“O grande acontecimento do século
foi a ascensão espantosa e fulminante do
idiota.”
Nelson Rodrigues
Já disse aqui que o Ministério Público é como um carro velho com bateria arriada que só pega empurrado.
A prova disto, associada à atual paranóia anticomunista, é o inquérito
aberto pelo MPF de Goiás para investigar o recrutamento de crianças do Brasil
pelo governo venezuelano para sofrer uma lavagem cerebral bolivariana.
Deu na Folha que o procurador Ailton Benedito de Souza decidiu “apurar ações ou omissões
ilícitas da União, relativamente às condutas praticadas pelo governo
venezuelano, ao levar, desde 2011, crianças e adolescentes brasileiros à
Venezuela, com o fim de transmitir conhecimentos relativos à revolução
bolivariana”.
De
fato, o site oficial do Ministério das Comunas e Movimentos Sociais da
Venezuela cita a convocação de crianças do Brasil para serem instruídas pelo
governo.
“Temos que saber em que condições, quem levou e quem
autorizou a ida dessas pessoas até a Venezuela”, afirmou o idiota ao G1.
Acontece
que Brasil é uma comunidade do estado venezuelano de Sucre. O babaca, portanto,
baseou-se em boato veiculado em algum site brasileiro de humor.
Foi o mesmo que fez o deputado
Roberto Freire (PPS) que ficou revoltado com a noticia publicada no site G17 de que o Banco Central colocaria em circulação notas de real com a frase “Lula seja louvado”, substituindo “Deus seja louvado”, para evitar atritos
com os ateus ou com os quase ateus como eu.
Sites e blogs de humor inventam notícias inacreditáveis que repercutem
como verdade e fazem idiotas,
como Roberto Freire, acreditarem.
Outro
idiota foi o ex-senador Heráclito Fortes (DEM) que acreditou no 1º de abril do
jornalista Carlos Chagas que informou sobre uma ONG – Amigos de Plutão – que
iria receber sete milhões do governo Lula para defender o planeta que havia
sido desconsiderado pela comunidade científica internacional.
O estúpido senador,
bochechudo e boca mole, em seu furor oposicionista e na ânsia de combater o
governo, fez um discurso irracional, exigindo uma CPI para investigar aquele 1º
de abril. Passou a maior vergonha e foi motivo de gozação na imprensa da época.
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