O
dinheiro a investir no carnaval deveria ser empregado na saúde, é o que dizem no
feissibuque.
Influenciadas por essas campanhas absurdas contra a folia e por iniciativas inúteis de outros prefeitos, algumas cidades caipiras decidiram cancelar o carnaval para investir em melhorias na saúde e na educação. Virou moda, principalmente, entre os prefeitos “evangélicos” que querem aparecer.
De fato, não deveria haver carnaval em pequenas cidades do interior para que quem odeia a festa pudesse ali se refugiar.
Influenciadas por essas campanhas absurdas contra a folia e por iniciativas inúteis de outros prefeitos, algumas cidades caipiras decidiram cancelar o carnaval para investir em melhorias na saúde e na educação. Virou moda, principalmente, entre os prefeitos “evangélicos” que querem aparecer.
De fato, não deveria haver carnaval em pequenas cidades do interior para que quem odeia a festa pudesse ali se refugiar.
O
prefeito de Paraíba do Sul cancelou o carnaval devido às chuvas, decretou
emergência e calamidade pública e diz que vai direcionar os recursos da folia
para mais de mil famílias afetadas pelas chuvas. Cabo Frio é outra cidade onde
o carnaval será cancelado, isto é, a chuva inviabilizou a montagem da estrutura
da festa, que reuniria nomes como Tuca Fernandes, Babado Novo, Bell Marques e
Durval Lelys. A Prefeitura de Macaé também decidiu revogar a licitação da
empresa que realizaria o carnaval. Em São Gonçalo, os bailes de rua
que aconteceriam em 40 bairros foram cancelados.
E
se o Eduardo Paes, em um acesso de estupidez, decidisse cancelar o carnaval
carioca? Já imaginaram ficarmos sem a Portela, sem a Mangueira? Sem Anitta e
Cláudia Leite desfilando na Mocidade? Sem os blocos nas ruas... Sem quatro dias de alegria...
Pô!
Parem com isso. Quem faz o carnaval carioca é o povo, e não precisa de apoio
oficial. Aquelas cidades caipiras devem precisar, pois necessitam de bailes
de rua e de “renomadas atrações” como Tuca Fernandes, Babado Novo, Bell
Marques e Durval Lelys, que dariam lucro a quem os contratasse.
Carnaval
no Rio com suas escolas de samba e seus 500 blocos é lucro, muito lucro para a economia da cidade e para a
prefeitura carioca.
Quando
falam em cancelar o carnaval carioca, eu lembro do Barão do Rio Branco, aquele
que apelidou de barão a quantia de mil cruzeiros por ter a sua foto estampada
na nota. Hoje, quando se fala em mil reais, também se diz que é um barão.
Diplomata,
advogado, deputado, promotor público, geógrafo e historiador, José Maria
da Silva Paranhos Júnior – o Barão do Rio Branco - foi ministro
das Relações Exteriores durante os mandatos dos presidentes Rodrigues Alves,
Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Resolveu questões de fronteiras
entre o Amapá e a Guiana Francesa, entre Santa Catarina e Paraná contra a
Argentina e conquistou o Acre que pertencia à Bolívia. Foi o segundo ocupante
da Cadeira nº 34 da Academia Brasileira de Letras.
Rio
Branco é o patrono da diplomacia brasileira e uma das figuras mais
importantes da história do Brasil.
Quando
faleceu em 10 de fevereiro de 1912, era uma unanimidade nacional. O
carnaval, que começaria no domingo seguinte, foi cancelado em respeito ao luto
pelo Barão e adiado para começar no dia 6 de abril. Foi a decisão do presidente
marechal Hermes da Fonseca.
O
carioca, porém, que nunca necessitou de apoio oficial para brincar o carnaval,
não se absteve de seus três dias de festa em fevereiro.
E
lotou a Avenida Central que, apenas três dias antes, recebera o nome de Rio
Branco, justamente em homenagem ao falecido.
Em
6 de abril, em plena Semana Santa, houve outro carnaval. E pior, toda a quaresma transformou-se em um período pré-carnavalesco.
N.L.: a história completa pode ser lida aqui.
2 comentários:
Nosso povo nunca deixa de pular Carnaval. Sempre existirão as brincadeiras não oficiais.
Curioso que hoje muitos cristãos religiosos falam que o "Carnaval é festa da carne", associando-o ao pecado. Porém, muitos desconhecem que a sua origem está em antigas festas religiosas. Foi da mistura do sacro com o profano que surgiram festas como a folia do "entrudo" que já acontecia na metrópole portuguesa com seus bonecos gigantes feitos de madeira e tecido colorido. E esse costume foi introduzido no Brasil lá pelo século XVI...
Ora, com uma longa tradição carnavalesca nas veias de nossa gente, como o brasileiro vai deixar de cair na folia?!
O carnaval é um ótimo remédio para os doentios hipocondríacos que lotam as recepções dos hospitais e postos de saúde ocupando o tempo e o espaço dos doentes que realmente necessitam de atendimento médico.
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