terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
ESCOLAS DE SAMBA
Pior que comentarista esportivo, só mesmo os comentaristas de escola de samba nas transmissões da Globo. Aqueles pensam que são técnicos de futebol, que entendem mais do assunto que o Wanderley Luxemburgo. Estes são contratados e pagos apenas para elogiar. Pode ser o desfile mais medíocre - como o da Império Serrano e o da Mocidade - que eles acham um jeito de elogiar. Com a Mocidade, pelo menos, foram irônicos e desejaram que ela fosse feliz na apuração de amanhã.
Vendo as transmissões deste ano, senti saudade do Fernando Pamplona que tinha opinião e que foi proibido pelos patronos das escolas de comentar o carnaval. A Globo nunca mais o chamou para participar das transmissões.
Quem leva em consideração os comentários atuais deve pensar que o campeonato do samba vai terminar empatado com 12 escolas em primeiro lugar.
Ainda bem que não dava para entender tudo o que eles diziam. Haroldo Costa - com aquela voz picotada e mal sintonizada - foi quem mais falou, mas não disse nada. Maria Augusta, coitada, discípula do Pamplona, nitidamente, sentia-se mal na obrigação de elogiar. Dudu Nobre foi o mestre dos parabéns e do aí, aí, aí. Quanto ao outro, sem comentários.
Mas, falando de escolas de samba, Salgueiro e Grande Rio - ou Grande Rio e Salgueiro - vão disputar o primeiro lugar, embora o melhor samba tenha sido o da Portela. A Portela que nos trouxe de volta a Luma de Oliveira. Mais bela do que nunca, a rainha da passarela veio embrulhada para presente. Outro presente foi a filha da Vilma, neta de Natal, como porta-bandeira. Mas, "se eu for falar da Portela, hoje eu não vou terminar."
Os sambas-enredo deste ano foram muito bem elaborados. Os compositores buscaram novos caminhos harmônicos e melódicos e letras de alto nível que bem descreviam o enredo.
Com exceção, claro, da marchinha mal cantada da Viradouro.
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