um precisa ser respeitada”.
Neymar disse o seguinte:
“Fiquei sabendo dos rituais religiosos realizados no local somente quando cheguei lá. Tomei essa atitude porque tinha receio de não me sentir bem".
“Ah! Eles são jovens ainda, não têm discernimento” – dirão os paternalistas que me leem.
Pô! Então, fraternidade depende da crença religiosa de cada um. Nem entre árabes e judeus que, no Brasil, convivem em perfeita harmonia. Eu também fui jovem e me lembro muito bem, havia o respeito de que falaram Robinho e o técnico do time.
Hoje, em vez desse respeito à liberdade de consciência e de crença religiosa existem os pastores que se dizem “evangélicos” e atribuem características demoníacas e influências maléficas à doutrina espírita, demonizando os seus adeptos.
E fazem a cabeça de jovens imbecis que sabem jogar bola, mas não sabem de mais nada.
P.S.: Diante da repercussão do fato, Neymar prometeu reparar o erro: "Estou arrependido de não ter entrado. Gostaria de pedir desculpa aos internos do Lar pelo que aconteceu. Conversei com o meu pai e pretendo voltar lá para visitar o pessoal".
Fico pensando: o que dirá, então, o pastor da sua igreja? Ficará satisfeito com a reparação?
TEMPESTADE NO CERRADO
Mauro Carrara – paulista, 71 anos, jornalista renomado – fez a denúncia e pediu que os blogueiros de mente honesta, aberta e articulada deem sua contribuição à defesa da democracia e da verdade, reproduzindo-a.
Foi no blog do Luiz Carlos Azenha – Vi o Mundo, o que você não vê na mídia (clique aqui) – que Carrara publicou originalmente o texto abaixo com a denúncia.
Foi no blog do Luiz Carlos Azenha – Vi o Mundo, o que você não vê na mídia (clique aqui) – que Carrara publicou originalmente o texto abaixo com a denúncia.
“Tempestade no Cerrado” é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.N.R.: Hoaxes são pulhas virtuais: boatos, lendas, falsos vírus, mentiras e meias verdades.
A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores. A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.
As conversas tensas nos “aquários” do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.
1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.
2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.
3) Ressuscitar o caso “mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.
4) Elevar o tom de voz nos editoriais.
5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “CENSURA” à livre manifestação do pensamento.
6) Selecionar dados supostamente negativos na economia e isolá-los do contexto.
7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.
8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.
Parte dessa estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral. É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.
A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo. Almeida escreveu Por que Lula? e A Cabeça do Brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.
As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.
● Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.
● Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.
● Criam deturpações numéricas. A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso. Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas. O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis. Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.
● A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses. A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.
● Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena. É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90. Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia. É o caso da “bomba” requentada neste mês de março.
● Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores. Três deles merecem destaque:
1) O “Bolsa Bandido” ou auxílio-reclusão. Refere-se a uma lei aprovada há mais de 50 anos e que foi mantida na Constituição de 1988 e foi regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.
2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.
3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.
Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade reproduzindo este texto."
sexta-feira, 2 de abril de 2010
PRIMEIRO DE ABRIL
É uma data que desde o império romano foi comemorada com piadas e brincadeiras.
Infelizmente, há 46 anos, o 1º de abril coincidiu com a implantação do terror em nosso país. Depois disso, essa data foi perdendo o vigor entre nós brasileiros. Mas, deixa isso p´ra lá. Falei sobre isso ontem. Hoje, quero lembrar de outros “primeiros de abris”.
Se você, ontem, caiu em alguma reminiscência de primeiro de abril, não fique chateado(a). Acontece... Quem já não caiu em brincadeiras inocentes nessa data?
A revista Veja, por exemplo, caiu ridiculamente numa barriga absurda na edição de 27 de abril de 1983. Foi a estória do “boimate”. Veja publicou reportagem, como se fosse verdade, anunciando uma nova e maravilhosa arma contra a fome, a partir de uma brincadeira de 1º de abril da revista New Scientist (leia acima - clique nela para ampliar - ou confirme aqui ).
“Num ousado avanço da biologia molecular, dois biólogos de Hamburgo, na Alemanha, fundiram pela primeira vez células animais com células vegetais - as de um tomateiro com as de um boi. Deu certo” – disse a reportagem.
Há bem menos tempo, o colunista Carlos Chagas inventou a ONG Amigos de Plutão em defesa do planeta. Aconteceu em abril de 2006, quando os cientistas astronômicos determinaram que plutão não mais poderia ser considerado um planeta. O jornalista escreveu ainda que a nova ONG iria receber sete milhões e meio do governo federal para a sua implantação.
Um estúpido senador – Heráclito Fortes – em seu furor oposicionista e na ânsia de combater o Lula, fez um discurso irracional na tribuna do senado (veja o vídeo abaixo).
O senador bochechudo e boca mole acreditou no primeiro de abril, passou a maior vergonha entre seus pares e foi motivo de gozação na imprensa na época. O colunista morreu de rir.
Portanto, se você caiu em alguma brincadeira de primeiro de abril, não se perturbe. Embora, você esteja muito mal acompanhado.
Agora, falando sério, cuidado com o que você bebe. Não beba demais. Toda e qualquer bebida, sem exceção, contém monóxido de dihidrogênio, uma substância que mata e que causou muitos transtornos no verão passado.
Infelizmente, há 46 anos, o 1º de abril coincidiu com a implantação do terror em nosso país. Depois disso, essa data foi perdendo o vigor entre nós brasileiros. Mas, deixa isso p´ra lá. Falei sobre isso ontem. Hoje, quero lembrar de outros “primeiros de abris”.
Se você, ontem, caiu em alguma reminiscência de primeiro de abril, não fique chateado(a). Acontece... Quem já não caiu em brincadeiras inocentes nessa data?
A revista Veja, por exemplo, caiu ridiculamente numa barriga absurda na edição de 27 de abril de 1983. Foi a estória do “boimate”. Veja publicou reportagem, como se fosse verdade, anunciando uma nova e maravilhosa arma contra a fome, a partir de uma brincadeira de 1º de abril da revista New Scientist (leia acima - clique nela para ampliar - ou confirme aqui ).
“Num ousado avanço da biologia molecular, dois biólogos de Hamburgo, na Alemanha, fundiram pela primeira vez células animais com células vegetais - as de um tomateiro com as de um boi. Deu certo” – disse a reportagem.
Há bem menos tempo, o colunista Carlos Chagas inventou a ONG Amigos de Plutão em defesa do planeta. Aconteceu em abril de 2006, quando os cientistas astronômicos determinaram que plutão não mais poderia ser considerado um planeta. O jornalista escreveu ainda que a nova ONG iria receber sete milhões e meio do governo federal para a sua implantação.
Um estúpido senador – Heráclito Fortes – em seu furor oposicionista e na ânsia de combater o Lula, fez um discurso irracional na tribuna do senado (veja o vídeo abaixo).
O senador bochechudo e boca mole acreditou no primeiro de abril, passou a maior vergonha entre seus pares e foi motivo de gozação na imprensa na época. O colunista morreu de rir.
Portanto, se você caiu em alguma brincadeira de primeiro de abril, não se perturbe. Embora, você esteja muito mal acompanhado.
Agora, falando sério, cuidado com o que você bebe. Não beba demais. Toda e qualquer bebida, sem exceção, contém monóxido de dihidrogênio, uma substância que mata e que causou muitos transtornos no verão passado.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
"LUTA, SUBSTANTIVO FEMININO"
Continuando a falar de leitura obrigatória, foi lançado esta semana na PUC de São Paulo um livro com a história de 45 mulheres mortas ou desaparecidas durante o buraco negro da ditadura militar. O que veio a seguir àquele fatídico 1º de abril é lembrado no livro por 27 mulheres que foram presas, torturadas, violentadas, estupradas e sobreviveram ao holocausto.
“Luta, Substantivo Feminino” deve ser leitura obrigatória para todos, não só para os alunos do ensino médio.
Alguns depoimentos dessas mulheres – estudantes, professoras, jornalistas, donas de casa, bancárias, assistentes sociais, algumas grávidas, outras amamentando – vão, em parte, abaixo reproduzidos.
● Rose Nogueira, jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje:
“Sobe depressa, Miss Brasil, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os 40 dias do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (o delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”.
● Izabel Fávero, professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária:
“Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”.
● Hecilda Fontelles Veiga, estudante de Ciências Sociais, presa em 1971, em Brasília. Hoje, vive em Belém, onde é professora da Universidade Federal do Pará:
“Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. (…) me colocaram na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição de Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia”.
● Yara Spadini, assistente social presa em 1971, em São Paulo. Hoje, vive na mesma cidade, onde é professora aposentada da PUC:
“Era muita gente em volta de mim. Um deles me deu pontapés e disse: ‘Você, com essa cara de filha de Maria, é uma filha da puta’. E me dava chutes. Depois, me levaram para a sala de tortura. Aí, começaram a me dar choques direto da tomada no tornozelo. Eram choques seguidos no mesmo lugar”.
