E, perdido, terminei envolvido em mil desilusões...
Acossado pelo amor, afogado na paixão,
Vou seguindo pela vida mendigando o seu perdão.
Vou pela vida, alma sangrando com essa dor secreta,
A sofrer e a cantar qual louco poeta.
Vou pela vida e o tempo não devora esta lembrança,
O passado fica imóvel na distância.
Minha amada, salve, salve este afeto que se encerra.
Volta, vem correndo, vem depressa,
Amor só é bom quando dói, quando rói o coração...
Se a noite chega aflita, eu deito só a procurá-la,
O sono vem e me agita, o
sonho é alívio, alegria,
Nele você me visita, é a sua
ausência viva em mim.
Acordar pra quê? Com uma dor
doída assim...
Levantar por quê? Se eu não
tenho ninguém,
Não tenho onde ficar, nem
sei pra aonde ir, quero dormir.
Imagino a noite ainda, o sol
a pino, a vida escura, A procura de um desejo, aquele sonho em que a vejo.
E, assim, vou pela vida, amargurado em minha triste travessia
Até pousar na laje fria o corpo meu já por demais cansado.
Falta você pra devolver-me a alegria:
Só você e o seu perdão vão colorir o meu viver.
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