Serra: Querida, somente você pode me salvar.
Marina: Mas, Serra, você já perdeu essa.
Serra: Eu sei, querida, mas vai pegar muito mal pra mim perder logo no primeiro turno. Você não acha?
Marina: É, Serra, vai ser muito feio. A terceira derrota para presidente.
Serra: Terceira não. Segunda.
Marina: Pra cima de mim, Serra? A segunda você perdeu quando desistiu em 2006. Tinha certeza da derrota e empurrou o “picolé de xuxu” para o sacrifício.
Serra: É...
Marina: Sua candidatura a presidente só ganhou mesmo foi da Roseana Sarney quando você inventou aquele “dossiê” contra ela.
Serra: Isso é passado. Coisas da política. Vamos olhar para a frente.
Marina: Então, vamos direto ao assunto. O que você quer de mim? Que eu seja a sua vice?
Serra: Não. Não é isso. Não dá mais...
Marina: Diga o que você quer.
Serra: Veja você o vice que me arrumaram. Com ele, eu sofro uma derrota fragorosa e a Dilma leva logo no primeiro turno.
Marina: Mas eu estou crescendo nas pesquisas. Sei que posso vencer essa eleição.
Serra: Não se mexa, tem uma mosca azul no seu ombro, vou pegá-la.
Marina: Não! Não espante, é de estimação. Ela tem me acompanhado em toda a campanha.
Serra: Você cresceu de 8 para 9 pontos. Está patinhando sem sair do lugar. Você pode crescer muito mais rápido e levar a eleição para o segundo turno.
Marina: Como?
Serra: Eu tenho absoluto controle da mídia e posso fazê-la abrir espaços para você. Já pensou você no Jornal Nacional quase todo dia. Elogios diários em O Globo, Folha, Estadão, e semanais na Veja. Posso até colocar você na capa.
Marina: Você pode fazer isso?
Serra: Claro que posso. E vou fazer. A partir de julho, você terá tanto espaço quanto eu na mídia. Você vai ver. Mas, você tem que elogiar o Lula, sempre, para parecer que também é a candidata dele.
Marina: Assim, quem vai para o segundo turno sou eu.
Serra: Pode ser...
Marina: E se eu ganhar? O que você quer?
Serra: Em nome da unidade nacional, você me nomeia Ministro-Chefe da Casa Civil. E me lança como seu candidato em 2014.
Marina: E se você for para o segundo turno e vencer?
Serra: Você será a minha Ministra do Meio Ambiente com todos os poderes sobre a Amazônia.
Marina: Acho que você me quer como a sua “laranja”...
Serra: Isso, isso, isso... Laranja tem tudo a ver com o meio ambiente.
Marina: Eu quero mais. Quero um novo programa social.
Serra: Concordo com tudo o que você quiser.
Marina: Eu quero implantar o programa Bolsa Cosméticos.
Serra: Está combinado.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
FOLHA ELIMINA O BRASIL DA COPA
Anúncio do Extra, publicado hoje pela Folha de São Paulo, eliminou o Brasil da Copa do Mundo. O Grupo Pão de Açúcar preparou dois anúncios distintos: um para a vitória sobre o Chile, outro para a derrota.
Assim fazem todos os anunciantes em todos os jogos da seleção brasileira: um anúncio de exaltação pela vitória e outro de consolação para quem vê sua seleção ser eliminada. Não dá para advinhar o resultado de uma partida da Copa do Mundo.
A Folha errou – como sempre erra – ou está torcendo contra e publicou esse anúncio aí em cima.
Em nota, o Grupo Pão de Açúcar esclareceu que hoje deveria ter entrado o anúncio da vitória, mas, por “erro humano”, saiu impresso o da derrota do Brasil.
A Folha terá que se retratar publicamente, amanhã, com a correção do material. É muita estupidez ou falta de profissionalismo.
Quando será que ela vai se retratar pela mentira do dossiê inventado? Da ficha falsa da Dilma? Do jovem estuprado por Lula na prisão? E por tantas outras mentiras que alimentam aqueles 3% que não acreditam no país?
Assim fazem todos os anunciantes em todos os jogos da seleção brasileira: um anúncio de exaltação pela vitória e outro de consolação para quem vê sua seleção ser eliminada. Não dá para advinhar o resultado de uma partida da Copa do Mundo.
A Folha errou – como sempre erra – ou está torcendo contra e publicou esse anúncio aí em cima.
Em nota, o Grupo Pão de Açúcar esclareceu que hoje deveria ter entrado o anúncio da vitória, mas, por “erro humano”, saiu impresso o da derrota do Brasil.
A Folha terá que se retratar publicamente, amanhã, com a correção do material. É muita estupidez ou falta de profissionalismo.
Quando será que ela vai se retratar pela mentira do dossiê inventado? Da ficha falsa da Dilma? Do jovem estuprado por Lula na prisão? E por tantas outras mentiras que alimentam aqueles 3% que não acreditam no país?
segunda-feira, 28 de junho de 2010
FUTEBOL
QUE BONITO É...
A importância do futebol no mundo pode ser medida pelo número de países membros da FIFA (208) e da ONU (192). A FIFA existe para, através do futebol, unir os povos e promover a paz no mundo, e consegue. A ONU existe para evitar as guerras, jamais conseguiu.
A cada quatro anos, porém, a FIFA promove uma guerra entre 32 países. É o maior evento mundial que envolve emocionalmente bilhões de pessoas em todo o planeta. Seja rico, seja pobre, seja intelectual ou analfabeto, sem distinção de cor, de raça, de sexo, de religião, de ideologia, ficam todos ligados na mesma emoção dessa guerra sem derramamento de sangue.
Uma guerra em que não há derrotados. Todos são vencedores porque participaram. Chegaram ao seu limite físico e emocional dentro e fora do campo. Ganham os povos e os países, sejam participantes ou não.
Que bonito é... a paixão pelo futebol.
Que bonito é... ver as lágrimas de alegria e de tristeza ao final cada partida.
Que bonito é... ver aqueles meninos carentes e malnutridos transformados em gigantes a defender as cores de sua seleção.
São todos milionários, sim. E daí? Merecem muito mais pelo talento que Deus lhes deu. Pelo orgulho, alegria e felicidade que proporcionam aos seus torcedores.
Não haverá dinheiro que pague o contentamento que o povo brasileiro sentirá se formos hexacampeões do mundo.