● Inês Etienne Romeu, bancária, presa em São Paulo, em 1971. Hoje, vive em Belo Horizonte:
“Fui conduzida para uma casa em Petrópolis. O dr. Roberto, um dos mais brutais torturadores, arrastou-me pelo chão, segurando-me pelos cabelos. Depois, tentou me estrangular e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e deram-me pancadas na cabeça. Fui espancada várias vezes e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. O ‘Márcio’ invadia minha cela para ‘examinar’ meu ânus e verificar se o ‘Camarão’ havia praticado sodomia comigo. Esse mesmo ‘Márcio’ obrigou-me a segurar seu pênis, enquanto se contorcia obscenamente. Durante esse período fui estuprada duas vezes pelo ‘Camarão’ e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros”.
● Ignez Maria Raminger, estudante de Medicina Veterinária presa em 1970, em Porto Alegre, onde trabalha atualmente como técnica da Secretaria de Saúde:
“Fui levada para o Dops, onde me submeteram a torturas como cadeira do dragão e pau de arara. Davam choques em várias partes do corpo, inclusive nos genitais. De violência sexual, só não houve cópula, mas metiam os dedos na minha vagina, enfiavam cassetete no ânus. Isso, além das obscenidades que falavam. Havia muita humilhação. E eu fui muito torturada, juntamente com o Gustavo [Buarque Schiller], porque descobriram que era meu companheiro”.
● Dilea Frate, estudante de Jornalismo presa em 1975, em São Paulo. Hoje, vive no Rio de Janeiro, onde é jornalista e escritora:
“Dois homens entraram em casa e me sequestraram, juntamente com meu marido, o jornalista Paulo Markun. No DOI-Codi de São Paulo, levei choques nas mãos, nos pés e nas orelhas, alguns tapas e socos. Num determinado momento, eles extrapolaram e, rindo, puseram fogo nos meus cabelos, que passavam da cintura”.
● Cecília Coimbra, estudante de Psicologia presa em 1970, no Rio. Hoje, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e professora de Psicologia da Universidade Federal Fluminense:
“Os guardas que me levavam, frequentemente encapuzada, percebiam minha fragilidade e constantemente praticavam vários abusos sexuais contra mim. Os choques elétricos no meu corpo nu e molhado eram cada vez mais intensos. Me senti desintegrar: a bexiga e os esfíncteres sem nenhum controle. ‘Isso não pode estar acontecendo: é um pesadelo… Eu não estou aqui…’, pensei. Vi meus três irmãos no DOI-Codi/RJ. Sem nenhuma militância política, foram sequestrados em suas casas, presos e torturados”.
● Maria Amélia de Almeida Teles, professora de educação artística presa em 1972, em São Paulo. Hoje é diretora da União de Mulheres de São Paulo:
“Fomos levados diretamente para a Oban. Eu vi que quem comandava a operação do alto da escada era o coronel Ustra. Subi dois degraus e disse: ‘Isso que vocês estão fazendo é um absurdo’. Ele disse: ‘Foda-se, sua terrorista’, e bateu no meu rosto. Eu rolei no pátio. Aí, fui agarrada e arrastada para dentro. Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido. Fiquei nessa cadeira, nua, e os caras se esfregavam em mim, se masturbavam em cima de mim. Mas com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques”.
Talvez um dia, quem sabe, a Dilma Roussef também nos conte o que sofreu nos porões da ditadura.
E ainda existe gente – gente? – imbecil e sem memória que sente saudade daquele tempo.
Gente cretina e estúpida que não suporta ver, no presente, um Brasil muito melhor, pujante, respeitado mundialmente, em desenvolvimento e plena democracia. Um Brasil sem dedurismo, sem prisóes, sem explosões, sem tortura e sem a mordaça verde-oliva.
Torturadores aposentados como os que mataram o jornalista Wladimir Herzog dirão que tudo isso é mentira. A foto acima é dele morto na prisão. Os torturadores afirmaram que ele próprio enforcou-se. Isso, sim, foi mentira. Quem pode acreditar em um suicida que se enforcou com os joelhos dobrados e os pés no chão?
“Luta, Substantivo Feminino” deve ser leitura obrigatória para todos, não só para os alunos do ensino médio.
Alguns depoimentos dessas mulheres – estudantes, professoras, jornalistas, donas de casa, bancárias, assistentes sociais, algumas grávidas, outras amamentando – vão, em parte, abaixo reproduzidos.
● Rose Nogueira, jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje:
“Sobe depressa, Miss Brasil, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os 40 dias do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (o delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”.
● Izabel Fávero, professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária:
“Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”.
● Hecilda Fontelles Veiga, estudante de Ciências Sociais, presa em 1971, em Brasília. Hoje, vive em Belém, onde é professora da Universidade Federal do Pará:
“Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. (…) me colocaram na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição de Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia”.
