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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O MUSEU E O CARNAVAL

Vejo na net uma campanha inútil contra o carnaval. Dizem também que o Museu do Amanhã foi um contrassenso. Que o dinheiro investido ou a investir no carnaval e no museu deveria ter sido empregado na saúde. 
Pô! Todos têm direito a um momento de estupidez. Geralmente, são vira-latinhas com um pote até aqui de mágoas que abanam o rabo para quem os desprezam, oprimidos que fortalecem o opressor. Eu fico imaginando como esse pessoal fazia para passar vergonha antes do feissibuque e tenho que dar razão ao meu guru Nelson Rodrigues: "Em nosso século, o "grande homem" pode ser, ao mesmo tempo, uma grande besta". Mas, bem que esses idiotas vira-latas cheios de ódio poderiam recuperar a modéstia. Obcecados pelo ódio, talvez estejam dispostos a serem atraídos pelo ISIS. 
Devo dizer que o museu e o carnaval não foram feitos para os doentios, mas sim para gente saudável e feliz que, como eu, admira a arte, a ciência, a festa do povo, e quer sempre melhorar seu intelecto.
O museu foi feito assim como será construído o aquário municipal ali pertinho. Assim como foi feito o Cristo Redentor, o estádio do Maracanã, a cidade de Brasília, o túnel Rebouças e o Santa Bárbara, o parque do Flamengo e ampliaram a praia de Copacabana, a ponte Rio-Niterói e o metrô, o sambódromo e a expansão do metrô, a Linha Vermelha e a Linha Amarela. E tome mais metrô. E, agora, modernizam a cidade com BRTs e VLT, e com a infra-estrutura para os 42 esportes olímpicos. 
Imagine a cidade com e sem tudo isto... Sem a Portela, sem a Mangueira. Sem Anitta e Claudia Leite desfilando na Mocidade.
Agora, calcule quantos hospitais poderiam ter sido construídos com tanta grana? Centenas? Ou teriam sido milhares?
Sei que ainda não seriam suficientes para atender o grande número de doentios sempre à procura de atendimento médico.
O maior problema é que não teríamos tantos médicos para atender a tantos em tantos locais.


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