Como diz a FIFA, “o futebol é uma ferramenta para o desenvolvimento social e humano, fortalecendo o trabalho de diversas iniciativas em todo o mundo no auxílio às comunidades no que diz respeito à pacificação, saúde, integração social, educação e muito mais.”
Sabem porque estou dizendo isso? Porque fui chamado de babaca, ignorante, otário, imbecil, em um texto sobre os amantes do futebol que li em um “blog”. Dizia, também, o texto que os filhos dos filhos dos meus filhos seriam os babacas do futuro.
Ler tamanha insensatez ainda é melhor do que ser analfabeto.
Não sei se fico indignado com tanta mediocridade ou se sinto pena da frustração que o “blogueiro” carrega pela vida por nunca ter ganho uma bola de presente quando aprendeu a andar. Um frustrado que jamais disputou uma "pelada" com os garotos da outra rua.
Um pobre coitado com trauma de infância que não sabe o que é a paixão por essa força unificadora cujas virtudes realizam uma importante contribuição à sociedade e à paz mundial.
A importância do futebol no mundo pode ser medida pelo número de países membros da FIFA (208) e da ONU (192). A FIFA existe para, através do futebol, unir os povos e promover a paz no mundo, e consegue. A ONU existe para evitar as guerras, jamais conseguiu.
A cada quatro anos, porém, a FIFA promove uma guerra entre 32 países. É o maior evento mundial que envolve emocionalmente bilhões de pessoas em todo o planeta. Seja rico, seja pobre, seja intelectual ou analfabeto, sem distinção de cor, de raça, de sexo, de religião, de ideologia, ficam todos ligados na mesma emoção dessa guerra sem derramamento de sangue.
Uma guerra em que não há derrotados. Todos são vencedores porque participaram. Chegaram ao seu limite físico e emocional dentro e fora do campo. Ganham os povos e os países, sejam participantes ou não.
Que bonito é... a paixão pelo futebol.
Que bonito é... ver as lágrimas de alegria e de tristeza ao final cada partida.
Que bonito é... ver aqueles meninos carentes e malnutridos transformados em gigantes a defender as cores de sua seleção.
São todos milionários, sim. E daí? Merecem muito mais pelo talento que Deus lhes deu. Pelo orgulho, alegria e felicidade que proporcionam aos seus torcedores.
Não haverá dinheiro que pague o contentamento que o povo brasileiro sentirá se formos hexacampeões do mundo.
Como diz a FIFA, “o futebol é uma ferramenta para o desenvolvimento social e humano, fortalecendo o trabalho de diversas iniciativas em todo o mundo no auxílio às comunidades no que diz respeito à pacificação, saúde, integração social, educação e muito mais.”
Sabem porque estou dizendo isso? Porque fui chamado de babaca, ignorante, otário, imbecil, em um texto sobre os amantes do futebol que li em um “blog”. Dizia, também, o texto que os filhos dos filhos dos meus filhos seriam os babacas do futuro.
Ler tamanha insensatez ainda é melhor do que ser analfabeto.
Não sei se fico indignado com tanta mediocridade ou se sinto pena da frustração que o “blogueiro” carrega pela vida por nunca ter ganho uma bola de presente quando aprendeu a andar. Um frustrado que jamais disputou uma "pelada" com os garotos da outra rua.
Um pobre coitado com trauma de infância que não sabe o que é a paixão por essa força unificadora cujas virtudes realizam uma importante contribuição à sociedade e à paz mundial.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
VALE A PENA VER
Sem comentários.
Novamente sem comentários.
Sexta-feira 25, não assista o jogo pela Globo. Não "é brincadeira" aturar o Neto, mas, pelo menos, ele e o Edmundo não se utilizam de "equações" matemáticas - 4-4-2, 4-3-3, 3-4-2-1 - 3-5-2, etc, etc, etc - para comentar o jogo. Como craques que foram, sabem que o único esquema atualmente é o 2-8 quando ataca e o 8-2 quando defende. Em todas as seleções.
Novamente sem comentários.
Sexta-feira 25, não assista o jogo pela Globo. Não "é brincadeira" aturar o Neto, mas, pelo menos, ele e o Edmundo não se utilizam de "equações" matemáticas - 4-4-2, 4-3-3, 3-4-2-1 - 3-5-2, etc, etc, etc - para comentar o jogo. Como craques que foram, sabem que o único esquema atualmente é o 2-8 quando ataca e o 8-2 quando defende. Em todas as seleções.
terça-feira, 22 de junho de 2010
DUNGA x GLOBO
Nunca escrevi um palavrão neste blog, mas aqueles que o Dunga falou para um repórter da Globo – que ontem passou o dia pressionando a FIFA para punir o técnico e hoje dedica manchetes e muito espaço para combatê-lo - eu posso repetir aqui: “besta, burro, cagão”. Dirijo-os à maioria dos jornalistas esportivos.
Houve um tempo em que jornalista esportivo levava porrada na cara. De mão aberta para humilhar, como eu vi Castor de Andrade fazer com um comentarista da Rádio Globo em treino do Bangu. Ou como fez Pelé com outro na concentração brasileira no México, durante a Copa de 70. Pelé nunca mais teve qualquer simpatia da imprensa esportiva.
Claro que eles tiveram os seus motivos, assim como Maradona que vive agredindo verbalmente a imprensa esportiva de seu país. E como Dunga os tem para tratar a imprensa esportiva à distância e tal como ela merece.
O UOL apurou que “o incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: “Algum problema?”. Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone a sua frente: besta, burro, cagão!”
Menosprezar o técnico, não respeitar a sua autoridade, inventar calúnias, xingá-lo é jornalismo. Desde quando xingar jornalista de cagão é crime?
No mesmo dia, durante o “Fantástico”, Tadeu Schmidt falou: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”.
“Uma bobagem? Não, nada é uma bobagem quando desperta os sentimentos de liberdade, de dignidade, quando faz as pessoas recusarem a tirania, quando faz com que elas se mobilizem contra o poder injusto” – disse Brizola Neto em seu Tijolaço de hoje.
P.S.: Lembrei de outra do Castor. Quando o Bangu perdeu o bi-campeonato para o Botafogo em 1967, o João Saldanha partiu para a ofensa pessoal contra a família Andrade no programa Mesa Redonda, à noite na Globo. Castor invadiu o estúdio, chutou o pau da barraca e tirou o programa do ar.
Houve um tempo em que jornalista esportivo levava porrada na cara. De mão aberta para humilhar, como eu vi Castor de Andrade fazer com um comentarista da Rádio Globo em treino do Bangu. Ou como fez Pelé com outro na concentração brasileira no México, durante a Copa de 70. Pelé nunca mais teve qualquer simpatia da imprensa esportiva.
Claro que eles tiveram os seus motivos, assim como Maradona que vive agredindo verbalmente a imprensa esportiva de seu país. E como Dunga os tem para tratar a imprensa esportiva à distância e tal como ela merece.
E por não se submeter às ordens da Globo que se julga ainda tão poderosa como era antes da internet, Dunga se vê vítima de uma campanha vil e nefasta. Hoje, os jornais da Globo e sua linha auxiliar – O Dia – dedicam suas manchetes para pedir a punição do Dunga. Punição que a FIFA afirmou, hoje, não ver motivos para abrir processo disciplinar contra o técnico.
A recusa de Dunga em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a Globo para permitir entrevistas exclusivas com os atletas foi a razão da Globo para a insidiosa campanha. Não foram os “pseudo-palavrões”.O UOL apurou que “o incidente entre Dunga e Alex Escobar ocorreu quando o jornalista conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto. O técnico percebeu o que ocorria e perguntou: “Algum problema?”. Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico replicou em voz baixa, o suficiente para ser captado pelo microfone a sua frente: besta, burro, cagão!”
Menosprezar o técnico, não respeitar a sua autoridade, inventar calúnias, xingá-lo é jornalismo. Desde quando xingar jornalista de cagão é crime?
No mesmo dia, durante o “Fantástico”, Tadeu Schmidt falou: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”.
O jornalista da Globo não mencionou, no entanto, o motivo do atrito, ou seja, a recusa do técnico em aceitar um acordo feito entre o presidente da CBF e a emissora.
E como Dunga não baixou a cabeça para a Globo, está conquistando o apoio da internet. Uma nova campanha nos moldes do “Cala a boca Galvão” foi lançada: é o “Cala a boca Tadeu” que já dominou o Twitter. Além disso, os internautas querem criar o dia sem a Globo. Será na sexta-feira, dia do jogo contra Portugal.
Vamos todos apoiar esse gigante Dunga que acabou com os privilégios da Globo junto à seleção. Para mim, que vejo o jogo sempre pela Bandeirantes, todo dia sempre será dia sem Globo.“Uma bobagem? Não, nada é uma bobagem quando desperta os sentimentos de liberdade, de dignidade, quando faz as pessoas recusarem a tirania, quando faz com que elas se mobilizem contra o poder injusto” – disse Brizola Neto em seu Tijolaço de hoje.
P.S.: Lembrei de outra do Castor. Quando o Bangu perdeu o bi-campeonato para o Botafogo em 1967, o João Saldanha partiu para a ofensa pessoal contra a família Andrade no programa Mesa Redonda, à noite na Globo. Castor invadiu o estúdio, chutou o pau da barraca e tirou o programa do ar.
domingo, 20 de junho de 2010
HUMILHAÇÃO
Não! Marina Silva não merecia isso. Por que fazem isso com ela? Só porque ela é feia (eu não acho, heim!) como disse a Rita Lee? Porque tem cara de mulher submissa que apanha do marido (como eu disse e repito) ou porque tem cara de componente da Velha Guarda da Portela (como disse um anônimo)?
De fato, convenhamos, ela não tem cara de presidente da república nem de liderança feminina mundial como têm a Cristina Kirschner, a Michelle Bachelet, a Ângela Merkel, a Margareth Thatcher.
Mas, não é por isso que ela merece a humilhação dessa foto aí em cima.
O PV já tinha humilhado a Marina cobrindo o seu nome nas faixas do evento de lançamento da pré-candidatura do Gabeira. Agora, na convenção do partido, humilhação maior: aquele que foi torturado e, depois, foi lamber os coturnos dos torturadores, discursou entre as fotografias da Marina e do Serra. Fotografias sem o nome dos fotografados. O Serra não precisava do nome, é conhecidíssimo, mas, a Marina...
Com humildade – esse sentimento vindo de quem come carne todo dia e não precisa de ajuda oficial me dá ânsias de vômito porque é falso – humildemente, repito, respondendo a um repórter que lhe perguntou o que achava das fotos, ela disse: “Em vez de olhar o que divide, eu olho o que une que é o Gabeira.”
Gostaria de saber como se pode unir dois candidatos ao mesmo cargo majoritário em que somente um pode seguir em frente. Gabeira está, sim, dividindo o partido e o seu eleitorado, visando atingir exclusivamente o seu próprio objetivo. E sempre que puder – quem viver verá - ele vai apoiar também a Dilma. Ou fará como sempre diz qualquer candidato a vereador em campanha: vote em mim e em quem quiser para prefeito.
O PV não é um partido sério? Por que aceita essa falsidade ideológica? Essa tamanha impostura. Como um partido pode ter dois candidatos a presidente?
Já o Serra disse o seguinte na convenção: “Não vou convencer a Marina, mas vou dizer: sou ambientalista” e garantiu que não enfrentará nenhuma saia justa ao dividir o palanque do Rio de Janeiro com a pseudo-candidata do PV.
O que o vampiro insinuou é que a Marina tem somente um discurso e que, ela sim, terá que vestir uma tremenda saia justa.
Coitada da Marina. Poderia continuar senadora ou eleger-se governadora. Coitada, não. Bem feito pela traição aos seus conterrâneos, ao meio ambiente, a mim e a todos os brasileiros que a admiram. O povo do Acre perderá aquela que poderia ser uma grande governadora ou perderemos todos uma grande senadora para continuar lutando pelo meio ambiente.
Seu destino, infelizmente, será o ostracismo político. Você duvida?
De fato, convenhamos, ela não tem cara de presidente da república nem de liderança feminina mundial como têm a Cristina Kirschner, a Michelle Bachelet, a Ângela Merkel, a Margareth Thatcher.
Mas, não é por isso que ela merece a humilhação dessa foto aí em cima.
O PV já tinha humilhado a Marina cobrindo o seu nome nas faixas do evento de lançamento da pré-candidatura do Gabeira. Agora, na convenção do partido, humilhação maior: aquele que foi torturado e, depois, foi lamber os coturnos dos torturadores, discursou entre as fotografias da Marina e do Serra. Fotografias sem o nome dos fotografados. O Serra não precisava do nome, é conhecidíssimo, mas, a Marina...
Com humildade – esse sentimento vindo de quem come carne todo dia e não precisa de ajuda oficial me dá ânsias de vômito porque é falso – humildemente, repito, respondendo a um repórter que lhe perguntou o que achava das fotos, ela disse: “Em vez de olhar o que divide, eu olho o que une que é o Gabeira.”
Gostaria de saber como se pode unir dois candidatos ao mesmo cargo majoritário em que somente um pode seguir em frente. Gabeira está, sim, dividindo o partido e o seu eleitorado, visando atingir exclusivamente o seu próprio objetivo. E sempre que puder – quem viver verá - ele vai apoiar também a Dilma. Ou fará como sempre diz qualquer candidato a vereador em campanha: vote em mim e em quem quiser para prefeito.
O PV não é um partido sério? Por que aceita essa falsidade ideológica? Essa tamanha impostura. Como um partido pode ter dois candidatos a presidente?
Já o Serra disse o seguinte na convenção: “Não vou convencer a Marina, mas vou dizer: sou ambientalista” e garantiu que não enfrentará nenhuma saia justa ao dividir o palanque do Rio de Janeiro com a pseudo-candidata do PV.
O que o vampiro insinuou é que a Marina tem somente um discurso e que, ela sim, terá que vestir uma tremenda saia justa.
Coitada da Marina. Poderia continuar senadora ou eleger-se governadora. Coitada, não. Bem feito pela traição aos seus conterrâneos, ao meio ambiente, a mim e a todos os brasileiros que a admiram. O povo do Acre perderá aquela que poderia ser uma grande governadora ou perderemos todos uma grande senadora para continuar lutando pelo meio ambiente.
Seu destino, infelizmente, será o ostracismo político. Você duvida?
quarta-feira, 16 de junho de 2010
COPA DO MUNDO
Pretendia falar da Copa de novo somente no final quando o Brasil fosse campeão. Diria que só faltava isso, o hexacampeonato, para que o Lula fosse canonizado.
Como a coisa agora ficou difícil, vou contrariar o que os “abalizados” comentaristas andaram dizendo: que o empate entre Portugal e a Costa do Marfim teria sido o melhor resultado para a seleção brasileira. Pois, esta assumiu a liderança isolada do seu grupo.
Com a minha experiência de 15 copas, digo exatamente o contrário: aquele empate foi o pior resultado para o Brasil que venceu a Coréia do Norte por apenas 2x1.
Raciocinem comigo: Portugal e Costa do Marfim são seleções absolutamente superiores à da Coréia do Norte e podem facilmente vencê-la por um placar bem maior. E se as duas empatarem com o Brasil – um resultado bem provável – nossa seleção estará desclassificada na primeira fase.
Adeus “ékissa”, adeus canonização. E a honra do hexacampeonato ficaria, então, para a Dilma Rousseff.
Para o Brasil, agora, é vencer ou vencer. Não pode nem empatar. E o empate não é um resultado absurdo com Portugal nem com Costa do Marfim. Se perder, já era.
Mas, se os companheiros de Maicon e Robinho resolverem jogar tanto quanto eles e forem os primeiros do grupo, o Brasil deverá enfrentar a melhor seleção européia: a Espanha que, hoje, mostrando o melhor futebol que eu vi nesta copa, perdeu para a Suiça.
A coisa ficou feia para o Dunga.
Como a coisa agora ficou difícil, vou contrariar o que os “abalizados” comentaristas andaram dizendo: que o empate entre Portugal e a Costa do Marfim teria sido o melhor resultado para a seleção brasileira. Pois, esta assumiu a liderança isolada do seu grupo.
Com a minha experiência de 15 copas, digo exatamente o contrário: aquele empate foi o pior resultado para o Brasil que venceu a Coréia do Norte por apenas 2x1.
Raciocinem comigo: Portugal e Costa do Marfim são seleções absolutamente superiores à da Coréia do Norte e podem facilmente vencê-la por um placar bem maior. E se as duas empatarem com o Brasil – um resultado bem provável – nossa seleção estará desclassificada na primeira fase.
Adeus “ékissa”, adeus canonização. E a honra do hexacampeonato ficaria, então, para a Dilma Rousseff.
Para o Brasil, agora, é vencer ou vencer. Não pode nem empatar. E o empate não é um resultado absurdo com Portugal nem com Costa do Marfim. Se perder, já era.
Mas, se os companheiros de Maicon e Robinho resolverem jogar tanto quanto eles e forem os primeiros do grupo, o Brasil deverá enfrentar a melhor seleção européia: a Espanha que, hoje, mostrando o melhor futebol que eu vi nesta copa, perdeu para a Suiça.
A coisa ficou feia para o Dunga.
terça-feira, 15 de junho de 2010
SONHOS
Eu sonho toda santa noite. Já ouvi falar que sonhar faz bem, mas meus sonhos me cansam.
Vivo sonhando que estou trabalhando. Exercendo a minha profissão, nada dá certo, nada consigo criar.
Às vezes, sonho que trabalho como ajudante de pedreiro. Passo a noite carregando um carrinho de mão cheio de pedras para lugar nenhum. Ando e não consigo sair do lugar. É como se estivesse numa esteira rolante. Acordo cansado e passo o dia à toa.
Tenho sonhos recorrentes:
1) sonho sempre com um mesmo local, a mesma casa com cerca viva, a mesma paisagem, quero ver uma pessoa que nunca encontro e, quando sonho de novo, sei, no próprio sonho, que se trata de uma repetição do sonho que tive antes;
2) sonho que piloto um pequeno avião que vai perdendo altitude, estou numa guerra mundial – só pode ser a primeira - o avião cai e bate na fiação elétrica de uma rua de Bangu;
3) sonho que estou caminhando tranquilamente por uma rua do centro do Rio e, de repente, percebo que todos me observam, estou nu, tento me esconder e não consigo. Freud diria que se trata de alguma frustração sexual que não tenho;
4) sonho com a repressão da ditadura, estou correndo da polícia, fui preso, quando decidem me encher de porrada, eu, espertamente, acordo;
5) atualmente, tenho sonhado com amigos e parentes falecidos, todos bem dispostos, satisfeitos e felizes, e sei que estão mortos quando aparecem no churrasco que eu estava preparando. Coisa de Lost. Eles bebem e comem como se vivos estivessem.
Ontem, fui surpreendido por um ladrão que me ameaçava com um furador de gelo. Tentava levar o cara no papo quando vi um monstro negro correndo em nossa direção. Ele derrubou o ladrão e, balançando o rabo, veio se esfregar em mim. Era um cachorrão imenso que ficou meu amigo em um outro sonho.
