Total de visualizações de página

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

VÉSPERA DE NATAL

Sempre lembro desta história contada na faculdade de comunicação. 
O editor viu que sobrava espaço na primeira página do jornal que circularia no dia seguinte. Já era noite, chamou o redator e exigiu urgência: “quero um editorial sobre Jesus Cristo”.
Como todo jornalista empregado de jornal não tem opinião nem liberdade de expressão – ele apenas exprime a vontade e a opinião do patrão – o redator quis saber: “contra ou a favor”.
 O estudante de jornalismo fica assim sabendo desde a faculdade que se quiser liberdade de expressão terá que editar o seu próprio jornal.
Com exceção deste caso, fica sabendo também que é muito mais fácil falar e escrever contra do que a favor.
Para se escrever a favor dá trabalho. Tem que ter argumentação. Tem que ter conhecimento de causa. Tem que ter informação. Tem que saber o que diz e o que ocorre no mundo.
Quando se é contra, é fácil, não precisa argumentar nem raciocinar. Nada que se diga ou invente estará muito longe do fato, pois, mais importante que o fato é a sua versão. Desde que não contrarie o patrão que é o dono da liberdade de expressão.
Liberdade de imprensa é uma coisa. Liberdade de expressão é outra muito diferente.
A de imprensa é garantida pela Constituição Federal. Qualquer um tem a liberdade de editar um jornal.
A liberdade de expressão também é garantida pela Constituição, sendo vedado o anonimato; mas na grande imprensa, somente quem pode permiti-la são as poucas famílias que a comandam.

Nenhum comentário: