Ano passado afirmei que o samba da Portela era “O melhor do ano que, se não levá-la ao campeonato, conquistará a nota dez e todos os prêmios – Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, etc - de melhor samba-enredo.”
O samba obteve nota dez dos quatro jurados e conquistou os prêmios citados. Com exceção da Vila Isabel, nenhuma outra escola obteve nota dez dos quatro jurados em samba-enredo. Novamente, o samba da Vila é o maior concorrente da Portela, não por sua qualidade, mas devido ao renome dos seus compositores.
Aquele desfile foi algo nunca visto e que jamais voltou a acontecer depois que a Mocidade e todas as escolas passaram a fazer um arremedo do estilo marcial da Beija-Flor com suas alas sob absoluto controle da harmonia.
Vejam no vídeo abaixo que a Mocidade era só alegria, contentamento absoluto. Os componentes se misturavam enlouquecidos, as alas num descontrole absolutamente carnavalesco.
Todo mundo vestido de índio que sempre foi uma presença constante no carnaval, porém, nunca tão felizes e em tamanha quantidade.
E a bateria. “Prestenção” na bateria. Eu estava lá, era puro samba, não esse marcheamento que se ouve atualmente. A Mocidade ficou em segundo lugar. A Mangueira venceu com a homenagem a Carlos Drummond de Andrade.
“E a oca virou taba,
A taba virou metrópole...
Eis aqui a grande Tupinicópolis.”
Notem que é o Fernando Pamploma quem
faz os comentários para a TV Manchete. A taba virou metrópole...
Eis aqui a grande Tupinicópolis.”
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