Já sonhei a continuação de sonhos anteriores, são sonhos em capítulos. Será que mais alguém é capaz de sonhar um seriado de sonhos?
Hoje, sonhei que estava no dentista. O profissional tinha uma forma peculiar para aplicar a anestesia: colocava o paciente na cadeira, pegava um fuzil com baioneta cuja ponta encostava no fígado dele e baixava a arma com força. E ficava esperando a anestesia fazer efeito. Desisti da consulta.
Freud definia o conteúdo dos sonhos como a realização de desejos. Para Jung, os sonhos eram forças naturais que auxiliam o indivíduo no processo de individualização.
Não é o meu caso, ninguém consegue ser mais individual do que eu nem tenho desejos ainda não realizados.
Para alguns, o sonho tem poderes premonitórios. Também, não é esse o meu caso nem quero saber o significado dos sonhos que tenho.
Fico com a opinião atual da ciência que vê nos sonhos apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem.
Mas, como meu cérebro ainda é aquele de quando tinha 35 anos de idade, meu único desejo é dar um tempo nos sonhos. Quero parar de sonhar, dar férias a essa função dos sonhos.
Se você conhece algum remédio ou uma simpatia que me faça parar de sonhar, por favor, me informe nos comentários.
Vivo sonhando que estou trabalhando. Exercendo a minha profissão, nada dá certo, nada consigo criar.
Às vezes, sonho que trabalho como ajudante de pedreiro. Passo a noite carregando um carrinho de mão cheio de pedras para lugar nenhum. Ando e não consigo sair do lugar. É como se estivesse numa esteira rolante. Acordo cansado e passo o dia à toa.
Tenho sonhos recorrentes:
1) sonho sempre com um mesmo local, a mesma casa com cerca viva, a mesma paisagem, quero ver uma pessoa que nunca encontro e, quando sonho de novo, sei, no próprio sonho, que se trata de uma repetição do sonho que tive antes;
2) sonho que piloto um pequeno avião que vai perdendo altitude, estou numa guerra mundial – só pode ser a primeira - o avião cai e bate na fiação elétrica de uma rua de Bangu;
3) sonho que estou caminhando tranquilamente por uma rua do centro do Rio e, de repente, percebo que todos me observam, estou nu, tento me esconder e não consigo. Freud diria que se trata de alguma frustração sexual que não tenho;
4) sonho com a repressão da ditadura, estou correndo da polícia, fui preso, quando decidem me encher de porrada, eu, espertamente, acordo;
5) atualmente, tenho sonhado com amigos e parentes falecidos, todos bem dispostos, satisfeitos e felizes, e sei que estão mortos quando aparecem no churrasco que eu estava preparando. Coisa de Lost. Eles bebem e comem como se vivos estivessem.
Ontem, fui surpreendido por um ladrão que me ameaçava com um furador de gelo. Tentava levar o cara no papo quando vi um monstro negro correndo em nossa direção. Ele derrubou o ladrão e, balançando o rabo, veio se esfregar em mim. Era um cachorrão imenso que ficou meu amigo em um outro sonho.
Já sonhei a continuação de sonhos anteriores, são sonhos em capítulos. Será que mais alguém é capaz de sonhar um seriado de sonhos?
Hoje, sonhei que estava no dentista. O profissional tinha uma forma peculiar para aplicar a anestesia: colocava o paciente na cadeira, pegava um fuzil com baioneta cuja ponta encostava no fígado dele e baixava a arma com força. E ficava esperando a anestesia fazer efeito. Desisti da consulta.
Freud definia o conteúdo dos sonhos como a realização de desejos. Para Jung, os sonhos eram forças naturais que auxiliam o indivíduo no processo de individualização.
Não é o meu caso, ninguém consegue ser mais individual do que eu nem tenho desejos ainda não realizados.
Para alguns, o sonho tem poderes premonitórios. Também, não é esse o meu caso nem quero saber o significado dos sonhos que tenho.
Fico com a opinião atual da ciência que vê nos sonhos apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem.
Mas, como meu cérebro ainda é aquele de quando tinha 35 anos de idade, meu único desejo é dar um tempo nos sonhos. Quero parar de sonhar, dar férias a essa função dos sonhos.
Se você conhece algum remédio ou uma simpatia que me faça parar de sonhar, por favor, me informe nos comentários.
sábado, 12 de junho de 2010
DO QUE UM JORNAL É CAPAZ
Vejam a manchete da Folha de hoje e o resumo do texto publicado na Folha Online sobre o “dossiê”:
A Folha continua dando tiros no próprio pé com esse falso "dossiê" que contém informações sigilosas do conhecimento de todos que frequentam a internet. Se você quiser saber de todo o caso, clique aqui e veja as informações sigilosas no blog Consultor Jurídico.
E, depois, quando critico quem apenas lê jornal, eu sou taxado de preconceituoso.
“A chamada "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) investigou e levantou dados fiscais e financeiros sigilosos do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.Acontece que tais informações sigilosas estão na internet desde tempos medievais e o próprio Eduardo Jorge confirmou tudo em carta de 28/03/2009 ao Correio Brasiliense que fez uma série de reportagens sobre as suas falcatruas e as investigações do Ministério Público.
Segundo reportagem publicada neste sábado pela Folha (íntegra aqui somente para assinantes do jornal e do UOL), o grupo obteve documentos de uma série de três depósitos na conta de EJ no valor de R$ 3,9 milhões, além de outras informações de seu Imposto de Renda.
Procurado pela reportagem, Eduardo Jorge confirmou as informações contidas nos documentos e afirmou que os dados só poderiam ter sido obtidos por meio da quebra de seu sigilo fiscal. "É um completo absurdo essas informações terem chegado até eles. Isso demonstra a repetição do método do PT", afirmou.”
A Folha continua dando tiros no próprio pé com esse falso "dossiê" que contém informações sigilosas do conhecimento de todos que frequentam a internet. Se você quiser saber de todo o caso, clique aqui e veja as informações sigilosas no blog Consultor Jurídico.
E, depois, quando critico quem apenas lê jornal, eu sou taxado de preconceituoso.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
QUEM AINDA LÊ JORNAL?
No passado, os jornais tinham como principal utilidade embrulhar carne e peixe. Atualmente, isso é proibido. Por outro lado, o aumento da renda do trabalhador e a publicidade televisiva do papel higiênico acabaram com sua outra serventia.
Houve um tempo em que eu comprava jornal. Mas, hoje, com a internet publicando notícias frescas a todo instante, p´ra quê jornal? P´ra ler o que aconteceu ontem? E que eu já estou cansado de saber?
Comprar jornal é hábito de quem não se informatizou e não sente que está sendo manipulado pelos que ainda pensam ser donos da opinião pública. Mas, são donos apenas dos jornais e da opinião publicada.
Quem lê jornal tem acesso apenas a uma única versão da notícia, uma única opinião. Jamais encontrará a controvérsia, o contraditório, a contestação, a polêmica que encontramos na internet. A opinião do leitor de jornal só pode ser a opinião que lhe é imposta, geralmente, por jornalistas comprados pelos tubarões da imprensa.
Na internet, temos, gratuitamente, todos os jornais e revistas, inclusive os estrangeiros que são geralmente imparciais em relação ao que ocorre no país e mostram um Brasil totalmente diferente daquele que é apresentado em O Globo, por exemplo.
Além disso, temos os blogs de jornalistas e não jornalistas independentes que vão fundo na notícia e emitem a sua própria opinião, não a opinião de seus patrões. A esquerda e a direita têm a sua vez na internet e não são superficiais nem tentam dissimular o seu proselitismo político.
Informando-se através da internet, conhecendo as mais diversas idéias e conceitos na área política, social, moral, cultural, econômica, esportiva, etc, o cidadão terá, então, a possibilidade de construir a sua própria opinião.
E poderá falar por sua própria boca, pensar por sua própria cabeça, enxergar com seus próprios olhos e tomar decisões por conta própria.
Não é o que acontece com quem ainda lê jornal, seja lá qual for, e não navega na internet.
Houve um tempo em que eu comprava jornal. Mas, hoje, com a internet publicando notícias frescas a todo instante, p´ra quê jornal? P´ra ler o que aconteceu ontem? E que eu já estou cansado de saber?
Comprar jornal é hábito de quem não se informatizou e não sente que está sendo manipulado pelos que ainda pensam ser donos da opinião pública. Mas, são donos apenas dos jornais e da opinião publicada.
Quem lê jornal tem acesso apenas a uma única versão da notícia, uma única opinião. Jamais encontrará a controvérsia, o contraditório, a contestação, a polêmica que encontramos na internet. A opinião do leitor de jornal só pode ser a opinião que lhe é imposta, geralmente, por jornalistas comprados pelos tubarões da imprensa.
Na internet, temos, gratuitamente, todos os jornais e revistas, inclusive os estrangeiros que são geralmente imparciais em relação ao que ocorre no país e mostram um Brasil totalmente diferente daquele que é apresentado em O Globo, por exemplo.
Além disso, temos os blogs de jornalistas e não jornalistas independentes que vão fundo na notícia e emitem a sua própria opinião, não a opinião de seus patrões. A esquerda e a direita têm a sua vez na internet e não são superficiais nem tentam dissimular o seu proselitismo político.
Informando-se através da internet, conhecendo as mais diversas idéias e conceitos na área política, social, moral, cultural, econômica, esportiva, etc, o cidadão terá, então, a possibilidade de construir a sua própria opinião.
E poderá falar por sua própria boca, pensar por sua própria cabeça, enxergar com seus próprios olhos e tomar decisões por conta própria.
Não é o que acontece com quem ainda lê jornal, seja lá qual for, e não navega na internet.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
ABORIGINE AUSTRALIANO
Nasceu robusto, gordo, cabeludo e cheio de dentes, acima do peso considerado normal, com mais de 4,800k. E como era feio. Era feio de doer o parrudo bebê.
Os parentes e amigos que foram visitá-lo se espantavam e não conseguiam disfarçar o mal-estar diante daquela desagradável visão.
Quando começou a engatinhar, parecia um Demônio da Tasmânia. Certa vez, foi mexer com o gato que dormia com a tranquilidade dos gatos. O bichano deu um salto e saiu em disparada. Nunca mais foi visto.
Foi crescendo e cada vez mais feio ia ficando. Aos cinco anos, tinha quase o dobro do tamanho de crianças da mesma idade. Entrou para o jardim de infância e os coleguinhas, com medo dele, não queriam mais voltar para a escola. Houve uma reunião de pais e a diretora solicitou que a criança fosse retirada do convívio escolar.
Quando entrou para o ensino fundamental, era o maior da turma. Parecia ser aluno da quarta série. Era o mais feio, claro, mas, também, o mais inteligente e estudioso. Devido ao seu tamanho, jamais foi vítima do “bullying”. Porém, apelidaram-no de Aborígine Australiano. Mais tarde, abreviaram para Abori. Humilde, ele nem ligou e levou o apelido para a faculdade onde se formou, com méritos, em medicina. Como especialidade, escolheu a pediatria. Adorava crianças.
Nunca teve amigos nem namorada, mas era feliz. Um homem bom, excelente caráter. A feiura em si mesma jamais lhe fez mal algum.
Montou um consultório que viveu às moscas. Tentou empregar-se em uma clínica infantil, mas nenhuma quis admiti-lo. Com aquela cara, não levava jeito de médico. Ainda mais pediatra. Desistiu da medicina e somente conseguiu emprego em um circo onde se apresentava preso numa jaula.
Era apresentado como “Abori, um assombro”. Voltou a assustar as crianças que agora pagavam para vê-lo.
Apaixonou-se por uma trapezista linda, escultural, de uma beleza absurda. Ela era cega e pôde ver toda a beleza interior de Abori. Retribuiu ao amor intenso e incondicional que ele lhe dedicava. Casaram-se. Apenas no civil, junto com outras dezenas de casais que não entendiam como uma mulher tão bela pudesse dizer sim àquele ser horroroso. “Só pode ser cega”, comentavam sem saber que era verdade.
Abori e a equilibrista cega foram muito felizes. Tiveram uma filha, lindíssima como a mãe. O pai, ainda mais feliz, dava graças a Deus por não ter transmitido sua feiura para a filha. Mas, preocupava-se: “será que ela era cega como a mãe?”
Um mês depois, Abori tomou coragem e pegou a criança no colo pela primeira vez. Ela dormia. Abriu os olhinhos que ainda não possuíam a completa visão quando ele a beijou. Ali, pertinho, porém, conseguiu focalizar o rosto do pai. A coitadinha apovorou-se...
Morreu de susto.
