domingo, 11 de julho de 2010
A GRANDE FINAL
Mais uma copa na minha vida. E, como sempre, vi todos os jogos. Todos. Emocionantes.
Os “abalizados” reclamaram dos poucos gols na fase inicial. Reclamaram dos erros dos árbitros. Reclamaram da bola. Das vuvuzelas, também reclamei.
Convenhamos, os gols perdidos são ainda mais emocionantes. Como aqueles chutes do Pelé contra o Uruguai e a Tchecoslováquia, em 1970, que não entraram. Aquela defesa do goleiro da Ingraterra, também em 70, na cabeçada do mesmo Pelé. Os pênaltis perdidos por Zico (86) e Baggio (94). Nada mais emocionante. Até hoje, são repetidos na TV. Já vi 0x0 mais sensacional que goleadas.
Se os árbitros não errassem, não estaríamos ainda falando do gol de Maradona com a mão contra a Inglaterra (86). Ou aquele gol alemão, também contra a Inglaterra (66), que juiz nem bandeirinha viram a bola entrar.
A Jabulani enganou muitos goleiros e fez a Adidas faturar milhões. A vuvuzela espero ser esquecida até 2014.
Foi uma grande Copa do Mundo, a melhor que eu já vi. E para ela foi reservada uma grande final com as duas melhores seleções. A Holanda, que eliminou o Brasil, contra a Espanha que – como escrevi antes - mostrou o melhor futebol desta copa quando perdeu para a Suiça. E, também, depois, quando jogou ainda mais bonito e venceu todas. Aliás, somente o Brasil, naquele primeiro tempo contra a Holanda, conseguiu se igualar à Espanha.
São duas seleções que implantaram um novo esquema de futebol para quando o objetivo é vencer ou vencer: o 9-1 quando defende e o 1-9 quando ataca. Emoção pura. Nada de 4-4-2, 4-3-3, etc, que somente existe até o momento de a bola rolar.
Eu vou torcer pela Holanda que vai à final pela terceira vez e que me encantou em 74 e 78, mas sei que a Espanha é melhor. Tem sete jogadores do Barcelona e o maior número de craques: Iniesta, Xavi, Villa, Pedro, Puyol, Piquet, Sérgio Ramos. Tudo isso contra apenas dois da Holanda: Robben e Sneijder.
Pareca até covardia. Contudo, futebol se ganha é no campo. Qualquer dos dois poderá ser campeão pela primeira vez e fará um grande bem ao futebol. O que não seria o caso do futebol mecânico, sem dribles e sem magia, da Alemanha que foi tão elogiado pelos “abalizados” comentaristas esportivos.
Só espero estar vivo em 2014 para ver mais uma Copa do Mundo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
E eu espero estar viva para ler a paixão que você derrama nos teclados.
Leila,
Será que até lá vamos nos conhecer? Pessoalmente, nada a ver com o sentido bíblico da coisa.
rsrsrsrsrs!
Claro que vamos.
Postar um comentário