● Yara Spadini, assistente social presa em 1971, em São Paulo. Hoje, vive na mesma cidade, onde é professora aposentada da PUC:
“Era muita gente em volta de mim. Um deles me deu pontapés e disse: ‘Você, com essa cara de filha de Maria, é uma filha da puta’. E me dava chutes. Depois, me levaram para a sala de tortura. Aí, começaram a me dar choques direto da tomada no tornozelo. Eram choques seguidos no mesmo lugar”.
● Inês Etienne Romeu, bancária, presa em São Paulo, em 1971. Hoje, vive em Belo Horizonte:
“Fui conduzida para uma casa em Petrópolis. O dr. Roberto, um dos mais brutais torturadores, arrastou-me pelo chão, segurando-me pelos cabelos. Depois, tentou me estrangular e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e deram-me pancadas na cabeça. Fui espancada várias vezes e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. O ‘Márcio’ invadia minha cela para ‘examinar’ meu ânus e verificar se o ‘Camarão’ havia praticado sodomia comigo. Esse mesmo ‘Márcio’ obrigou-me a segurar seu pênis, enquanto se contorcia obscenamente. Durante esse período fui estuprada duas vezes pelo ‘Camarão’ e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros”.
● Ignez Maria Raminger, estudante de Medicina Veterinária presa em 1970, em Porto Alegre, onde trabalha atualmente como técnica da Secretaria de Saúde:
“Fui levada para o Dops, onde me submeteram a torturas como cadeira do dragão e pau de arara. Davam choques em várias partes do corpo, inclusive nos genitais. De violência sexual, só não houve cópula, mas metiam os dedos na minha vagina, enfiavam cassetete no ânus. Isso, além das obscenidades que falavam. Havia muita humilhação. E eu fui muito torturada, juntamente com o Gustavo [Buarque Schiller], porque descobriram que era meu companheiro”.
● Dilea Frate, estudante de Jornalismo presa em 1975, em São Paulo. Hoje, vive no Rio de Janeiro, onde é jornalista e escritora:
“Dois homens entraram em casa e me sequestraram, juntamente com meu marido, o jornalista Paulo Markun. No DOI-Codi de São Paulo, levei choques nas mãos, nos pés e nas orelhas, alguns tapas e socos. Num determinado momento, eles extrapolaram e, rindo, puseram fogo nos meus cabelos, que passavam da cintura”.
● Cecília Coimbra, estudante de Psicologia presa em 1970, no Rio. Hoje, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e professora de Psicologia da Universidade Federal Fluminense:
“Os guardas que me levavam, frequentemente encapuzada, percebiam minha fragilidade e constantemente praticavam vários abusos sexuais contra mim. Os choques elétricos no meu corpo nu e molhado eram cada vez mais intensos. Me senti desintegrar: a bexiga e os esfíncteres sem nenhum controle. ‘Isso não pode estar acontecendo: é um pesadelo… Eu não estou aqui…’, pensei. Vi meus três irmãos no DOI-Codi/RJ. Sem nenhuma militância política, foram sequestrados em suas casas, presos e torturados”.
● Maria Amélia de Almeida Teles, professora de educação artística presa em 1972, em São Paulo. Hoje é diretora da União de Mulheres de São Paulo:
“Fomos levados diretamente para a Oban. Eu vi que quem comandava a operação do alto da escada era o coronel Ustra. Subi dois degraus e disse: ‘Isso que vocês estão fazendo é um absurdo’. Ele disse: ‘Foda-se, sua terrorista’, e bateu no meu rosto. Eu rolei no pátio. Aí, fui agarrada e arrastada para dentro. Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido. Fiquei nessa cadeira, nua, e os caras se esfregavam em mim, se masturbavam em cima de mim. Mas com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques”.
Talvez um dia, quem sabe, a Dilma Roussef também nos conte o que sofreu nos porões da ditadura.
E ainda existe gente – gente? – imbecil e sem memória que sente saudade daquele tempo.
Gente cretina e estúpida que não suporta ver, no presente, um Brasil muito melhor, pujante, respeitado mundialmente, em desenvolvimento e plena democracia. Um Brasil sem dedurismo, sem prisóes, sem explosões, sem tortura e sem a mordaça verde-oliva.
Torturadores aposentados como os que mataram o jornalista Wladimir Herzog dirão que tudo isso é mentira. A foto acima é dele morto na prisão. Os torturadores afirmaram que ele próprio enforcou-se. Isso, sim, foi mentira. Quem pode acreditar em um suicida que se enforcou com os joelhos dobrados e os pés no chão?
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