Os parentes e amigos que foram visitá-lo se espantavam e não conseguiam disfarçar o mal-estar diante daquela desagradável visão.
Quando começou a engatinhar, parecia um Demônio da Tasmânia. Certa vez, foi mexer com o gato que dormia com a tranquilidade dos gatos. O bichano deu um salto e saiu em disparada. Nunca mais foi visto.
Foi crescendo e cada vez mais feio ia ficando. Aos cinco anos, tinha quase o dobro do tamanho de crianças da mesma idade. Entrou para o jardim de infância e os coleguinhas, com medo dele, não queriam mais voltar para a escola. Houve uma reunião de pais e a diretora solicitou que a criança fosse retirada do convívio escolar.
Quando entrou para o ensino fundamental, era o maior da turma. Parecia ser aluno da quarta série. Era o mais feio, claro, mas, também, o mais inteligente e estudioso. Devido ao seu tamanho, jamais foi vítima do “bullying”. Porém, apelidaram-no de Aborígine Australiano. Mais tarde, abreviaram para Abori. Humilde, ele nem ligou e levou o apelido para a faculdade onde se formou, com méritos, em medicina. Como especialidade, escolheu a pediatria. Adorava crianças.
Nunca teve amigos nem namorada, mas era feliz. Um homem bom, excelente caráter. A feiura em si mesma jamais lhe fez mal algum.
Montou um consultório que viveu às moscas. Tentou empregar-se em uma clínica infantil, mas nenhuma quis admiti-lo. Com aquela cara, não levava jeito de médico. Ainda mais pediatra. Desistiu da medicina e somente conseguiu emprego em um circo onde se apresentava preso numa jaula.
Era apresentado como “Abori, um assombro”. Voltou a assustar as crianças que agora pagavam para vê-lo.
Apaixonou-se por uma trapezista linda, escultural, de uma beleza absurda. Ela era cega e pôde ver toda a beleza interior de Abori. Retribuiu ao amor intenso e incondicional que ele lhe dedicava. Casaram-se. Apenas no civil, junto com outras dezenas de casais que não entendiam como uma mulher tão bela pudesse dizer sim àquele ser horroroso. “Só pode ser cega”, comentavam sem saber que era verdade.
Abori e a equilibrista cega foram muito felizes. Tiveram uma filha, lindíssima como a mãe. O pai, ainda mais feliz, dava graças a Deus por não ter transmitido sua feiura para a filha. Mas, preocupava-se: “será que ela era cega como a mãe?”
Um mês depois, Abori tomou coragem e pegou a criança no colo pela primeira vez. Ela dormia. Abriu os olhinhos que ainda não possuíam a completa visão quando ele a beijou. Ali, pertinho, porém, conseguiu focalizar o rosto do pai. A coitadinha apovorou-se...
Morreu de susto.
domingo, 6 de junho de 2010
CINCO POR CENTO
Surge mais uma pesquisa eleitoral e lá estão aqueles 5% que consideram o governo ruim/péssimo. Em todas as pesquisas de todos os institutos, não importam as datas em que foram realizadas, lá estão aqueles cinco por cento que somente conseguem ver o que há de ruim e péssimo no governo Lula.
Encontrei um componente dessa imensa minoria de brasileiros. É um idoso comerciante de Muriqui, militar reformado, assinante de O Globo e da Veja. Ele odeia o Lula.
Começou a falar de política comigo em frente ao seu pequeno comércio. Demonstrava todo o seu preconceito para com o presidente. Afirmava que nunca havia lido e ouvido tanta notícia sobre corrupção no país.
Argumentei que nunca a Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República, o Tribunal de Contas da União, trabalharam tanto como agora. Que quem investigava e descobria os casos de corrupção era o próprio governo que implantou uma verdadeira faxina nos órgãos públicos e que somente depois os casos ganhavam os holofotes da imprensa. Que o governo anterior preferia esconder a corrupção que sempre existiu e que existirá sempre. Que quanto à punição dos envolvidos tudo dependeria do Poder Judiciário, não mais do Poder Executivo.
Ainda argumentei com as mudanças ocorridas nos últimos anos. A inflação controlada, o quase pleno-emprego, o salário mínimo de 300 dólares, o aumento na renda do trabalhador, o respeito conquistado pelo país em todo o mundo, o adeus ao FMI, etc, etc, etc, etc, etc e etc e et cetera.
O velho comerciante, então, apelou para os problemas da segurança, da saúde e da educação, que o povo ainda estaria enfrentando. Que se algo havia de bom era resultado de ações do governo anterior.
Sentado no meio-fio, o porteiro do prédio ao lado, que ouvia calado a discussão, sorriu.
Senti que o sorriso era uma demonstração de aprovação aos meus argumentos. Dirigi-me a ele estimulando-o a entrar na discussão.
“Eu hoje tenho tudo que um rico tem – disse o porteiro – tenho emprego, tenho celular, tenho computador, tenho TV de 42 polegadas, tenho conta bancária, tenho casa e até um carro na garagem. É velho mas é meu. E meu filho está cursando a faculdade.”
E há oito anos? Como era a sua vida? Perguntei.
“Estava desempregado, passando dificuldade, não tinha nada – e completou – é por isso que eu vou votar na Dilma Rousseff.”
Falei, então, que o atual governo em absolutamente nada mudou a minha vida particular, mas que sentia-me feliz por ver a mudança ocorrida com a população mais carente. E despedi-me daquele componente dos cinco por cento orgulhoso por pertencer a pequena maioria de 95% dos brasileiros que tem olhos para ver.
Encontrei um componente dessa imensa minoria de brasileiros. É um idoso comerciante de Muriqui, militar reformado, assinante de O Globo e da Veja. Ele odeia o Lula.
Começou a falar de política comigo em frente ao seu pequeno comércio. Demonstrava todo o seu preconceito para com o presidente. Afirmava que nunca havia lido e ouvido tanta notícia sobre corrupção no país.
Argumentei que nunca a Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República, o Tribunal de Contas da União, trabalharam tanto como agora. Que quem investigava e descobria os casos de corrupção era o próprio governo que implantou uma verdadeira faxina nos órgãos públicos e que somente depois os casos ganhavam os holofotes da imprensa. Que o governo anterior preferia esconder a corrupção que sempre existiu e que existirá sempre. Que quanto à punição dos envolvidos tudo dependeria do Poder Judiciário, não mais do Poder Executivo.
