Minha nega entrou em greve,
Diz que já não me deve
Qualquer satisfação...
Diz que é muito mulher
Pra enfrentar repressão,
Reivindica o direito
De uma vida melhor...
Me enfrenta no peito
De igual pra igual,
Me chama de fraco,
Diz que sou o pior...
Subverte a ordem normal
Do nosso barraco.
Logo eu que não sou totalitário
Nem partidário
De sistema exótico contrário
À índole cristã do sambista...
Logo eu, flamenguista torcedor,
HIV negativo e defensor
Leal e ativo do regime conjugal...
Só não posso é dispensar a mordomia
Da cerveja à tardinha,
A simpatia da vizinha que dá bola,
Madrugada, sexta e sábado, na Escola...
E, no domingo, a pelada de manhã,
De tarde: o Maracanã...
Eu confesso, mas o que é que tem demais?
Tanta bronca, minha nega, é retrocesso.
É feminismo que ninguém aguenta mais.
N.L.: escrito após ler o blog do Dr. Rodrigo sobre "O segredo de um bom relacionamento conjugal".
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Um comentário:
Caro Lacerda,
Fico feliz que a leitura de meu texto no blogue tenha lhe inspirado.
Sobre o que postou, se a "nega entrou em greve", talvez deva ter surgido um motivo, seja este justificável ou não. Não concorda? (rsrsrs)
Mas hoje em dia fala-se muito em diálogo conjugal e, pela boa orientação dos psicólogos, o casal deve ao mesmo buscar realizar algumas coisas juntos e aprender a conviver com as diferenças. Ainda bem que inventaram a terapia pra casal. (rsrsrs)
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