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terça-feira, 23 de setembro de 2008

LITERATURA PRESTA DESSERVIÇO À LEITURA

Aí embaixo, há uma postagem em que falo - e falo mal - de Machado de Assis, o ícone da literatura brasileira.
Afirmei que “o texto e o estilo de Machado de Assis estão completamente ultrapassados. E ninguém tem a coragem de dizer. Atualmente, após cem anos de sua morte, colégios e professores ainda indicam Machado de Assis como leitura obrigatória. Talvez, por isso, os estudantes, em sua maioria, não adquirem o salutar hábito da leitura.”
Vejo que não estou só nessa campanha iconoclasta.
Li, hoje, no Globo.online, que o professor de pós-graduação da UFF e ex-sub-reitor da Estácio de Sá, o jornalista Feipe Pena - ele está lançando o livro “O analfabeto que passou no vestibular” – afirma que “Não tenho pretensões literárias com este livro nem com o próximo, que está quase pronto. Não faço literatura, faço ficção. A literatura brasileira contemporânea presta um desserviço à leitura. Os autores não estão preocupados com os leitores, mas apenas com a satisfação da vaidade intelectual. Escrevem para si mesmos e para um ínfimo público letrado, baseando as narrativas em jogos de linguagem que têm como único objetivo demonstrar uma suposta genialidade literária. Acreditam que são a reencarnação de James Joyce e fazem parte de uma estirpe iluminada. Por isso, consideram um desrespeito ao próprio currículo elaborar enredos ágeis, escritos com simplicidade e fluência. E depois reclamam que não são lidos. Não são lidos porque são chatos, herméticos e bestas.”
O Aurélio afirma que Machado de Assis é contemporâneo.
Portanto, o professor está de acordo com a minha opinião.

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