Ainda argumentei com as mudanças ocorridas nos últimos anos. A inflação controlada, o quase pleno-emprego, o salário mínimo de 300 dólares, o aumento na renda do trabalhador, o respeito conquistado pelo país em todo o mundo, o adeus ao FMI, etc, etc, etc, etc, etc e etc e et cetera.
O velho comerciante, então, apelou para os problemas da segurança, da saúde e da educação, que o povo ainda estaria enfrentando. Que se algo havia de bom era resultado de ações do governo anterior.
Sentado no meio-fio, o porteiro do prédio ao lado, que ouvia calado a discussão, sorriu.
Senti que o sorriso era uma demonstração de aprovação aos meus argumentos. Dirigi-me a ele estimulando-o a entrar na discussão.
“Eu hoje tenho tudo que um rico tem – disse o porteiro – tenho emprego, tenho celular, tenho computador, tenho TV de 42 polegadas, tenho conta bancária, tenho casa e até um carro na garagem. É velho mas é meu. E meu filho está cursando a faculdade.”
E há oito anos? Como era a sua vida? Perguntei.
“Estava desempregado, passando dificuldade, não tinha nada – e completou – é por isso que eu vou votar na Dilma Rousseff.”
Falei, então, que o atual governo em absolutamente nada mudou a minha vida particular, mas que sentia-me feliz por ver a mudança ocorrida com a população mais carente. E despedi-me daquele componente dos cinco por cento orgulhoso por pertencer a pequena maioria de 95% dos brasileiros que tem olhos para ver.
terça-feira, 1 de junho de 2010
"RUMUAL ÉKISSA"
A ignorância e a mediocridade são capazes de coisas sensacionais como o vídeo que postamos novamente aí embaixo e o cartaz pintado para ornamentar um muro na Copa de 2006.
Perdemos o “ékissa”, mas vamos tentar novamente nesta nova Copa que deverá ser insuportável. Tanto para quem estará em campo, jogando ou comandando a seleção, quanto para quem vai assistir em casa pela TV. O ensurdecedor barulho provocado pelas “vuvuzelas” vai dominar o ambiente. A poluição sonora será mais uma estupidez semelhante às duas citadas inicialmente.
Como um goleiro poderá orientar seus zagueiros durante um ataque adversário? E quem poderá escutar o grito de “ladrão!” no meio daquele tumulto? Pedir a bola e reclamar do juiz somente através de gestos. E o apito do árbitro, alguém ouvirá? E se houver minuto de silêncio, como ouvi-lo? Creio que ninguém vai ouvir nada dentro do estádio além do som absurdo da “vuvuzela”.
Coitado do Dunga ali junto à torcida africana enlouquecida pulando e soprando aquela estressante trombeta que já estamos ouvindo aqui no Brasil. Som ruim – tal como o “rebolation” - é igual a má notícia, chega rápido e repetitivo aos nossos ouvidos.
Como o Dunga poderá dar instruções ao time? Quem ouvirá? Talvez, seja até melhor que ninguém ouça as suas instruções.
Para nós, que vamos assistir pela TV, há uma solução: apertar a tecla “mute” ou, se não a tem, baixar completamente o som.
Todos conhecemos os jogadores, não há necessidade de narradores. E ainda teremos a grande vantagem de não sermos obrigados a ouvir os “abalizados” comentaristas esportivos falando besteira. Quem sabe, com a TV em silêncio, esta não será a melhor de todas as copas.
Já me encontro de resguardo me preparando para a maratona de jogos. Quero ver todas as partidas do Brasil, Argentina, Espanha, Inglaterra, Holanda, Itália, Portugal e Alemanha. Isto vai me tomar muito tempo e, talvez, não possa me dedicar tanto ao blog.
Mesmo sem o Ronaldinho Gaúcho e sem o Paulo Henrique Ganso, vamos todos torcer pela seleção.
Os únicos brasileiros que podem torcer contra serão o FHC – que vai morrer de inveja se o Lula for o presidente hexacampeão – e o José Serra – que torce por um milagre que lhe devolva a liderança nas pesquisas. Se o Brasil perder, a imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, vai culpar o Lula e a Dilma pela derrota.
Perdemos o “ékissa”, mas vamos tentar novamente nesta nova Copa que deverá ser insuportável. Tanto para quem estará em campo, jogando ou comandando a seleção, quanto para quem vai assistir em casa pela TV. O ensurdecedor barulho provocado pelas “vuvuzelas” vai dominar o ambiente. A poluição sonora será mais uma estupidez semelhante às duas citadas inicialmente.
Como um goleiro poderá orientar seus zagueiros durante um ataque adversário? E quem poderá escutar o grito de “ladrão!” no meio daquele tumulto? Pedir a bola e reclamar do juiz somente através de gestos. E o apito do árbitro, alguém ouvirá? E se houver minuto de silêncio, como ouvi-lo? Creio que ninguém vai ouvir nada dentro do estádio além do som absurdo da “vuvuzela”.
Coitado do Dunga ali junto à torcida africana enlouquecida pulando e soprando aquela estressante trombeta que já estamos ouvindo aqui no Brasil. Som ruim – tal como o “rebolation” - é igual a má notícia, chega rápido e repetitivo aos nossos ouvidos.
Como o Dunga poderá dar instruções ao time? Quem ouvirá? Talvez, seja até melhor que ninguém ouça as suas instruções.
Para nós, que vamos assistir pela TV, há uma solução: apertar a tecla “mute” ou, se não a tem, baixar completamente o som.
Todos conhecemos os jogadores, não há necessidade de narradores. E ainda teremos a grande vantagem de não sermos obrigados a ouvir os “abalizados” comentaristas esportivos falando besteira. Quem sabe, com a TV em silêncio, esta não será a melhor de todas as copas.
Já me encontro de resguardo me preparando para a maratona de jogos. Quero ver todas as partidas do Brasil, Argentina, Espanha, Inglaterra, Holanda, Itália, Portugal e Alemanha. Isto vai me tomar muito tempo e, talvez, não possa me dedicar tanto ao blog.
Mesmo sem o Ronaldinho Gaúcho e sem o Paulo Henrique Ganso, vamos todos torcer pela seleção.
Os únicos brasileiros que podem torcer contra serão o FHC – que vai morrer de inveja se o Lula for o presidente hexacampeão – e o José Serra – que torce por um milagre que lhe devolva a liderança nas pesquisas. Se o Brasil perder, a imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, vai culpar o Lula e a Dilma pela derrota.
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